CASA PODEROSA DOS FILHOS DE YEMANJÁ

CASA PODEROSA DOS FILHOS DE YEMANJÁ

segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Reis de 2013




Òsalá será o principal regente do ano de 2013. 

Mas Iemanjá Ogunté e Ogum terão uma participação muito importante. 

No texto abaixo, tem uma explanação sobre a riquíssima sabedoria esotérica dos deuses africanos.

O nome Osalá é a junção de duas palavras do idioma africano: òsa, suave; e alá, espécie de pano branco estendido. 

Na concepção simbólica da expressão, Osalá representaria um imenso tecido branco, um manto que envolve e agasalha o Mundo.

Segundo a cultura africana, Òsalá é o deus que separou o Mundo Material do Mundo Espiritual. 

Com o seu poder divino ele criou todos os seres vivos, gerou os outros orixás e envolve os atributos da fecundação. 

Para os Iorubás, ele possui as mesmas qualidades paternais de Zeus e Júpiter – deuses que pertencem aos panteões grego e romano, respectivamente. 

O deus Osalá detém o mais alto poder espiritual a que os homens podem apelar, pois age em todas as esferas das atividades humanas por intermédio dos seus filhos – os outros Orisás.

Osalá se veste de branco: dentro do espectro solar o branco é a energia que absorve todas as outras. 

O branco representa todas as possibilidades, a base de qualquer criação.

Recomendo a leitura sobre as cores que você poderá usar na passagem para o Ano Novo, segundo a Numerologia.

Na África, todos os Orixás relacionados com a criação são designados pelo nome genérico de fun fun. 

Essa designação se deve ao fato de que a expressão africana significa a luz branca se configura como a cor da criação do mundo. 

A sua união de Luz com Iemanjá resultou o nascimento dos outros orixás, seus filhos.

Osalá é austero, paciente e bondoso, que prefere convencer a impor sua vontade. 

É um líder absoluto que comanda sem erguer o tom da voz. Seu elemento é o Ar, por isso governa os ventos, modela as nuvens, possibilita a criatividade.

Para aqueles que desconhecem o Panteão Africano a vibração protetora de Oxalá é a fonte inspiradora dos artistas, cirurgiões, arquitetos e escritores. 

Considerado o deus da inteligência, vigilância e organização, à ele também são atribuídos o temperamento humanitário, contemporizador, estando sempre na torcida pelo sucesso alheio. 

Senhor de todos os começos e de todas as realizações, o seu poder de liderança poderá ser sentido em todos os projetos que requeiram criatividade e habilidade com a palavra em 2013. 

Todos terão, portanto, as melhores oportunidades para se lançar de cabeça no empreendedorismo.

IEMANJÁ OGUNTÉ  E OGUM – INFLUÊNCIAS E INTERFERÊNCIAS EM 2013

Mas nem tudo serão flores. 

Todos, sem exceção deverão se preparar: Oxalá virá acompanhado em 2013 de outros dois Orisás. 

No segundo trimestre, Iemanjá e Ogum passarão a influenciar e interferir no destino das pessoas. 

A explicação esotérica é muito simples: o Elemento de Oxalá é o Ar, um elemento ativo e masculino; ao passo que a Terra e a Água (Ogum e Iemanjá, respectivamente) são elementos passivos e femininos.

Enquanto estes dois últimos orisás são materializadores; o primeiro é o símbolo de espiritualização. Com isso o que poderia ser simples e objetivo, ganhará contornos mais expressivos e conflitantes em 2013. 

Nada será fácil. 

Se algumas correntes admitem o fim de um Ciclo é de bom alvitre reavaliar o que significa um novo começo.

Fonte: Pryom é Sacerdote Místico-Espiritualista

Yemanjá Ogunté


Origem: E o orixá do rio Ogum, que corre por Oyó e Abeokuta, vem do território de Nupe, perto de Bida; também se diz que vem de Tapa,e associada com Abeokuta; Ibadán e de Shaki. 

E outros ainda dizem ser da terra de Mina (versão de Cuba).

Ogunté quer dizer aquela que contém Ogum é aquela que luta ao lado dele.

Características: Mãe da vida, e considerada como mãe de todos os orixás.

É dona das águas e representa o mar, fonte fundamental da vida. 

Vive perto das praias, no encontro das águas com as pedras sendo seu habitat as pedras ou arrecifes dos mares e rios, próximos de praia. 

Por isso se diz que “o santo nasce do mar”.

É considerada a quarta manifestação dessa divindade. 

Apresenta-se jovem e muito guerreira , ardilosa e ambiciosa. 

É uma guerreira terrível que carrega, preso à cintura, um facão e outras armas de ferro confeccionadas por Ogum Alagbedé, seu marido.

Dizem que é rancorosa, severa e violenta, que não aceita pato em seus sacrifícios e adora carneiro. 

É indomável, mas justiceira. 

E de caráter violento, muito severa e não perdoa.

Vive com Ogum em campanhas de guerra e seu filho Ogunjá. 

Seu nome completo é “Yemanjá Ogunte Ogunmasomi” e, entre os ararás é conhecida como Akadume. 

Seu nome não deve ser pronunciado por quem tenha ela assentada, sem antes tocar a terra com os dedos e leva-los aos lábios.

Também chamada de “Yemanjá Okuté ou Okuti” Lá do azul celeste, esta nos arrecifes da costa. 

“Porteira de Olokun”. O mesmo se acha no mar, no rio, no lago, e no mato.

“Esta Yemanjá trabalha muito”. 

E uma amazona terrível. 

O rato pertence a ela. 

Como envia mensagens a seus homens e pode transformar-se em rato pra os visitar, ela teme o cachorro.

Vive dentro no mato virgem. 

É feiticeira, expert em preparar afoxé. (pós-mágicos, que se preparam com seivas de animais, pós-mágicos para o bem e para o mal).

Gosta de bailar com um majá enroscado nos braços.

Ferramentas: Trás na cintura um facão e todas as ferramentas de Ogum. 

É a única das Yemanjá que carrega uma espada.

Animais: Fala-se também, que Ogunte gosta que seus animais sejam castrados na hora do sacrifício. 

Come carneiro e todos os bichos machos, castrados na hora do sacrifício. 

