CASA PODEROSA DOS FILHOS DE YEMANJÁ

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sexta-feira, 30 de março de 2012

Religiões afro-brasileira ( Iniciação )




Iniciação
Foto antiga de um ritual de candomblé bantu


Nas religiões afro-brasileiras, vários termos são usados para designar iniciação.


Cada uma das religiões tem seus termos próprios, iniciação, feitura, feitura de santo, raspar santo, são mais usados nos terreiros de candomblé, Candomblé de Caboclo, Cabula, Macumba, Omoloko, Tambor de Mina, Xangô do Nordeste, Xambá, no Batuque usa-se o termo fazer a cabeça ou feitura. 


No Culto de Ifá e no Culto aos Egungun usam o termo iniciação porém os preceitos são diferentes das outras religiões.


No candomblé o período de iniciação é de no mínimo sete anos, se inserem os rituais de passagem, que indicam os vários procedimentos dentro de um período de reclusão que geralmente é de 21 dias (podendo chegar a 30 dias dependendo da região), o aprendizado de rezas, cantigas, línguas sagradas, uso das folhas (folhas sagradas), catulagem, raspagem, pintura, imposição do adoxú e apresentação pública, é individual e faz parte dos preceitos de cada pessoa que entra para a religião dos orixás.


No Candomblé Jeje a iniciação ao culto dos voduns é complexa e longa, de no mínimo sete anos, o período de reclusão pode chegar a durar um ano, que pode envolver longas caminhadas a santuários e mercados, dentro do convento ou terreiro hunkpame, onde os neófitos são submetidos a uma dura rotina de danças, preces, aprendizagem de línguas sagradas e votos de segredo e obediência.


A princípio, nessas cerimônias, tem que haver o desprendimento total, na iniciação deve-se morrer para renascer com outro nome para uma nova vida, no candomblé Ketu o Orunkó do Orixá (só dito em público no dia do nome), no Candomblé bantu além do nome do Nkisi (jamais revelado), tem a dijína pelo qual será chamado o iniciado pelo resto da vida.


Quando uma pessoa iniciada morre é feito o deligamento do Egum, Nvumbe na cerimônia fúnebre e no Axexê, conhecido pelos nomes de sirrum e zerim, que varia dependendo do grau iniciático do morto.


Na Umbanda e Quimbanda não incluem os ritos de passagem, nem feitura de santo propriamente dita, uma vez que não incorporam Orixás incorporam os Falangeiros de Orixás, usa-se o termo fazer a cabeça onde pode existir a catulagem e pintura, porém a cabeça não é raspada completamente, e não tem imposição do adoxú. 


A reclusão nesses casos é de três a sete dias, é feita a instrução esotérica, aprendizado das rezas e pontos riscados e cantados, e é feita a apresentação pública.


O Babaçuê é de origem indigena, porém já adotam algumas influências da Umbanda.


O "Centro Nacional de Africanidade e Resistência Afro-Brasileira" (Cenarab), a Baixada Fluminense tem 3,8 mil terreiros contra apenas 1,2 mil na área de Salvador e do Recôncavo Baiano, informação dada por Jairo Pereira, do Cenarab em 1997.


Referências

↑ Religiões Afro-Brasileiras do Rio Grande do Sul: Passado e Presente
Diversidade religiosa afro-brasileira: denominações menos pesquisadas Mundicarmo Ferretti e Sérgio Ferretti
As religiões afro-brasileiras e seus seguidores[1] - Reginaldo Prandi (Professor Titular do Departamento de Sociologia da USP) - Publicado em Civitas, Revista de Ciências Sociais, vol. 3, nº 1, pp. 15–34, Porto Alegre, PUC-RS, junho de 2003. ISSN 1519-6089
VATIN, Xavier. Rites et musiques de possession à Bahia. Paris: L'Harmattan, 2005.





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