CASA PODEROSA DOS FILHOS DE YEMANJÁ

CASA PODEROSA DOS FILHOS DE YEMANJÁ

sábado, 31 de maio de 2014

O Império de Oyo Yoruba

Império Oyo na sua mais longa extensão
Oyo Ile
Oyo Ile Yoruba
Império de Oyo
1400 – 1905


O Império de Oyo Yoruba (c. 1400 - 1835) foi um império da África Ocidental onde é hoje a Nigéria ocidental. 

O império foi criado pelos Yoruba, no século XV e cresceu para se tornar um dos maiores estados do Oeste africano encontradas pelos exploradores coloniais. 

Aumentou a preeminência da riqueza adquirida através do comércio e da sua posse de uma poderosa cavalaria. 

O império de Oyo foi o estado mais importante politicamente na região de meados século XVII ao final do século XVIII, dominando não só outras monarquias Yoruba nos dias atuais Nigéria, República do Benim, e Togo, mas também outras monarquias africanas, sendo a mais notável o reino Fon do Dahomey localizado no que é hoje a República do Benim).

ORIGEM
O segundo príncipe do Reino Yoruba de Ile-Ife também conhecida como Ifé, Oranyan (também conhecido como Oranmiyan), fez um acordo com o irmão de lançar uma incursão punitiva sobre os seus vizinhos do norte por insultar seu pai Oba (rei) Oduduwa, o primeiro Ooni de Ifé. 

No caminho para a batalha, os irmãos brigaram e o exército foi dividido.

 A tropa de Oranyan não era suficientemente grande para fazer um ataque com êxito, então eles vagaram a costa sul até chegar Bussa. 

Foi lá que o chefe local recepcionou-o e forneceu-lhe uma grande serpente com um encanto mágico amarrado à sua garganta. O chefe orientou Oranyan para acompanhar a cobra até que ela pare em algum lugar por sete dias e desapareça no solo. 

Oranyan seguiu os conselhos e fundou Oyo onde a serpente parou. 

O local é lembrado como Ajaka. Oranyan fez de Oyo seu novo reino e tornou-se o primeiro 'oba' (significando 'Rei' ou 'Imperador' na língua yoruba) com o título de 'Alaafin de Oyo' (Alaafin significa 'dono do palácio' em Yoruba), deixando todos os seus tesouros em Ife e permitindo que um outro rei chamado Adimu reinasse ali.

Breve período
Oranyan, o primeiro Oba (rei), de Oyo, foi sucedido pelo Oba Ajaka, Alaafin de Oyo. Este Oba foi deposto, porque ele era desprovido da força militar Yoruba e permitiu demasiada independência a seus sub-chefes. A liderança foi então conferida ao irmão de Ajaka, Sango (também escrito como Shango, também conhecido em várias partes do mundo como Xangô, Chango, Nago Shango e Jakuta) que mais tarde foi divinizado como a deidade dos trovões e relâmpagos. Ajaka foi reabilitado após a morte de Sango. Ajaka retornou ao trono pronto para a luta e profundamente tirano. Seu sucessor, Kori, conseguiu conquistar o resto do que mais tarde os historiadores referem-se como Oyo metropolitana

Oyo-Ile
O coração da Oyo metropolitana foi a sua capital em Oyo-Ile, (também conhecida como Katunga ou Velho Oyo ou Oyo-oro). 

As duas estruturas mais importantes em Oyo-Ile foram o 'afin' ou o palácio do Oba e o seu mercado. O palácio esteve no centro da cidade perto do mercado do Oba chamado 'Oja-oba'. Ao redor da capital havia uma alta muralha feita de terra para defesa, com 17 portas. A importância das duas grandes estruturas (o palácio e o Oja Oba) significou a importância do rei em Oyo

Ocupação Nupe
Oyo cresceu com uma força interior formidável, até o final do século 14.

Durante mais de um século, o estado Yoruba tinha se expandido à custa dos seus vizinhos. Depois, durante o reinado de Onigbogi, Oyo sofreu derrotas militares nas mãos dos Nupes conduzidos por Tsoede.

Por volta 1535, os Nupes ocuparam Oyo e forçaram sua sentença da dinastia refugiar-se no reino de Borgu.

Os Nupes continuaram saqueando a capital, destruindo Oyo como uma potência regional até o início do século 17


Período imperial
Oyo atravessou um interregnum de 80 anos como uma dinastia exilada depois da sua derrota pelos Nupes. Oyo reemergiu então, mais centralizado e expansivo do que nunca. Não estariam satisfeitos simplesmente com a retomada de Oyo, mas com o estabelecimento do seu poder ao longo de um vasto império.

Durante o século 17 Oyo começou um longo intervalo de crescimento, tornando-se um grande império.

Oyo nunca abrangeu todos os povos de língua yoruba, mas ele foi, de longe, o mais populoso reino na História Yoruba

Reconquista e expansão
A chave para a reconquista Yoruba de Oyo seria uns militares mais fortes e um governo mais centralizado. Adotando um exemplo de seus inimigos Tapa ou Nupe, o Yoruba rearmou-se não só com armadura mas com cavalaria.

Oba Ofinran, Alaafin de Oyo, conseguiu recuperar a Oyo original do território dos Nupe.6 Uma nova capital, Oyo-Igboho, foi construída, e a original ficou conhecida como Old Oyo (Velha Oyo).

O próximo Oba, Egonoju, conquistou quase todos de Yorubaland (Território Yoruba).

Depois disto, Oba Orompoto conduziu ataques destrutivos a Nupe para garantir que Oyo nunca fosse ameaçado por eles novamente.

Durante o reinado de Oba Ajiboyede foi o primeiro Bere festival, um evento que conservaria muita significação entre os Yoruba depois da queda de Oyo.

 E foi com o seu sucessor, Abipa, que os Yoruba foram finalmente obrigados a repovoar Oyo-Ile e de reconstruir a capital original.

Apesar de uma tentativa falha de conquistar o Império de Benin no passado entre 1578 e 1608,Oyo continuou a expandir-se. 

Os Yoruba deram autonomia ao sudeste da metropolitana Oyo onde as áreas dos não-Yoruba poderiam funcionar como um divisor entre Oyo e Benin Imperial.

Até o final do século 16, os estados Ewe e Aja da moderna Benin foram pagadores de tributo à Oyo


As guerras Dahomey
O revigorado Império de Oyo começou incursões em direção ao sul, em meados de 1682.

Até o final de sua expansão militar, as fronteiras de Oyo atingiriam aproximadamente 200 milhas para o litoral sudoeste da sua capital.

Encontrou muito pouca oposição séria, depois do seu fracasso contra o Benin, até o início do século 18. Em 1728, o Império de Oyo invadiu o Reino de Dahomey em uma grande e amarga campanha.

A força que invadiu Dahomey foi inteiramente composta de cavalaria. Dahomey, por outro lado, não possuía cavalaria, mas muitas armas de fogo. Essas armas de fogo se revelaram eficazes assustando os cavalos da cavalaria de Oyo e impediu-lhes a carga. O exército de Dahomey também construiu fortificações como trincheiras, que forçaram o exército de Oyo a lutar como infantaria. A batalha durou quatro dias, mas os Yoruba foram consequentemente vitoriosos depois que os seus reforços chegaram. 

Dahomey foi obrigado a pagar tributo para Oyo depois da vitória muito desputada. 

