CASA PODEROSA DOS FILHOS DE YEMANJÁ

CASA PODEROSA DOS FILHOS DE YEMANJÁ

domingo, 27 de maio de 2018

Máxima


Máxima por aí: ``Quem não é visto não é lembrado´´.

Na Casa de Yemanjá de modo algum, uma Mãe jamais esquece de seus filhos por mais ingratos que sejam eles. 

DE MODO ALGUM, PRINCIPALMENTE A SOBERANA DA CASA; ASESSÚ !!!



sexta-feira, 25 de maio de 2018

ORIXÁ, ORISÁ, ORICHA !




ORIXÁ OU ORISÁ !!!!

                                        NÃO ESTÁ PARA PROPOR SOMENTE AS DÁDIVAS E SIM PROPOR UM COMPORTAMENTO HUMANO-DIVINIZADO !!!




quinta-feira, 24 de maio de 2018

O calendário iorubá: Kojoda



O calendário iorubá (Kojoda) inicia o ano de 3 junho a 2 junho do ano seguinte. 

De acordo com este calendário, o ano 2008 d.C. do Gregoriano é o ano e uma era de 10050 aC. da cultura iorubá.


Entretanto, segundo Paula Gomes, Embaixadora Cultural do Alaafin Oyo , tal calendário do ano 10.050 trata-se de especulação diaspórica, pois tal ano é culturalmente desconhecido entre os iorubas, não havendo nenhuma comemoração com base nesta data.


Axa Orixa Alaafin Oyo publicou vídeo no qual Chief Sangodare Ajala, sacerdote de Xangô em Oxobô, esclarece que o ano novo ioruba tem início com a colheita do inhame, e isto varia de um local para outro; também publicou newsletter sobre o tema.


A semana iorubá tradicional tem quatro dias. Os quatro dias que são dedicados aos orixás como segue:

Dia 1 é dedicado a Obatalá (Sopanna, Ìyáàmi, e o Egungun)

Dia 2 é dedicado a Orunmila (Esu e Osun)

Dia 3 é dedicada a Ogum (Òsóòsì)

Dia 4 é dedicado a Sango (Oya) 

Para conciliar com o calendário gregoriano, o povo iorubá também mede o tempo em sete dias por semana e quatro semanas por mês. 

O calendário de quatro dias foi dedicado à Orixás e o calendário sete dias é para fazer negócios

Os sete dias são: Ojo-Aiku (Domingo), Ojo-Aje (Segunda-feira), Ojo-Ishegun (Terça-feira), Ojo-Riru (Quarta-feira), Ojo-Bo/Alamisi (Quinta-feira), Ojo-Eti (Sexta-feira) e Ojo-Abameta (Sábado).

O tempo é medido em isheju (minutos), wakati (horas), ojo (dias), ose (semanas), oshu (meses) e odun (anos). Existem 60 (ogota) isheju em 1 (okan) wakati; 24 (merinlelogun) wakati em 1 ojo; 7 (meje) ojo em 1 ose; 4 (merin) ose em 1 oshu e 52 (ejileladota) ose em 1 {okan) odun. Existem 12 (mejila) oshu em 1 (okan) odun.

“KṒJṒDÁ” - 'Ki ṓjṓ dá: o dia pode ser (claramente previsível), calendário'.

KṒJṒDÁ 10053 / Calendário 2011–2012 

ÒKÙDÚ 10053 / junho 2011

ȮSĖ 91st 1st 2nd 3rd 4th 5th 6th 7th 8th 9th

ṓjṓ-Ṡàngó /Jakuta 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Ṓjṓ-Ȯrùnmílá /Ìfá / Awo 11 12 13 14 15 16 17 18 19

ṓjṓ-Ògún 20 21 22 23 24 25 26 27 28

Ṓjṓ-Ȯbàtálá 1 29 30


O calendário tradicional iorubá (Kojoda) tem uma semana de 4 dias e 91 semanas no ano. 

