CASA PODEROSA DOS FILHOS DE YEMANJÁ

CASA PODEROSA DOS FILHOS DE YEMANJÁ

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Crime e preconceito: mães e filhos de santo são expulsos de favelas por traficantes evangélicos


A roupa branca no varal era o único indício da religião da filha de santo, que, até 2010, morava no Morro do Amor, no Complexo do Lins. Iniciada no candomblé em 2005, ela logo soube que deveria esconder sua fé: os traficantes da favela, frequentadores de igrejas evangélicas, não toleravam a “macumba”. 

Terreiros, roupas brancas e adereços que denunciassem a crença já haviam sido proibidos, há pelo menos cinco anos, em todo o morro. Por isso, ela saía da favela rumo a seu terreiro, na Zona Oeste, sempre com roupas comuns. O vestido branco ia na bolsa. Um dia, por descuido, deixou a “roupa de santo” no varal. Na semana seguinte, saía da favela, expulsa pelos bandidos, para não mais voltar.


No O Globo 
— Não dava mais para suportar as ameaças. Lá, ser do candomblé é proibido. Não existem mais terreiros e quem pratica a religião, o faz de modo clandestino — conta a filha de santo, que se mudou para a Zona Oeste.

A situação da mulher não é um ponto fora da curva: já há registros na Associação de Proteção dos Amigos e Adeptos do Culto Afro Brasileiro e Espírita de pelo menos 40 pais e mães de santo expulsos de favelas da Zona Norte pelo tráfico. Em alguns locais, como no Lins e na Serrinha, em Madureira, além do fechamento dos terreiros também foi determinada a proibição do uso de colares afro e roupas brancas. De acordo com quatro pais de santo ouvidos pelo EXTRA, que passaram pela situação, o motivo das expulsões é o mesmo: a conversão dos chefes do tráfico a denominações evangélicas.

Atabaques proibidos na Pavuna
A intolerância religiosa não é exclusividade de uma facção criminosa. Distante 13km do Lins e ocupada por um grupo rival, o Parque Colúmbia, na Pavuna, convive com a mesma realidade: a expulsão dos terreiros, acompanhados de perto pelo crescimento de igrejas evangélicas. Desinformada sobre as “regras locais”, uma mãe de santo tentou fundar, ali, seu terreiro. Logo, recebeu a visita do presidente da associação de moradores que a alertou: atabaques e despachos eram proibidos ali.

—Tive que sair fugida, porque tentei permanecer, só com consultas. Eles não gostaram — afirma.

A situação já é do conhecimento de pelo menos um órgão do governo: o Conselho Estadual de Direitos do Negro (Cedine), empossado pelo próprio governador. O presidente do órgão, Roberto dos Santos, admite que já foram encaminhadas denúncias ao Cedine:
— Já temos informações desse tipo. Mas a intolerância armada só pode ser vencida com a chegada do estado a esses locais, com as UPPs.

O deputado estadual Átila Nunes (PSL) fez um pedido formal, na última sexta-feira, para que a Secretaria de Segurança investigue os casos.
— Não se trata de disputa religiosa mas, sim, econômica. Líderes evangélicos não querem perder parte de seus rebanhos para outras religiões, e fazem a cabeça dos bandidos — afirma.
Nas favelas, os ‘guerreiros de Deus’

Fernando Gomes de Freitas, o Fernandinho Guarabu, chefe do tráfico no Morro do Dendê, ostenta, no antebraço direito, a tatuagem com o nome de Jesus Cristo. Pela casa, Bíblias por todos os lados. Já em seus domínios, reina o preconceito: enquanto os muros da favela foram preenchidos por dizeres bíblicos, os dez terreiros que funcionavam no local deixaram de existir.

Guarabu passou a frequentar a Assembleia de Deus Ministério Monte Sinai em 2006 e se converteu. A partir daí, quem andasse de branco pela favela era “convidado a sair”. Os pais de santo que ainda vivem no local não praticam mais a religião.

A situação se repete na Serrinha, ocupada pela mesma facção. No último dia 22, bandidos passaram a madrugada cobrindo imagens de santos nos muros da favela. Sobre a tinta fresca, agora lê-se: “Só Jesus salva”.