Gosta de comer galo na companhia de Ogum. 

Não gosta do pato e sim do carneiro. 

Pomba, Galinha de Angola, Tartaruga, Galinha. Yemanjá Ogunté não come pato. 

Gosta que seus adimús sejam regados com muito mel. Come padê com Ogum.

Quizila: Sua maior quizila é a pata.

Cores: Veste-se de azul e branco ou azul-marinho com cristal ou verde com branco.

Fundamento: Come com seu filho Ogum Akoro nos campos e caminhos. 

Geralmente por ser do monte se assenta em pedra de ametista e não em pedra do mar. 

Em seu Igbá é colocado uma faca virgem, pó de ferro e folhas de louro.

Mitologia: Foi mulher de Babalúayé, de Aggayú, de Orula e de Ogum. 

É mais cultuada como esposa de Ogum Alagbedè, (deus dos ferreiros) mãe de Akoro.

Sincretismo: Está sincretizada com Nossa Senhora das Neves.

Pedras: São seus os corais e madrepérolas; ametista.

Flores: Flor da água, violeta, rosas brancas.

Perfume: Verbena.

Saudação: Seus filhos apóiam o corpo no chão do meio lado, sobre o braço do lado esquerdo e direito, e saúdam-na assim: Omí o Yemayá, Omí Lateo, Omí Yalodde.


É a quarta Yemanjá, Ogunté quer dizer aquela que contém Ogum. 

Esposa de Ogum Alagbedé, mãe de Ogum Akorô Onigbé, após a retirada de Ogum Alagbedé para a cidade de Ifé Irê tornou-se esposa de Osaguiã, mãe de Ogunjá e Osóssi Inlé  tem ligação com Ogum, Osaguiã, e Osóssi, vive perto das praias no encontro das águas com as pedras, guardiã dos arrecifes, traz na cintura um facão e todas as ferramentas de Ogum, é a guerreira do castelo de Olokun (que é a grande ancestral mãe de todas as Yemanjá).

Porta a espada da morte o alfanje, por isso também tem o poder de ceifar a vida, só sai á noite, sendo considerada a Yemanjá da Noite, Senhora das Sete Estrelas, é considerada violenta e severa. Senhora das águas que ninguém segura, as águas violentas, que saem arrastando tudo, guerreira como Yansã, Dona do canto mais alto e profundo, diz à lenda que Ogunté chamava Ogum Alagbedé, com um canto agudo, que podia ser ouvido de qualquer parte.

COMIDAS : Sua maior quizila é a pata, come carneiro e todos os bichos machos castrados na hora do sacrifício, come com seu filho Ogum nos campos e caminhos, e come as comidas de Yemanjá Yemowô.

VESTIMENTA : Veste o azul, cristal, verde e branco, traz um abebê, mas esconde-o nas costas quando puxa a espada de guerra, usa capacete, peitaça, adê, escudo, adornos com seus tons de azul noite, verde e prateado, traz em seu adê as sete estrelas da noite.





Veja as previsões dos búzios para 2013



Enviado por implacavel, sex, 28/12/2012 - 09:05
Autor:  Ricardo Donisete - iG São Paulo

A corrupção deve levar muitos políticos para cadeia, Salvador e Nova York podem sofrer desastres e a economia continua em forte crise na Europa, mas melhora aqui. 

2013 será regido por Ogum, orixá da prosperidade, mas também da guerra. 

Nesse ano comandado pela divindade africana, a economia vai melhorar no Brasil, mas vai continuar em forte crise na Europa. 

A violência em São Paulo vai se agravar e exigir forças federais para ser contida.

Feitas pelos sacerdotes do candomblé Kátia de Ogum e Valdir de Oya, essas e outras previsões estão no vídeo que você pode ver logo abaixo:

http://tvig.ig.com.br/id/8a49800e3ae073ce013bbf35ef341f46.html


RUNA QUE REGE O ANO DE 2013




HAGALAZ - O GRANIZO 


Calendário Maia: É o cristal
Regida por Saturno

Em um dia de sol poderá cair granizo, sem qualquer aviso. 

Sugere eventos fora do controle em qualquer área. 

Indica que teremos um ano atípico com situações inovadoras de renovação tanto na política, quanto na economia. 

Esses acontecimentos se desdobraram em crescimento, autotransformação e maior conscientização do propósito de cada um nesta dimensão.

Sugere calma, paciência e serenidade para lidar com os imprevistos. 

Eles nos obrigam a pensar, equacionar, mapear e analisar o que conduz a humanidade para evolução criando condições de transformação. 

Da compreensão e da conscientização surgirá o milagre.


SÍMBOLO

Duas vigas escoradas por uma estaca.
Significa que deveremos, na adversidade, dar as mãos para manter a unidade.

ANIMAL TOTÊMICO - GANSO
Promete mudanças em todas as direções uma vez que o ganso transita na terra, na água e no ar.

DIREÇÃO
É a nona Runa do alfabeto rúnico. 

O número 9 é sagrado na mitologia nórdica, representa "o poder do 3x3".
Renovação de ciclo e retorno para a unidade.

TÔNICA PARA 2013
- Agregar responsabilidade nas atitudes no dia a dia
- Conscientização das limitações 
- Transformar desafios em evolução e crescimento.
- Alavancar o autoconhecimento
- Cultivar a força interior
- Garimpar a paciência e serenidade.
- Praticar a justiça

RECADO DO SABIO
Já que a racionalidade consiste na sua essência de harmonia interior, aprenda a conviver com as limitações naturais da vida que proporcionam o autoconhecimento. 



Previsões do Tarô pra 2013, Miriam Carvalho



TARO: CARTA 8 - A JUSTIÇA

Lei do Equilíbrio Universal. 

A razão pura de sua existência.

Desenvolver e exercer dons Divinos dentro de seu ambiente, dominando instintos. 

A Justiça não é cega é Divina.

A evolução do homem em busca da divindade. 

Ação e Reação. Causa e efeito.

Esta justiça é interna e pessoal, individual e única, é a nossa justiça, autocrítica, autoavaliação, senso do dever cumprido. 

É livre quem é justo, sem culpas. 

Não adianta conquistar sem saber avaliar. 

Poder na matéria por direito conquistado através de recompensas ou desafios. 