Este não seria o combate final, contudo, e os Yoruba invadiriam o Dahomey um total de sete vezes antes de que a pequena monarquia fosse totalmente subjugada em 1748

Referências
Alpern, Stanley B.. Amazons of Black Sparta: The Women Warriors of Dahomey. [S.l.]: New York University Press, 1998. ISBN 0814706789
Bascom, William. (Aug., 1962). "Some Aspects of Yoruba Urbanism". American Anthropologist 64 (4): 699–709. DOI:10.1525/aa.1962.64.4.02a00010.
Goddard, Stephen. (Jun., 1971). "Ago That became Oyo: An Essay in Yoruba Historical Geography". The Geographical Journal 137 (2): 207–211. DOI:10.2307/1796741.
Law, Robin. (1975). "A West African Cavalry State: The Kingdom of Oyo". The Journal of African History 16 (1): 1–15.
Oliver, Roland. The Cambridge History of Africa. Cambridge: Cambridge University Press, 1975. ISBN 0-52120-981-1
Oliver, Roland & Anthony Atmore. Medieval Africa 1250-1800. Cambridge: Cambridge University Press, 2001. ISBN 0-52179-372-6
Smith, Robert S.. Warfare & Diplomacy in Pre-Colonial West Africa Second Edition. Madison: University of Wisconsin Press, 1989. ISBN 0-29912-334-0
Stride, G.T. & C. Ifeka. Peoples and Empires of West Africa: West Africa in History 1000-1800. Edinburgh: Nelson, 1971. ISBN 0-17511-448-X
Thornton, John K.. Warfare in Atlantic Africa 1500-1800. London and New York: Routledge, 1999. ISBN 1-85728-393-7
Thornton, John. Africa and Africans in the Making of the Atlantic World, 1400-1800 (Second Edition). Cambridge: Cambridge University Press, 1998. 340 Pages p. ISBN 0-52162-724-9
FONTE: http://pt.wikipedia.org/wiki/Imp%C3%A9rio_de_Oyo


Império Oyo na sua mais longa extensão






Bayanni



Baiani, Bayanni ou Dada filho de Òrànmíyàn é irmão mais velho de Xangô e Soponna. 

Tornou-se Alaafin de Oyo Pacífico, foi um rei fraco que quase não reinou.

No Brasil é chamado de Bayanni ou Dadá Ajaká, é representado por uma coroa de búzios chamada de Ade Bayanni ou Adê de Banni é enfeitada de búzios com diversas tiras pendentes.


A RAÍZ DOS REIS YORUBANOS: AJAKA, ŞÀNGÓ E AGANJU




Şàngó, Ajaka são bisnetos da maior divindade Yorubana, Oduduwa o autor da existência ou a fonte geradora da vida. 

Oduduwa era filho de Olodù maré, ou seja, o pai ou Deus do Odu, isto é: o Todo-Poderoso, já que a etimologia da palavra odù significa tudo que é extraordinariamente grande. 

Oduduwa foi enviado por Olodumare do céu para criar a terra. 

Olokun, a deusa do oceano era esposa de Oduduwa, Oranmiyan e Isedale seus filhos e Ògun seu neto. 

Oduduwa morreu ou desapareceu como preferem dizer os da nação Yoruba em paz e foi divinizado, sendo adorado até estes dias pelo Ifẹs. 

A terra de Ile Ifẹ, que fica no estado de Ọyọ na Nigéria é consagrada a ele. 

Ele era o avô e bisavô de reis renomados e príncipes que regeram e fizeram história no país de Yoruba, e teria vivido por volta do ano 2.180 a.C.

Já o pai de Şàngó e Ajaka se chamava Orañyan que vinha a ser neto de Oduduwa e sucedeu seu avô no trono. 

Orañyan era um grande guerreiro de uma coragem indomável. 

Ele foi responsável pela expansão tanto do reino como da cultura Yoruba.

 Fundou Ọyọ onde viveu por alguns anos dizem que foi viver em uma cidade também fundada por ele chamada Òkó, deixando Ọyọ a cargo de um dos príncipes. 

Ele residiu por muitos anos em Òkó e de acordo com alguns teria morrido lá, já outros afirmam que ele teria morrido em Ilẹ Ifẹ onde existe até hoje um obelisco chamado Opa Orañyan (o bastão de Orañyan) que teria sido erguido sobre a sua sepultura. 

A dúvida de ter morrido em Òkó ou Ile Ifẹ se deve ao fato dos Yorubas terem o costume de sempre que um morre longe de casa de cortar os cabelos e aparar as unhas do falecido para serem enterrados solenemente em seu lugar de origem, logo, isso poderia ter acontecido.

Havia também uma outra versão contada, foi dito que depois de um período longo de reinado uma necessidade urgente lhe fez visitar de novo a cidade de Ile Ife de onde ele havia partido por tão longo um tempo; talvez organizar alguns negócios familiares, ou tomar posse de alguns dos tesouros de seu pai que quando partiu deixou a cargo de Adimu, um dos criados fiéis de seu pai. Ele deixou seu filho Ajaka como Regente e partiu. 

Tendo ficado mais tempo do que o tempo fixado para o retorno dele (comunicação entre os dois lugares então era perigoso e difícil) as pessoas acreditavam que ele estava morto ou que de qualquer modo ele não iria mais retornar a Òkò; o ỌYỌ MESI que era as leis aprovadas da cidade, conseqüentemente confirmou Ajaka no trono, o investindo com carta branca, e toda a insígnia de realeza. 

Mas Orañyan retornou; e quando estava a uma distância curta da cidade, a atenção dele se voltou para som do Kakaki um trompete soprado só para o soberano. 

Ao investigar, ele compreendeu o que tinha acontecido. Logo então, ele recuou os passos calmamente e voltou para Ile Ifẹ onde dizem que passou o resto de seus dias em uma pacífica aposentadoria.
Orañyan era o pai de todo os Ọyọs ou dos próprios Yorubas e era o conquistador universal da terra. 

Ele deixou para trás dois filhos renomados, Ajaka e Şàngó, ambos o sucederam na direção, e ficaram famosos na história dos Yorubas, e foram divinizados depois de mortos.

AJAKA, ŞÀNGÓ E AGANJU: TRÊS REIS, TRÊS ORÍŞAS.

Os Yorubás exaltam como oríşas, reis ou alguma pessoa que por algum motivo se destacaram na terra, como um herói, por exemplo, tornando-se assim objeto de veneração. 

Os Yorubás acreditam em vida após morte, consequentemente fazem adorações aos mortos. Afirmam que após certo período, pais falecidos retornam para família sobrevivendo como crianças, ou seja, acreditam na reencarnação. Um pai ou um fundador de uma família também pode se transformar em um oríşa para seus filhos e descendentes se transformando em uma divindade para ser cultuada pelos mesmos. Portanto o número de oríşas existente por toda terra dos Yorubás é bastante grande, dizem serem mais ou menos uns quatrocentos; sendo que alguns se destacam nacionalmente e em outros países.


Ser Oríşa a bem da verdade significa ter sido escolhido entre os antepassados para ser venerado. Logo, torna-se quase impossível que algum Yorubá não cultue um Oríşa, e que todos por algum motivo sejam associados a alguma força da Natureza.


Acreditam também em julgamento futuro como é indicado através de um provérbio: “Ohungbogbo ti a şe l’aye, li a o de idena Orun ka” (O que quer que façamos na terra seremos cobrados nos portais do céu).

PRIMEIRO REINADO DE OBA AJAKA

Entre todos os reis de Yoruba só Ajuan, pseudônimo Oba Ajaka subiu ao trono por duas vezes.


Muito pouco é conhecido de seu primeiro reinado, a não ser que possuía uma personalidade bem diferente de seu pai. Era uma pessoa pacífica e seu maior interesse era a agricultura que incentivava e amava.
Por ser muito moderado e pacífico para o espírito aguerrido da época sofreu invasões de reis provincianos. 

