CASA PODEROSA DOS FILHOS DE YEMANJÁ

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sexta-feira, 4 de junho de 2010

Orixá: Oxum






OXUM


 A LINDA DEUSA OXUM...







ABEBÊ DE OXUM


paramentas de Oxum




trono de Oxum







                                                                             
Caracterização de Oxum no Candomblé: em primeiro plano, Oparà; em segundo, Ypondá.




OXUM APARÁ



OXUM EPONDÁ















OXUM YÁOMIM A MÃE DE EXÚ ODARÁ




BONITO/MT
MORADA DE OXUM


BOTO,  OS FILHOS DE OXUM
























Imagem aérea da cachoeira Véu de Noiva, no Parque da Chapada (Foto: Edson Rodrigues/Secom-MT










 África




chapada dos Guimarâes



Osun, Oshun, Ochun ou Oxum, na Mitologia Yoruba é um orixá feminino.






O seu nome deriva do rio Osun, que corre na Iorubalândia, região nigeriana de Ijexá e Ijebu. Identificada no jogo do merindilogun pelos odu ejioko e Ôxê, é representada pelo candomblé, material e imaterialmente, por meio do assentamento sagrado denominado igba oxum.






É tida como um único Orixá que tomaria o nome de acordo com a cidade por onde corre o rio, ou que seriam dezesseis e o nome se relacionaria a uma profundidade desse rio.



As mais velhas ou mais antigas são encontradas nos locais mais profundos (Ibu), enquanto as mais jovens e guerreiras respondem pelos locais mais rasos.








 Ex.: Osun Osogbo, Osun Opara ou Apara, Yeye Iponda, Yeye Kare, Yeye Ipetu, etc.





Rio Osun




Rio Osun em Osogbo (Foto Alex Mazzeto).

O rio Ọṣun (também escrito Oshun em inglês ou Oxum em português) é um rio que flui para o sul pelo centro das terras Yorubá no sudoeste da Nigéria para o interior da Lagoa Lagos.



Ele é um de vários rios referidos na mitologia local por terem sido mulheres que se converteram em águas fluentes depois de algum susto evento traumático ou lhe causaram raiva.



Osun foi segundo a opinião geral uma das esposas de Xangô, o Orixá do trovão da mitologia yorubá.







A adoração tradicional anual no Templo de Osun perto do rio Osun em Osogbo tornou-se uma atração turística importante, atraindo gente de várias partes da Nigéria e países distantes para o festival anual em agosto.







O rio Ọṣun tem um número de afluentes de fontes emanadas das colinas yorubá.






Alguns dos afluentes são também chamados de Ọṣun ou Omi Ọṣun (significado águas de Ọṣun) em algumas partes da região Yorubá.



Em sua obra Notas Sobre o Culto aos Orixás e Voduns, Pierre Fatumbi Verger escreve que os tesouros de Oxum são guardados no palácio do rei Ataojá.






O templo situa-se em frente e contém uma série de estátuas esculpidas em madeira, representando diversos Orixás: "Osun Osogbo, que tem as orelhas grandes para melhor ouvir os pedidos, e grandes olhos, para tudo ver. Ela carrega uma espada para defender seu povo."

O Festival de Osun é realizado anualmente na cidade de Osogbo, Nigéria.


O Bosque Sagrado de Osun-Osogbo, onde se encontra o Templo de Osun, é Patrimônio Mundial da UNESCO desde 2005.


Templo de Osun em Osogbo


Estado_parte Nigéria

Ọṣun-Oṣogbo ou Bosque Sagrado de Osun-Osogbo é uma floresta sagrada às margens do rio Ọṣun que se encontra na cidade de Oṣogbo, Nigéria.

Templo de Osun como é conhecido pelos brasileiros que prestam culto a Oxum (Osun) no Candomblé, uma das Religiões afro-brasileiras.










Foi lançado um livro sobre o trabalho da artista austríaca Susanne Wenger (Graz, Áustria 1915-), "The return of the Gods, The Sacred Art of Susanne Wenger" (O retorno dos Deuses, A Sagrada Arte de Susanne Wenger) por Ulli Beier, Londres, Cambridge, 1975.