O babalaô Ivanir dos Santos, representante da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (CCIR), criada justamente após casos de intolerância contra religiões afro-brasileiras em 2006, afirma que os casos serão discutido pelo grupo, que vai pressionar o governo e o Ministério Público para que a segurança do locais seja garantida e os responsáveis pelo ato sejam punidos. “Essas pessoas são criminosas e devem ser punidas. Cercear a fé é crime”, diz o pai de santo.

Lei mais severa
Desde novembro de 2008, a Polícia Civil considera como crimes inafiançáveis invasões a templos e agressões a religiosos de qualquer credo a Lei Caó. A partir de então, passou a vigorar no sistema das delegacias do estado a Lei 7.716/89, que determina que crimes de intolerância religiosa passem a ser respondidos em Varas Criminais e não mais nos Juizados Especiais. Atualmente, o crime não prescreve e a pena vai de um a três anos de detenção.

Filha de santo, que foi expulsa do Lins: ‘Não suportava mais fingir ser o que não era’.
— Me iniciei no candomblé em 2005. A partir de minha iniciação, comecei a ter problemas com os traficantes do Complexo do Lins. Quando cheguei à favela de cabeça raspada, por conta da iniciação, eles viravam o rosto quando eu passava. Com o tempo, as demostrações de intolerância aumentaram. Quando saía da favela vestida de branco, para ir ao terreiro que frequento, eles reclamavam. Um dia, um deles veio até a minha casa e disse que eu estava proibida de circular pela favela com aquelas “roupas do demônio”. As ameaças chegaram ao ponto de proibirem que eu pendurasse as roupas brancas no varal. Se eu desrespeitasse, seria expulsa de lá. No fim de 2010, dei um basta nisso. Não suportava mais fingir ser o que eu não era e saí de lá.

Mãe de santo há 30 anos, expulsa da Pavuna: ‘Disseram que quem mandava ali era o ‘Exército de Jesus”.

— Comprei, em 2009, um terreno no Parque Colúmbia, na Pavuna. No local,. não havia nada. Mas eu queria fundar um terreiro ali e comecei a construir. No início, só fazia consulta, jogava búzios e recebia pessoas. Não fazia festas nem sessões. Não andava de branco pelas ruas nem tocava atabaque, para não chamar a atenção. Um dia, o presidente da associação de moradores foi até o local e disse que o tráfico havia ordenado que eu parasse com a “macumba”. Ali, quem mandava na época era a facção de Acari. Já era mais de santo há 30 anos e não acreditei naquilo. Fui até a boca de fumo tentar argumentar. Dei de cara com vários bandidos com fuzis, que disseram que ali quem mandava era o “Exército de Jesus”. Disse que tinha acabado de comprar o terreno e que não iria incomodar ninguém. Dias depois, cheguei ao terreiro e vi uma placa escrito “Vende-se” na porta — eles tomaram o terreno e o puseram a venda. Não podia fazer nada. Vendi o terreno o mais rapidamente possível por R$ 2 mil e fui arrumar outro lugar.
fonte: http://www.geledes.org.br/crime-e-preconceito-maes-e-filhos-de-santo-sao-expulsos-de-favelas-por-traficantes-evangelicos/#gs.N3raH0E





Festival Afro-Brasileiro discute a questão racial em Maringá, no Paraná

Festival quer conscientizar a população sobre os problemas do preconceito racial (Foto: Roberto Furlan/Ascom/Prefeitura Maringá)


Com mais de 100 mil negros, Maringá, no norte do Paraná, vai discutir a questão racial durante todo o mês de novembro. 

No Festival Afro-Brasileiro, especialistas, interessados no tema e a população participarão de debates, exposições, oficinas e apresentações que reforçarão a necessidade de se combater o preconceito.

Durante todo o mês de novembro haverá debates, oficinas e apresentações.
Conferência Municipal de Promoção à Igualdade Racial ocorre nesta quarta.


Esta é sétima edição do festival e este ano o tema será “Descobrindo a Negritude: Heróis Negros do Brasil”. 

O festival será realizado até 30 de novembro e é realizado em paralelo a 1ª Conferência Municipal de Promoção à Igualdade Racial. 

A conferência está marcada para esta quarta-feira (4), no auditório Ney Marques, bloco D03 da Universidade Estadual de Maringá (UEM).