Nesta mesma época encontrava-se em grande ascensão Olowu seu primo, que logo após a morte de seu tio Orañyan passou a ter mais poder do que o próprio rei de Ọyọ, obrigando o pacífico Ajaka a pagar-lhe tributo, alguns afirmam que teria sido seu irmão Şàngó que o teria forçado a pagar-lhe tributo, se foi Olowu ou Şàngó não se sabe ao certo, mas o pagamento de tributos é que teria sido o motivo para ele ter sido destronado, partindo para Igbodo onde permaneceu exilado por sete anos durante o período em que o seu irmão Şàngó reinou em seu lugar.

OBA ŞÀNGÓ

Oba Şàngó pseudônimo de Olufiran foi o quarto Rei ou Alâfin de Ọyọ. 

Filho de Orañyan e irmão de Ajaka. 

Ele tinha temperamento muito violento, inflamado, além disso hábil em truques de mágica e muito, muito sedutor . 

Ele tinha o hábito de emitir fogo e soltar fumaça pela sua boca e com isso ele aumentou grandemente o medo entre os seus subordinados.


Quando Şàngó sucedeu ao trono, sendo um homem muito jovem, o Olowu pretendeu tirar proveito da sua mocidade; e da mesma forma que fez com Ajaka também exigiu que ele lhe pagasse tributo, mas Şàngó se recusou reconhecer a sua primazia apesar da ameaça do Olowu de privá-lo da companhia de suas esposas e de seus filhos; por conseguinte sua capital foi cercada e uma briga acirrada resultou. 

Şàngó além de exibir a sua habituada coragem, também demonstrou o seu domínio de magia; grande volumes de fumaça que emitia pela boca e narinas, acabou por apavorar o Olowu e o seu exército, que foram completamente derrotados e rapidamente fugiram..

Depois desta vitória se seguiram outras, e a cada nova êxito ele ficava mais firmemente estabelecido no trono; assim ele foi exaltado, respeitado e tirânico.

A ambição dele agora era remover a sede do governo de Òkó para Ọyọ então chamada
Ọyọkóró, ele sabia que iria encontrar uma forte oposição do príncipe daquela cidade e por isso ele se propôs a arquitetar planos pelos quais poderia efetuar seu propósito com o mínimo de luta possível.


Şàngó era agora possuído de um desejo de executar um ato de devoção filial. Ele queria adorar a sepultura de sua mãe morta, mas ele fez de tudo para se lembrar o nome dela e não conseguiu porque ela morreu quando ele era apenas um bebê. 

Şàngó sabia que ela era a filha de Elempe um rei Nupe que formou uma aliança com Orañyan lhe dando a filha dele para desposar, de tal matrimônio Şàngó tinha conhecimento.


Shàngó encomendou a um escravo de Tàpá e um Hausa então para irem ao país dos Nupe, para estarem com seu avô materno Elempe com o propósito de lhes dá um cavalo e uma vaca para o sacrifício no túmulo de sua mãe.
Estes mensageiros do Rei ficaram encarregados de escutarem cuidadosamente o nome proferido na prece que evidentemente seria o nome de sua mãe.
Aos mensageiros foram dadas boas-vindas cordialmente, e foram bastante entretidos por Elempe, o avô de seu Rei, de forma que o Hausa esqueceu de seu dever do qual ele foi acusado. Na hora do sacrifício, o sacerdote havia dito "Torôsi, Iya gbodo, nos escuta, seu filho Şàngó veio adorá-la.

" O Tàpá notou o nome Torôsi, mas o Hausa, estando longe não se preocupou em prestar atenção ao nome proferido; então, ao retornar o escravo tàpá era altamente recompensado, o Hausa era castigado severamente sem descanso. O castigo dado a ele era de 122 cortes de navalha, cortaram o corpo dele por toda parte como uma advertência duradoura e eterna.


As cicatrizes formadas estranhamente por estas feridas levaram fantasia às esposas do Rei que achavam que elas acrescentaram atração e beleza ao homem, e então elas aconselharam tais marcas não deveriam ser executado em um escravo, mas sim em membros da família real como distintivo de realeza.
Şàngó seguiu o conselho, e se colocou primeiro nas mãos do “Olowolas" (os marcadores) nomeou Babajẹgbe Ọsan e Babajẹgbe Oru; mas ele só resistiu à dois cortes em cada braço, e lhes proibiram de proceder qualquer adicional. Isto é o que é contado em Èyò. Os cortes ficaram apenas na família real, como um distintivo da realeza, e conseqüentemente os membros da família real são denominados Akèyò. São duas marcas grandes de fitas nos braços do ombro ao pulso.

Quando o Rei resolveu tomar Ọyọkòrò, o ocorreu empregar isto como um dispositivo pelo qual ele poderia efetuar o propósito dele facilmente sem perda de vidas. Ele então enviou o escravo Hausa a Ọyọkòró para verem como bonito este escravo ficara com estas marcas, e que então por causa disso as mesmas agora eram marca de realeza; ele aconselhou então que Ọlọyọ-koro e seus ministros se submetessem e serem assim marcados, como grau e beleza, declarando que ele mesmo tinha feito assim. 

Eles então concordaram, e foram enviados para lá Babajẹgbe Ọsan e Babajẹgbe Oru, e admiravelmente executaram suas tarefas.

Mas no terceiro dia, quando Ọlọyọ-koro e seus chefes estavam ainda muito doloridos, Shàngó apareceu com toda a sua força contra eles; nenhuma resistência foi oferecida, e a cidade caiu nas mãos dele facilmente: vergonhosamente e brutalmente matou o príncipe e seus chefes, as cobaias de seu estratagema.
Assim a sede do governo foi removida definitivamente de Òkò (ou como querem alguns, de Ile Ifẹ) para antiga Ọyọ o "Eyeo ou Katunga”.
Şàngó reinou durante sete anos, e todo período foi marcado pela sua inquietude e espírito guerreiro. Ele lutou muitas batalhas e exibiu suas magias.

Segundo as histórias contadas pelos akipatitas (verdadeiras enciclopédias vivas), a bravura de Şàngó não estava na luta física, mas sim na estratégia de luta. Para ele era como se tudo não passasse de um jogo matemático entre: custos x lutas x beneficio, aonde no produto desse jogo chega o guerreiro pacificador, que entra em batalha contra os fatores já esgotados. Vitorioso, pacifica-os para que eles continuem reinando em seus territórios, porém sobre o seu total domínio.

Não bastasse tudo isso Şàngó tem uma biografia muito extensa que vai da paixão pela automagia, alquimia até as mulheres, divas deusas como: Òşun, Oba e Ọya que ao seu lado estão sempre dispostas a entrarem em batalha a qualquer momento para defendê-lo. 

Entre elas se destaca Ọya nome da fiel e amada esposa que teria sido a única que o acompanhou para cidade de seu avô paterno. Ela era discreta e feroz, uma amazona, e se tornou indispensável ao seu marido em todos os sentidos. Dizem que nada ele fazia sem ela.
Alguns cânticos cantados nos candomblés aqui no Brasil fazem referência a esta união:

Lówólówo gùdò pá/ E Osé boya mi/ Ọya okàn de osé be/ Ose bóya mi/ (Ultimamente evita brigas calmamente. O deus do Trovão talvez esteja diferente. 

Oya seduziu o coração do deus do Trovão, e tomou a frente, talvez de um novo deus do Trovão).

Wúyewúye Ọya bẽkó/ Oba ni ta èse wúyewúye/ Ọya bẽkó oba ni ta èse ké niwà àyaba/Oba ni ta òse, oba karí Èkó. 

(Secretamente Ọya disse ao Rei não ser errado impor um tributo, sigilosamente. 

Oya disse não ser ruim persistir favorecendo o bem disposto Rei. O Rei então concordou com o tributo. 

O Rei chegou em Èkó (cidade de Lagos)).

