CASA PODEROSA DOS FILHOS DE YEMANJÁ

CASA PODEROSA DOS FILHOS DE YEMANJÁ

sábado, 31 de dezembro de 2011

* IEMANJÁ E O ANO NOVO




A comemoração do Ano Novo no primeiro dia de janeiro é mais recente do que, provavelmente, o leitor imagina.

Ao longo dos tempos e das diversas civilizações, a data de celebração de um novo ciclo mudou inúmeras vezes.
Os babilônicos costumavam comemorar o novo ano no equinócio da primavera; os assírios e egípcios realizavam os festejos em setembro; os gregos celebravam o furdunço em finais de dezembro.

Chineses, japoneses, judeus e muçulmanos ainda têm datas próprias e motivos diferentes para comemorar o ano bom.

Entre os povos ocidentais, a data de primeiro de janeiro tem origem entre os romanos (Júlio César a estabeleceu em 46 A.C.).

Só em 1582, com a adoção do calendário gregoriano, a igreja católica oficializou o primeiro dia de janeiro como o início do novo ano no calendário ocidental. Muito tempo depois do Papa Gregório VIII, mais precisamente em 1951, Chico Alves e David Nasser fizeram Adeus, Ano Velho, a mais popular canção brasileira sobre a tradição das festas de fim de ano.


Em várias civilizações o início de um novo ciclo é comemorado com muito barulho, gritaria, bater de bumbos, tambores, fogos, fogueiras, fanfarras, cambalhotas e outros salamaleques.

Os antigos diziam que fazer a barulheira era fundamental para despachar os maus espíritos para os cafundós mais distantes e garantir a boa colheita, a saúde e a prosperidade. O negócio, portanto, é mandar ver no furdunço para garantir a boa ventura contra todo tipo de urucubaca.


Entre o povo da cidade do Rio de Janeiro, naturalmente festeiro, o hábito de se comemorar o réveillon na praia virou uma tradição mundialmente conhecida, que influenciou várias cidades litorâneas a fazer a mesma coisa.

Há que se reconhecer, porém, que os cariocas devem grande parcela do costume da festa na praia aos umbandistas, que durante muitos anos ocupavam as areias praticamente sozinhos para louvar Iemanjá – a orixá africana que se transformou na mais brasileira das deusas, miscigenada com a Nossa Senhora católica e a Uiara dos indígenas.


Era bonito ver a orla ocupada pelos terreiros e a noite iluminada pelas velas em louvor a Iemanjá, tudo isso ao som de atabaques e cânticos misteriosos - verdadeiros presságios brasileiros de boa sorte. Quem chegasse perto, fosse umbandista, católico, espírita, evangélico, hindu, muçulmano, judeu, flamenguista, vascaíno, tricolor ou botafoguense, era muito bem recebido e ainda começava o ano novo devidamente garantido contra o infortúnio. Conheço muitos ateus que, por via das dúvidas, abriam uma exceção ao misticismo e garantiam o ano bom recebendo passes de caboclos e pretos velhos nas areias, com direito a cocares, charutos e quejandos.


A confraternização que todo ano ocorre em Copacabana é bacana pacas, tem seus méritos, virou atração turística da cidade, atraí gente de tudo quanto é canto, gera divisas e garante a ocupação da rede hoteleira. É necessário, porém, colocar um pouco de água nesse chope dos entusiastas da festa atual e lembrar que o Rio de Janeiro tem uma dívida enorme com o povo da umbanda, que hoje se encontra praticamente excluído do fuzuê. Os shows de roqueiros, sambistas, astros pop, sertanejos, rappers, DJs de música eletrônica, revelações adolescentes, cantoras baianas, blocos carnavalescos e o escambau, além de transformar a festa em um verdadeiro sarapatel sonoro, calaram os tambores rituais. A elitização da festa, que já se manifesta em espaços reservados nas areias, controlados por grupos privados, hotéis, quiosques e que tais, lembra muito o processo de mercantilização que atingiu as escolas de samba. De entidades culturais representativas da cultura carioca, as agremiações se transformaram em alguma coisa próxima do que o Império Serrano, em um samba premonitório, chamou de super-escolas de samba S.A.


Que a tradição do fim de ano, portanto, não encontre no poder público um agente legitimador de interesses privados, sob o falso argumento de uma festa para todos que, cada vez mais, perde a espontaneidade e a vitalidade que sempre a caracterizaram. Em nome de gestões modernosas e engenharias financeiras, corre-se o risco de se transformar o adorável e popular furdunço em algo mais parecido com um bloco carnavalesco com abadás e cordas, para gringo ver e o Comitê Olímpico Internacional aplaudir.
Odoyá!!


Postado por Luiz Antonio Simas
Texto publicado originalmente no jornal O Globo, no dia 21 de dezembro de 2010.

* YEMANJÁ É UM ORIXÁ

Na mitologia yoruba, orixás (yoruba Òrìsà; em espanhol Oricha; em inglês Orisha) são divindades ou semideuses criados pelo deus supremo Olorun.

Os orixás são guardiões dos elementos da natureza e representam todos os seus domínios no aye (a realidade física em que os humanos estão inseridos segundo a tradição iorubá).

Também existem orixás intermediários entre os homens e o panteão africano que não são considerados deuses, são considerados "ancestrais divinizados após à morte".

Os orixás são cultuados no Brasil, Cuba, República Dominicana, Porto Rico, Jamaica, Guiana, Trinidad e Tobago, Estados Unidos, México, Venezuela e Portugal


* YEMANJÁ É SIMPLISMENTE YEMANJÁ

Na Mitologia Yoruba, a dona do mar é Olokun que é mãe de Yemanjá, ambas de origem Egbá.