O ano yoruba vai desde 03 de junho de um ano do calendário gregoriano a 2 de junho do ano seguinte. De acordo com o calendário elaborado pelo pensador, Remi-Niyi Alaran, o ano gregoriano 2011 AD é o ano 10053 dos registros iorubanos de tempo.

 Com as invasões culturais britânica e européia coloniais, veio a necessidade de conciliar com o calendário gregoriano: O povo iorubá também mede o tempo em sete dias por semana e 52 semanas por ano.

KṒJṒDÁ 10053 / Calendário 2011–2012

ÒKÙDÚ 10053 / junho 2011

ȮSĖ semana 22nd 23rd 24th 25th 26th

ṓjṓ-Àíkú Domingo 5 12 19 26

ṓjṓ-Ajé Segunda-feira 6 13 20 27

ṓjṓ-Ìṡḗgun Terça-feira 7 14 21 28

ṓjṓ-RíRú Quarta-feira 1 8 15 22 29

Ṓjṓ-RuBȯ Quinta-feira 2 9 16 23 30

Ṓjṓ-Ėtì Sexta-feira 3 10 17 24

Ṓjṓ-Àbámḗta Sábado 4 11 18 25

Os dias são: Ojo-Orunmila/Ifa, Ojo-Shango/Jakuta, Ojo-Ogun, e Ojo-Obatala. Os meses são: Sere (Janeiro), Erele (Fevereiro), Erena (Março), Igbe (Abril), Ebibi (Maio), Okudu (Junho), Agemo (Julho). Ogun (Agosto), Owere(Owewe) (Setembro), Owara(Owawa) (Outubro), Belu (Novembro), e Ope (Dezembro).

Meses: 

Sere/ Janeiro

Erele / Fevereiro

Olokún = Orixá de Okún, os mares ou oceanos profundos, padroeiro dos marinheiros, e guardião das almas perdidas no mar. Erele/Fev 21-25

Erénà / Março
Ritos anuais de passagem para os homens. Èrèna/Março 12 – 28

Oduduwa (odudu, o pigmento escuro; ni ewa, é a beleza) / Iyaagbe (iyá, mãe; agbe, que recebe) = Orixá da Terra e matriarca do Ayé. Oduduwa dota o pigmento da pele de ébano escuro que concede maiores presentes da espiritualidade, beleza e inteligência ao portador. A essência do amor procriador. Èrèna/Março 15 – 19

Oshosi = Oríṣà (Orixá) da aventura e a caça. Èrèna/Março 21 – 24:

Igbe / Abril
Ogun = Oríṣà do metal e artesanato de guerra e de engenharia. O guardião da verdade e executor da justiça, como tal patrono das profissões jurídicas e de aconselhamento que deve jurar defender a verdade ao morder um pedaço de metal.

Oshun = Oríṣà da Fertilidade e guardiã da essência feminina, que orienta gestações a termo. O Igbe inicia no último sábado de abril, durante 5 dias.

O início da estação chuvosa (primavera)

Èbìbí / Maio
Egungun (Comemoração dos Ancestrais, incluindo fundadores da comunidade e mortos ilustres. O Èbíbí: começa no último sábado de maio, durante 7 dias

Okudu / Junho
Okudu 03:O início do Ano Novo yoruba (2008 é o ano da cultura Yoruba 10050)
Okudu 7 - 8: Shopona (Oríṣà da doença, shopona, varíola é uma doença viral) E Osanyin (Oríṣà da medicina e patrono das profissões de cura: osan, tarde; yin, cura)
Okudu 10 - 23: Rito de passagem anual para as mulheres.
Okudu 18 - 21: Yemoja = matriarca do Òrún-Rere). Oduduwa deu à luz um menino Aganju (Terra) e Yemoja (Água) de casamento com Ọbàtala. Yemoja por sua vez, deu origem a muitos outros Orixás. O antigo reino Ile-Ifé surgiu em seu local de enterro.

