CASA PODEROSA DOS FILHOS DE YEMANJÁ

CASA PODEROSA DOS FILHOS DE YEMANJÁ

segunda-feira, 30 de junho de 2014

Zoró



Camarão -

- Ervas [ língua-de-vaca ]

- Azeite-de-dendê -

- Salsa -

- Coentro -

- Cebola -

- Cebolinha -

- Pimenta malagueta -

Ensopa-se o camarão com ervas. Temperar com azeite-de-dendê , salsa ,coentro , cebola ,cebolinha , e pimenta , tudo bem ralado .-



QUIZIBU



MILHO VERDE DEBULHADO-

-QUIABO-

-TORRESMO-

-CARNE DE SOL-

-VELA MARROM-

Debulha-se o milho verde e mistura o quiabos temperados com bom torresmo colocando-os a cozinhar até formarem uma papa.

Para acompanhar este prato carne de sol passada nas brasas.





JACICOU



-Camarão-
-Cebola seca-
-Coentro-
-Tomate-
-Pimentão verde,vermelho e amarelo-
-Sal-
-Azeite-de-dendê-
-Arroz-
-Farinha de trigo-

Cozinha-se camarão com todos os temperos, isto é ,cebola , coentro ,tomate , pimentão , sal e azeite . 

Quando amolecer e estiver caldo grosso , com o auxilio do machucador , esmaga-se o camarão .

Mistura-se com arroz cozido e farinha de goma até os dedos ficarem limpos .

Forma-se bolos que são fritos de preferencia no azeite-de- dendê .



Ejá Funfun



- Peixe-
- Limão -
-Coentro -
- Alho-
-Cebola seca-
-Cheiro verde -
-Azeite docê -
-Óleo de urucum-
-Tomate-

Tempere postas de peixe de água doce com sal , suco de limão e alho espremido. Reserve por pelo menos 1 hora.Em uma panela , refogue cebola , óleo de urucum e duas colheres de azeite doce. Reserve.Numa panela de barro untada, com uma colher de azeite, forre a metade da medida da cebola refogada com óleo de urucum e o azeite , metade de tomate picado. Acrescente as postas de peixe sem coloca-las uma por cima da outra. 

Cubra o restante com cebola refogada e com o tomate e acrescente o coentro e sal a gosto. Leve a panela tampada ao fogo aproximadamente 25 minutos.

Sacudindo de quando em vez para não grudar os Ingredientes.-


Efó para Iroko



Ingredientes:

4 xícaras de língua de vaca aferventada
2 xícaras de camarões defumados descascados
1 xícara de castanha de caju e amendoim
2 cebolas grandes
1 xícara pequena de azeite de dendê
1 xícara de leite de coco sal, pimenta e gengibre à vontade

Modo de Preparo
Estenda, numa peneira, as folhas de língua de vaca aferventadas,cortando com uma faca até ficar uniforme. Esprema as folhas, deixando-as bem abertas para evaporar toda a água. A massa obtida, uma vez seca, é refogada com camarão seco, pimenta, cebola e sal. Leve para cozinhar no azeite de dendê. Cozinhe com a panela tampada, acrescentando, ao final, o leite de coco.


Buenguê ou omitorô para Iroko





Cozinhar cangica branca e quando estiver amolecida adoçar com mel . 

Servir em tigela branca.



Bobó para Iroko



BOBÓ

-AIPIM .

-CAMARÕES SECO.

-CEBOLA SECA.

-TEMPERO VERDE.

-AZEITE-DE-DENDÊ.

-FOLHAS DE LORO.

Sua feitura é bem simples.

-Pega-se aipim limpo e descascado.
-Corta-se em pedaços pequenos.
-Leva-se ao fogo para cozinhar.
-Quando estiver mole amassa-se.
-Deixa-se que a água vá escorrendo.
-Junta-se camarões secos,descascados e moídos.
-Adiciona-se a cebola seca picada,salsa e cebolinha.
-Mistura-se bem e deixa-se cozinhar um pouco com azeite-de-dendê.
-Obtém-se então uma espécie de pure,que deve ser servido em tigela branca e enfeitado com folhas de loro.


Acassá para Iroko




-CANGICA BRANCA

-FOLHA DE BANANEIRA

-ALGUIDAR DE BARRO

-VELA  BRANCA


Deixa-se o milho branco com água em alguidar novo.
Sem qualquer resíduo até amolecer,ralando-se depois.