Esse trabalho foi feito no Bosque Sagrado de Osun-Osogbo durante os muitos anos que vive na África envolvida com a religião yoruba.

 Grande desavença


Oxum, Iansã e Obá eram esposas de Xangô.


Muitos dizem que Oxum enganou Obá e a induziu a cortar a orelha e colocá-la no amalá de Xangô, criando, com isso, uma grande desavença entre ambas.




Mas, na verdade, Obá apenas cortou sua orelha para provar seu amor a Xangô.




Muitos difundiram este mito porque Oxum é a deusa da beleza e da juventude, ao passo que Obá tem mais idade e protege as mulheres dignas, idosas e necessitadas, além de trabalhar com Nanã.




 Quem afirmar que há uma desavença entre Oxum e Obá e que esta é a menos amada por Xangô está totalmente enganado, porque Obá é aquela mulher que fica ao lado do marido e que mais recebe o amor dele.

Quanto ao fato de algumas qualidades lutarem entre si, não é por causa da "desavença", que nem é verdadeira, e sim porque as qualidades fazem uma representação de conflitos e guerras do tempo em que tais qualidades estavam na Terra.

Do mesmo jeito que, se houver uma qualidade de Iansã que, quando viveu na Terra, teve uma guerra com Ogum, quando ambos incorporarem, representarão uma luta entre si, para mostrar que possuiam certa desavença, e um pouco da história do mundo.

Vale lembrar que estamos falando dos ORIXÁS Obá e Oxum, e não de suas qualidades (caminhos).





Os orixás tiveram uma história aqui na Terra, e as qualidades, outra. Então, se Iansã tiver um conflito com Ogum, não podemos dizer que a Iansã (ORIXÁ) tem conflito com o Ogum (ORIXÁ), porque quem tem a desavença são suas qualidades, e não os orixás entre si.



 Brasil





Oxum é um Orixá feminino da nação Ijexá, adotada e cultuada em todas as religiões afro-brasileiras. É o Orixá das águas doces dos rios e cachoeiras, da riqueza, do amor, da prosperidade e da beleza.






Em Oxum, os fiéis buscam auxílio para a solução de problemas no amor, uma vez que ela é a responsável pelas uniões, e também na vida financeira, a que se deve sua denominação de "Senhora do Ouro", que outrora era do Cobre, por ser o metal mais valioso da época.





Na natureza, o culto a Oxum costuma ser realizado nos rios e nas cachoeiras e, mais raramente, próximo às fontes de águas minerais.





Oxum é símbolo da sensibilidade e muitas vezes derrama lágrimas ao incorporar em alguém, característica que se transfere a seus filhos, identificados por chorões.
















Candomblé Bantu - a Nkisi Ndandalunda, Senhora da fertilidade e da Lua, muito confundida com Hongolo e Kisimbi, tem semelhanças com Oxum.




Candomblé Ketu - Divindade das águas doces, Oxum é a padroeira da gestação e da fecundidade, recebendo as preces das mulheres que desejam ter filhos e protegendo-as durante a gravidez.







Protege, também, as crianças pequenas até que comecem a falar, sendo carinhosamente chamada de Mamãe por seus devotos.







Qualidades de Oxum

Kare - veste azul e dourado, cor do ouro. Usa um abebé e um ofá dourados.







Iyepòndàá ou Ipondá -







é a mãe de Logunedé, orixá menino que compartilha dos seus axés. Ambos dançam ao som do ritmo ijexá, toque que recebe o nome de sua região de origem.


Usa um abebé (espelho de metal) nas mãos, uma alfange (adaga), por ser guerreira, e um ofá (arco e flecha) dourado, por sua ligação com Oxóssi. É uma das mais jovens.



Yeyeòkè








Iya Ominíbú






Ajagura





Ijímú






Ipetú








Èwuji







Abòtò




Ibola










Oparà ou Apará -








qualidade de Oxum, em que usa um abebé e um alfange (adaga) ou espada. Caminha com Oya Onira, com quem muitas vezes é confundida.






Diferente das outras Oxuns por ter enredo com muitos Orixás, vem acompanhada de Oyá e Ogum.