Yemojá, que é saudada como Odò (rio) ìyá (mãe) pelo povo Egbá, por sua ligação com Olokun, Orixá do mar (masculino (no Benim) ou feminino (em Ifé)), muitas vezes é referida como sendo a rainha do mar em outros países. Cultuada no rio Ògùn em Abeokuta


Pierre Verger no livro Dieux D'Afrique registrou: "Iemanjá, é o orixá dos Egbá, uma nação iorubá estabelecida outrora na região entre Ifé e Ibadan, onde existe ainda o rio Yemanja. Com as guerras entre nações iorubás levaram os Egbá a emigrar na direção oeste, para Abeokuta, no início do século XIX. Não lhes foi possível levar o rio, mas, transportaram consigo os objetos sagrados, suportes do axé da divindade, e o rio Ògùn, que atravessa a região, tornou-se, a partir de então, a nova morada de Iemanjá. Este rio Ògùn não deve, entretanto, ser confundido com Ògún, o orixá do ferro e dos ferreiros."
 

* YEMANJÁ NÃO É VIRGEM MARIA

Maria
A Madonna na Tristeza, por Sassoferrato, século XVII
Nascimento Desconhecido; celebrado no dia 8 de Setembro
Residência Nazaré, Galiléia
Nacionalidade Israelita, Império Romano
Etinia Judia


Cônjuge José
Filho Jesus
Pais Joaquim e Ana (de acordo com o protoevangelho de Tiago)
Venerada por Cristãos
Festa 1 de Janeiro


Maria (do grego Μαρία, María, transliteração do hebraico מרים, Maryam, Miriã ou Miriam, que significa "contumácia" ou "rebelião"; a origem é incerta, mas pode ter sido originalmente um nome egípcio, provavelmente derivado de mry ("amada") ou mr ("amor"), no sentido de "senhora amada"; era a mãe de Jesus de Nazaré, segundo a Bíblia.

Acredita-se que tenha nascido em Jerusalém a partir de 15 a.C., para alguns estudiosos teria nascido em Nazaré.

A veneração feita à Virgem Maria é conhecido por Marianismo.


Alguns autores afirmam que Maria era filha de Eli, mas a genealogia fornecida por Lucas alista o marido de Maria, São José, como "filho de Eli".

A Cyclopædia (Ciclopédia) de M'Clintock e Strong (1881, Vol. III, p. 774) diz: "É bem conhecido que os judeus, ao elaborarem suas tabelas genealógicas, levavam em conta apenas os varões, rejeitando o nome da filha quando o sangue do avô era transmitido ao neto por uma filha, e contando o marido desta filha em lugar do filho do avô materno.

(Números 26:33, Números 27:4-7)." Possivelmente por este motivo Lucas diz que José era «filho de Eli» (Lucas 3:23).


Ficou claro ???
 

Feliz Ano Velho

Como tem muito tempo que eu não indico livros por aqui, vai aí uma leitura MUUUITO boa, Feliz Ano Velho de Marcelo Rubens Paiva.



Sabe aquele livro que vc fica triste quando acaba de ler?! Tipo, "como eu queria que tivesse mil continuações"!! Marcelo conta sua própria historia, um garoto que no auge de sua juventude louca pula bêbado em um poço e fica tetraplégico. A partir daí ele vai relembrando os momentos da sua vida crazy, paralelamente mostrando sua new way of life, com todas suas dificuldades e superações.


Feliz Ano Velho foi best-seller nos anos 80 e texto é direto, com várias gírias engraçadas da época, escrito com muito carisma e bom humor. Isso tudo acaba criando uma certa intimidade com o garoto de 20 e poucos anos que vivia sua vida mais do que intensamente, juro que achei o Marcelo tão fofinho que quase me apaixonei! Haha


A capa lá em cima é a do que eu li, bem velhinho, a minha prima Fe comprou para a minha irmã em um sebo no Rio. Mas existem outras versões mais novinhas, inclusive com a foto do Marcelo na capa


Síndrome do novo ano


Angústia



Síndrome do novo ano


O mal-estar do final do ano e a expectativa do novo são muito mais fortes do que a angústia do domingo à noite, porque essas datas marcam com mais exatidão aquilo que se foi, que se perdeu, trazendo a tristeza das promessas não realizadas e o medo de novas frustrações no futuro
"Odeio o final de ano", "odeio festas", "o fim de ano pra mim é uma obrigação familiar", "odeio esse consumismo", "me sinto só neste emaranhado de gente comprando". ao ouvir essas expressões de seus pacientes nesta época, a psicanalista Lea Waidergorn diz ter a sensação de que essas pessoas falam "de uma profunda angústia, de um terror sem fim". O que ela chama de "inferno astral de fim de ano".



A manifestação de sentimen- tos negativos do início do ano caminha em direção oposta aos objetivos das festas do natal e ano novo. "Embora exista uma intenção comunitária e social de estar junto para comemorar o que foi bom e o que poderá vir a ser bom, os relatos são de soli- dão. Que contradição! É uma festa da solidariedade, da fra- ternidade, da comunhão", comenta Lea Waidergorn.