Passa-se numa peneira fina ficando ao cabo de algum tempo a massa no fundo do vaso , Isto pronto escoa-se a água , deitando-se a massa no fogo , com outra água , até cozinhar em ponto grosso,retirando-se com uma colher de madeira pequenas porções que são envolvidas em folhas de bananeira depois de rápido aquecimento no fogo.



Iroco ajuda a feiticeira a vingar o filho morto...



Iroco ajuda a feiticeira a vingar o filho morto...

Iroco era um homem bonito e forte e tinha duas irmãs. Uma delas era Ajé, a feiticeira, a outra era Ogboí, que era uma mulher normal. 

Ajé era feiticeira, Ogboí, não. 

Iroco e suas irmãs vieram juntos do Orun para habitar no Ayê. Iroco foi morar numa frondosa árvore e suas irmãs em casas comuns. 

Ogboí teve dez filhos e Ajé teve só um, um passarinho.

Um dia, quando Ogboí teve que se ausentar, deixou os dez filhos sob a guarda de Ajé.

 Ela cuidou bem das crianças até a volta da irmã. 

Mais tarde, quando Ajé teve também que viajar, deixou o filho pássaro com Ogboí. 

Foi então que os filhos de Ogbói pediram à mãe que queriam comer um passarinho.

 Ela lhes ofereceu uma galinha, mas eles, de olhos no primo, recusaram. Gritavam de fome, queriam comer, mas tinha que ser um pássaro. 

A mãe foi então foi a floresta caçar passarinhos, que seus filhos insistiam em comer. 

Na ausência da mãe, os filhos de Ogboí mataram, cozinharam e comeram o filho de Ajé. 

Quando Ajé voltou e se deu por conta da tragédia, partiu desesperada a procura de Iroco. Iroco a recebeu em sua árvore, onde mora até hoje. 

E de lá, Iroco vingou Ajé, lançando golpes sobre os filhos de Ogboí.

Desesperada com a perda de metade de seus filhos e para evitar a morte dos demais, Ogoí ofereceu sacrifícios para o irmão Iroco. 

-lhe um cabrito e outras coisas e mais um cabrito para Exú. 

Iroco aceitou o sacrifício e poupou os demais filhos. 

Ogboí é a mãe de todas as mulheres comuns, mulheres que não são feiticeiras, mulheres que sempre perdem filhos para aplacar a cólera de Ajé e de suas filhas feiticeiras. 

Iroco mora na gameleira branca e trata de oferecer e a sua justiça na disputa entre as feiticeiras e as mulheres comuns.

Lenda 80 do Livro Mitologia dos Orixás de Reginaldo Prandi


Iroco engole a devota que não cumpre a interdição sexual...



Iroco engole a devota que não cumpre a interdição sexual...

Era uma vez uma mulher sem filhos, que ansiava desesperadamente por um herdeiro. 

Ela foi consultar o babalawo e o babalawo lhe disse como proceder.

Ela deveria ir à árvore de Iroco e a Iroco oferecer um sacrifício. 

Comidas e bebidas que ele prescreveu a mulher concordou em oferecer. 

Com panos vistosos ela fez laços e com os laços ela enfeitou o pé de Iroco. 

Aos seus pés depositou o seu ebó, tudo como mandara o adivinho. 

Mas de importante preceito ela se esqueceu.

 A mulher que queria ter um filho deu tudo a Iroco, quase tudo. 

O babalawo mandara que nós três dias antes do ebó ela deixasse de ter relações sexuais. 

Só então, assim, com o corpo limpo, deveria entregar o ebó aos pés da árvore sagrada. 

A mulher disso se esqueceu e não negou deitar-se com o marido nos três que precediam o ebó.


Iroco irritou-se com a ofensa, abriu uma grande boca em seu grosso tronco e engoliu quase totalmente a mulher, deixando de fora só os ombros e a cabeça. 

A mulher gritava feito louca por ajuda e toda a aldeia correu para o velho Iroco. Todos assistiam o desespero da mulher. 

O babalawo foi também até a árvore e fez seu jogo e o jogo que o babalawo fez para a mulher revelou sua ofensa,sua oferta com o corpo sujo, porque para fazer oferenda para Iroco é preciso ter o corpo limpo e isso ela não tinha.