Oya madá be lê se bè lê imã (Oya tem como hábito estar sempre a frente de tudo, é poderosa pede sempre mais do que precisa).

O Odu Okànràn Meji,colhido por Wande Abimbola faz referência à união desses dois oríshas, por ser muito longo apresentarei apenas alguns versos.


A díia fún Şàngó,/Igbà ti nlọ rèé gbóya níyàwó/Wón ní ó kaáki mólè/ O járe,/Ẹbọ ni ó şe;/ Eşu àìşebo,/Ẹgbà àiterù/Şàngó kò,/Şàngó ò rú;/Ò p’awo lékèé,/Ó p’eşù lóle;/Ó wórun yàn yàn/Bi ẹni ti ò níí kú mó láyé;/Ó wáá kọtí ògbóin sébọ./Aya rórò jọkọ lọ o./Aya rorò jọkọ lọ./Ẹyin ò mò p’óya ló rorò ju Şàngó./ Aya rorò jọkọ lọ./Ọya ló rorò ju Şàngó/ Aya rorò jọkọ lọ./Ta ni o mọ pé Ọya ló rorò ju şhàngó./ Aya rorò jọkọ lọ./

(Foi feito um jogo adivinhatório para Şàngó/quando ele ia tomar Oya por esposa/ disseram-lhe quefosse logo/para não se arrepender depois./Disseram-lhe que fizesse ebó/pois deixar de fazer ebó coloca Eşu contra a pessoa/Şàngó recusou/Ele não fez ebó/Chamou o awo de mentiroso/e chamou Eşu de ladrão./Virou a cabeça com altivez/como se fosse um imortal./Fez ouvidos moucos à recomendação de fazer ebó/A esposa é mais feroz que o marido!/A esposa é mais feroz que o marido!/Vocês não sabem que Ọya é mais brava que Şàngó./A esposa é mais brava que o marido./Ọya é mais brava que Şàngó./ A esposa é mais brava que o marido./Quem não sabe que Ọya é mais brava que Şàngó?/ A esposa é mais brava que o marido.)

Era dito que Şàngó tinha o conhecimento de alguma preparação pela qual ele poderia atrair raio. O palácio a Ọyọ foi construído ao pé de uma colina chamado Òkè Ajaka (a colina de Ajaka). Um dia o Rei subiu esta colina acompanhada pelos seus cortesãos e alguns de seus escravos, entre os quais estavam dois favoritos, Biri e Omìran; alguns de seus primos também o acompanharam. 

Ele estava disposto a tentar a preparação ele tinha nas mãos; pensando que estava úmido e inútil, ele fez primeira experiência em sua própria casa. Mas entrou em vigor, uma tempestade imediatamente e o os relâmpagos atingiram o seu palácio e algumas outras construções antes deles desceram a colina, e tudo ficou em chamas. Algumas das esposas de Şàngó, dizem que ele possuía dezesseis, e todos seus filhos morreram nesta catástrofe.

Şàngó foi autor de seus próprios infortúnios! Ficou abalado e consternado com que tinha acontecido, com o coração partido. Ele então decidiu abdicar do trono, e retirar-se para a corte de seu avô materno, Elempe rei dos Nupes.
Todos os ọyọs estavam agitados, não só por simpatizarem com o Rei, mas também para dissuadi-lo de sua resolução, porém Şàngó não admitia qualquer tipo de oposição, e se encontrava tão enlouquecido, que usou sua espada contra alguns de seus leais súditos, cento e sessenta pessoas, que se aventuraram a lamentar sua decisão, e que prometiam a ele substituir suas esposas mortas por outras, e com elas gerar novos filhos, e assim com o tempo reparar suas perdas presentes.

De acordo com outros relatos, ele não se abdicou por livre vontade dele, mas foi solicitado a fazê-lo por um forte partido de oposição do estado. Ambas os relatos podem ser verdadeiros, pode ter havido as duas versões para este fato. Yorubas têm aversão por Rei dado a fazer feitiços mortais; porque para quem já tem poder absoluto investido a ele através de lei, este poder estranho e vingativo pode ser usado contra qualquer um, ninguém se sente seguro com um rei assim.


O fato é que ele partiu para sua viagem fatal com alguns seguidores. Biri seu escravo favorito foi o primeiro a lamentar a medida tomada, e a incitar seu senhor a ceder às súplicas dos cidadãos de Ọyọ que com toda a lealdade prometeram substituir as suas perdas, até onde o homem poderia fazê-lo, e reconstruir o palácio; mas achando o Rei inexorável, ele o abandonou e voltou à cidade com todos seus seguidores; Omìran seguiu igual exemplo e o Rei então, foi deixado sozinho. 

Ele agora se arrependia de sua precipitação, especialmente quando ele se achou abandonado pelo seu favorito, Biri.

Ele não poderia prosseguir sozinho, e por vergonha não poderia voltar para casa, e ele então resolveu acabar com a própria vida, e subiu em uma árvore de manteiga de karité (chamada de akumolapa na Nigéria ou Igi Èye pelos yorubas), e lá se enforcou.

Seus amigos quando ouviram falar desta tragédia foram para lá imediatamente executaram para ele o último ato de bondade, enterrando seus restos mortais sob a mesma árvore.
Ao ouvir falar da morte do Rei, seus amigos pessoais seguiram o seu exemplo, e morreram com ele. 

Biri se suicidou em koso (onde o rei morreu), Omiran fez o mesmo. Seu primo Omo Sàndá se suicidou em Papo, Babayanmi em Sẹlẹ, Obei em Jakuta e Ọya a sua esposa favorita em Irá. “Ọya wọlè ni ile Irá; Şàngó wọlè ni Koso” um provérbio que diz: Ọya desapareceu na cidade de Irá; Şàngó na cidade de Koso. Os heróis e heroínas nunca são citados como mortos, e sim como desaparecidos.

Assim terminou a vida deste personagem notável que outrora dominou todo o Yorubas e Popos. Mais tarde ele foi divinizado, e ainda adorado por toda raça Yorubá como o deus de trovão e do relâmpago. 

A este grande guerreiro são dedicadas todas as conquistas Yorubanas. Viveu aproximadamente em 1450 a.C. Foi deificado após seu “desaparecimento”, porém devido a sua bravura e sentimentalismo passou a ser: ORÍŞA TI AKIN (DIVINDADE DA JUSTIÇA).


Em cada cidade Yoruba e Popo até hoje, sempre que houver um relâmpago seguido por um estrondo de trovão, é comum ouvir da população mensagens de "ka wo o" ka biye si "(Bem-vindo à sua majestade, viva o rei). Sem dúvida foi o mais poderoso e o mais forte de todos os Alafins.

Ajaka seu irmão foi chamado do exílio, e ele segurou as rédeas de governo mais uma vez.

SEGUNDO REINADO DE OBA AJAKA 

Um novo homem! Assim pareceu Oba Ajaka em seu segundo reinado, em nada lembrava aquele homem tranquilo, amante da agricultura, que por falta de atitude não conseguiu conservar seu trono. Este novo Ajaka era valente, amante das armas, parecendo ser até mais guerreiro que seu irmão Şàngó.
Agora eram atribuídas a ele várias façanhas contadas pelo seu povo. Entre elas a expedição que ele liderou ao país de Tapa, onde ele empregou grandes pássaros muito bem treinados munidos com setas mortíferas, que depois de cruzarem o rio Niger despencaram estas armas fatais sobre os aliados maternos de seu irmão Şàngó com grande êxito.

Ele passou seus últimos anos empreendendo guerras civis com seus súditos. Era dito que ele tinha estado comprometido em guerras civis com 1060 de seus chefes e príncipes entre os quais o vassalo principal ou reis provincianos: Onikoyi, Olugbon, e Arẹsa.