Sete folhas mais usadas para Oxum



Efirin




Eré tuntún






Macassá








Teté


Ejá Omodé


Wuê mimolé


Ewê boyí funfun



Sincretismo






Oxum.




Oxum.








Nas religiões afro-brasileiras é sincretizada com diversas Nossas Senhoras.




Na Bahia, ela é tida como Nossa Senhora das Candeias ou Nossa Senhora dos Prazeres.

No Sul do Brasil, é muitas vezes sincretizada com Nossa Senhora da Conceição, enquanto no Centro-Oeste e Sudeste é associada ora à denominação de Nossa Senhora, ora com Nossa Senhora da Conceição Aparecida.


Nossa Senhora da Conceição

Aparecida.


 Cuba


Na Santeria cubana é chamada Ochún. O sincrestismo deste orixá se dá na Santeria com Nossa Senhora da Caridade do Cobre, padroeira de Cuba.


Na Santeria cubana é chamada Ochún.


Haiti


No Haiti Ochun é a deusa do amor, do dinheiro e da felicidade.




                            Também conhecida como Erzile ou Erzulie, Freda Dahomey.



                                                                  Festival de Osun





O Festival de Osun é realizado anualmente em Osogbo ou Oshogbo que é a capital e a maior cidade do estado de Osun, na Nigéria.










O Festival Anual de Osun existe desde que o rei fundador da cidade chamado Laro, segundo uma história oral recuperou sua filha desaparecida no rio Osun, agradecido passou a homenagear todos os anos a dona do rio Osun fazendo-lhe oferendas.



                                  No dia do Festival Anual de Osun na Nigéria, o Atáója -


                                           contração de frase yoruba A téwó gbáà eja




                                   ("Ele estende as mãos e recebe o peixe") -                                                              vai solenemente até as margens do rio.




Tem a cabeça coberta por uma coroa monumental feita com pequenas miçangas reunidas e é vestido com pesada roupa de veludo. Anda com calma e gravidade, rodeado por suas mulheres e seus dignitários.




Nessa procissão anual, uma de suas filhas leva a cabaça contendo os objetos sagrados de Oxum.



É a Arugbá Òsun ("aquela que leva a cabaça de Oxum").




É a Arugbá Òsun ("aquela que leva a cabaça de Oxum").








 Ela representa a moça que outrora desapareceu no rio.




Sua pessoa é sagrada, e o próprio rei inclina-se à sua frente.






Depois que atinge a idade da puberdade, ela não pode mais preencher esta função.




Mas, pela graça de Oxum, a descendência de Atáója é sempre numerosa, não faltando, pois, a possibilidade de se encontrar uma Arugbá Òsun disponível.






O Atáója senta-se numa clareira e acolhe as pessoas que vêm assistir à cerimônia.






Os reis e os chefes das cidades vizinhas estão todos presentes ou enviam representantes.






As delegações chegam, uma após a outra, acompanhadas de músicos.




Trocas de saudações, posternações e danças sucedem-se como formas de cortesia recíprocas, com animação crescente.

Ao final da manhã, Atáója, acompanhado do seu povo e dos seus hóspedes, aproxima-se do rio e aí manda lançar oferendas e comidas, no mesmo lugar onde Laro, fundador de Osogbo segundo o folclore local, o fizera outrora.

Os peixes as disputam sob o olhar atento das sacerdotisas de Oxum.

A seguir, Atáója dirige-se até as proximidades de um templo vizinho e senta-se sobre Òkúta Laro, uma pedra onde o seu ancestral Laro teria repousado em outros tempos.

A adivinhação é para saber se Oxum está satisfeita e se ela tem vontades a exprimir. Atáója então, volta para a clareira, onde recebe e trata os seus convidados com uma generosidade comparada com a de Oxum, a rainha dos rios.

















3 comentários:

  1. A seriedade, a riqueza de conhecimentos,
    o bom gosto... Tudo isso me faz desejar :
    Iyá Omin lhe proteja sempre com suas águas. Yemonja lhe cubra com suas suaves ondas.
    Obrigada pela sua generosidade em dividir conhecimentos.
    Abrç.

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  2. lindissimo, cultura pura! parabéns!!! sou graça da oxum,,,

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