Mas a mulher estava arrependida e a grande árvore deixou que ela fosse libertada. 

Toda a aldeia ali reunida regozijou-se pela mulher. 

Todos cantaram e dançaram de alegria. 

Todos deram vivas a Iroco.

Tempos depois a mulher percebeu que estava grávida e preparou novos laços de vistosos panos e enfeitou agradecida a planta imensa. 

Tudo ofereceu-lhe do melhor, antes resguardando-se para ter o corpo limpo.

 Quando nasceu o filho tão esperado, ela foi ao babalawo e ele leu o futuro da criança: deveria ser iniciada para Iroco. 

Assim foi feito e Iroco teve muitos devotos. 

E seu tronco está sempre enfeitado e aos seus pés não lhe faltam oferendas.


Iroco castiga a mãe que não lhe dá o filho prometido...



Iroco castiga a mãe que não lhe dá o filho prometido...

No começo dos tempos, a primeira árvore plantada foi Iroco. Iroco foi a primeira de todas as árvores, mais antiga que o mogno, o pé de obi e o algodoeiro. Na mais velha das árvores de Iroco, morava seu espírito. 

E o espírito de Iroco era capaz de muitas mágicas e magias. Iroco assombrava todo mundo, assim se divertia. 

À noite saia com uma tocha na mão, assustando os caçadores. Quando não tinha o que fazer, brincava com as pedras que guardava nos ocos de seu tronco. Fazia muitas mágicas, para o bem e para o mal. Todos temiam Iroco e seus poderes e quem o olhasse de frente enlouquecia até a morte.


Numa certa época, nenhuma das mulheres da aldeia engravidava. Já não havia crianças pequenas no povoado e todos estavam desesperados. Foi então que as mulheres tiveram a idéia de recorrer aos mágicos poderes de Iroco. Juntaram-se em círculo ao redor da árvore sagrada, tendo o cuidado de manter as costas voltadas para o tronco. Não ousavam olhar para a grande planta face a face, pois, os que olhavam Iroco de frente enlouqueciam e morriam. Suplicaram a Iroco, pediram a ele que lhes desse filhos. Ele quis logo saber o que teria em troca. 

As mulheres eram, em sua maioria, esposas de lavradores e prometeram a Iroko milho, inhame, frutas, cabritos e carneiros. Cada uma prometia o que o marido tinha para dar. Uma das suplicantes, chamada Olurombi, era a mulher do entalhador e seu marido não tinha nada daquilo para oferecer. Olurombi não sabia o que fazer e, no desespero, prometeu dar a Iroco o primeiro filho que tivesse.

Nove meses depois a aldeia alegrou-se com o choro de muitos recém-nascidos. As jovens mães, felizes e gratas, foram levar a Iroco suas prendas. Em torno do tronco de Iroco depositaram suas oferendas. Assim Iroco recebeu milho, inhame, frutas, cabritos e carneiros. Olurombi contou toda a história ao marido, mas não pôde cumprir sua promessa. Ela e o marido apegaram-se demais ao menino prometido.

No dia da oferenda, Olurombi ficou de longe, segurando nos braços trêmulos, temerosa, o filhinho tão querido. E o tempo passou. Olurombi mantinha a criança longe da árvore e, assim, o menino crescia forte e sadio. Mas um belo dia, passava Olurombi pelas imediações do Iroco, entretida que estava, vindo do mercado, quando, no meio da estrada, bem na sua frente, saltou o temível espírito da árvore. Disse Iroco: "Tu me prometeste o menino e não cumpriste a palavra dada. Transformo-te então num pássaro, para que vivas sempre aprisionada em minha copa." 

E transformou Olurombi num pássaro e ele voou para a copa de Iroco para ali viver para sempre.

Olurombi nunca voltou para casa, e o entalhador a procurou, em vão, por toda parte. Ele mantinha o menino em casa, longe de todos. Todos os que passavam perto da árvore ouviam um pássaro que cantava, dizendo o nome de cada oferenda feita a Iroco.

Até que um dia, quando o artesão passava perto dali, ele próprio escutou o tal pássaro, que cantava assim: "Uma prometeu milho e deu o milho; Outra prometeu inhame e trouxe inhames; Uma prometeu frutas e entregou as frutas; Outra deu o cabrito e outra, o carneiro, sempre conforme a promessa que foi feita. 