Agẹmo / Julho

Ọrúnmilà / Ifá = Oríṣà da Divinação e fundador das ciências Ifá, cuja adivinhação é com 16 sementes de palmeira. Encontro em massa dos yorubas. Agẹmo: primeira e segunda semanas em Julho.
Oko (Agricultura) colheita da nova safra Yam (inhame).

Ẹlégba-Bara (Ẹlégba, aquele que tem o poder de apreender) / Eṣu (shu, para liberar a partir de ejeção; ara o corpo) = Orisa de essência masculina e Poder, que é o grande comunicador e mensageiro da vontade deOlódùmarè. Nenhuma mulher deve Bara (ba ra, esfregar com, ter relações sexuais com) um homem que não fez Ikola, (circuncisão: ike, corte; ola, que salva) em sacrifício a Elegbá. Agemo, segundo fim de semana de julho

Ṣàngo (shan, para atacar:/ Jakuta:ja, lutar; pẹlu okuta, com pedras). O Orisa de Energia - Ara (Trovão) e Manamana, fazer fogo (relâmpago), cuja adivinhação é com 16 búzios e cujo mensageiro e portador de água é Oxumarê (o arco-íris). Agẹmo: terceira semana de julho

Ogun / Agosto

Ọbàtálá = (Obà, possuir; ti ala, de visões ou Oríṣà-nla, o principal Oríṣà). Patriarca de Òrún-Rere, o céu dos espíritos ancestrais preciosos e benéficos. Como Olódùmarè é muito poderoso e ocupado para se preocupar com os assuntos de qualquer ser vivo. Ọbàtálá funciona como o principal emissário de Olódùmarè no Aye, e é o guardião da cultura Yoruba. 

O aso-ala (pano branco) usado por iniciados de Obatalá são para significar a necessidade de ser puro de intenção e ação:A punição recorrente para desajustados sociais era tentar manter pano branco limpo em clima tropical e empoeirado da África. 

A apropriação indevida de conexão aso-ala para Obatalá foi / é uma grande arma contra o Yoruba em sua resistência psicológica de invasão estrangeira, como cristãos e islâmicos convertidos foram/são doutrinados que qualquer coisa considerada "branca" é puro: a noção de que também se tornou um princípio fundamental da supremacia racialista Ogun: última semana de agosto

Òwéré / Setembro
Ọwara / Outubro
Oya (Orísà do (rio Níger odo Oya) cujo mensageiro é Afefe (o Vento), e guardiã da passagem entre o mundo físico (Aye) e o reino espiritual (Òrún). Ọwaro

Osun (Orísà do (rio Osun odo Oṣun) e padroeira do (soberano) da nação Ijebu Ọwaro, terceiro fim de semana de outubro

O início da estação seca (outono)

Shigidi (Orísà de Òrún-Apadi, o reino dos espíritos instáveis e os fantasmas dos mortos que deixaram Aye e são abandonados de Orun-Rere. Guardião de pesadelos e padroeiro dos assassinos.

Solene luz de velas para orientar o inquieto longe de sua residência, então eles se instalam em suas bonecas ou outros brinquedos. Ọwaro 30 Dia Mundial da escravidão?

Bèlu / Novembro
Òpé / Dezembro
Obajulaiye (Oríṣà de Ṣòwò (Comércio) e owo (riqueza). Òpé 15

O início da segunda estação seca (solstício de inverno)




fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Calend%C3%A1rio_iorub%C3%A1

SETEMBRO / OUTUBRO / NOVEMBRO / DEZEMBRO


O nome “setembro” vem do latim septem, ou sete. 

Esse era o sétimo mês do primeiro calendário romano, antes da reforma de Pompílio. 

“Outubro” vem do latim octo, ou oito. 

Era o oitavo mês antes da reforma de Pompílio.