Obter conquistas e realizações do mundo material, sem prejudicar ou lesar qualquer forma dos reinos da criação, seja mineral, vegetal ou animal.


SIMBOLOGIA DA CARTA
. Balança: Símbolo do peso e medida de nossas ações e reações
. Mão direita alcançando a balança: Busca da justiça com racionalidade, consciência.
. Mão esquerda espada: Liderança imparcialidade
. Três degraus: 
Azul - o equilíbrio, o mundo dos Deuses.
Cinza - a mente, o desafio a ser vivenciado.
Marrom - simboliza o Corpo, a responsabilidade.
Significa que para atingir o equilíbrio é preciso responsabilidade na superação dos desafios.

. Ourobóros: A eternidade da alma.

A lei do retorno. 

Ação e reação. 

O Cosmos. 



Previsões da astrologia para 2013: Peixes





Amor, trabalho e saúde: a astróloga Monica Horta conta em detalhes como será o ano para os piscianos

Monica Horta , astróloga do Delas | 24/12/2012 05:00:57



Os piscianos iniciam 2013 com a certeza absoluta de que aí vem o grande amor

Para os piscianos, 2013 representa mais uma oportunidade de aprender a olhar a vida através do filtro sensível de Netuno em Peixes. 

Um privilégio que só aconteceu outra vez no final do século 19 e não pode ser desperdiçado. 

Na sua harmonia com Saturno e com a Lua, Netuno nos fala da possibilidade de pensar e sentir ao mesmo tempo. 

Um dom que precisa ser dividido com o mundo e só pode escoar por meio de uma linguagem. 

Amor: Se piscianos são românticos por natureza, em 2013 vão ter a oportunidade de ver boa parte dos seus sonhos se transformarem em realidade. 

Claro, precisam agir para fazer com quem as coisas aconteçam, mas vão contar com a ajuda luxuosa de Plutão e de Saturno – dois gigantes do céu que costumam chamar de delírio os sonhos piscianos. 

Desde março de 2012 os piscianos estão sabendo que as coisas vão mudar, mas a verdade só vai entrar em foco depois de março de 2013.

Com Mercúrio começando o ano muito perto de Netuno e a Lua ocupando a casa dos romances, os piscianos iniciam 2013 com a certeza absoluta de que aí vem o grande amor.

Trabalho: Com Urano e Marte na casa onde avaliamos os recursos com que contamos para enfrentar os desafios do mundo material, os piscianos estão mais corajosos do que nunca – até corajosos demais. 

Por causa da quadratura com Plutão, talvez as mudanças de rumo necessárias ainda não estejam muito claras. Mas isso vai acontecer logo. Os caminhos vão se abrir e não vai haver lugar para dúvidas diante das novas escolhas. Saturno garante que a nova viagem vai levar a um rumo certo.

Saúde: Com Leão regendo a casa da saúde, o bem-estar depende sempre de uma correta definição de identidade. O que não é muito fácil para quem é afetado por “todo sentimento do mundo.” A presença de Marte no céu do ano novo astrológico no signo que ele mesmo rege é uma promessa de vitalidade, mas é também uma cobrança de um pouco mais de atividade física. Ponha-se em movimento, mas respeite os seus limites.

Ponto alto do ano: Com o grande triângulo dos signos de água desenhado no céu do ano novo astrológico, tudo indica que as emoções vão dirigir o pensamento. Está na hora de usar a sua inteligência emocional.

Ponto baixo do ano: Cuidado com as decisões precipitadas. Não mude nada (principalmente em relação ao trabalho) sem pensar muitas vezes e conversar com pessoas em quem você confia.

Recado de Saturno: Espere até a metade do ano antes de tomar uma decisão definitiva em relação à vida profissional. Quando Júpiter entrar em Câncer, as coisas vão dar muito certo.


Cromoterapia para 2013



Utilize-se da cromoterapia para atrair sorte, amor, saúde e paz para 2013.

Para quem quer atrair paz e harmonia em 2013 deve passar o réveillon de branco, enfeitar a casa com flores brancas e ascender velas brancas (se possível aromatizadas com erva doce, mel ou camomila). 

Forrar a mesa com toalhas brancas. 

Pode-se combinar o branco com prata para trazer paz e purificar as energias absorvidas durante 2012.

Para quem quer atrair sorte e prosperidade deve passar a noite de réveillon de amarelo, dourado ou vermelho e enfeitar a casa com flores e velas (com aroma de mel, cravo ou canela) nas mesmas cores, bem como forrar a mesa e decorar o ambiente com esses tons.


Para quem quer estabilizar a saúde deve utilizar tons de verde em roupas, plantas, flores e velas (com aroma de alecrim ou ervas) na decoração do ambiente.

Para quem deseja amor, sedução e uma vida amorosa intensa, use e abuse dos tons de vermelho ou combinando vermelho com preto em suas roupas de réveillon. 

Quer atrair energia do amor intenso para dentro de casa? 

Utilize velhas vermelhas com aroma de cravo ou canela, incensos com os mesmos aromas, rosas vermelhas e toalhas da mesma cor.

Para quem deseja mudanças e transformações; um 2013 totalmente diferente dos últimos anos, utilize os tons de lilás e violeta (cor da transmutação) em roupas, velas e flores.

 Combinando lilás com dourado você trará mudanças e prosperidade.


PREVISÕES PARA 2013, SEGUNDO A CABALA



Junto com o ano que vai nascer surgem as previsões das mais diferentes ciências e religiões. 

E para saber o que esperar do ano que está nascendo, o Vila Mulher conversou com o terapeuta e cabalista Arlindo Vicentine.

Para quem não sabe, a Cabala é um sistema filosófico de estudo, que trata sobre a criação do universo e de todas as coisas.

Segundo o especialista, 2013 será um ano de mudanças a serem feitas. 

"Tudo aquilo que é arcaico, em desuso e inútil será destruído neste ano para dar lugar ao novo", conta Vincetine.

Para você que está pensando no amor e na sua carreira Arlindo também falou sobre isso.

"Os relacionamentos desgastados, o emprego ao qual não damos mais importância, as coisas que não valorizamos e que não nos trazem bem-estar, paz, harmonia serão modificadas neste ano."