Só quem prometeu a criança não cumpriu o prometido."
Ouvindo o relato de uma história que julgava esquecida, o marido de Olurombi entendeu tudo imediatamente. 

Sim, só podia ser Olurombi, enfeitiçada por Iroco. Ele tinha que salvar sua mulher!

Mas como, se amava tanto seu pequeno filho?

Ele pensou e pensou e teve uma grande idéia. 

Foi à floresta, escolheu o mais belo lenho de Iroco, levou-o para casa e começou a entalhar. 

Da madeira entalhada fez uma cópia do rebento, o mais perfeito boneco que jamais havia esculpido.

O fez com os doces traços do filho, sempre alegre, sempre sorridente. 

Depois poliu e pintou o boneco com esmero, preparando-o com a água perfumada das ervas sagradas. 

Vestiu a figura de pau com as melhores roupas do menino e a enfeitou com ricas jóias de família e raros adornos.

Quando pronto, ele levou o menino de pau a Iroco e o depositou aos pés da árvore sagrada. Iroco gostou muito do presente. Era o menino que ele tanto esperava!

E o menino sorria sempre, sua expressão, de alegria.

Iroco apreciou sobremaneira o fato de que ele jamais se assustava quando seus olhos se cruzavam. 

Não fugia dele como os demais mortais, não gritava de pavor e nem lhe dava as costas, com medo de o olhar de frente. Iroco estava feliz. 

Embalando a criança, seu pequeno menino de pau, batia ritmadamente com os pés no solo e cantava animadamente. 

Tendo sido paga, enfim, a antiga promessa, Iroco devolveu a Olurombi a forma de mulher. 

Aliviada e feliz, ela voltou para casa, voltou para o marido artesão e para o filho, já crescido e enfim libertado da promessa.

Alguns dias depois, os três levaram para Iroco muitas oferendas. Levaram ebós de milho, inhame, frutas, cabritos e carneiros, laços de tecido de estampas coloridas para adornar o tronco da árvore.

Eram presentes oferecidos por todos os membros da aldeia, felizes e contentes com o retorno de Olurombi. 

Até hoje todos levam oferendas a Iroco.

 Porque Iroco dá o que as pessoas pedem. 

E todos dão para Iroco o prometido.

Lenda 79 do LIvro Mitologia dos Orixás de Reginaldo Prandi
Iroco ajuda a feiticeira a vingar o filho morto...




Tempo/Irôko




Tempo ou Loko é um orixá originário de Íwerè, região que fica ao leste de Oyó na Nigéria, tão importante que ele é um orixá (e os africanos a muito sabem disso).

Tem um dito que diz "O tempo dá, o tempo tira, o tempo passa e a folha vira", muitas vezes precisamos que o tempo nos seja favorável, e outras não, quero dizer, precisamos de tempo curto ou longo, com o bom uso do tempo, muitas coisas se modificam, ou podemos modificar.

Irôko tem um temperamento estável, de caráter firme e em alguns casos violento. 

Na Nigéria, Irôko é cultuado numa árvore que tem o mesmo nome. 

Porém, no Brasil esta árvore foi substituída pela gameleira-branca que apresenta as mesmas características da árvore usada na África. 

É nesta árvore, a gameleira-branca, que fica acentuado o caráter reto e firme do orixá pois suas raízes são fortes, firmes e profundas.

Irôko foi associado ao vodun daomeano Loko dos negros de dinastia Jeje e ainda ao inkice Tempo, dos negros bantos.

Irôko, na verdade, é o orixá dos bosques nigerianos, onde lá na Nigéria é muito temido, porque como conta um itan, ninguém se atrevia a entrar num bosque sem antes reverenciá-lo. 

No Brasil, é nos pés da gameleira-branca que fica seu assentamento e também é ali que são oferecidas suas oferendas.
Sua cor é o branco e ainda usa palha da costa em sua vestimenta. 

Sua comida é o ajabó, o caruru, feijão fradinho, o deburu, o acaçá, o ebô e outras.


Em geral na frente das grandes casas de Candomblé, principalmente em Salvador, existe uma grande árvore com raízes que saem do chão, e são envoltas com um grande Alá (pano branco), este é Iroko, que é tido com árvore guardiã da casa de Candomblé pois ter esta árvore plantada no terreno da casa de Candomblé representa força e poder.. 