 “Novembro” vem do latim novem e “dezembro” vem do latim decem, ou dez. Era o décimo e último mês do primeiro calendário romano.



fonte:https://mundoestranho.abril.com.br/historia/qual-e-a-origem-dos-nomes-dos-meses/
You m

AGOSTO



AGOSTO
O nome original Sextilis foi substituído, em 8 d.C., para homenagear o imperador César Augusto, que reformou a estrutura de governo do Império Romano, além de somar a ele novos territórios.



fonte:https://mundoestranho.abril.com.br/historia/qual-e-a-origem-dos-nomes-dos-meses/

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JULHO

JULHO
Inicialmente chamado de Quintilis, por ser o quinto mês, foi rebatizado em homenagem ao ditador Júlio César, em 44 a.C..


fonte:https://mundoestranho.abril.com.br/historia/qual-e-a-origem-dos-nomes-dos-meses/

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JUNHO


Deusa do casamento e do parto, Juno era considerada a protetora das mulheres, especialmente das esposas legítimas.


MAIO


Deusa responsável pelo crescimento das plantas e mãe de Mercúrio, Maia era a divindade celebrada nessa época do ano.


ABRIL




Existem duas hipóteses. A primeira diz que o nome seria uma homenagem a Afrodite, deusa do amor, a quem o mês é consagrado. 

A segunda afirma que ele seria derivado da palavra latina aperire, referência à abertura das flores, já que, nesse período, é primavera no hemisfério norte.



MARÇO


Dedicado a Marte, deus da guerra. Nesse mês – o primeiro do ano antes da reforma feita por Pompílio -, escudos sagrados eram levados pelos sacerdotes em volta da cidade, em homenagem à divindade.



FEVEREIRO


Referência ao festival celebrado nessa época do ano, em Roma, chamado Februália, ou Purificação – ocasião em que eram oferecidos sacrifícios aos mortos, para apaziguá-los.


fonte:https://mundoestranho.abril.com.br/historia/qual-e-a-origem-dos-nomes-dos-meses/

quarta-feira, 9 de maio de 2018

JANEIRO




Homenagem a Jano, deus de duas faces, uma voltada para a frente e outra para trás. 

Protetor das entradas e saídas, ele era considerado também deus dos princípios e começos – como a primeira hora do dia e o primeiro mês do ano.




fonte:https://mundoestranho.abril.com.br/historia/qual-e-a-origem-dos-nomes-dos-meses/

O primeiro calendário romano, estabelecido no século VII a.C



Tudo começou na Roma Antiga, alguns séculos antes da Era Cristã. 

No primeiro calendário romano, estabelecido no século VII a.C., o ano tinha 304 dias e era dividido em dez meses – a contagem começava em março e terminava em dezembro. 

Com o passar do tempo, porém, o sistema foi criando uma defasagem porque o ano solar tem, na verdade, 365,25 dias.

Na época do rei Numa Pompílio, ainda no século VII a.C., a contagem estava 51 dias atrasada em relação ao início das estações. 

Pompílio criou, então, mais dois meses – janeiro e fevereiro – e o ano passou a ter 354 dias, mas não demorou para ocorrer outro desajuste. 

Em uma nova tentativa de acertar o calendário, Júlio César (100-44 a.C.) introduziu, em 46 a.C., o ano de 365 dias, baseado em um modelo utilizado pelos egípcios, sem alterar os nomes dos meses.

Os primeiros seis haviam sido nomeados em homenagem a deuses e festividades romanas e os seguintes, de acordo com sua ordem numérica – mas julho e agosto foram posteriormente rebatizados em homenagem a Júlio César e seu sucessor, Augusto (63 a.C.-14 d.C.).

fonte : https://mundoestranho.abril.com.br/historia/qual-e-a-origem-dos-nomes-dos-meses/


terça-feira, 8 de maio de 2018

Março o primeiro mês do ano litúgico na Csa de Yemanjá, o mês de Iyáogum e Ogum.




O mês de março (AO 1945: Março) é o terceiro mês do ano no calendário gregoriano e um dos sete meses com 31 dias.

Março inicia (astrologicamente, não sideral) com o sol no signo de Peixes e termina no signo de Áries. 

Astronomicamente falando, o sol inicia na constelação de Aquarius e termina na constelação de Pisces.

