CASA PODEROSA DOS FILHOS DE YEMANJÁ

CASA PODEROSA DOS FILHOS DE YEMANJÁ

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Instituição do casamento Yorubá




É contrário à tradição Yorubá não se casar quando é chegada a idade para tal. 

Atingida a idade considerada ideal, isto é, 30 anos para o homem e 25 para a mulher, a maioria das pessoas se casam, ainda que muitas vezes com o intento de salvaguardar a dignidade da família ou, no caso dos homens de encontrar alguém que se ocupa do lar. 

Produtos da vida moderna, entretanto, existem homens que, apesar de prontos para o matrimônio, evitam compromissos duradouros.

Antes da aproximação das famílias dos noivos, é sempre costume o pretendente investigar o estado de saúde dos pais da moça, a fim de assegurar de que eles não sofrem de males como a lepra, a epilepsia, o alcoolismo ou a insanidade.

Essas incursões na intimidade dos parentes da mulher visam garantir a paz da vida do casal.

A família do rapaz em princípio escolhe a moça com quem ele vai se casar, mas, aquela só se aproxima da família desta ao se satisfazer com os antecedentes da moça. 

A aproximação pode ser realizada direta ou indiretamente. 

A família da moça não tem prazo para responder se aceita ou não o pedido da família do pretendente. 

Nesse ínterim, os parentes da moça são consultados sobre a pertinência do casamento.

 Caso não haja anuência para a união, a família responde que a consulta a Ifá Oráculo, foi negativa. 

Caso contrário, a família da moça dá a conhecer sua aquiescência através de um mensageiro.

A formalização do casamento só dá após o anúncio de ” Ifá fo re” (= Ifá consentiu) cerimônia conhecida por “Ijòhun) (= resposta à voz) ou “Iyinfá (= elogios de Ifá).


Em teoria, o casal não tem direito de mater relações sexuais pré-nupciais, além disso, a moça não deve se encontrar com seu noivo nem com a família deste por nove dias após o início do noivado.


Como em qualquer sociedade, entre os Yorubás existem comportamentos considerados anormais. 

Homens e mulheres que não se casam na idade adequada e vivem de relações extra-conjugais não são considerados pelo chefe da comunidade.


Com o início do noivado,o pretendente assume algumas obrigações para com os sogros.

Em primeiro lugar, obriga-se a dar-lhes uma pequena parcela da produção em geral em época de colheita, além disso, deve servi-lhes como mão de obra para serviços gerais numa necessidade. 

Por último, o noivo deve presentear os sogros com dinheiro e bens material e prestar auxilio no caso de morte de parente da moça. 

Ao morrer um idoso, fala-se em “morte alegre”.

O casamento em si simboliza a conclusão de um contrato entre duas famílias através do qual se confere uma mulher a um homem. 

Para tanto, a família do rapaz paga certa quantia em dinheiro que, por exemplo, era de 5 libras até 1918 na cidade de Abeokutá.


Ao se casar, o homem se torna o “oko” (=marido) e a mulher a iyawo (=esposa), designação esta, aliás, que os parentes do rapaz doravante também empregarão.
Na noite em que a esposa se muda para casa do marido, as duas famílias se reúnem. 

A primeira obrigação da moça na ocasião é pedir ao pai aconselhamento e benção.

 Ajoelhada, a noiva ouve do pai os conselhos de como obedecer ao marido e a sua família. 

Isso feito, o pai lhe augura proteção divina e fecundidade.


Uma vez instalada a esposa, o marido pode passar a primeira noite com ela. Se,entretanto, a mulher não for mais virgem, o marido pode denunciá-la a seus pais e ela poderá ser devolvida pelo marido.

Passados 8 dias na casa do marido, a esposa realiza um trabalho simbólico a fim de demonstrar sua lealdade ao esposo: faz a limpeza dos arredores da casa e trás água para família do marido.

Em princípio, o casamento pressupõe uma união vitalícia, para cuja estabilidade contribui, além do sentimento envolvido, a existência dos filhos. 

No entanto, a mulher pode se divorciar do marido em situações específicas: se ele se envolver com criminosos, tornar-se viciado ou preguiçoso, contrair uma doença grave.