Ele teve a seu serviço alguns "curandeiros" que fizeram encantos para ele, a saber, Atagbọin, Ọmọ-onikòkò, Abitibiti Onişegun, Paku, Tẹtẹoniru, Yãnà, Ọkọ-adán Ẹgbẹji, Alari baba işegun, e Elenre.

Conta-se também que depois de o ajudarem a vencer várias guerras, alguns desses "curandeiros" foram até Oba Ajaka, e humildemente, suplicaram para que ele permitisse a volta deles para casa, mas o rei recusou-se a conceder-lhes licença, temendo que seus serviços fossem requeridos por alguns outros reis, e dessa forma, outros usufruíssem dos encantos que fizeram para ele. Como eles estavam determinados a irem para casa, eles mostraram ao Rei através de provas demonstrativas, que eles fizeram o pedido simplesmente por cortesia, mas que o rei não os poderia deter. Paku abaixou-se diante dele, e desapareceu. 

Tete oniru, Abitibiti Onisegun, e Alari baba Isegun executou o mesmo feito e desapareceu. Egbeji jogou para cima uma bola de linha que pairou no espaço, e ele subiu por essa linha e desapareceu. Somente Elenre permaneceu de pé diante dele. Então o rei teria dito a ele: "Elenre, você deve seguir os exemplos de seus colegas e desaparecer, ou eu desafogarei minha vingança em você pela desobediência deles”. "Mate-me se puder" respondeu Elenre. 

O Rei então ordenou que ele fosse decapitado; mas na tentativa espada se quebrou em duas. Ele ordenou então que ele fosse lanceado, mas a lança se dobrou e o braço do lanceiro murchou! Ele ordenou rolar uma pedra grande em cima dele para esmagá-lo até a morte, mas nele tal pedra caiu leve como uma bola de algodão.

Todas as tentativas de acabar com Elenre se mostraram inúteis, o rei e seus executores não sabiam mais o que poderiam fazer, até que ocorreu a um deles de procurar por Ijaehin a esposa de Elenre, que ao ser prevalecida lhe contou que nenhum ferro ou aço poderia afetá-lo, e completou: “Puxe uma única lâmina de grama do sapé da casa, e com isso você pode decapitá-lo”. 

E assim foi feito, e em um único gesto a cabeça foi degolada, mais um imprevisto aconteceu, ao invés da cabeça cair no chão, caiu na mão do Oba Ajaka, e ele com o susto a agarrou involuntariamente. E rei fez de tudo para se livrar da cabeça, mas não conseguiu, e o pior o rei estava se definhando, pois não conseguia comer e nem beber, qualquer alimento que trouxessem para ele a cabeça devorava, da mesma qualquer bebida a cabeça sugava. E o rei estava morrendo de fome e sede


Todos os "curandeiros" de toda tribo do reino foram chamados, para desencantar este fenômeno alarmante. Só que assim que qualquer um entrasse, a cabeça o chamava através de nome, contava a composição dos seus encantos, e então perguntava a ele: "Você pensa que isso pode me afetar?" Assim muitos ficaram perplexos, até que finalmente chegou Asawo; este homem prostrou imediatamente a uma distância e pediu a cabeça para privar-lhe de qualquer coisa, dizendo: _ "Quem sou eu para opor-lhe? Em o que eu sou melhor que meus antecessores a quem você já anulou? Eu só entrei por obediência aos comandos do Rei como não me atrevo a recusar, vim." A cabeça respondeu "Eu o respeitarei porque você é sábio e me respeita; Eu me rendo a suas solicitações." Então, caindo de repente das mãos do Rei, a cabeça de Elenre se tornou um rio corrente conhecido em Ọyọ atualmente como Odo Elenre (o rio de Elenre).

Sua esposa Ijaehin que descobriu o segredo da força dele também foi convertida em um córrego, mas a cabeça de Elenre disse "Tu não roubará nenhum fluxo”, então Ijaehin se tornou uma piscina empoçada em Ọyọ.
Deste incidente o rei Ajaka fez disso uma regra: que de daqui em diante nenhum rei deve estar pessoalmente presente a uma execução.

Ele decretou a morte de todos os 1060 reis vassalos levados à guerra; seus crânios foram reunidos como relíquias e são adoradas sob o nome de Orişa'la a partir de então. Esta é a origem provável desta adoração.
Nada é conhecido do fim de Ajaka, provavelmente ele morreu ou desapareceu em paz.

Ajuan pseudônimo: Oba Ajaka o terceiro e quinto Alafin de Oyo, na Nigéria. Bisneto de Oduduwa, filho de Orañyan e irmão de Şàngó. Viveu em 1450 a.C. No Brasil apesar dele ser irmão de Şàngó é cultuado como uma qualidade de Şàngó que reverencia a paciência e a persistência em alcançar seu objetivo, provavelmente uma alusão ao seu primeiro reinado quando foi destituído de seu reino, e da sua volta triunfante em seu segundo reinado.

OBA AGANJU

Oba Aganju o sexto Alâfin ou Rei de Ọyọ. Como Şàngó não deixou descendentes diretos, já que seus filhos foram todos mortos graças a experiência fatídica que ele próprio promoveu. Aganju o filho de Ajaka subiu ao trono sem qualquer tipo de disputa.

O reinado dele se mostrou longo e muito próspero. Ele tinha uma habilidade toda especial para domesticar animais selvagens e répteis venenosos, alguns dos quais podiam ser vistos rastejando sobre seu corpo. 

Ele também possuía em sua casa um leopardo dócil.

Possuía um bom gosto apurado. Embelezou seu palácio acrescentando praças na parte da frente e de trás, com filas de postes de bronze. E ele que deu inicio ao costume de decorar o palácio com tapeçarias.

Perto do fim de seu reinado travou guerra com um homônimo seu, Aganju o Onisambo, por recusar-lhe a mão de sua filha Iyayun. Nesta guerra, quatro chefes foram capturados e suas cidades destruídas, a saber: Onisambo e seus aliados Onitede, Onimeri e Alagbòna. E assim garantiu a noiva à força.
Mas seu reinado foi ofuscado por um grande problema familiar que se transformou em tragédia. Lubẹgò seu único filho foi descoberto tendo relações ilícitas com a sua amada Iyayun, por conta disso muitos príncipes e pessoas comuns perderam suas vidas. Aganju totalmente enfurecido sentenciou sobre seu único filho penalidade extrema da lei, que foi rigorosamente realizada. Com a morte de seu filho o rei foi tomado de grande tristeza, ele morreu não muito tempo depois, mesmo antes do nascimento de um sucessor para o trono.

Mas Iyayun carregava em seu ventre o filho de Lubegò, a única esperança de um sucessor direto. Em conseqüência disso frequentemente eram oferecidos sacrifícios no túmulo de Aganju com a intenção que ele deixasse Iyayun conceber este filho que seria a única forma de seu nome jamais ser esquecido, e de sua dinastia não terminar. 

E Aganju então, permitiu que Iyayun desse à luz a este filho, toda a população ficou feliz. Esta criança foi chamada de Kori, e até ele ter idade suficiente para subir ao trono, Iyayun foi declarada regente. Ela usou a coroa, vestiu os roupões reais além de ser investida com o Ejigba e o Opa ileke e outras insígnias reais, e governou o reino como um homem até que seu filho completasse a idade para ser o novo rei.

No Brasil é cultuado como sendo uma qualidade de Şàngó, mas na verdade é seu sobrinho.

E assim mais um Rei se transforma em Oríşa; inspirando as multiformes de Deuses da Justiça.