Março no Hemisfério norte é o sazonal equivalente a setembro no Hemisfério sul. Por volta de 21 de março, o Sol cruza o equador celestial rumo ao norte; é o equinócio de março, começo da primavera no Hemisfério Norte e do outono no Hemisfério Sul.

O nome "março" surgiu na Roma Antiga, quando era o primeiro mês do ano e chamava-se Martius, de Marte, o deus romano da guerra. 

Em Roma, onde o clima é mediterrânico, março é o primeiro mês da primavera, um evento lógico para se iniciar um novo ano, bem como para que se comece a temporada das campanhas militares.

O ano iniciava em 1 de março na Rússia até o final do século XV. 

O Reino da Grã-Bretanha e suas colônias continuaram a utilizar o dia 25 de março para iniciar o ano até 1752, no mesmo ano eles finalmente adotaram o calendário gregoriano. Muitas outras culturas e religiões ainda celebram até hoje o Ano-Novo em março.

Em finlandês, o mês é chamado de maaliskuu, que tem origem em maallinen kuu significando o mês terrestre. Isto é porque em maaliskuu a terra começa a aparecer sob a neve derretida.

Historicamente os nomes para março incluem o termo saxão Lenctmonat, dado ao equinócio. Os saxões também chamavam março de Rhed-monat ou Hreth-monath (devido a seu deus Rhedam/Hreth) e os anglos chamavam-no de Hyld-monath.

No calendário judaico, o fim de fevereiro e o começo de março é chamado de adar, o último mês, enquanto que o fim de março e começo de abril é chamado de nisã, e é considerado o primeiro mês.
fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Mar%C3%A7o


ilha de resíduos entre a Califórnia e o Havai.



Quase 80 mil toneladas de lixo plástico ocupam no mar área equivalente a três Franças

É possível observar uma “ilha” de resíduos entre a Califórnia e o Havai. O lixo encontrado é maioritariamente plástico vindo do Oceano Pacífico, e redes de pesca abandonadas. 

O tamanho da “ilha” tem crescido exponencialmente uase 80 mil toneladas de detritos de plástico, compostos por 1,8 mil milhões de fragmentos, ocupam no Oceano Pacífico, entre a Califórnia e o Havai, uma área equivalente a três vezes a França, conclui um estudo publicado esta quinta feira.

A quantidade de plástico encontrada nesta área está "a aumentar exponencialmente", de acordo com o trabalho desenvolvido pela fundação Ocean Cleanup e por investigadores de instituições na Nova Zelândia, Estados Unidos, Reino Unido, França, Alemanha e Dinamarca e divulgado no boletim Scientific Reports, da revista científica Nature.

Os cientistas utilizaram dois aviões e 18 barcos para avaliar a poluição causada pelo plástico no oceano.

"Queríamos ter uma imagem clara e precisa daquela extensão de lixo no mar", disse o coordenador do estudo, o investigador Laurent Lebreton, da Ocean Cleanup Foundation. "Pensamos que há cada vez mais plástico a acumular-se nesta área", salientam os cientistas.

A concentração de lixo flutuante, que é muitas vezes descrita como uma "ilha" apesar de ser dispersa, já tem sido descrita, mas o estudo publicado hoje estima que a quantidade da massa de plástico presente é quatro a 16 vezes maior que o anteriormente referido e continua a acumular-se mais devido ao sentido das correntes marítimas e ao descuido dos humanos, tanto no mar, como em terra.

Não se trata de uma ilha ou de uma massa única, mas sim de uma vasta área com grandes quantidades de plástico, com detritos que vão dos pequenos bocados a elementos maiores, como redes de pesca abandonadas, que representam 46% do total, segundo o estudo.

A maior parte daquele plástico tem provavelmente origem em países do Pacífico, mas também pode vir de qualquer ponto do mundo pois aquele material anda por todo o oceano e até já foi encontrado no Ártico, segundo Laurent Lebreton.

Plásticos, como cotonetes, palhinhas ou sacos de plástico descartáveis, vão parar aos oceanos e deterioram-se, dando origem a pequenas partículas que são ingeridas pelos animais e podem levar à sua morte.