E já que a palavra-chave do próximo ano será mudança, Vicente nos aconselha a fazer aquela famosa "limpeza na gaveta", jogando fora roupas, bens pessoais, livros, amores, sentimentos, casamentos e uniões, que estejam desgastados pelo tempo, pelo uso e pelo cansaço.
http://vilamulher.terra.com.br/previsoes-para-2013-segundo-a-cabala-12-1-3209-178.html


NUMEROLOGIA REVELA TENDÊNCIAS PARA 2013


Ano será marcado pelo número 6 e favorece espírito de união

De acordo com a Numerologia, em 2013 aprenderemos a importância do trabalho em grupo. 

Isso porque este Ano Universal será marcado pelo Número 6, cujo resultado é obtido por meio da soma dos algarismos que compõem 2013: 2 + 0 + 1 + 3 = 6. 

E essa simbologia representa a união de pessoas dotadas de ideais semelhantes. O objetivo, em 2013, será fazer algo em prol da família, dos amigos, dos clientes ou da sociedade.

Assim, se você está sentindo um desejo de dedicar parte do seu dia ou do seu tempo aos necessitados, o ano será muito favorável para esse trabalho assistencial. Do mesmo modo, se você ou algum parente está passando por sérias dificuldades, valerá a pena buscar ajuda. Afinal, os grupos de apoios terão um papel muito importante em 2013. Existe, inclusive, a possibilidade do número de ONGs ou instituições de caridade aumentar.

AJUDE E SEJA AJUDADO

Um dos pontos mais fortes do número 6 é a capacidade de ser útil às pessoas ao colocar em prática - com realismo - o que idealiza. Essa dedicação a se aperfeiçoar diariamente, reconhecendo seus limites e identificando os detalhes que precisam ser considerados para concretizar seus sonhos, é uma das mais belas ferramentas para alcançar seus objetivos em 2013.

Apoiar e receber apoio nesse processo também tem tudo a ver com o simbolismo do número. Ajude as pessoas a materializarem suas aspirações, que elas farão o mesmo por você. E essa corrente de mútua colaboração, com compaixão e espírito fraterno, se espalhará para outras pessoas, famílias, instituições e grupos.

ANO É FAVORÁVEL PARA CUIDAR DE SI

O 6 também é o número do senso estético. Ou seja, 2013 será um ano em que a moda, a decoração, a beleza e a arte se destacarão. Se puder, portanto, cuidar mais de sua aparência e de sua saúde, assim como de seu lar, você estará em harmonia com as demandas do ano.

Isso quer dizer que valerá a pena decorar a sua residência ou o seu quarto, comprando novos móveis, pintando ou reformando o lugar. No fundo, o objetivo do número 6 é tornar os ambientes agradáveis. E para isso não basta apenas valorizar os objetos externos que trazem um clima harmonioso aos locais em que vive. Será ainda mais importante valorizar relações baseadas no diálogo, na compreensão e na união. Esse nível de vínculo com aqueles que fazem parte de seu núcleo social e doméstico é que impactará positivamente os ambientes que frequenta.

Como o número 6 simboliza o ímpeto de cuidar, aconselhar e melhorar as condições de vida das pessoas, os profissionais da saúde (médicos, psicólogos, dentistas, assistentes sociais, terapeutas, etc.) terão uma maior importância em 2013. Além de arquitetos e decoradores, uma vez que - como dissemos acima - a beleza será ainda mais valorizada e buscada.

CUIDADO COM A AGRESSIVIDADE EM 2013

Num aspecto negativo, é possível que as divergências e atritos sejam constantes em 2013. Seja na esfera doméstica, profissional, social, governamental ou amorosa, o período poderá ser marcado por muitas brigas - e até mesmo violência. E o número 6 simboliza justamente a necessidade de entrar em harmonia e promover a paz durante os conflitos que possivelmente ocorrerão.

A causa mais provável da tendência à irritação e aos embates tende a ser a falta de respeito, em querer impor o que você (ou o grupo ao qual pertence) considera como verdade. Essa atitude de quase obrigar o outro a seguir suas crenças, a agir conforme os seus preceitos e a corresponder às suas elevadas expectativas é o que mais gera desavenças. Porque cada um tem seus valores e seu ritmo de amadurecimento.

Em outras palavras, o número 6 possui um alto nível de idealismo. Assim, quando não vê que os familiares, os amigos, os colegas e a sociedade em geral não se comportam como você gostaria, poderá reagir agressivamente. Ou, no outro extremo, se sentirá tão frustrado por se decepcionar com os outros, que desanimará, ficando apático e triste. Poderá, inclusive, se sentir deprimido diante da realidade dos fatos.

Desse modo, o número de medicamentos voltados para a depressão poderá aumentar, ou mesmo o consumo de drogas. A simbologia do número 6 representa um romantismo exacerbado, mas não somente em termos afetivos. A pessoa deseja uma vida perfeita, uma família sem defeitos, um relacionamento sem atritos e um emprego maravilhoso que não exija esforço. Essa falta de praticidade é um perigo, pois diante da própria imperfeição ou dos desafios da vida, a pessoa tende a fugir. Prefere escapar dessa sensação opressora de ver seus castelos de areia sendo destruídos pela realidade do dia-a-dia. E, com isso, pode buscar esse mundo "mágico" tão desejado, por meio de drogas lícitas ou ilícitas.

Então, nos meses de 2013, busque sempre se questionar: o que tenho feito pelos outros? Como posso ser mais útil? De que forma poderei ser mais compassivo, amoroso e fraterno? Quais os grupos que me identifico e como podemos contribuir socialmente? Eu tenho uma atitude agressiva e impaciente, ou busco ser mais diplomático e conciliador, a fim de tornar minhas relações mais harmoniosas e satisfatórias para cada parte envolvida?

Está em suas mãos contribuir para que tenhamos um ano mais belo, pacífico e agradável em termos de convivência.


domingo, 30 de dezembro de 2012

Candomblé, leis divinas e a moral



Eu escuto vasta gama de balelas a respeito da minha religião. 

Colocações absurdas e fanáticas de pessoas de mente pequena e tacanha, para as quais a intolerância a diversidade religiosa é ato de fé.

Uma delas é “O candomblé não é uma religião. 