Se o marido morrer antes da mulher, o irmão daquele é obrigado, se solteiro, a esposá-la e adotar seus filhos, passando a prover sua subsistência. 

Antes da reunião do casal são feitos sacrifícios pela boa sorte na nova vida.

Desde a ocupação britânica, a instituição do casamento sofreu mudanças. 

A pesar de ainda não existirem resistências às mudanças, já se instauraram diversas novidades em relação ao matrimônio tradicional. 

Em 1937 ocorreu a primeira conferência de chefes de comunidade sobre a necessidade de se uniformizar a prática matrimonial entre os diferentes grupos étnicos.

Entre outros, fixaram o valor que o noivo deveria pagar para obter o direito de se casar.
Basicamente, introduziram-se 3 mudanças na instituição do casamento entre os Yorubás: a primeira foi a possibilidade de duas pessoas se casarem sem a ausência da família, sem pagamento de dote e sem qualquer formalidade matrimonial; a segunda foi o abandono do casamento forçado de moças em idade infantil, por fim a terceira foi a popularização do divórcio.


Dezembro 11, 2011 por Fernando D'Osogiyan
http://ocandomble.wordpress.com/2011/12/11/instituicao-do-casamento-yoruba/

Nigéria- Histórias e Costumes de Michel Ademola Adesoji

Casamento no Candomblé ao som de tambores africanos






POR ELI ANTONELLI

Casamentos nos espaços sagrados das religiões de matriz africana tornam-se mais frequentes no Brasil

Não tinha nada em comum, nem um ponto que pudesse identificar que poderia dar certo. Mas, foi o jeito simples, simpático e o comprometimento dele no candomblé e pela busca intensa de conhecer e entender a religião – mesmo não fazendo parte dela – que me chamou a atenção pela primeira vez". 

Isabela Silva, de 25 anos, estudante de pedagogia da Universidade Federal do Paraná (UFPR), pesquisadora de questões raciais e militante em prol da luta contra a intolerância religiosa, descreve assim o início do amor pelo estudante de direito Diogo de Rezende.

 Relação que iniciou numa festa e se concretizou na cerimônia religiosa de casamento ocorrida este ano no terreiro Ile Axé Kiniba, na cidade de Colombo, região metropolitana de Curitiba.

A cerimônia foi realizada pelo babalorixá Jorge Kibanazambi, que chama a atenção para o fato de que, durante muitos anos, desde o período colonial havia uma predominância da igreja católica no Brasil, em que os sacramentos só eram aceitos se fossem oriundos do catolicismo. 

Esse fato tornou-se tão inserido no cotidiano das pessoas que, mesmo após a permissão e o reconhecimento por meio de leis e da própria Constituição Federal de 1988, é de hábito dos fiéis de religiões de matriz africana – segundo o babalorixá – consumar os batizados e casamentos na igreja católica.

 "Muitos têm a percepção que é a única Instituição ainda em condições legais para realizar tais atos. 

Não que se tenha qualquer forma de discriminação, porém, cada religião tem seus rituais e suas cerimônias para todas as necessidades de seus fiéis. 

E as de matriz africana incluíram-se nessa colocação", explica Jorge Kibanazambi.

O coordenador de articulação política do Fórum Paranaense das Religiões de Matriz Africana (FPRMA), Marcio Marins participou da organização da cerimônia da união dos jovens, que teve como tema o orixá Oxum, que tem a representação do amor. 

Ele afirma que o casamento de Bella e Diogo foi um exemplo de atitude. "Temos realmente o costume de realizar o sacramento do matrimônio na igreja católica, até mesmo babalorixás e yalorixás se casam fora dos terreiros. 

Essa ação aqui nos ajuda a fortalecer a religião para que possamos reconhecer que somos de matriz africana com vários nomes, mas não precisamos recorrer a outras entidades religiosas para realizar a cerimônia de casamento", diz. 

Para Marcio, a união ocorrida no candomblé aumenta a autoestima da população de terreiro e faz com que cada vez mais as pessoas busquem e reivindiquem seus direitos civis.