Até o fim do mês, a Biblioteca do centro vai abrigar a exposição Vila Nagô, do Centro Cultural Jhamayka. No Paço Municipal o público poderá acompanhar a exposição Cultura Afro-Brasileira de Maringá. E na Câmara Municipal estará o trabalho Nossa Cultural Ancestral.

De 16 a 30 de novembro o projeto Abrindo Gavetas expõe “Do preto ao branco, do branco ao preto crianças não albinas”, na Biblioteca da UEM, e de 17 a 30 de novembro “Fotos da Beleza Negra Maringaense”, na Câmara Municipal.

Durante o mês também serão promovidas oficinas de Abayomi, boneca de pano artesanal negra feita com sobras de panos. A primeira oficina será nesta quarta-feira, às 14h30, na biblioteca do Jardim Alvorada.  O curso é gratuito e é aberto para pessoas a partir de 11 anos.

A programação completa, de todas as oficinas, debates, premiações e apresentações, pode ser conferida no site da Prefeitura de Maringá.

Extraído do portal de notícias G1 / norte – noroeste
http://g1.globo.com/pr/norte-noroeste/noticia/2015/11/festival-afro-brasileiro-discute-questao-racial-em-maringa-no-parana.html


Unimontes é parceira na realização da I Caminhada contra a Intolerância Religiosa no próximo dia 21




No dia 21 de novembro, será realizada em Montes Claros a 1ª Caminhada contra a Intolerância Religiosa. 

O objetivo é conscientizar as pessoas para a paz e o fim de qualquer tipo de preconceito sobre o tema. 

O evento terá início às 8 horas, com concentração na Praça da Catedral, de onde sairá a caminhada em direção ao Mercado Municipal Christo Raef – com percurso pelas ruas do Centro da cidade. 

A iniciativa conta com apoio institucional da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes).

“A proposta é promover a paz entre todas as religiões, respeitando as preferências das pessoas, sem nenhum tipo de intolerância”, afirma Lorena Fernandes, uma das integrantes do grupo organizador da caminhada, que, além da Unimontes, é apoiada pela Arquidiocese de Montes Claros.

“Estamos fazendo visitas às igrejas católicas e evangélicas, representantes da comunidade judaica e de outras religiões para uma grande mobilização nesta caminhada contra a intolerância”, destaca Lorena.

De acordo com a programação, durante a concentração na Praça da Catedral, haverá um momento dedicado às falas de padres, pastores e de outros líderes religiosos, seguido de confraternização entre os participantes do evento. 

Ás 8h40, acontecerá a apresentação do “culto de iniciação de casas de matrizes africanas”. A caminhada será a partir das 9 horas, com o seguinte itinerário: Ruas Coronel Joaquim Costa, Padre Augusto, Camilo Prates, Praça Doutor Carlos Versiani, Ruas Coronel Altino de Freitas e Marechal Deodoro.

Na chegada, em frente ao Mercado Municipal, haverá apresentação das casas de matrizes africanas. A programação prevê para o meio-dia rodas de capoeira e apresentações de danças afro-brasileiras e roda de samba.

SERVIÇO
Caminhada contra a Intolerância Religiosa
Dia: 19 de novembro
Horário: a partir das 8 horas
Concentração/Saída: Praça da Catedral

Extraído do site da Universidade Unimontes / Montes Claros – MG
http://unimontes.br/index.php/todas-as-noticias/15106-2015-11-04-17-36-15


Marina Silva volta a defender Estado laico e liberdade religiosa



A ex-senadora foi questionada sobre seus posicionamentos a respeito da comunidade gay
por Leiliane Roberta Lopes

A ex-candidata presidencial Marina Silva, da Rede Sustentabilidade, afirmou mais uma vez à imprensa que suas crenças religiosas não interferem na forma como ela faz política.

Na semana passada a ex-senadora foi questionada sobre direitos LGBT durante sua participação em uma palestra em São Paulo e precisou reafirmar que defende o Estado laico.

“Tenho 16 anos como senadora, qual projeto de lei meu você encontra que tenha qualquer sombra de variação em relação aos direitos LGBT?”, questionou Marina que é evangélica.

“Eu tenho minhas convicções religiosas, mas vivemos em um Estado laico, que garante os direitos dos que creem e dos que não creem”, disse.