Este orixá é conhecido na angola como Maianga ou Maiongá.



Iroko, aspectos importantes !



Dia da Semana: Terça-feira.

Cores: Branco, Verde (ou Cinza) castanho

Símbolo: tronco

Domínios: Ancestralidade

Saudação: Iroko Issó! Eró!Iroko Kissilé.




Iroko,Loko,Loco,Iroco Soberano Deus do Tempo



O majestoso Iroko, poderosa árvore, em cujos galhos se abrigam divindades e ancestrais. 

Poderosa árvore aos pés da qual são depositadas as oferendas para as feiticeiras. 

Poderosa árvore cujas raízes alcançam o 
Orun ancestral e o tronco majestoso serve de apoio a Olorun. 

Iroko é o representante supremo do Culto dos Iguis, o culto aos espíritos das árvores que se assimila ao de Egungum. 

Grupo do qual fazem parte Apaóka, Odan e Akokô. 

No Brasil é considerado o protetor de todas as árvores, sendo associado particularmente à gameleira branca. 

Seu culto está intimamente associado ao de Ossain, a Divindade das Folhas litúrgicas e medicinais. 

É o Orixá da floresta, das árvores, do espaço aberto; por extensão governa o tempo em seus múltiplos aspectos, possue forte ligação com Xangô. 

Seja num caso ou noutro, o culto a Iroko é cercado de cuidados, mistérios e muitas histórias. 

A árvore simboliza, o tronco ereto e viril, membro fecundante da terra e do céu, elo, cordão umbilical entre o Orun e o Aiê, na concepção restrita Iorubá.

 No começo dos tempos, a primeira árvore plantada foi Iroko. 

Iroko foi a primeira de todas as árvores, mais antiga que o mogno, o pé de Obi e o algodoeiro. 

Na mais velha das árvores de Iroko, morava seu espírito. 

E o espírito de Iroko era capaz de muitas mágicas e magias. 

Iroko assombrava todo mundo, assim se divertia quando não tinha o que fazer, brincava com as pedras que guardava nos ocos de seu tronco. 

Fazia mágicas, para o bem e para o mal. 

Todos temiam Iroko e seus poderes, quem o olhasse de frente enlouquecia até a morte. 

No Brasil, Iroko habita principalmente a gameleira branca, cujo nome científico é ficus religiosa. 

Na África, sua morada é a árvore Iroko, nome científico chlorophora excelsa, que, por alguma razão, não existia no Brasil e, ao que parece, também não foi para cá transplantada. 

Para o povo yorubá, Iroko é uma de suas quatro árvores sagradas normalmente cultuadas em todas as regiões que ainda praticam a religião dos orixás.

 No entanto, originalmente, Iroko não é considerado um orixá que possa ser "feito" na cabeça de ninguém. 

Para os yorubás, a árvore Iroko é a morada de espíritos infantis conhecidos ritualmente como "abiku" e tais espíritos são liderados por Oluwere.

Quando as crianças se vêem perseguidas por sonhos ou qualquer tipo de assombração, é normal que se faça oferendas a Oluwere aos pés de Iroko, para afastar o perigo de que os espíritos abiku levem embora as crianças da aldeia. 

Durante sete dias e sete noites o ritual é repetido, até que o perigo de mortes infantis seja afastado. 

O culto a Iroko é um dos mais populares na terra yorubá e as relações com esta divindade quase sempre se baseiam na troca: um pedido feito, quando atendido, sempre deve ser pago pois não se deve correr o risco de desagradar Iroko, pois ele costuma perseguir aqueles que lhe devem. 

Iroko está ligado à longevidade. 

É referido como "Orixá do grande pano branco que envolve o mundo", numa alusão clara às nuvens do Céu. 

As árvores nas quais Iroko é cultuado normalmente são de grande porte; são enfeitadas com grandes laços de pano alvo (oja fúnfún) e ao pé dessas árvores são colocadas suas oferendas, notadamente nas casas de origem Ketu, onde recebe lugar de destaque. 




Orixá Iroko






Jamais uma dessas árvores pode ser derrubada sem trazer sérias consequências para a comunidade. 

Iroko é o protetor das crianças indefesas, ele guarda para sí os espiritos dos Abiku, aqueles que quando chegam à Terra não se sentem bem e retornam a seu lugar de origem.