Nesse contexto, outras frases repetidas nesses perío dos são: "não tenho para onde ir no natal" ou "não tenho muito a ver com a minha família". "Não tenho planos para o próxi- mo ano", "nunca alcanço meus objetivos". No natal, a proposta de comunhão é instituida de fora, ou seja,construída socialmente e pode ser vista no avesso. Isto pode provocar nas pessoas o sentimento de não ter nada a ver com quem se relaciona. No início do ano, passada a euforia das festas, há uma natural reflexão sobre as realizações e frustrações tanto do passado quanto para os planos do novo ano. "E isso é ge- rador de profunda angústia. Traz sentimentos de orfandade, muitas vezes de falta de perspectiva e gera muitas dúvidas", explica a psicanalista.
Pequenas crises que levam a instabilidades envolvem emoções que podem variar segundo a perda ou o medo do novo
O tempo está sempre presente - assim como as passa- gens de começo, meio e fim - nas mudanças corporais, nos jogos infantis, no ritmo pessoal diário de cada um, no calendário mensal e anual, nas estações e nas viradas de ano. Estar continuamente iniciando e terminando é intrínseco ao ser humano. "Não ter um projeto é não ter futuro, é a impossibilidade, é a morte. Ficar no mesmo também é vi- vido como horror", observa.
As fases de vida passam por projetos que se modi- ficam ao longo dos anos: planos infantis são uns; de adultos, outros e os da maturidade também são específicos, segundo a psicanalista. as diferentes fases da vida levam à concretização de realizações distintas importantes para aquela fase específica. "o sonho vai se tornando realidade e ocorre uma incorporação que se amplia na vida, relativa a leques diferentes, seja na vida pessoal, amorosa, intelectual e social", diz.
Portanto, as passagens implicam mudanças. Pequenas crises que levam a instabilidades envolvem emoções que po- dem variar segundo a perda ou a aquisição de sentimentos de tristeza ou frustração pela perda, além do medo do novo e do futuro. "Há uma desestabilização daquilo que estava antigo. Há uma perspectiva de transformação, mas há tam- bém um medo de não conseguir concretizar", informa.
"O novo ano, para mim, se enquadra nessa perspecti- va: há um movimento processual que é marcado por uma data de celebração da passagem do velho para o novo; a própria música 'adeus ano velho, feliz ano novo, que tudo se realize no ano que vai nascer' representa uma pers- pectiva, um sonho, um projeto marcado por um montante de angústias e medos acoplados aos projetos de esperança para o futuro", destaca.
Cada um vivencia as passagens de acordo com a sua his- tória pessoal. Pessoas que, de modo geral, enfrentaram um ambiente de instabilidade tendem, em situações novas, mu- danças ou passagens, a viver angústias impensáveis que se manifestam de formas diversas: pânico, depressão, defesas obsessivas etc. "Uma pessoa mais instável emocionalmente terá maior chance de vivenciar a passagem do ano e tudo que sua transição pode trazer, com mais angústias", acres- centa a psicanalista.
Por Liliana Lavoratti e Irina Janaina Barbosa Novellino


http://psiquecienciaevida.uol.com.br/ESPS/Edicoes/61/artigo206401-1.asp

Qual a festa que tem mais falsidade:Natal,ano novo,ou sexta feira-santa?


Qual a festa que tem mais falsidade:Natal,ano novo,ou sexta feira-santa?



Sexta feira santa,não pode comer carne naquele dia,não pode chingar,mentir,trair a esposa,etc..mas nos outros dias,volta tudo como era antes.


Natal e ano novo,o(a) cara quer puxar o seu tapete o ano todo aí no dia 24 de dezembro as 23:59H,ele(a) aparece na sua casa:


- FELIZ NATAL!!!!!!!


Aí passa os dias 26,27,28,29,30 puxando seu tapete de novo,aí no dia 31 de dezembro as 23:59,ele(a) aparece na sua casa,serrou a comida e a bebida e aí começa:


-10,9,8,7,6,5,4,3,2,1


FELIZ ANO NOVOOOO!!!!!


AFFFF!!!!kkkkk


Na minha opinião ano novo empata com sexta feira santa.E tem um monte de gente assim aqui,e aí???Principalmente no trabalho.


1 ano atrás Denuncie Detalhes Adicionais


Não é que eu esteja vivendo isso tudo,mas prestando atenção no comportamento de certas pessoas o ano inteiro,vc acaba percebendo que essa epoca do ano é mais propicio pra acontecer esse tipo de coisa.


Isso aí em cima é um exemplo real do que acontece nessas festas.


1 ano atrás


Stefhani,não precisa ser falso pra identificar uma falsidade,tá na cara que essas festas não tem nada de "confraternização",eu não sou falso,mas me incomodo com pessoas falsas.Essa é a diferença,mas se vc acha que eu sou falso,o que eu posso fazer???Vc não me conheçe....


1 ano atrás


by Iza Membro desde:




Melhor resposta - Escolhida pelo autor da pergunta


Sabe Rafael


Infelizmente vivemos um mundo de demagogia. O ser humano é assim! Criam essas datas para acelerar as vendas, lucrar os comércios. E porque devemos ser educados, dentro desse quadro demagogo, temos que vestir nossa máscara e atuar. É isso!! Concordo com vc! Não suporto essas datas.


1 ano atrás Denuncie 1 pessoa avaliou como boa


Avaliação do autor da pergunta: Comentário do autor da pergunta: Pois é,eles brincam com a gente como fosse-mo marionete.Gostei de sua resposta ,um abraço!!!
http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20101224055415AAOCAR7

A hipocrisia do Ano Novo



http://ojuararidan.wordpress.com/2009/12/08/a-hipocrisia-do-ano-novo/

Posted on 08/12/2009
14 Comentários


E chegou o final de ano… Quem me dera se já tivesse ido embora! O ser humano em sí tem uma tendencia terrível de ser hipócrita e parece que em época de festas natalinas toda essa hipocrisia fica a flor da pele. Tem coisa mais falsa do que aquelas mensagens de cartões de natal?! Pior que as mensagens, é quando as recebemos de pessoas que passam o ano inteiro sem nem lembrar que existimos. Agora, só para cumprir uma tradição nos deseja uma vida cheia de mares de rosas… Argh! As pessoas passam os trezentos e tantos dias do ano se matando, mas na virada do ano lá estão elas por entre beijos e abraços sem fim, como se o cotidiano fosse marcado por uma harmonia inigualável.