Alguns casos aqui relatados foi contado por meu pai Dorode Oba Dode, além de ter feito pesquisas nos livros: The History of Yorubas de Samuel Johnson, Dicionário Antológico da Cultura Afro-Brasileira de Eduardo Fonseca Júnior.
fonte:
Postado por Pai Wilson d'Oxum (Bambawara) às 16:41  


Balança de Sangò



O RITUAL DE BALANCA EM BATUQUE

Algumas das principais caraterísticas do Òrìsà Sàngó, sâo: dualismo, equilíbrio e justiça. 

Uma da sua principal arma, o osê, ademais de ser o símbolo da liberdade do homem africano, é um exemplo dessas caraterísticas citadas anteriormente.

Essa dualidade produz o equilibrio, essência mesma da justica.
As láminas duplas do Osê sâo o bem e o mal; o poder humano do Alafim e o poder do Òrìsà; a temporalidade e a eternidade; a construçâo e a destruçâo; o vermelho e o branco; o sangue e o aiê; esun e efún; paz e guerra; os 6 Obá da esquerda e os 6 da direita.

A cerimônia de balança em Batuque, é realizada nas cantigas do Òrìsà Sàngó, nas festas onde é comemorado ao menos um sacrificio maior (4 patas). 

Só podem intervir nesta cerimônia os feitos, em um número nâo menor a seis.

ÒWÁ RI’ GODO ÀKÀRÀ O! À NÍ SE, A NÍ SE.
(Poderoso Ogodo, Vc que procura e recolhe a força cósmica que chega a nós, compartilha essa força para realizar a acometida).
ADÉ OWÓ
(Coroa valiosa)
A NÍ SE, A NÍ SE
(Compartilha esa força –a força da coroa-)
A NÍ SE O! OBA ORÓ
(Compartilha com nós teu poder, oh grande, poderoso, temerário Obá.)

Depois do ritual da balança, os atabaques tocam o “alujá”, dança predileta de Sàngó -que é proibida (ewó) aos filhos de Osanlá-.


fonte:https://euricon.wordpress.com/category/culto-orixas/page/2/


Junho o Mês do Orixá Xangô









Shango ou Sango, é Orixá, de origem Yorubá. 

Seu mito conta que foi Rei da cidade de Oyo, identificado no jogo do merindilogun pelos odu obará, ejilaxebora e representado materialmente e imaterial pelo candomblé, através do assentamento sagrado denominado igba xango.

Pierre Verger dá como resultado de suas pesquisas que: Shango ou Xangô, como todos os outros imolè (orixás e ebora), pode ser descrito sob dois aspectos: histórico e divino.

Como personagem histórico, Xangô teria sido o terceiro Aláàfìn Òyó, “Rei de Oyo”, filho de Oranian e Torosi, a filha de Elempê, rei dos tapás, aquele que havia firmado uma aliança com Oranian.

Shango, no seu aspecto divino, permanece filho de Oranian, divinizado porém, tendo Yemanjá como mãe e três divindades como esposas: Oyá, Oxum e Obá.

Shango orixá dos raios, trovões, grandes cargas elétricas e do fogo. 

É viril e atrevido, violento e justiceiro; castiga os mentirosos, os ladrões e os malfeitores. 

Por esse motivo, a morte pelo raio é considerada infamante. 

Da mesma forma, uma casa atingida por um raio é uma casa marcada pela cólera de xangô.

Sacerdote de Sango – Magba

Sacerdotisa de Sango – Iya Magba

Atabaque de Sango – Ilu bata

Toque favorito – Alujá

Fruto favorito – Orogbo

Bichos – Akunko, Agutan, Ajapá

Comida – Amalá

A característica do orixá do trovão é dada para a divindade Ayrà na cidade de Savé na região Mahi, região situada no Benin, antigo Dahomé, para Oramfé na cidade de Ifé na região Ijexá e para Xangô na cidade de Oyo na região Yorubá, regiões situadas na Nigéria.

Xangô foi o quarto rei lendário de Oyo (Nigéria, África), tornado Orixá de caráter violento e vingativo, cuja manifestação são os raios e os trovões. 

Filho de Oranian, teve várias esposas sendo as mais conhecidas: Oyá, Oxum e Obá. 

Xangô é viril e justiceiro; castiga os mentirosos, os ladrões e os malfeitores. 

Sua ferramenta é o Oxê: machado de dois gumes. 

É tido como um Orixá poderoso das religiões afro-brasileiras.

Enquanto Oxossi é considerado o Rei da nação de ketu, Xangô é considerado o rei de todo o povo yorubá. 

Orixá do raio e do trovão, dono do fogo, foi um grande rei que unificou todo um povo. 

Foi ele quem criou o culto de Egungun, sendo ele um dos Orixás que exerce poder sobre os mortos. 

Xangô é a roupa da morte, por este motivo não deve faltar nos Egbòs de Iku e Egun, o vermelho que lhe pertence. 

Ao se manifestar nos Candomblés, não deve faltar em sua vestimenta uma espécie de saieta, com cores variadas e fortes, que representam as vestes dos Eguns.

Xangô era forte, valente, destemido e justo. 

Era temido, e ao mesmo tempo adorado. Comportou-se em algumas vezes como tirano, devido a sua ânsia de poder, chegando até mesmo a destronar seu próprio irmão, para satisfazer seu desejo. 

Filho de Yamasse (Torosi) e de Oraniã, foi o regente mais poderoso do povo yorubá. 

Ele também tem uma ligação muito forte com as árvores e a natureza, vindo daí os objetos que ele mais aprecia, o pilão e a gamela; o pilão de Xangô deve ter duas bocas, que representam a livre passagem entre os mundos, sendo Xangô um ancestral (Egungun). 

Da natureza, ele conseguiu profundos conhecimentos e poderes de feitiçaria, que somente eram usados quando necessário. Tem também uma forte ligação com Oxumaré, considerado por ele como seu fiel escudeiro.

Escultura de Xango Casa Branca.

Xangô é cultuado no Brasil, sob 12 (doze) qualidades. Vale salientar, que muitos seguem cegamente as ditas qualidades de Xangô da Bahia, e não é bem assim, por exemplo, Airá é um outro Orixá que não se dá com Xangô.

Reza a lenda que Ayra era muito próximo de Xango, e quando Oxalufã, em visita ao reino de Xango, foi erroneamente confundido com um ladrão, teve suas pernas quebradas e foi preso. Uma vez Xango percebendo o engano, mandou que o tirassem da prisão, o limpassem e dessem a ele vestimentas condizentes com a grandiosidade de Oxalufã, porém Oxalufã estava viajando e teria ainda outros lugares para ir. Por ser muito velho e agora com as pernas tendo sido quebradas, a locomoção havia sido afetada, fazendo que Oxalufã andasse curvado e muito vagarosamente. 

Xangô então mandou que Ayrá levasse Oxalufã nas costas até a próxima cidade. Ayrá, percebendo ali a sua grande oportunidade, durante o caminho se voltou contra Xangô, falando a Oxalufã que Xango sabia que ele estava preso, acabando por ganhar a confiança de Oxalufã, que o tomou para si; razão pela qual Ayrá usa branco, mas nao é um fum-fum. Xangô que nao suporta traições se irritou com a atitude de Ayrá cortando relações com ele e por essa razão eles não são cultuados da mesma forma. No Brasil, no entanto, Ayrá é feito junto com Xangô, porque realmente não há problemas desde que suas coisas estejam certas, porém na africa Ayrá é feito separadamente como um Orixá, com suas qualidades e pompas. 

As qualidades de Xangô são estas:

- Afonjá – Afonjá, o Balé (governante)da cidade de Ilorin. 