Iroko é invocado em questões difíceis, tais como desaparecimento de pessoas ou problemas de saúde, inclusive a mental. 

Seus filhos são altivos e generosos, robustos na constituição, extremamente atentos a tudo o que ocorre a sua volta. 

Sua cor é o cinza, as cores das contas utilizadas nos ilekes de seus filhos é o verde e o marrom. 

O branco é muito utilizado em seus ojas, panos confeccionados de forma simples e com tecidos de baixa qualidade, preferencialmente o morim, que deve ser utilizado em seu tronco até o seu mais completo fim.
  

Orin T' Iroko 


Iroko nsó?
Erò, Iroko nsó,
Erò.



O que brota no Iroko?
Calma é o que brota em Iroko,
Calma.



Ajubá Iroko orô igui-orun, e jin wá ipá omo pupô

Iroko nsó!



Respeitamos Iroko, espírito da árvore do céu, lhes deem força e filhos

Iroko nsó!



Iroko iku ko

Bere iku ko

Iroko lá o man o jé

Iroko lá o man o jé

E hu le hu le ko le Iroko, Iroko jo keke alagbe inan ko nen ibá iyá, ibá, iyami syin syin, oju ko  sá alamó l'ade

A inan bu kaakaa

Kanan wô

A inan bu kaakaa



Iroko que desapareça a morte

Inclinamo-nos ante a falta da morte

Iroko aparece, você que sempre come de tudo

Iroko aparece, você que sempre come de tudo

Pode brotar, Iroko pode recolher, Iroko dança em circulos, ancião do fogo que ensina a respeitar a mãe, a respeitar minha mãe de existência, ama que não foge, proprietário da argila e da coroa

Veem fogo profundo por toda parte

Consome com as chamas e derruba

Veem fogo profundo por toda parte.




Julho o Mês do orixá Iroko ( QUEM PROMETE A IROCO DEVE CUMPRIR )

Iroko na África
Pé de iroko


Havia uma vendedora de obis e orobôs que todos os dias, ao ir para o mercado,passava por um grande pé de iroco e lhe deixava uma oferenda, pedindo que ajudasse a engravidar, assim mais tarde, teria alguém para ajudá-la com a mercadoria que carregava na cabeça num pesado balaio e, também companhia na velhice.

Prometia a Iroco um bode, galos, obis, orobos e uma série de oferendas da predileção do Orixá da Arvore.

A mulher concebeu e deu a luz a uma filha, esquecendo-se da promessa no mesmo instante. 

Ao ir para o mercado, escolhia outro caminho, esquivando-se de passar perto de Iroco, com medo que o Orixá cobrasse a promessa.

A menina cresceu, forte e sadia e, um dia a mulher teve necessidade de passar, com a filha, perto de Iroco. 

Não tinha outro jeito se não por ali. 

Saudou a arvore, sem se deter, e seguiu seu caminho, com o balaio na cabeça.

A criança parou junto a quem lhe tinha dado a vida (sem de nada saber), achando Iroco belo e majestoso.

Apanhou uma folha caída no chão e não se deu conta que a mãe seguia em frente, andando mais depressa que de costume, quase correndo. 

Quando a mulher percebeu que tinha caminhado ligeiro demais, já estava muito afastada da menina.

Olhando para trás. 

Viu a arvore bailando com a criança e falando da promessa abandonada. 

As enormes raízes abriram um buraco na terra, suficientemente grande para tragar a menina, propriedade do orixá.

"Quem prometer, que cumpra".



Arquétipo dos filhos de Iroko.



Arquétipo: 

             Eloqüentes, ciumentos, camaradas, inteligentes, competentes, teimosos, turrões e generosos. 

Gostam de diversão: dançar e cozinhar; comer e beber bem.

Se apaixona com facilidade, assim como gostam de liderar.

Dotados de senso de justiça, são amigos queridos e inimigos terríveis. 

Porém se reconciliam facilmente. 

Não conseguem guardar segredos.








Mês Sete na Casa de Yemanjá. um período especial reservado ao Poderoso Orixà Iroko




Iroko é um Orixá pouco cultuado no Brasil; Seus filhos também são raros.

Iroko vive na mais suntuosa árvore que há numa roça de candomblé' e também nas matas.