Através dos peixes, os microplásticos chegam à cadeia alimentar humana.

Os microplásticos também são ingrediente de muitos cosméticos e produtos de higiene pessoal, como exfoliantes para cabelo, corpo e rosto, pastas e cremes dentais, entrando na rede de esgotos, mas como são demasiado pequenos para serem completamente filtrados nos sistemas de tratamento vão para os rios e mares.

A poluição do mar pelos plásticos é um problema global. Em 1990, a produção de plástico era metade da atual e daqui a alguns anos poderá existir no oceano mais plástico do que peixe, se nada for feito para evitar o elevado consumo deste material, segundo organizações ambientalistas.

fonte: http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:http://expresso.sapo.pt/internacional/2018-03-22-Quase-80-mil-toneladas-de-lixo-plastico-ocupam-no-mar-area-equivalente-a-tres-Francas





100 milhôes de toneladas de lixo



Uma enorme área do Pacífico está tomada por cerca de 100 milhôes de toneladas de lixo

O maior depósito de lixo do mundo não se localiza em terra firme. Está no Oceano Pacífico, numa imensa região do mar que começa a cerca de 950 quilômetros da costa californiana e chega ao litoral havaiano. Seu tamanho já se aproxima de 680 mil quilômetros quadrados, o equivalente aos territórios de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo somados – e não pára de crescer.

Descobridor do aterro marinho gigante, também chamado de “vórtice de lixo”, o oceanógrafo norte-americano Charles Moore acredita que estejam reunidos naquelas águas cerca de 100 milhões de toneladas de detritos – que vão desde blocos de brinquedos Lego até bolas de futebol e caiaques. Correntes marinhas impedem que eles se dispersem. “A idéia original que as pessoas tiveram foi que era uma ilha de lixo plástico sobre a qual você quase poderia andar”, observa Marcus Eriksen, diretor de pesquisas da Algalita Marine Research Foundation, organização norte-americana criada por Moore. “Não é nada disso. É quase uma sopa plástica.”

Cerca de 20% dos componentes desses depósitos são atirados ao mar por navios ou plataformas petrolíferas. O restante vem mesmo da terra firme. Segundo o oceanógrafo Curtis Ebbesmeyer, especializado em destroços de navegação e que acompanha a presença de plásticos nos mares por mais de 15 anos, o vórtice de lixo se assemelha a um organismo vivo: “Ele se move como um animal grande sem coleira.” A aproximação dessa massa à terra firme, por eventuais mudanças de correntes marinhas, produz efeitos temíveis, assinala o cientista: “A colcha de lixo regurgita, e você tem uma praia coberta com esse confete de plástico.”

MOORE DESCOBRIU o mar de lixo por acaso. Em 1997, ele participava de uma competição de iatismo entre Los Angeles e o Havaí e tentou cortar caminho por uma rota evitada pelos navegadores, entrando no vórtice conhecido como North Pacific Gyre (“Giro do Pacífico Norte”) – uma região sem ilhas onde as águas do Pacífico se movimentam lentamente de forma circular, no sentido horário, por conta de ventos escassos e fortes sistemas de alta pressão. O acúmulo de detritos ali chega a tal ponto que para cada quilo de plâncton nativo da região contamse seis quilos de plástico.


Moore ficou boquiaberto por se ver cercado de detritos, dia após dia, a tamanha distância do continente. “A cada vez que eu subia ao convés, havia lixo flutuando perto”, ele disse numa entrevista. “Como pudemos emporcalhar uma área tão imensa? Como isso podia continuar por uma semana?” A experiência marcou tanto o oceanógrafo que ele, herdeiro de uma família que fez fortuna com petróleo, vendeu toda a sua participação acionária e se tornou um ambientalista.

No alto, Marcus Eriksen (de pé), da Algalita Foundation, navega no Alasca com um barco feito de lixo plástico. O desastre ecológico causado por detritos como esses convenceu Charles Moore a dedicar-se à causa ambiental.