Afonjá era também Are-Ona-Kaka-n-fo, quer dizer líder do exército do império. Segundo a história de Oió, no início do século dezenove, Oió era governada pelo rei Aolé, ele possuía aliados que eram espécies de Generais, que lhe davam todo o tipo de apoio mantendo assim o podes absoluto sobre o Reino Iorubá e os reinos anexados. Mas um dia um desses generais resolveu se rebelar contra Oió e se unir com os inimigos, esse general se chamava Afonjá que era conhecido como Kakanfo de Ilorin. 

Declarou-se independente de Oió. Com isso o Rei de Oió Aolé se envenenou para não ver o desmembramento do Império. Afonjá traíu o Império Iorubá, mas quando os rebeldes assumiram o poder Afonjá foi decaptado pelo seu novo aliado. Este alegou que se um homem traíu seu antigo rei ele voltaria a trair tantos outros.

- Obá Kosso – Título que Xangô recebe ao fundar a cidade de Kossô nos arredores de Oió, tornando-se seu Rei. Título dado também a Aganju, irmão gêmeo de Xangô quando de sua chegada em Oió foi aclamado como o Rei Não se Enforcou, Obá Kô Sô.

- Obá Lubê – Título de Xangô que faz referência a todo o seu poder e riqueza, pode ser traduzido como Senhor Abastado.

- Obá Irù ou Barù – Título dado a Xangô logo após chegar ao apogeu do império, quando cria o culto de Egungun, é aclamado como a forma humana do Deus primordial Jakutá sobre a terra,senhor dos raios, tempestades, do Sol e do fogo em todas as suas formas. Ele acaba por destroir a capital do Reino numa crise de cólera e depois arrependido, se suicida , adentrando na terra.

- Obá Ajakà – Também entitulado Bayaniym,” O pai me escolheu “, que faz referência a ele por ser o filho mais velho de Oraniã, e ter por direito que assumir o trono, irmão mais velho de Xangô.

- Obá Aganjù – Ele representa tudo que é explosivo, que não tem controle, ele é a personificação dos Vulcões.

- Obá Orungã – Filho de Aganju Solá e Iemanjá, dono da atmosfera é o ar que respiramos, dono da camada que protege a Terra. 

- Obá Ogodô – Muito falado também, é apenas o que se diz sobre Xangô, pois, Ogodô é o verbo bocejar. Então, quando está trovejando, o que se diz é que Xangô está bocejando. Dai Xangô Ogodô, é apenas um título de Xangô.

- Jakutà ou Djakutà – Esse Orixá, é a representação da justiça e da ira de Olorun, míticamente Xangô foi iniciado para este Orixá sendo considerado como a forma divina primordial do mesmo. Ele foi enviado em sua forma divina por Olorun para estabelecer a ordem e submeter Oduduá e Oxalá aos planos da criação durante um momento de conflito entre as divindades. É o próprio Xangô.

- Obá Arainã – Oroinã e Oraniã – Personificação do fogo, o magma do centro da terra é o pai de Xangô e de Aganju em sua forma humana.

- Olookê – Orixá dono das montanha, em algumas lendas é um dos filho de Oraniã, foi casado com Yemanjá.

No batuque nação Ijexá seu dia da semana é terça feira, suas cores são o vermelho e o branco.




Intolerância Religiosa



A intolerância religiosa é um conjunto de ideologias e atitudes ofensivas a diferentes crenças e religiões. 

Em casos extremos esse tipo de intolerância torna-se uma perseguição. 

Sendo definida como um crime de ódio que fere a liberdade e a dignidade humana, a perseguição religiosa é de extrema gravidade e costuma ser caracterizada pela ofensa, discriminação e até mesmo atos que atentam à vida de um determinado grupo que tem em comum certas crenças.

As liberdades de expressão e de culto são asseguradas pela Declaração Universal dos Direitos Humanos e pela Constituição Federal. 

A religião e a crença de um ser humano não devem constituir barreiras a fraternais e melhores relações humanas. Todos devem ser respeitados e tratados de maneira igual perante a lei, independente da orientação religiosa. 
O Brasil é um país de Estado Laico, isso significa que não há uma religião oficial brasileira e que o Estado se mantém neutro e imparcial às diferentes religiões. 

Desta forma, há uma separação entre Estado e Igreja; o que, teoricamente, assegura uma governabilidade imune à influência de dogmas religiosos. 

Além de separar governo de religião, a Constituição Federal também garante o tratamento igualitário a todos os seres humanos, quaisquer que sejam suas crenças. 

Dessa maneira, a liberdade religiosa está protegida e não deve, de forma alguma, ser desrespeitada.

É importante salientar que a crítica religiosa não é igual à intolerância religiosa. 

Os direitos de criticar dogmas e encaminhamentos de uma religião são assegurados pelas liberdades de opinião e expressão. 

Todavia, isso deve ser feito de forma que não haja desrespeito e ódio ao grupo religioso a que é direcionada a crítica. 

Como há muita influência religiosa na vida político-social brasileira, as críticas às religiões são comuns. 

Essas críticas são essenciais ao exercício de debate democrático e devem ser respeitadas em seus devidos termos.

fonte:http://www.guiadedireitos.org/index.php?option=com_content&view=article&id=1041&Itemid=263



Aculturação



Aculturação é um termo criado inicialmente por antropólogos norte-americanos para designar as mudanças que podem acontecer em uma sociedade diante de sua fusão com elementos culturais externos, geralmente por meio de dominação política, militar e territorial. 

Porém, segundo o historiador francês Nathan Watchel, aculturação é todo fenômeno de interação social que resulta do contato entre duas culturas, e não somente da sobreposição de uma cultura a outra.

Já Alfredo Bosi, em Dialética da colonização, afirma que esse fenômeno provém do contato entre sociedades distintas e pode ocorrer em diferentes períodos históricos, dependendo apenas da existência do contato entre culturas diversas, constituindo-se, assim, um processo de sujeição social.

A maioria dos autores acreditam que a aculturação é sempre um fenômeno de imposição cultural.

Trata-se de aculturação quando duas culturas distintas ou parecidas são absorvidas uma pela outra, formando uma nova cultura diferente. 

Além disso, aculturação pode ser também entendida como a absorção de uma cultura pela outra, onde essa nova cultura terá aspectos da cultura inicial e da cultura absorvida. 

Um exemplo é o Brasil que adquiriu traços da cultura de Portugal, da África, que juntamente com a cultura indígena formou-se a cultura brasileira.

Com a crescente globalização, um novo entendimento de aculturação vem se tornando um dos aspectos fundamentais na sociedade. 

Pela proximidade a grandes culturas e rapidez de comunicação entre os diferentes países do globo, alguns autores sustentam que cada cultura está perdendo sua identificação cultural e social, aderindo em parte a outras culturas. 

Um exemplo disso são elementos da cultura ocidental que são cada vez mais homogêneos em muitos países distintos. 

Mesmo assim a aculturação não tira totalmente a identidade social de um povo, crendo-se que talvez no futuro não exista mais uma diferença cultural tão acentuada como a aquela que hoje ainda se observa, em especial entre o Oriente e o Ocidente.

fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Acultura%C3%A7%C3%A3o


Religiões tradicionais africanas

Um 'homem da medicina popular' Igbo nos dias atuais na Nigéria, na África Ocidental.



As religiões tradicionais africanas também referidas como religiões indígenas africanas, englobam manifestações culturais, religiosas e espirituais no continente africano e há uma multiplicidade de religiões dentro desta categoria.

Religiões tradicionais africanas envolvem ensinamentos, práticas e rituais, e visam compreender o divino. 

Mesmo dentro de uma mesma comunidade, pode haver pequenas diferenças de percepção do sobrenatural. 

São religiões que não foram significativamente alteradas pelas religiões adotadas mais recentemente (cristianismo, islão, judaísmo e outras). 

Estima-se que estas religiões sejam seguidas por aproximadamente 100 milhões de pessoas em todo território africano.