Há uns anos atrás eu passava a virada do ano na igreja, na verdade aquilo lá nunca fez muito sentido pra mim, eu ía apenas por ir ou pra não contrariar a minha mãe logo assim no início de um ano novo, mas odiava profundamente tudo aquilo. Porque demonstrar “amor” somente ao cruzar os ponteiros em 31 de dezembro?! Não seria mais cristão, e acima de tudo mais humano, fazer esse tipo de demonstração durante todos os dias da nossa vida?! Presentes de Natal?! Qual é a graça de tudo isso?! Apenas ser manipulados pelo marketing sem fim que nos rodeia fazendo assim os comerciantes mais felizes. Porque não presentear quem amamos sempre que houver oportunidade para isso? Não importando se é alguma data específica, afinal, é a pessoa e o sentimento que temos por ela que conta, e não a data pre estabelecida para uma suposta demonstração de carinho.


Ah não!! Depois de muitas viradas de ano recebendo beijos e abraço de pessoas que nunca nem tinha visto antes na minha vida, decidí parar de seguir tradições que em nada acrescentam e desde então passo o final de ano em casa, longe de tudo e de todos se possível. Tá bom, reconheço que chego ao extremo da anti socialidade, mas é que fazendo assim eu não coloco meu lado hipócrita em prática, já que se eu fosse seguir as tradições, em nome dos bons costumes e da harmonia entre a raça humana, eu teria que abraçar e beijar pessoas que na verdade eu estaria com vontade de torcer o pescoço, então, pra evitar esse tipo de coisa, já que há hipocrisia demais no planeta, prefiro ficar o mais distante possível, e quanto as pessoas que realmente merecem a minha consideração, pode ter certeza que elas as terão ao longo dos trezentos e tantos dias que estão por vir…


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14 respostas para :: A hipocrisia do Ano Novo ::


Dyrdhra
23/12/2009 às 18:42
Responder Nadir, só uma amostrinha do meu drama.


Fui convidada p/ almoçar em determinada residência, bem longe da minha por sinal. Cheguei às 11:15hs. Diz aê!! que a anfitriã ainda estava me esperaaaaando p/ fazer uma lazanha!!!! Ñ sei como o molho ñ azedou, a massa ñ dissolveu e o forno ñ explodiu comigo de tanto ódio.


É claro, que fui gentilmente “convocada” p/ a ceia de Natal…então, tá! Duas X q vou mesmo. GRRRRRRR


A Perfeccionista
23/12/2009 às 20:08
Responder Ahhh essa foi boa! Mas essa pessoa era muito amiga tua? Porque tipo assim, as vezes acontece de algumas “visitas” darem uma mãozinha aqui em casa também, mas pra isso o nível de intimidade tem que ser top de linha, e é assim, uma ajudinha e não fazer o serviço todo. Por exemplo, semana passada um amigo meu veio almoçar aqui em casa e o suco ficou pra ele fazer, porque ele é expert nisso, mas o almoço em sí já estava todo prontinho, mesa posta e tudo mais…


Dyrdhra
24/12/2009 às 0:03
Responder SIM, mais esse detalhe. Eu fiz td sozinha e s/ um alma caridosa pra nada. Isso só pode ser um Karma!!!


A Perfeccionista
24/12/2009 às 0:21
Responder Ahhh mas aí também é sacanagem né


Margareth
11/12/2009 às 17:30
Responder Concordo com Nadir, realmente todos os finais de ano são sempre iguais, seguir tradições é uma chatice, e fica tudo muito repetitivo, cumprimentos em pessoas q. vc. n conhece, tudo p/ seguir uma obrigação soa como hipocrisia mesmo, e Dyrdra tem razão, bom mesmo nessa época é tomar um chá de sumiço, mas p quem tem familia grande isso é impossivel.


A Perfeccionista
12/12/2009 às 17:55
Responder Não sei sabe, hoje em dia eu prefiro me esconder nesses tempos de festas de final de ano, primeiro, como eu contei no post, odeio a hipocrisia entre “amigos”, e depois que minha familia tem uma estrutura meio complicada, sou filha única do segundo casamento tanto do meu pai como da minha mãe, meu pai faleceu já vai pelos 15 anos e meu contato com os outros irmãos, cunhados(as), primos(as), sobrinhos(as) e afins é aquilo meio distante e formal, não tem bem aquele sentido todo de familia, não que haja problemas entre nós, nos entendemos bem, mas digamos que a quimica da família no mais essencial sentido não rola muito (que eles nunca leiam isso aqui!), então todos meus finais de ano são sempre só com a minha mãe, que já é de idade e não é muito chegada a festividades e afins, já era assim com meu pai que já era de idade tambem e seguia aquela linha muito tradicional relativa a festas, em resumo: final de ano pra mim é sinonimo de monotonia, por isso toda essa aversão…


Joana D'Arc
11/12/2009 às 15:09
Responder Cris, sabe a famosa Chocolândia, aqui no Ipiranga? ela faz o melhor panetone do Brasil! o de chocolate derrete na boca e tem chocolate MESMO! não é só aquelas gotinhas de chocolate…e sabe a fábrica da Bauducco/Visconti, tambem no Ipiranga, passei lá outro dia e o panetone deles não tá lá essas coisas! mas o precinho, sim, lá nas alturas!


Sabem…tenho que confessar…eu queria que já fosse 2011 só para não ter essas festas…Eu não tenho pai nem mãe(minha mãe partiu em dez/2008)…e não ter mãe é perder a referência na vida…mãe é sempre o nosso porto de chegada…nosso aeroporto…o aconchego para onde sempre voltamos…


Sniff…e desculpem.