Essa não foi a primeira vez que Marina Silva falou sobre direitos LGBT e sobre a laicidade do Estado. Durante a campanha eleitoral do ano passado ela precisou se posicionar por conta da mudança do plano de governo do PSB sobre os direitos civis dos homossexuais.

O plano contemplava propostas em favor do ativismo gay, assim que foi publicado e criticado, o partido refez algumas frases para evitar perder voto dos eleitores mais conservadores.

Com medo de ser comparada à bancada evangélica – que tem posturas que Marina não concorda – a ex-senadora se mostrou defensora da democracia e do Estado laico, se comprometendo a respeitar o direito de todos os brasileiros.

Extraído do site Gospel Prime
https://noticias.gospelprime.com.br/marina-silva-defender-estado-laico/


Comitê Interreligioso da Bahia será lançado no dia 06 de novembro



Grupo vai promover ações e diálogos para combater a violência religiosa
Lideranças religiosas vão se reunir, na sexta-feira (06.11), para lançar o Comitê Interreligioso da Bahia (CIRB). 

O grupo, que será composto por espíritas, umbandistas, católicos, evangélicos, candomblecistas e messiânicos, tem o intuito de desenvolver ações de combate à violência e a intolerância religiosa, seja ela física ou moral, além de promover diálogos para garantir a laicidade no estado. 

O lançamento ocorrerá durante coletiva de imprensa, às 9h, na Cidade da Luz – Rua Barreto Pedroso, 295, Pituaçu, Salvador.

De acordo com o médium e fundador da instituição, José Medrado, os recentes casos sobre intolerância noticiados pela imprensa, não somente na Bahia, mas também em todo país, foi o que motivou as líderes religiosas a se unirem “a favor da fé, da paz e do amor”.

Participam do lançamento, além de Medrado, o Pastor Djalma Torres; Mãe Jaciara Ribeiro da Abassa de Ogum; Mãe Daya Dias, Leonardo Lima e Caio Novais de Brito Cunha, do Templo Cacique Pena Branca; Pai Raimundo, do Centro Umbandista Paz e Justiça Dr. Geraldo Ramos e  Alfredo Dorea, daInstituição Beneficente Conceição Macêdo (IBCM).

Serviço:

Evento: Lançamento do Comitê Interreligioso da Bahia.

Data: 06 de novembro, às 9h.

Local: Cidade da Luz – Rua Barreto Pedroso, 295, Pituaçu.

Contatos para pautas: Pastor Djalma Torres – 99953-7149 / Mãe Jaciara Ribeiro  – 98804-4528 / Padre Alfredo Dorea – 99658-8918 / Mãe Daya Dias – 98816-8142.

Mais informações para a imprensa:

Danielle Rodrigues

danielle@lumecomunicacao.com.br

Contato: (71) 8261-5389

Lume Comunicação (71) 3341-8922

Jornalista responsável

Cristina Barude MTB 1284

www.lumecomunicacao.com.br

Extraído do site do Jornal Dia Dia / Três Lagoas – MS
http://jornaldiadia.com.br/comite-interreligioso-da-bahia-sera-lancado-no-dia-06-de-novembro/

Cidadania: Comitê Interreligioso propõe ações para combate a intolerância na Bahia

Criado em 07/11/15 13h41 e atualizado em 07/11/15 13h53 
Por TV Brasil


Comitê Inter-religioso da Bahia apresenta propostas para combater intolerância religiosa do estado. Nove líderes de diversas religiões já estão engajados nesse trabalho que pretende desenvolver ações de combate a intolerância religiosa no estado. 

O Comitê foi criado recentemente e se reúne a cada 15 dias em encontros abertos ao público.

“Entendemos que é necessário que as pessoas se juntem para favorecer o diálogo e combater efetivamente todas as formas de intolerância e de discriminação”, afirma o Padre Alfredo Dírea, presidente do Comitê.


Para os líderes religiosos é preciso que a tolerância também seja cultivada dentro dos próprios grupos e no dia a dia. 

“Nós do Comitê interreligiosos acreditamos que vamos passar o amor,  não é a religião da umbanda ou batista, é o amor ao próximo”, acredita Pai Raimundo, líder do Centro Umbandista Paz e Justiça.