Os africanos quase sempre reconhecem a existência de um Deus Supremo ou Demiurgo que criou o Universo (Olodumare1 , Olorun, Ifá, etc). 

Muitas histórias tradicionais Africanas falam de como Deus ou o filho de Deus, uma vez que viveu entre os homens, mas, quando os homens fizeram algo que ofendeu a Deus, o divino retirou-se para os céus.

Religiões tradicionais africanas são definidas em grande parte por linhagens étnicas e tribais, como a religião yoruba da África Ocidental.

Religiões tradicionais africanas e línguas

A maioria das Religiões tradicionais africanas têm, na maior parte de sua existência, sido transmitidas oralmente (em vez de escritas). 

Assim, os peritos lingüísticos tais como Christopher Ehret3 e Placide Tempels aplicaram seus conhecimentos de línguas para reconstruir a opinião do núcleo original dos seguidores dessas tradições. 

As quatro famílias linguísticas faladas na África são: Línguas afro-asiáticas, línguas nilo-saarianas, Níger-Congo e Línguas khoisan.

Classificação e estatísticas

 "Religiões tradicionais africana e da diáspora" como um "grande grupo religioso", estimando cerca de 10 milhões de adeptos. 

Eles justificam esta listagem combinada das religiões tradicionais africanas e Diáspora africana, bem como a separação da categoria genérica "indígenas-primitivas" salientando que "As religiões 'indígenas-primitivas' são essencialmente tribais e compostas por povos pré-tecnológicos."

Tradições por cada região da África

Norte da África
Mitologia berbere
Mitologia Egípcia (Pré-cristã)
África Ocidental
Mitologia Akan
Mitologia Ashanti (Gana)
Mitologia Dahomey (Fon)
Odinani do povo Igbo (Nigeria, Camarões)
Mitologia Efik (Nigéria, Camarões)
Mitologia Isoko (Nigéria)
Mitologia Yoruba (Nigéria, Benin)
África Central
Mitologia Bushongo (Congo)
Mitologia Bambuti (Pigmeu) (Congo)
Mitologia Lugbara (Congo)
África Oriental
Mitologia Akamba (Leste do Quénia)
Mitologia Dinka (Sudão)
Mitologia Lotuko (Sudão)
Mitologia Masai (Quénia, Tanzânia)
Sul da África
Mitologia Khoikhoi
Mitologia Lozi (Zâmbia)
Mitologia Tumbuka (Malawi)
Mitologia Zulu (África do Sul)

Religiões tradicionais africana na Diáspora

A Mitologia Africana foi levada para as Américas pelos africanos escravizados, as que mais se tem notícia são: a mitologia fon daomeana, mitologia yorubá, mitologia igbo, mitologia fanti, mitologia ashanti, mitologia angola, mitologia congo, mitologia bantu, que mais tarde tornou-se uma mitologia mestiça nas religiões afro-americanas, religiões afro-cubanas, religiões afro-brasileiras.

A mitologia fon daomeana que cultua os Vodun no Vodun da África Ocidental foi para as Américas e Caraíbas formando assim as religiões do Vodou haitiano no Haiti e República Dominicana, Regla de Arará em Cuba, o Voodoo nos Estados Unidos, Obeah na Jamaica e Trinidad e Tobago, Winti no Suriname, e o Candomblé Jeje no Brasil, todas parte das religiões afro-americanas

A mitologia congo é mais frequente ser encontrada na diáspora africana de diversos países, na Kumina da Jamaica, na Regla de Palo em Cuba, noa Voodoo dos Estados Unidos e no candomblé bantu no Brasil.

A mais conhecida é a dos Orixás mitologia yorubá, onde se encontra a gênese de religiões como a Santeria ou Lukumí através da Regla de Ocha, Candomblé ketu e de várias nações, Xangô do Nordeste, Batuque, Xambá, Omolokô e outras.

O que a todas é comum é o ritual aos Nkisis, Orixás e Voduns, o que diverge entre elas é a maneira de fazer esse culto, as cores das roupas, fio-de-contas e as línguas utilizadas nas rezas e cantigas.

Zambi Deus nas nações Angola e Congo Candomblé Bantu
Olorun Deus na nação Ketu Candomblé Ketu
Mawu Deusa na nação Jeje Candomblé Jeje


Referências
Ir para cima ↑ Bewaji, J. A. I. (sem data) "Olodumare: God in Yoruba Belief and the Theistic Problem of Evil" African Studies Quarterly. (em inglês)
Ir para cima ↑ Princetonline, Early History of Africa http://www.princetonol.com/groups/iad/lessons/middle/history1.htm
Ir para cima ↑ Ehret, C. As civilizações da África: uma História de 1800, University Press of Virginia. 2002.
Ir para cima ↑ Ehret, C. As civilizações da África: uma História de 1800, University Press of Virginia. 2002.
Akwa Ibom : Symbolism (em inglês)
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
Religiões tradicionais africanas e a sociedade (em português)
Animisme au Bénin (em francês)
Attributs extérieurs du Vodoun (em francês)
Traditional Religion in Africa (em inglês)
Sacred Texts (em inglês)
African Religion (em inglês)
Cultural Genocide (em inglês)
Tradição religiosa (em português)
Religiosidade africana (em português)
What is African Traditional Religion? by J. O. Awolalu pdf (em inglês)
World Eras Encyclopaedia, Volume 10, Pierre-Damien Mvuyekure (ed.) New York: Thomson-Gale, 2003, em especial pp. 275-314.
Baldick, J (1997) Black God: The Afroasiatic Roots of the Jewish, Christian, and Muslim Religions New York: Syracuse University Press.
Doumbia, A. & Doumbia, N (2004) The Way of the Elders: West African Spirituality & Tradition. Saint Paul, MN: Llewellyn Publications.
Erhet, C (2002) The Civilizations of África: a History to 1800. Charlottesville: University Press of Virginia.
Karade, B (1994) The Handbook of Yoruba Religious Concepts. York Beach, MA: Samuel Weiser Inc.
Bibliografia[editar | editar código-fonte]
Anexo:Lista de livros com tema afro-brasileiro em Português.
Mbiti, John. African Religions and Philosophy. [S.l.]: African Writers Series, Heinemann, 1990. ISBN 0-435-89591-5
Wade Abimbola, ed. and trans. Ifa Divination Poetry (New York: NOK, 1977).
Ulli Beier, ed. The Origins of Life and Death: African Creation Myths (London: Heinemann, 1966).
Herbert Cole, Mbari: Art and Life among the Owerri Igbo (Bloomington: Indiana University press, 1982).
J. B. Danquah, The Akan Doctrine of God: A Fragment of Gold Coast Ethics and Religion, second edition (London: Cass, 1968).
Marcel Griaule and Germaine Dietterlen, Le Mythe Cosmogonique (Paris: Institut d'Ethnologie, 1965).
Rems Nna Umeasigbu, The Way We Lived: Ibo Customs and Stories (London: Heinemann, 1969).
Sandra Barnes, África's Ogun: Old World and New (Bloomington: Indiana University Press, 1989).
Segun Gbadagesin, African Philosophy: Traditional Yoruba Philosophy and Conteporary African Realities (New York: Peter Lang, 1999).
Judith Gleason, Oya, in Praise of an African Goddess (Harper Collins, 1992).
Bolaji Idowu, God in Yoruba Belief (Plainview: Original Publications, rev. and enlarged ed., 1995)
Wole Soyinka, Myth, Literature and the African World (Cambridge University Press, 1976).
S. Solagbade Popoola, Ikunle Abiyamo: It is on Bent Knees that I gave Birth (2007 Asefin Media Publication)



fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Religi%C3%B5es_africanas

Um 'homem da medicina popular' Igbo nos dias atuais na Nigéria, na África Ocidental.