A Perfeccionista
12/12/2009 às 18:01
Responder Poxa Joana, sinto muito por você


Eu também não tenho pai, ele faleceu em 1994, graças a Deus tenho a minha mãe que apesar dos 61 anos de idade, está com a saude organizada. Mas ela nunca foi de muita comemoração de festividades em geral, até mesmo quando meu pai era vivo, tudo era muito tradicional e sem graça pra falar a verdade…


Danielle
11/12/2009 às 14:06
Responder Eu só gosto dessa época pq me lembra férias..rsss…Ainda não dei o grito de independência para minha mãe..por isso ainda tenho que acompanhá-la nessa tradição de fim de ano..=/..só vou por ela mesmo pq sei que ela fica triste se eu não for..Só pela minha mãe mesmo!


A Perfeccionista
12/12/2009 às 18:02
Responder Ah isso aí é indiscutível! Dezembro é sinonimo de ficar em casa sem ter o que fazer, quer dizer, isso pra quem pode curtir as tão sonhadas ferias de final de ano né


Cristiane
09/12/2009 às 13:27
Responder Ai Nadir,entendo o que voce quis dizer com tudo isso, mas vou te falar amiga…tenho uma SAUDADE do clima de Natal de sampa, de ir nos shoppings e ver da decoracao de Natal, de ir aos mercados e ouvir musicas natalinas e ver aquelas pilhas de panetones, de passar Natal e Virada do Ano com minha familia,ver a queima de fogos em Copacabana (na tv, mesmo…rs), pois aqui nao tem nada disso, nao tem clima de nada, nao tenho nocao da virada do ano, que comecou um novo Ano, onde para mim, renovam-se as esperancas sim, assim como quando a gente vai dormir a noite, depois de um dia ruim, a gente sempre pensa…amanha sera um novo dia, insha alla, melhor…rs


Meu marido sabe que adoro essa epoca, ate disse para montarmos uma arvore de Natal em casa, mas nao e a mesma coisa, nao tem clima, entende? Nem me animo de montar arvore de Natal aqui…Nem o panetone que comprei, italiano, e gostoso como os nossos, molhadinhos como os da Bauducco…rs…Natal e Ano Novo me lembra reuniao de famila, comida caseira, sei la…SAUDADES DE TUDO ISSO!!!


A Perfeccionista
12/12/2009 às 23:33
Responder Bom, no teu caso tem aquela questão de que só valorizamos as coisas quando as perdemos, como estas em um país que não tem esse clima natalino todo, então logo vem a valorização que no meu caso aqui não existe, hoje eu odeio essas festas de final de ano, mas olhando por esse lado, tenho certeza que se eu morasse fora daqui, de uma forma ou de outra, aprenderia a valorizar, e ate a gostar tambem…


Dyrdhra
08/12/2009 às 17:38
Responder Tomei a decisão de ficar sozinha no Natal e Ano Novo desde 2008. Tem gente q acha q ñ tenho p/ onde ir, q estou desprezada dos amigos e familiares ou “tô” altamente deprê. Nada disso!! Esse é o melhor presente q me dou, pois quem pode ter essa liberdade de escolha?? Comer o q eu quiser, ñ ter q me “lascar” no pé do fogão o dia td(problema sério de quem cozinha razoável), aguentar abuso ou bebedeira de terceiros, limpar a sujeira dos outros, arrumar a mesa antes e depois, euzinha ter seeeempre que cortar o “maldito” Tender, Peru ou Chester.(Engraçado, entra ano e sai ano e nunca ninguém aprende a cortar esses desgraçados!! Óbvio, tem tem bêsta ñ compra cavalo.)


Praticamente ser a última a se arrumar e comer também, estar c/ os cabelos terríveis de gordura e suor… e nem adianta procurar alguém p/ arrumá-los, tds sumiram p/ se cuidarem.


Enfim, q maravilha!! Fazendo e comendo somente o q quero, vendo o programa a minha escolha -chega daquela chatice de contagem regressiva do Faustão ou outros…igaaa- Ficando bem confortável c/ roupa nova, velha ou nenhuma. Dormindo soooooozinha, s/ me preocupar onde socar “trocentas pessoas”, qdo é q elas chegam? e como chegam?…. Ainda tem essa!!


Ñ ter q acordar primeiro q tds p/ cuidar de lavar os banheiros(Urgente!!) e providenciar o café da manhã. Louca p/ dar “chá de sumiço” em tudo e todos.


Aleluia!! Enfim, livre e muito bem acompanhada…por mim mesma, tá bom??


A Perfeccionista
12/12/2009 às 23:35
Responder Perdí o fôlego aqui com essa lista toda de afazeres, geente assim não tem final de ano que valha a pena mesmo!!


Reveillon 2012 no Rio de Janeiro

Reveillon 2012 no Rio de Janeiro



O Reveillon 2012 no Rio de Janeiro, será, com o Carnaval, a maior festa da cidade carioca. Na noite de Reveillon 2012 do Rio, haverá milhões de pessoas nas praias a comemorar. A maioria destas pessoas concentrar-se-á na festa de Reveillon na praia de Copacabana.


No entanto, a Praia de Copacabana não é o único lugar para desfrutar da alegria e dos espectaculares fogos de artifício exibidos à meia-noite. Haverá vários shows de artistas conhecidos, espalhados pelos vários palcos instalados não só ao longo da praia de Copacabana, mas também noutros bairros da cidade maravilhosa.


•Reveillon 2012 nos hotéis e restaurantes do Rio de Janeiro


Mas a grande festa do Reveillon 2012 no Rio de Janeiro não acontece só nos locais onde estão instalados os palcos. Também nos hotéis e restaurantes oferecem menus especiais e festas a condizer.


Uma vez que a procura de hotéis e restaurantes para o Reveillon é sempre muito grande, é conveniente que as reservas sejam feitas com bastante antecedência.