É um culto.”. A definição de religião é: palavra do latim: religare, significando religação com o divino, é um conjunto de crenças sobre as causas, natureza e finalidade da vida e do universo, especialmente quando considerada como a criação de um agente sobrenatural, ou a relação dos seres humanos ao que eles consideram como santo, sagrado, espiritual ou divino.” – Fonte - Wikipédia.

Eu sou raspada, pintada e catulada a mais de 24 anos. Consagrada à Oya, Mãe e Deusa, a orientar, guiar e educar. Então, se me reconectei ao Supremo e pauto procedimento sobre as leis do Axé, Candomblé preenche os requistos dentro da definição e significado da palavra religião.

“Agora, me digam, qual a moral fixa do Candomblé? Quais seus dogmas? Como posso cobrá-los sem que digam que as abominações que lá ocorrem são uma manifestação cultural, e, portanto, suas aberrações e assassinatos podem ser praticados tranqüilamente sem interferência? Eles tem mandamentos, encíclicas ou documentos oficiais IMUTÁVEIS que ditem suas leis, para que me caiba uma queixa?

Vários adeptos dessa seita vieram a público dizer que essa prática nada tem a ver com os rituais do Candomblé. Evidentemente eles jamais assumiriam o próprio crime em público. E ademais, isso só contabiliza como opinião pessoal, não como regra fixa e impossível de ser modificada por eles.”

Fonte – Audi Filia! por Michele Madalena

A estes ditos a “paladinos,empunhando a bandeira da verdade de Deus”, respondo que não há termos de comparação entre sua fé e a minha. Primeiro, porque no Candomblé, onde todo Orixá é uma energia anterior a criação (e que após a mesma se manifesta uma das facetas do Todo Poderoso, individualizada, divina e imaterial, capaz de ser visível e compreendida pelo ser humano através das forças da natureza), tudo se transforma pois para evoluir, crescer e prosperar na matéria ou no espírito. Nada na natureza é estático,eternamente igual e imutável.

Sabiamente, Júlio Braga tem uma das melhores definições do Candomblé: “A tradição no Candomblé é tão dinâmica quanto a noção de mudança. É como se pudéssemos pensar que alguma coisa fosse capaz de mudar, permanecendo.”

Fato para meu entender, muito mais plausível do que escrever um livro em 200 DC. através de diversos escribas (mais de 40 pessoas diferentes), num período aproximado de 1.500 anos e crer que ele pode pautar a vida das pessoas com exatidão no século XXI.

Deixe-se claro que o que se altera é o modo operante da coisa em si e nunca jamais, a essência,a raiz da proposta e as regras de conduta. Hoje, por exemplo, com o advento da Aids, nenhum Pai ou Mãe de Santo raspa ou catula um filho com a mesma navalha, para evitar contágio ou dele espera dele que fique três meses sem trabalhar, enquanto estiver de preceito. Não cabe hoje as atitudes de ontem, pois agora difere do antes.

Mais coerente do que condenar camisinha numa época de DSTs e tanta criança abandonada ou sem teto.

E segundo, quanto a moral, saiba-se que apesar desta fé ter “a mente aberta” para uma série de fatores em outras considerados tabus, não significa ausência de moral. Apensas somos despretensiosos de manter sobres os adeptos,por exemplo,controle e coerção sobre pensamentos e atos em maior parte, baseadas em escolhas pessoais e concernentes a privacidade de cada indivíduo.

Entendemos o livre arbítrio a nós dados por Deus como inviolável, não cabendo a ninguém, se debruçar sobre a vida alheia,julgando mal “x” ou “y”, unicamente por ser diferente da sua forma de pensar e agir. Não objetiva a fé, fixar mente rígida,emprestando rótulos de “certo” ou “errado” as escolhas íntimas das pessoas, desde que estas não venham ferir a Casa de Axé, a sociedade e a lei.

Um bom tópico para explicar exatamente do que falo é como o Candomblé lida com as diversas formas ser e estar de um ser humano. Tomemos por modelo para a reflexão a opção sexual entre humanos.

Sexo para nós é a celebração do existir, despido do conceito de “pecado original”, sujo e pejorante, cheio de proibições de origem religiosa, social ou cultural. Nenhuma forma de atividade consensual entre adultos tem cunho de devassidão. O sexo não deprava os bons costumes, mesmo se é prática diferente da heterossexual.

Na natureza temos vários casos de homossexualidade no reino animal. Então, o que alegar do cachorro relacionando-se com um de indêntica espécie e sexo? _Ah, é um desvio sexual fomentado pelo trauma de ter pai que é o “cão chupando manga” e a mãe uma “verdadeira cadela.”

Ora, se existe espécies distintas como o pato real, macacos, cães, golfinhos, baleias, peixes, cisnes negros, bisões, pinguins, moscas da fruta, albatrozes, leões e etc.. buscando parceria sexual entre iguais, cai por terra a alegação de” contra-natura” feita por outras crenças de cunho castrador e pernóstico, gritando nos púlpitos aos seus membros, ser esta escolha sexual uma aberração aos olhos de Deus.

Os Orixás, facetas da suprema personalidade de Deus, Olodumaré, fez a criação do mundo e da natureza perfeita como Ele mesmo e seria muita presunção do ser humano, querer saber mais do que o Criador, o que melhor é para suas criaturas. Seria afirmar que o comportamento homossexual entre animais (e isso inclui os humanos, que não deixam de ser primatas) é um “erro” de da Divindade?

“….A fim de relatar o comportamento homossexual nos outros animais, o Museu de História Natural de Oslo, na Noruega, apresentou em 2006 a primeira exposição dedicada a “animais gays”, que foi chamada de “Against Nature”, exibindo cerca de 500 espécies onde existem relatos de comportamento homossexual.Um universo de 1.500 relatos, desde mamíferos e insetos até crustáceos…os pares são formados por indivíduos do mesmo sexo.