Os detritos reunidos nas regiões de giros se decompunham na natureza, mas a DURABILIDADE dos plásticos

modernos mudou bastante esse panorama

Ouvido pelo jornal inglês The Independent, o oceanógrafo David Karl, da Universidade do Havaí, considera que é preciso fazer mais pesquisas para determinar o tamanho e a natureza da sopa plástica. Mas não duvida da descoberta de Moore. “Afinal, o lixo plástico está indo para algum lugar, e já é hora de termos um relatório completo da distribuição de plástico no ecossistema marinho e, especialmente, seu destino e impacto nos ecossistemas marinhos.”

Karl está coordenando com a fundação de Moore uma expedição ao mar de lixo no segundo semestre deste ano, e acredita que a expansão da área do vórtice já representa um novo habitat marinho.

O entulho plástico despejado pelo homem nos mares mata a cada ano mais de um milhão de pássaros e cem mil mamíferos marinhos, e sua entrada na cadeia alimentar representa risco para a saúde humana.

Sabia-se que os detritos que acabavam nas regiões de giros se decompunham na natureza, mesmo com a proteção aos raios ultravioleta oferecida pela água do mar. A durabilidade dos plásticos modernos, porém, mudou bastante esse perfil – eles podem levar centenas de anos para se degradar. No lixão do Pacífico Norte já foram encontrados plásticos fabricados há 50 anos. Segundo Moore, como o mar de lixo é translúcido e situa-se abaixo da superfície oceânica, não é detectável nas fotografias de satélites. “Você o vê apenas da proa dos barcos”, afirma. Como ainda nada se faz sobre o problema, ele só tende a crescer. No início de fevereiro, Moore alertou que, se os consumidores não reduzirem o uso de plástico descartável, a “sopa” do Pacífico Norte poderá dobrar de tamanho na próxima década.

Acredita-se que 90% do lixo flutuante nos oceanos é composto de plástico – um índice compreensível, já que esse material é um dos que levam mais tempo para se decompor na natureza. No Mar Mediterrâneo, considerado o mais poluído do planeta, cada quilômetro quadrado contém cerca de duas mil peças de plástico flutuante. Esses detritos têm efeito trágico sobre a vida animal. De acordo com o Programa Ambiental da ONU, os entulhos plásticos são responsáveis anualmente pela morte de mais de um milhão de pássaros e de cem mil mamíferos marinhos, como baleias, focas, leões-marinhos e tartarugas. As aves marinhas confundem objetos como escovas de dente, isqueiros e seringas com alimento, e diversos deles foram encontrados nos corpos de animais mortos.

SEGUNDO CIENTISTAS holandeses, de um grupo de cem fulmares (aves marinhas das regiões árticas), mais de 90 morrem com resíduos de plástico em seus estômagos. Os pesquisadores estudaram 560 fulmares provenientes de oito países e descobriram que os pássaros haviam ingerido em média 44 itens de plástico. Apenas um desses animais, recolhido morto na Bélgica, tinha em seu corpo 1.603 diferentes pedaços de plástico. Uma tartaruga encontrada numa praia havaiana apresentava em seu estômago e intestinos mais de 1.000 pedaços de plástico.

Marcus Eriksen ressalta que a água com essa massa de lixo marinho também representa um risco para a saúde humana. Centenas de milhões de minúsculas bolinhas de plástico, a matéria- prima dessa indústria, são perdidos ou desperdiçados anualmente e acabam por chegar ao mar. Esses poluentes atuam como esponjas, atraindo substâncias químicas produzidas pelo homem, como hidrocarbonetos ou o pesticida DDT. O passo seguinte é eles entrarem na cadeia alimentar. A esse respeito, Eriksen salienta: “O que vai para os oceanos vai para esses animais e vem para seu prato” – um lembrete, como se vê, mais do que oportuno.



Para saber mais Alan Weisman, The World Without Us, St. Martin’s Press.

fonte: https://www.revistaplaneta.com.br/mar-de-lixo/