De acordo com dados da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial, na Bahia, a cada mês pelo menos duas pessoas são agredidas, excluídas ou desrespeitadas por conta da religião, credo, culto ou por praticar litúrgica que escolheram seguir. 

O que chama mais atenção é que todos esses registros feitos no primeiro semestre foram contra pessoas de religiões de matrizes africanas

Para Mãe Daya Dias, líder do Templo Umbanda Pena Branca, a discriminação ocorre diariamente e precisa ser combatida.

 “Não tem que ter isso, porque a sua religião é tão boa quanto a minha. 

Deus é um só, não importa aonde, nem como e nem que nome que se dá a ele,” afirma.

Extraído do portal de notícias EBC / Brasília – DF
http://www.ebc.com.br/cidadania/2015/11/comite-interreligioso-propoe-acoes-para-combate-intolerancia-na-bahia


Pastores acionam Ministério Público para retirar escultura de Iemanjá do Velho Chico, em Petrolina



Numa terra cujos bairros são batizados de João de Deus, Cosme e Damião, Dom Avelar e em homenagens aos santos Paulo, José, Gonçalo e Luzia, além de ser banhado por um rio que se chama São Francisco, cidadãos recorreram ao argumento do estado laico para solicitar, junto ao Ministério Público Federal, a remoção de duas imagens instaladas no Velho Chico.

Mãe D’Água (representação de Iemanjá) e Nego D’Água, inauguradas há três anos, foram considerados um desrespeito à separação de estado e religião, uma vez que as águas do rio pertencem à União, pelos pastores José Kenaidy e Jorge Ancelmo.

 “Discutimos internamente com pastores a questão da legalidade em relação ao código civil, do ponto de vista da laicidade e da questão religiosa. 

O grupo acabou não querendo entrar com a ação, então eu e o Ancelmo, na condição de cidadãos, sem qualquer identificação profissional, entramos com um pedido de posicionamento junto ao MPF, porque consideramos o caso um agravo – uma ação feita, inclusive, sem licença ambiental”, declarou o professor, teólogo e pastor Kenaidy.

 “A partir da resposta do MPF, que vai ter que deferir positivamente, falaremos da questão da limpeza do esgoto, a posteriori. 

Só Juazeiro, lança uma quantidade impensável de dejetos no leito do rio. 

O argumento de tirar as estátuas, também servirá para impedir o lançamento do esgoto. Sou de origem judaica, se a questão persistir, vou colocar também uma menori
al no rio, afinal os direitos são iguais”, completou.

De acordo com a assessoria de comunicação do Ministério Público Federal, a solicitação foi oficialmente apresentada no dia 6 de novembro de 2015 e chegou na segunda-feira (9) ao setor jurídico do órgão, que determinará o procurador responsável pelo caso.

As esculturas são alvos de controvérsias desde a instalação e voltaram à pauta depois que, numa sessão plenária do dia 22 de setembro de 2015, o vereador Zenildo do Alto do Cocar (PSB) declarou: “Depois que colocaram a estátua, nunca mais choveu em Petrolina”. Nas semanas seguintes, ele declarou à imprensa da cidade que respeita a imagem, mas tem preocupações ambientais com o local onde ela foi disposta. 

O presidente da União dos Pastores de Petrolina (Upepe), Clayton Antônio, se disse contrário à iniciativa em entrevistas a rádios petrolinenses.

No Brasil, há outros exemplos de locais ligados à União e que possuem cunho religioso em algum aspecto. 

O Parque Nacional de São Joaquim, em Santa Catarina, por exemplo, carrega a denominação católica até mesmo no nome. Quando o assunto são imagens de cunho religioso expostas ao público em território da 

União cita-se o Parque Nacional da Tijuca, no Setor da Serra da Carioca, e é apresentado como um dos principais cartões-postais do país, é o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro – até o momento, não há solicitações para remoção da obra, que integra a lista de proteção do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) junto ao Ministério Público Federal do Rio de Janeiro. Seria ele o próximo?

Extraído do blog Curiosa Mente do Jornal Diário de Pernambuco / Recife – PE
http://curiosamente.diariodepernambuco.com.br/project/pastores-acionam-ministerio-publico-para-retirar-esculturas-de-iemanja-do-velho-chico-em-petrolina/