….Um estudo publicado pelo periódico “Trends in Ecology and Evolution” concluiu a importância do comportamento homossexual para a evolução de muitas espécies animais, como entre as fêmeas do albatroz-de-laysan (Phoebastria immutabilis), do Havaí, que se unem a outras fêmeas para criar os filhotes, especialmente na escassez de machos, tendo mais sucesso que as fêmeas solteiras. O estudo conclui que a homossexualidade ajudou as espécies de diferentes maneiras ao longo da evolução.” – Fonte – Wikipédia

Mais uma vez, o Candomblé já sabia o que a ciência onde nos revela: a diversidade existe na obra de Deus e deve ser respeitada. Talvez seja esta a razão de tantas pessoas com estilo alternativo de vida engrossem as nossas fileiras.

Defina-se moral como procedência justa, correta, decente, honesta e íntegra do indivíduo para consigo e para com os outros. Um conjunto de regras e princípios regendo determinado grupo. O Candomblé não é imoral (contrário à moral) ou amoral (sem senso moral )e isso muito candomblecista tem. O ser nefasto e de má indole, existe em toda e qualquer fé, pois onde há humanidade, encontra-se falhas e crimes

Jamais esqueça-se da origem tribal do Candomblé, pautado na ancestralidade, família e comunidade. Sem lei, códigos de conduta e bons costumes no interagir,sociedade alguma existe. E no barracão, do abian ao Doté (do não iniciado ao Zelador de Santo), tem de ter postura reta e conduta adequada. Todos ali trabalham em sincronia em nome de um bem maior: a geração e manutenção do axé na casa, para torná-la forte e, podendo abrigar a espiritualidade de todos em taba segura e familiar, rumo a evolução. Ser iniciado no preceito significa dar a direção da sua existência enquanto alma aos Orixás, portanto quem decide e guia são eles.

Digo e repito para quem tiver ouvidos bons: Candomblé não é religião para qualquer um. Ela exige do devoto,dentro e fora da roça de Santo. Nela não existe a “bondade burra” da plena indulgência onde há a remissão de todos os pecados (faltas aos olhos dos Deuses) concedida por instituições. Para nós, cada pessoa tem o que merece, alcança vitórias ou benefícios de acordo com sua evolução e se mal agir, deve pagar e arcar com as consequências de seus atos para assim pensar em se redimir das falhas e serem perdoados.
Continua….

*Rachel da Silva Ferreira – Ya Rachel de Igbalé – é professora, poeta e Zeladora de Axé na Nação Gege Mahim, cuja a raiz é o Ilê Axé Otorrun Mafarunci. 


A questão do segredo no candomblé




Como a comunicação, a internet e até mesmo a palavra escrita estão influenciando as religiões afro-brasileiras, que se apóiam na oralidade em seus ritos
Vagner Gonçalves da Silva


As religiões afro-brasileiras são constituídas por grupos esotéricos que se pautam pelo conhecimento oral. 

Suas regras de acesso ou ingresso envolvem a realização de rituais privados, no interior dos terreiros. 

Por isso o segredo desempenha um papel fundamental no candomblé. 

Porém, se a oralidade no mundo dos terreiros tem sido a forma por excelência de transmissão de conhecimento, manutenção do axé (energia vital) e do segredo ritual, fora deste contexto ela vem se tornando cada vez menos legítima.

Como dizem alguns estudiosos, a escrita tem sido uma das bases dos processos de educação, comunicação de massa e conversão religiosa. 

Já no contexto particular dos terreiros, ao contrário, a palavra escrita não tem a força do axé. 

É somente nos ritos que a palavra falada se associa ao canto, à reza, aos objetos, ao sacrifício etc. quando então sua força mítica é liberada. 

O segredo da força da palavra está na associação da frase que ela anuncia com a legitimidade de quem a profere. 

Nesta gramática religiosa, o significado depende de quem fala, o que fala, para quem fala e qual o contexto da interlocução.

As formas assumidas pelas sistematizações (ou codificações escritas) no candomblé denunciam transformações significativas no modo pelo qual a religião tem sido praticada no interior dos terreiros, e pensada na confluência destes com o mundo que os envolve. 

A questão do segredo e sua revelação foi uma das mais importantes transformações verificadas no candomblé no momento em que se expandiu a prática nos grandes centros urbanos do Sudeste por volta dos anos de 1960. 

Livros e a internet participaram dessa divulgação, com, inclusive, cenas rituais publicas e privadas “postadas” em sites como o “You Tube”. 

Nesse caso, uma religião que privilegia a dança, o movimento, a cor, a música, a performance, certamente tem um grande potencial para aproveitar a seu favor os recursos disponíveis na web.

Certas práticas que se verificam hoje no candomblé dos grandes centros urbanos parecem ter se formado em virtude do acesso dos religiosos à literatura acadêmica sobre as próprias religiões afro-brasileiras. 

As etnografias tratem de realizadas nos terreiros brasileiros, ao lado dos relatos de viajantes, missionários e pesquisadores sobre o culto aos orixás na África, têm despertado grande interesse por parte dos religiosos do candomblé. 

Nesses estudos é possível encontrar referências para comparação, implementação ou ressignificação de suas práticas rituais, tomando-as, em geral, como fontes autorizadas para se estabelecer alguns princípios litúrgicos e sagrados da religião.


A fonte escrita e a disponível na internet também facilitam o acesso dos iniciados ao acervo cultural da religião, diminuindo num certo grau as dificuldades da regra do segredo na transmissão oral do conhecimento religioso. 

Essas fontes, ao se reportarem a universos como a África, podem também fornecer elementos para uma ressignificação do patrimônio de conhecimento religioso. 

Sob este aspecto o candomblé encurta também sua distância em relação àquelas religiões que podem exibir suas tradições codificadas (traduzidas, impressas e universalizadas) em livros sagrados, como o cristianismo e a bíblia, o judaismo e a torá, o islamismo e o alcorão.

Em sua tentativa de sistematização e legitimação do seu corpus religioso, ao transitar pelo mundo do saber escrito (que cada vez mais se transforma também num saber tecnológico), o candomblé encontra, ainda, outras particularidades. 

Os esforços de institucionalização não têm sido realizados no sentido de levá-lo a ser uma religião burocratizada, nos moldes da tradição católica. 

No candomblé, cada terreiro é uma comunidade única e o pai-de-santo sua autoridade máxima. 

Mesmo que os terreiros formem redes mais amplas, constituídas por famílias religiosas, ou modalidades de ritos que agrupam tradições de diferentes origens africanas (as “nações”), a forma pela qual suas tradições são praticadas é motivo de grande disputa.