•Ofestas a Iemanjá no Reveillon de Copacabana


Além de festejarem o Reveillon 2012, muitos milhares de pessoas também se deslocam à praia para celebrarem a Festa de Iemanjá. Deusa a quem oferecem flores, presentes, perfumes e arroz, colocados em pequenos barcos e deixados à deriva no mar, ou então jogados diretamente na água.


Os moradores e os turistas que se deslocarem à festa de Reveillon 2012 no Rio de Janeiro, vão testemunhar, como acontece noutros anos, uma belíssima queima de fogos, com luzes e laser misturados, na virada do ano. Sem dúvida que se trata de uma festa memorável!


•Reveillon 2012 nos outros bairros do Rio de Janeiro


Além do Reveillon 2012 em Copacabana, haverá também muita animação noutros bairros da cidade do Rio de Janeiro.


No Reveillon 2011, a Prefeitura do Rio fez a festa em mais 10 bairros, com vários palcos com programação musical variada para todos os gostos:


Penha:
Um espetáculo pirotécnico foi realizado do alto da Igreja de Nossa Senhora da Penha. A festa começou às 18h, na Praça Emiliana, no IAPI, com shows da Orquestra Tupy, da Banda do Exército, Projeto Social AfroReggae, Ed Motta e da bateria da escola de Samba Imperatriz Leopoldinense. Um DJ da rádio Beat 98 fechou a festa com animação até 3h.


Piscinão de Ramos:
No Piscinão de Ramos, o público assistiu à atuação dos grupos de samba Nem te Conto, Bom Gosto, Os Muleques e Boca de Siri, além da bateria da Portela.


Ilha do Governador:
Seis atrações animaram o público da Ilha do Governador. No palco montado na Praia da Bica, atuaram: Razão Brasileira, Banda Terreirão, MC Bruninha, grupo Swing e Simpatia, grupo Mescla e, como não poderia faltar, a bateria da União da Ilha do Governador.


Paquetá:
A Praia da Moreninha foi o cenário para a apresentação do Samba Urbano, Quintal do Pagodinho, Roda de Samba (com Deita e Rola, Beto Correa, Dicró e Bruno Maia) e o Grupo Nascente. O carnaval também se fez representar com as escolas de samba Império da Tijuca e Porto da Pedra. Para fechar a festa, as carrapetas de um DJ.


Sepetiba:
Na Praia do Recôncavo, quem animou foi o DJ Boby Brow, os grupos Etynia e ImaginaSamba, além do cantor Reinaldo, Príncipe do Pagode, e da escola de samba Mocidade Independente de Padre Miguel.

Praia de Guaratiba:
Na Praia da Guaratiba, a festa esteve a cargo do DJ Wody e dos grupos Doze Mais, Nosso Clima e Sensação, além da bateria da Estação Primeira de Mangueira.


Barra da Tijuca:
Na Barra da Tijuca, a festa foi animada pelo cantor Baia e os grupos Molejo e Batuque Digital, além da bateria do Salgueiro.


Praia do Flamengo:
As atrações do Reveillon na Praia do Flamengo foram o DJ Rafael BP, Moyseis Marques e Roda de Samba do Carioca Gema, Dominguinhos do Estácio e a bateria da Escola de Samba São Clemente.


* YEMANJÁ NÃO É SEREIA

Sereia (do grego antigo: Σειρῆνας) é um ser mitológico, parte mulher e parte peixe (ou pássaro, segundo vários escritores e poetas antigos).

É provável que o mito tenha tido origem em relatos da existência de animais com características próximas daquela que, mais tarde foram classificados como sirénios.

Filhas do rio Achelous e da musa Terpsícore, tal como as harpias, habitavam os rochedos entre a ilha de Capri e a costa da Itália.
Eram tão lindas e cantavam com tanta doçura que atraíam os tripulantes dos navios que passavam por ali para os navios colidirem com os rochedos e afundarem.
Odisseu, personagem da Odisséia de Homero, conseguiu salvar-se porque colocou cera nos ouvidos dos seus marinheiros e amarrou-se ao mastro de seu navio, para poder ouvi-las sem poder aproximar-se.
As sereias representam na cultura contemporânea o sexo e a sensualidade.
Na Grécia Antiga, porém, os seres que atacaram Odisseu eram na verdade, retratados como sendo sereias, mulheres que ofenderam a deusa Afrodite e foram viver numa ilha isolada.
assemelham às harpias, mas possuem penas negras, uma linda voz e uma beleza única.


Algumas das sereias citadas na literatura clássica são:


Pisinoe (Controladora de Mentes),


Thelxiepia (Cantora que Enfeitiça),


Ligeia (Doce Sonoridade),


Aglaope,


Leucosia,


Parténope.


Segundo a lenda, o único jeito de derrotar uma sereia ao cantar seria cantar melhor do que ela.


Em 1917, Franz Kafka escreveu o seguinte no conto O silêncio das sereias:


As sereias, porém, possuem uma arma ainda mais terrível do que seu canto: seu silêncio.


quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Ajeje - O ritual da morte

Ajeje
 - O ritual da morte -



Morrer é ir e voltar, não dentro de uma visão evolutiva e carmática cristã, mas dentro da ótica africana da realização.

Nascemos de novo na mesma família, voltamos de filhas e netas, porque viver é bom, aqui realizamos, plantamos nosso Axé para que o planeta Terra tenha continuidade.


O corpo do morto é lavado, untado e perfumado, vestido com sua roupa mais bonita, e a família se reúne para uma festa que vai preceder seu enterro.

Nossos mortos não são cremados, voltam à terra para serem transformados em matéria prima para novos seres humanos (cremos ser a argila esta matéria).


Morte de gente velha é socialmente aceita, dá em festa, com muita comida, bebida e tambores.