Izabella e Diogo durante cerimônia no terreiro Ile Axé Kiniba, em Colombo, região metropolitana de Curitiba

O CASAMENTO NO CANDOMBLÉ

O babalorixá Jorge ensina que na cultura iorubá (Nigéria/África), seguida em seu terreiro, a família é a base fundamental da sociedade e o pilar que dá condição para a prosperidade do ser humano. 

Embora o sistema seja patriarcal, as mulheres desempenham a sustentação familiar, porque é ela quem tem a responsabilidade da harmonia, da educação e formação cultural do seu povo. 

Por isso, a escolha de uma esposa é extremamente importante.

 "Existe todo um ritual para a aceitação do casamento, com preparativos até a consumação da união."

Todas as questões mais rígidas que envolvem esta união, não podem ser seguidas nas famílias de descendência afrobrasileira, devido à miscigenação de raças e, com isso, os costumes e hábitos foram modificados em decorrência das influências de muitas culturas na formação da população. 

"Dentro da comunidade de terreiro, buscamos manter ao máximo as tradições que nos foram passadas através de gerações e, como os iorubas, também acreditamos que a benção dos pais, da família, dos amigos é importante para a felicidade dos noivos", destaca Jorge Kibanazambi. 

"Através de cerimônia/ritual, invoca- se a energia conhecida como Orixá Oxalá para contemplar o casal que constituirá nova família de 'coisa' boa, filhos, enfim, riquezas que o ser humano não tem condições de conceder. 

Os familiares e amigos expressam por meio dos presentes oferecidos ao casal os desejos de felicidade, em que cada objeto tem seu significado específico."



Fonte: Revista Raça
http://www.geledes.org.br/areas-de-atuacao/questao-racial/afrobrasileiros-e-suas-lutas/11739-casamento-no-candomble-ao-som-de-tambores-africanos







Conhece as 4 Leis da Espiritualidade ensinadas na Índia?



As 4 Leis são:

A primeira lei diz: 

“A pessoa que vem é a pessoa certa“. 

Ninguém entra em nossas vidas por acaso. 

Todas as pessoas ao nosso redor, interagindo com a gente, têm algo para nos fazer aprender e avançar em cada situação.

A segunda lei diz: 

“Aconteceu a única coisa que poderia ter acontecido“. 

Nada, absolutamente nada do que acontece em nossas vidas poderia ter sido de outra forma. 

Mesmo o menor detalhe. 

Não há nenhum “se eu tivesse feito tal coisa…” ou “aconteceu que um outro…”. 

Não. 

O que aconteceu foi tudo o que poderia ter acontecido, e foi para aprendermos a lição e seguirmos em frente. 

Todas e cada uma das situações que acontecem em nossas vidas são perfeitas.

A terceira diz: 

“Toda vez que você iniciar é o momento certo“. 

Tudo começa na hora certa, nem antes nem depois. 

Quando estamos prontos para iniciar algo novo em nossas vidas, é que as coisas acontecem.

E a quarta e última afirma: 

“Quando algo termina, ele termina“. 

Simplesmente assim. 

Se algo acabou em nossas vidas é para a nossa evolução. 

Por isso, é melhor sair, ir em frente e se enriquecer com a experiência. 

Não é por acaso que estamos lendo este texto agora. 

Se ele vem à nossa vida hoje, é porque estamos preparados para entender que nenhum floco de neve cai no lugar errado.

Gostaram? 

As Leis são ou não pertinentes? 

Deixem seus comentários! 

Abraço!

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Festa de Iemanjá 2013 e seus resultados...




É uma festa cuja origem, não religiosa, iniciou-se em 1923 com a oferenda de presentes para Iemanjá, a Rainha do Mar, por pescadores do Rio Vermelho, na busca de conseguir ajuda para melhorar a pesca. 


Iemanjá é representada por uma sereia com cabelos longos e a tradição reza que os participantes, na maioria do candomblé e do catolicismo, vistam-se de azul e branco. 


A organização distribui, em pontos estratégicos da praia do Rio Vermelho, mais de 300 balaios para receber os presentes como jóias, pentes, espelhos, perfumes e bonecas que, no final da tarde, são levados para o mar através de cerca de 300 embarcações. 


A festa conta, ainda, com trios elétricos, percussionistas e baianas.




http://www.guiacuca.com.br/evento/festa-de-iemanja-salvador-2013