O segredo ocupa neste diálogo de tradições um papel crucial, não porque ele de fato revele um conhecimento objetivo que não deve ser revelado. 

Na minha experiência de campo isto foi perceptível quando algo que era considerado segredo em um terreiro me era divulgado sem maiores problemas em outro. 

Se o segredo é axé e o axé é força dinâmica, podemos dizer que o segredo tem a capacidade de relacionar de forma dinâmica, particular e contextual, os agentes do sagrado e os dons que movimentam estas forças. 

A importância do segredo nas religiões afro-brasileiras não decorre do fato de que ele existe, ou de que ele está morrendo e se perdendo com a morte dos antigos sacerdotes. 

Seu poder resulta do fato de que está, o segredo, sempre onde o pomos, mas nunca o pomos onde estamos, como dizia um poeta a respeito da felicidade.

Vagner Gonçalves da Silva é professor do departamento de Antropologia da USP, autor de "Candomblé e umbanda, caminhos da devoção brasileira" (Selo Negro), "Caminhos da alma" (Selo Negro), "Orixás da metrópole" (Vozes), "O antropólogo e sua magia" (Edusp), "Intolerância religiosa" (Edusp).


Ewo (tabu)




Ewo é uma palavra yorubá que significa literalmente tabus. 

Também chamada popularmente de kizila pela maioria do povo da cultura afro brasileira, denominado de candomblé.

São regras de conduta exigidos pelos orixas na feitura de santo do que um elegun não pode comer ou fazer, durante um curto ou longo periodo da sua vida. 

As interdições são proclamadas pelo babalorixá ou iyalorixá, depois de fazer a leitura no merindilogun logo após os rituais de apanan e urupim. 

Transgredir o ewo é interpretado como afronta por toda comunidade, até mesmo aos Orixás e passível de punição que pode variar desde uma pequena oferenda de comida ritual a uma oferenda de uma animal de quatro patas.


São kizilas comum a todos os terreiros de candomblé: Não comer caranguejo, peixe-de-pele, cajá, jaca, beringela, alguns tipos de marisco, raia-pintada
.
Ewo comportamentais: Deve-se receber qualquer objeto ou alimento com as duas mãos, alimentar-se com a cabeça descoberta, não passar por baixo de arame farpado, não andar nas ruas ou sair da casa de candomblé nos horários de meio-dia, meia noite ou as 18 horas.

Kizilas de iaô:
Não tomar banho de mar.
Não entrar em cemitério.
Não dormir com os pés para porta da rua.
Não tomar bebida alcoólica.
Não usar roupas pretas, roxas e vermelhas.
Não comer restos de outro.
Não deixar passar a mão na cabeça.
Não deixar os sapatos emborcados.
Não dormir de barriga pra cima.
Não usar roupas rasgadas ou remendadas.
Não terminar o que o outro começou.
Não atravessar encruzilhadas.
Não ficar de costas para o fogo.
Não sentar em entrada de casa
não ficar de costas para porta ou janela.

Um dos piores ewo e abominável por todos do candomblé é a quebra do Kàrô (juramento feito diante do obi)


VESTIMENTA RITUALÍSTICA DO CANDOMBLÉ



Preocupados com a perpetuação sobre o vestuário dos praticantes do Candomblé, bem como dos nossos Òrìsàs, o Terreiro Ilé Òsùmàrè Asè Ogodo, vem por meio deste veículo, esclarecer alguns pontos, tendo como princípio a cultura que nos foi passada, ao longo de mais de um século de tradição. 

Percebemos que o complexo código de ética relacionado às vestes dos praticantes do Candomblé, está sendo diariamente infringido, expondo a nossa religiosidade de forma profana em meio à sociedade. 

Dessa forma, esse artigo tem por objetivo, dirimir dúvidas de pessoas que não tiveram o acesso à informação e, também expor a opinião do Asè Òsùmàrè sobre esse importante aspecto da nossa religiosidade.

Desatentos às hierarquias das indumentárias e vestimentas do Candomblé, muitos participantes (talvez pela falta de conhecimento) estão desrespeitando, não somente os seus mais velhos, mas também as nossas Divindades. 

Isso ocorre, principalmente, com a chamada "carnavalização" dos tradicionais paramentos dos Òrìsàs. 

A situação vem se agravando, ao ponto de recriarem os trajes, implantando assim, uma nova maneira de vestir os Òrìsàs e seus filhos, ignorando a tradições centenárias, originarias de uma Religião milenar e, desrespeitando, de forma muito preocupante, a essência de cada Òrìsà.

Com o cuidado de não ditar ou impor um código vestuário, apontaremos abaixo, apenas algumas violações (as mais recorrentes) que comprometem as tradições do Candomblé, descaracterizando de forma muito triste a nossa religião, bem como, algumas recomendações da nossa Casa.

ÌYÁWÓ 
MOKAN: Uso indispensável
IKAN: Uso Indispensável
DILOGUN: Uso Indispensável:
“LAÇINHO” e “GRAVATINHA” ACIMA DO PANO DE COSTAS: Uso Indispensável
ROUPA DE SIRE: Até completar um ano de iniciada, deve-se dançar Sire de branco;

ÌYÁWÓ DO SEXO MASCULINO 
CALÇA DE RAÇÃO (NÃO É TOLERAVEL JEANS, BERMUDA, ETC.)
CAMISA DE RAÇÃO (NÃO É TOLERAVEL CAMISA DE CRIOULA – USO EXCLUSIVO PARA MULHERES, Também não se usa camiseta);
ÉKÉTÉ: – NÃO É TOLERAVEL O USO PANO DE CABEÇA – À exceção do recebimento de Asè, em Oro);

OGÁ (OGAN):
CALÇA DE RAÇÃO (NÃO É TOLERAVEL JEANS, BERMUDA, ETC.)
CAMISA DE RAÇÃO (NÃO É TOLERAVEL CAMISA DE CRIOULA – USO EXCLUSIVO PARA MULHERES, também não se usa camiseta);
ÉKÉTÉ, CHAPÉU OU BOINA (NÃO É TOLERAVEL O USO PANO DE CABEÇA – À exceção do recebimento de Asè, em Oro);

EKEJI (EKEDE):
SAIA: Ekeji não usa saia com anáguas de baiana;
TOALHINHA: A cada dia é mais raro vermos uma Ekeji com uma toalhinha para “enxugar” o Òrìsà.