Morte de jovem, de criança, de mulher grávida, morte em circunstâncias trágicas, é encarada com tristeza e dor.

Mas, como rezamos cantando e dançando, mesmo assim o ritual mortuário e o enterro são uma festa.


Tudo que pertence ao falecido é distribuído aos parentes ou destruído durante as cerimônias fúnebres, que tem uma diversidade muito grande, dependendo do grau hierárquico e religioso do morto.

Não se dão pompas reais fúnebres a plebeus, mas todos, sem exceção, tem direito aos ritos religiosos.


Parte da força vital, como lascas de unhas, alguns fios de cabelos, roupas e objetos devem ser conservados em vasos de barro para que o "emi" (força vital, o que de imortal existe no ser humano) do parente morto seja louvado e relembrado por sua descendência.


E o local de repouso do morto, se possível, será uma terra sua, a sua casa, o quarto em que viveu.

Seus descendentes se regozijarão de sabê-lo próximo durante todos os atos de sua família.


Como praticamos rituais e seu significado religioso: Diversidade Brasileira

Diversidade Brasileira



Ao vir para o Brasil, através do horror da escravidão, a Tradição de Orisa e outras tradições africanas assimilaram algo de cristão, algo de indígena, algo de kardecista, dando origem hoje a diversas crenças afro descendentes, como a Umbanda e o Candomblé, religiões eminentemente brasileiras, que têm sua origem na afro descendência e nas tradições afro originais.

Por isso, com ligeiras alterações, os mesmos tipos de rituais são praticados aqui.


Nossas religiões deixaram de ser tribais e étnicas, mas ainda não podem ser ditas globais, estando talvez em um estágio intermediário, que pode ser chamado de restrito.


O hábito de temer o desconhecido e criticar o não habitual, faz com que ainda hoje, os cultos afro não sejam encarados como uma religião digna, completa e complexa, com sacramentos próprios, e com uma antigüidade de sete mil anos que fala por si.


Também o fato de nossa escrituras serem orais, faz com que sejamos encarados, não como um povo que até bem poucos anos, cem ou cento e cinqüenta, era ágrafo, adepto portanto da tradição oral, mas como uma religião sem saber próprio, fato certamente agravado no Brasil pelo sincretismo católico.


Esta visão tem sido paulatinamente modificada pela postura de antigos e respeitados Sacerdotes de Templos tradicionais brasileiros, que encaram o sincretismo como algo político, desnecessário e ultrapassado, e abrem com isso o caminho a uma nova visão religiosa da afro descendência brasileira.




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* Como praticamos rituais e seu significado religioso: Igbeyawo - A união de um homem e uma mulher

Igbeyawo
 - A união de um homem e uma mulher -



Descendência é talvez o primeiro mandamento da vida yorùbá.

Homens e mulheres desejam que seus parentes mortos voltem a viver em sua companhia, e as mulheres jovens estão sempre prontas a darem filhos a seus maridos.

A noiva é escolhida pela família, e esta escolha é referendada pelo oráculo Ifa, pelos Ancestrais, pelos mais velhos.

A vontade dos noivos também se faz ouvir.


O casamento se inicia com um cortejo alegre de mulheres, familiares e amigas da noiva, precedidas por tocadores de tambor, que acompanham a noiva através das ruas e do mercado, carregando cestas na cabeça, onde recebem presentes para o futuro casal.

Chegando ao Templo ou à casa do noivo, já as famílias estarão esperando por elas.


Uma mulher bem casada lava pés e mãos da noiva na entrada, e a toalha é dada de presente à sogra, para que a noiva seja obediente e submissa, caso vá morar com ela .


Os noivos se prostram ao chão em posição de respeito perante os mais velhos, e as famílias trocam presentes.

Elogios serão feitos para os noivos, definindo suas qualidades e o que trazem de bom para o casamento.

O pai do noivo entrega ao pai da noiva o "preço da Noiva", dinheiro ou jóias simbólicos, em maior quantidade se a noiva já for mãe ou estiver grávida, porque então já provou sua fertilidade ( nós dizemos "Ìyá ni wura, Baba ni digi" - Mãe é ouro, Pai é vidro).


O noivo reverencia a noiva por ser mulher, estar sujeita à menstruação, poder engravidar e dar à sua família a descendência necessária para que a força vital familiar se perpetue.

E caberá à noiva zelar por "Igba Egungun", cabaça esculpida, recheada de elementos mágicos que simbolizam a família do noivo, entregue à ela por seu futuro sogro.

Não se usa aliança, mas sim uma corrente de metal trabalhado no tornozelo direito da mulher, simbolizando sua entrado da família do marido.

E caberá às mulheres mais velhas da família, por muitos meses , instruí-la sobre as lendas, cantigas e histórias familiares, para que possa então ensinar seus filhos.


* Como praticamos rituais e seu significado religioso: Ikomojade - O dia de dar nome ao recém nascido

Ikomojade
- O dia de dar nome ao recém nascido -



A criança, desde o útero materno, participa ativamente da Religião.

O oráculo é consultado na gestação para saber quais os ebo necessários a fim de que o bebe faça uma boa escolha de destino, seja saudável e que a mãe tenha um bom parto.

No dia de seu nascimento, a placenta e o cordão umbilical são enterrados em um vaso especial chamado "isasum" (que foi previamente pintado por seu pai ou pelo homem mais velho da família nas cores branca , azul e vermelha, com símbolos de ancestralidade), em um ritual chamado "Iwo", que significa a devolução à mãe Terra da força vital que o criou, como a busca pela fonte de vida, pela foz de um rio.

E neste local, mais tarde, durante sua vida, "ebo" serão feitos, e dali, daquela terra, sairá um "onde" (amuleto) que o protegerá durante toda a sua existência.