Representa a ancestralidade, nossos antepassados, pais, avós, bisavós, tataravôs. 

Representa também o seio da natureza, morada dos orixás...

Desrespeitar iroko, (grande e suntuosa árvore ) é desrespeitar sua dinastia, seus avós, seu sangue...

Iroko representa a história do ylé, assim como, de seu povo...

Protegendo sempre o mesmo das tempestades.

Iroko protege muito seus filhos...




quinta-feira, 12 de junho de 2014

Airá Mofe, Osi ou Adjaos




Airá Mofe, Osi ou Adjaos: É o eterno companheiro de Oxaguiã.


Alguns constam ainda Oranian, que seria seu pai; Dadá seu irmão, Aganju um dos seus sucessores, Ogodo que segura dois oxés, sendo o seu èdùn àrà composto de dois gumes e é originário de tapá; Os Airá seriam muito velhos, sempre vestidos de branco e usando segi (contas azuis) em lugar dos corais vermelhos, e seriam originários da região de Savê.



Airá Igbonam (Agoynham) ou Ibonã



Airá Igbonam (Agoynham) ou Ibonã: 

                                                É considerado o pai do fogo, tanto que na maioria dos terreiros, no mês de junho de cada ano, acontece a fogueira de Airá, rito em que Ibonã dança sempre acompanhado de Iansã, dançando e cantando sobre as brasas escaldantes das fogueiras.



Airá Intile



Airá Intile: É o filho rebelde de Obatalá. 

Airá Intilé foi um filho muito difícil, causando dissabores a Obatalá. 

É dele o mito que conta a primeira vez que Airá Intilé se submeteu a alguém.

 Airá tinha sempre ao pescoço colares de contas vermelhas que Obatalá desfez e alternou as contas encarnadas com as contas brancas dos seus próprios colares. 

Obatalá entregou a Intilé o seu novo colar, vermelho e branco. 

Daquele dia em diante, toda terra saberia que ele era seu filho. 

E para terminar o mito, Obatalá fez com que Airá Intilé o levasse de volta ao seu palácio pelo rio, carregando-o em suas costas. 

Neste caminho, Airá Intilé dá aos seus filhos um ar altivo e de sabedoria, prepotente, equilibrado, intelectual, severo, moralista, decidido.




Oranifé



Oranifé: É o justiceiro, reto e impiedoso, que mora na cidade de ifé.


Tapa: É muito conhecido pelo seu temperamento imperioso e viril. 

Não perdoa os erros de seus filhos.



Koso ou Obacossô



Koso ou Obacossô: Em sua passagem pela cidade de Kossô, Xangô recebe o nome de Obacossô, ou seja, o rei de Kossô. 

Conta o mito que, depois de passar pela terra dos tapas, Xangô refugiou-se na cidade de Kossô, mas a dor de haver destruído seu povo, levou o rei a suicidar-se. 

No momento da morte de Xangô, Iansã chegou ao Orum e, antes que Xangô se tornasse um Egun, pediu a Olodumare que o transforme num orixá. 

Assim Xangô foi feito orixá pelo pedido de sua mulher Yansã. 

Os filhos de Obacossô são serenos, tiranos, cruéis, agressivos, severos, amorosos, moralistas.



Jakuta



Jakuta: É aquele que atira as pedras, é a encarnação dos raios e trovões. 

É a própria ira de Olorun, o Deus criador. 

É o senhor do edun-ará, a pedra de raio. 

Conta o mito que o reino de Jacutá foi atacado por guerreiros de povos distantes, num dia em que seus súditos descansavam e dançam ao som dos tambores. 

Houve muita correria, muita morte, muitos saques. 

Jacutá escapou para a montanha seguido de seus conselheiros, donde apreciava o sofrimento de seu povo. 

Irado, o rei chamou sua mulher Iansã, que, chegando com o vento, levou consigo a tempestade e seus raios. 

Os raios de Iansã caíram como pedras do céu, causando medo aos invasores, que fugiram em debandada. 

Mais uma vez, Jacutá fora acudido por Iansã, e mais, sua eterna amante deu-lhe, dessa feita, o poder sobre as pedras de raio, o edun-ará. 

Gente de Jacutá tem espírito de um velho pensador, justiceiro, incansável, brutal, colérico, impiedoso, preocupado com a causa dos outros.