ADES, COROAS E PARAMENTAS DE ÒRÌSÀS:

DISCERNIMENTO E COERÊNCIA: Deve-se ter coerência ao vestir os Òrìsàs (Nossos deuses são elementos da natureza, que utilizam representações da natureza, POR ISSO NÃO DEVEM SER CARNAVALIZADOS);

MÁSCARAS: É inadmissível a utilização de máscaras na confecção da Roupa dos Òrìsàs;

ALTURA DOS ADES: Deve se ter discernimento, coroas são coroas e não paramentos carnavalescos gigantescos;

ÒSÀLÁ: ÒSÀLÁ SÓ USA BRANCO. Esse é um Òrìsà Fúnfún, não admite prata ou “azul clarinho” 

PENAS.: Nossa religião é tribal, mas não indígena, a utilização de penas na confecção das roupas dos Òrìsàs deve ser ponderada e não excessiva;

SÀNGÓ: Não tolera roupas roxa ou preta;

ÀSÈSÈ:

HOMENS: Calça, Camisa de Ração (brancos) e Ékété;
MULHERES: Saia de ração e camisa de crioula (brancas);
PROÍBIDO: Brilho, Bordados, Vazados e Roupas Coloridas;

BATA:
QUEM PODE USAR: A utilização da bata é restrita as autoridades femininas da Casa (autoridade máxima, Ìyálásè, Ìyákekère, Ìyámaye, etc. - Se todas as Ègbón usarem batas, será impossível distinguir as autoridades);
CUMPRIMENTO: Bata é Bata e não vestido! Um ditado tradicional nos Candomblés da Bahia diz: Quanto Maior a Bata, Maior a Ignorância da Ègbón;

PANO DE CABEÇAS:
QUEM PODE USAR: A utilização do Pano de Cabeça é restrita às mulheres (o Babalòrìsà “em sua casa” tem a autonomia de optar ou não pelo uso. O pano de cabeça, poderá ainda ser utilizado por homens, em obrigações internas em que o mesmo está “recebendo asè, como por exemplo Bori”);
ABAS: As abas do Pano de Cabeça, estão relacionadas ao Òrìsà da filha de Santo e a sua idade de santo (se seu Òrìsà for Oboro – masculino, você não poderá usar duas abas, sendo que essa ficou para as filhas de santo, que possuem Òrìsàs Ayabas – femininos);
ALTURA DO PANO: Deve-se ter discernimento ao usar o Pano de Cabeças. O pano de Cabeças não é turbante com diversas voltas e de altura desmedida; Seu pano de cabeça também não pode ser maior do que o da sua Ìyálòrìsà;

PANO DE COSTAS:
QUEM PODE USAR: A utilização do Pano de Costas é restrito às mulheres. 
UTILIZAÇÃO: O pano da costa deve ser colocado na altura dos seios (somente as autoridades quando estão trajadas de Bata, podem usar o pano na cintura);
USO TRASVERSAL DO PANO POR HOMENS: Indevido, à exceção das festividades do Pilão e durante o Pilão de Òsògíyàn;

FIOS DE CONTA.:
AFRICANOS/CORAIS/PEDRAS: de uso exclusivo para autoridades do Candomblé e as pessoas com obrigação de sete anos (obrigações arriadas);
BOLAS DE PLÁSTICO: Não pertencem ao Candomblé;

SAIAS:
QUEM USA: Uso restrito à mulheres (homem não usa saias, mesmo se seu Òrìsà seja ayaba);

CUMPRIMENTO: A saia deve ser longa, cobrindo o calçolão (o uso de saieta é cabível somente para Òrìsàs masculinos – em mulheres);

ROUPAS BRILHOSAS E BORDADOS:

ROUPAS BRILHOSAS: A utilização de roupas com muito brilho está condicionada ao Òrìsà e à determinados Òrìsàs (existem roupas para dançar o Sìré e roupas para vestir os Òrìsàs, sendo que alguns também não toleram o brilho);
BORDADOS: As roupas bordadas como Rechilieu, Asa de Mosca, Roda de Quiabo e panos mais elaborados, são de uso exclusivo para autoridades e pessoas com obrigação de sete anos arriada;

BRINCOS E PULSERIAS:

Ìyáwò de Òrìsà Oboro (Santo Masculino), não deve usar brincos e/ou pulseiras.

A Casa de Òsùmàrè, pede que as pessoas reflitam sobre a essência de nossa ancestralidade, os Òrìsàs. 

Uma Ìyáwò aguardar a conclusão de suas obrigações, para a utilização de determinadas vestes, não a coloca inferior à ninguém, muito pelo contrário, mostra somente sua resignação por um determinado período, em obediência às regras do Candomblé pelo seu Òrìsà. 

O cumprimento desses interditos, confere ainda mais valor à obrigação de sete anos, em que a então ìyáwò, poderá utilizar-se de outras indumentárias, estando desta forma, em outra fase de sua missão religiosa (torando-se uma ègbón). 

No Candomblé, todos os passos são galgados, assim como na vida, afinal, a criança não nasce andando, existe um processo de aprendizagem. 

Uma mãe preservadora resguarda sua filha das maquiagens até a idade certa, etc. 

Assim é o Candomblé.

Um Ogá não pode se sentir desprezado por não vestir-se como um Babalòrìsà, ele sim, deve se sentir orgulhoso em pode estar preservando a cultura dos antigos Ogá. 

Um Oga vestido com Ogá, é facilmente identificado em meio a multidão. 

O mesmo se aplica aos Babalòrìsàs, que não podem almejar as vestes femininas, pois nesse caso, ao invés de mostrar poder e distinção, evidência sua falta de conhecimento sobre a liturgia de cada elemento utilizado. 

A Casa de Òsùmàrè, não tem a intenção de ditar regras, mas sim, expor seus costumes, aprendidos ao longo de gerações, divulgado e esclarecendo muitas pessoas que jamais foram orientadas sobre como se vestir no Candomblé e por isso, cometem tantos erros.