A consulta ao oráculo Ifa será feita pelo Sacerdote até o quarto dia de vida do bebe, e a família será informada sobre qual o antepassado que está de volta, o destino da criança, suas interdições ancestrais e religiosas, a que Orisa pertence sua cabeça e para o qual, no tempo certo, deverá ser iniciada.

Neste dia, pela primeira vez, a Mãe ergue o bebe em suas costas, modo fácil de carregá-lo, que cria um liame de amor e confiança entre mãe e filho e, na prática, libera suas mãos para os deveres do quotidiano.


No sétimo dia para uma menina, no oitavo dia para gêmeos, no nono dia para um menino, um cerimônia chamada "Ikomojade" (dia de dar o nome a um recém nascido) será realizada, reunindo a família e amigos, em uma festa de alegria e felicidade por mais um filho que chega.

Para um yorùbá, importante é ter descendência, é realizar através de filhos e netos, daí as manifestações de satisfação com a chegada de cada novo bebe.


A criança é a primeira a ouvir seu nome completo da boca do Sacerdote ou do mais velho da família.

Os ancestrais são chamados a compartilhar desta hora de congraçamento familiar, e se manifestarão através do "obi" (kola akuminata), fruto de origem africana usada como alimento de deuses e homens e como veículo da adivinhação, um dos ramos do oráculo Ifa.

A partir de então, o bebê está inserido no círculo familiar, tem seu lugar na hierarquia tribal.



* Como praticamos rituais e seu significado religioso: Afesu - A iniciação de um novo Sacerdote

Afesu
- A iniciação de um novo Sacerdote -



A iniciação é um rito de passagem, uma morte simbólica que transforma um homem comum em um instrumento do Orisa, em um "elegun", pessoa sujeita ao transe de possessão, a emprestar seu corpo para que Orisa viva entre nós mais uma vez, por um período de horas ou dias.

O iniciando passa por ritos complexos, de isolamento e segregação, de silencio absoluto, de tonsura ritual, de sacrifícios de animais, de oferendas de alimentos, de pequenos cortes para inserção de pós mágicos em seu corpo ( cicatrizes sagradas que definem os futuros sacerdotes), simbolizando uma volta ao útero da Mãe Terra, de onde renascerá, não um homem comum, mas o instrumento de um Orisa, que por sua boca e seu corpo falará e se manifestará, aumentando assim seu conhecimento e o de todos os outros crentes.


Sua apresentação , já com sua nova personalidade e seu novo nome, ao público do Templo e da cidade, transforma-se então em uma festa de cores e de beleza inenarrável, aonde todos comparecem desejosos de compartilhar Axé (palavra que define nossa Religião : A/Awa: nós, xé: realizar, Axé - nós realizamos).

Por várias vezes o neófito é apresentado ao povo, vestido e pintado com cores próprias do Orisa ao qual é consagrado, ao som dos tambores e de ritmos e cantigas tão antigos quanto a vida dos homens neste mundo.

E a cada troca de roupas, mais o Axé se espalha pelo Templo, culminando com a vinda dos Orisa, que vêm brincar e falar com seus filhos diletos, demonstrando sua satisfação por mais uma etapa cumprida.


Cada item tem seu significado nesta hora.

A pena vermelha, chamada "ekodide", que o elegun carrega em sua cabeça, simboliza realeza, honra, status adquirido pelo fato de ele ter se iniciado para ser um novo sacerdote dedicado ao culto daquele Orisa.

As pinturas em cor branca, azul e vermelha, feitas a partir de substâncias vegetais e minerais, são os símbolos dos líquidos vitais de animais, plantas e do próprio ser humano, essenciais para a nova vida do iniciado.


A melhor roupa vestida por ele, por sua família, e por todos os presentes, demonstram o respeito e o apreço por Orisa.

Como se fossem se apresentar frente a Reis, nada menos que o melhor é permitido, uma vez que muitos Reis são os representantes de nossos Orisa neste mundo, descendentes diretos que aqui ficaram para perpetuar sua força vital.

Isto se estende aos alimentos e bebidas, cuja qualidade é severamente observada, aos animais oferecidos, às contas para a confecção de colares, e a todos objetos que compõem o Ebo.

O bom não é suficiente, só o melhor é dado para o Orisa.


Por muitos dias o neófito irá carregar consigo um colar especial de sagração no pescoço, simbolizando seu amor, devoção e sujeição ao Orisa.

Neste período também cumprirá resguardo sexual, porque esta energia não pode ser desperdiçada, toda sua força energética deve estar centrada em Orisa.

Comerá comidas especiais, dormirá no chão, em uma esteira, aprenderá com os mais velhos as orações e cânticos de seu Orisa.

É um tempo de amor, dedicação e aprendizado, um reaprender a viver, uma inserção do sagrado no cotidiano, uma experiência que não pode ser descrita, mas sim vivida.


E a possessão faz parte de tudo isso, um ser dominado; um compartilhar corpo e espírito com Orisa; um ser o deus e voltar a ser o homem; sem a menor possibilidade de interferência, em que a perda de vontade própria e a submissão são aprendidos sem que se ensine ou aprenda, por instinto e memória ancestral.

Algo de tribal, algo de divino, algo de humano, algo de fantástico.

Ser para saber.


E, ao fim de tudo, o elegun reaprende os atos do dia a dia, retoma sua vida diária, mas para ele estará em primeiro lugar e sempre o Orisa.

E, conhecendo através do oráculo sagrado, o Ifá, suas interdições, as proibições que Orisa e ancestrais lhe deram durante sua iniciação, ele conhecerá seu lugar na rígida hierarquia tribal, familiar e religiosa e viverá melhor sendo um "omo awo", filho do segredo, do que sendo tão somente um ser humano.