Enviado por: Baba Guido
Assunto: Homem pode ou não cultuar Ìyámi Òsòròngà ?
Data: 24 Set 2009 às 14:25
Mo Juba Baba Okitalande, gbogbo egbon ati aburo mi !
Gostaria de compartilhar com os demais membros do Fórum, uma questão polêmica em relação as “Grandes Mães”.
Homem pode ou não cultuar Ìyámi Òsòròngà ?
Espero a participação dos demais membros deste respeitável Fórum e lembrando que este “new topic” não se trata de uma enquete e sim um tópico para cada membro expressar a sua opinião.
Um fraternal abraço a todos !
Baba Guido
Respostas:
Enviado por: Ayrá Deyi
Data: 28 Set 2009 às 15:26
Olá a tds do Fórum, mo juba Baba Guido...
Sempre soube que homem não pode cultuar Iyami..., porém como hj o culto está mais acessível, já ouvi dizer de homens que estão tratando de Iyá.
Sinceramente, acho q muito pouco se sabe sobre o culto dessa energia e seria desastroso mexer com uma força que não tivéssemos como controlar.
Outra coisa que ando vendo é que existem alguns cursos e apostilas que estão dando Iyami para as pessoas...Pegam uma cabaça, colocam meia dúzia de coisas dentro, matam uma galinha e dizem que é Iyami. Não acredito que uma força tão grandiosa e complexa seja acomodada dessa forma tão simplória, se até com nossos Orisá que já temos um certo conhecimento devemos ter cuidado ao trata-los, imagine com o que mal conhecemos.
A questão de homem cultuar ou não Iyami, acredito que dentro dos signos de Ifá exista essa resposta, muito embora eu saiba que nos barcos de Ifá em determinadas cerimônias as vísceras dos animais oferecidos são preparadas e entregues as Iyami Agba somente pelas Apetebi e nunca pelos Babalawo.
Um fraternal abraço a tds
David d'Ávilla.
Enviado por: Baba Guido
Data: 28 Set 2009 às 22:24
Iba se, Mo Juba Ayra Deyi,
Primeiramente gostaria de agradecer a sua opinião. Concordo plenamente com seu ponto de vista em relação a falta de conhecimentos do culto a Ìyámi, e aquele que tente manipula-lo sem o devido conhecimento, esta suscetível ao perigo, pois trata de um poder sem precedentes. Quanto as apostilas e cursos, como sempre digo, “devemos ser muito cautelosos quanto suas fontes”. Em questão da cabaça, digo um dito popular “ouviram o galo cantar, mas não sabem aonde”. Porque ? Explico-lhes:
A cabaça da qual muitos, supostamente preparam, é simplesmente um complemento de Ìyámi, que deverá ser dependurada no galho mais alto da árvore, onde está “acomodado” ou “plantado” o segredo desta Divindade. O tronco desta árvore esta enfeitado com laços vermelhos, em algumas épocas com laços vermelhos e amarelos e em outras com laços preto, vermelho e branco. Na base do tronco está um quartilhão de três alças, um pote de barro com alças e uma panela de barro. Mas o principal, a verdadeira essência o àse esta enterrado entre as raízes da árvore.
Não somente no culto de Ifá mas também no culto aos Òrìsà, somente as mulheres tem permissão para ofertar as vísceras dos animais ou mesmo o nyanle.
Ìyámi disse aos Homens: “Se não me conhece não queiras me conhecer”
Um abraço a todos e participem sua opinião é muito importante, assim como de nosso irmão David.
Baba Guido
Enviado por: Tom Erinlé
Data: 29 Set 2009 às 11:49
Olá fórum
E káàrò
Para que eu possa participar primeiro gostaria de saber o que seria este termo "nyanle.".
Tom Erinlé.
Tom Erìnlé!
Enviado por: Baba Guido
Data: 29 Set 2009 às 14:37
Àse O Tom !
A palavra Àse nyáãnlè, de forma contraída, deriva da frase, Àse (o)kàn yáãlè que significa “O poder do espirito, rapidamente faz de você poderoso”.
Trata-se de uma metáfora, da qual esta sustentada em um provérbio Iorubá que diz: Òrìsà bíí ikùn kò sí, ojoojúmón ló n gba ebo que sua tradução nos leva a frase:
“Não existe divindade com uma sorte semelhante ao estomago, que recebe oferendas todos os dia”.
Muitas vezes ouvimos apenas dizerem:
“Prepare o Àse dos bichos”
Sabemos que depois do sangue derramado, os miúdos e as vísceras, são as partes de maior importância a serem ofertados as divindades; as vísceras dos animais quadrupedes são objetos de um elaborado rito preparatório, demorado e dificultoso, que consiste em esvaziar e vira-las ao avesso.
Este procedimento, como mencionado anteriormente fortalece aquele que ofereceu o animal e impede as perigosas conseqüências ligadas aos ritos do sacrifício.
Este rito preparatório é vedado aos homens, com riscos de expor sua saúde ao perigo eminente das Grande Mães.
Em último plano, está a carne dos animais que serão distribuídos entre a comunidade do terreiro.
Importante mencionar que, a parte do animal que não for ofertada as divindades, deverá obrigatoriamente ser oferecida à alguém, mesmo que esta não faça parte da comunidade terreiro.
Um fraternal abraço.
Baba Guido
Enviado por: Tom Erinlé
Data: 29 Set 2009 às 17:46
Olá fórum
Mo júbà Alàgbà Guido.
Sublime sua explicação.
Gostaria de tirar uma dúvida do qual me foi atribuída gostaria de saber até que determinado ponto o Asogbà é integrante no culto às Ìyá mí Òsòròngà.
Asè ire o o o ...
Tom Erìnlé!
Enviado por: Baba Guido
Data: 29 Set 2009 às 20:58
Àse O Tom !
Conheço apenas quatro divindades masculinas que recebem de Ìyá Odù Lógbóje uma parte do segredo de seu culto.
São eles: Òrìsà-Nla – Odùdúwà – Obalúaiyé – Ògún.
Ìyámi Funfun, deu à Obalúaiyé o poder sobre o vermelho, o qual representa sua vida, os esforços de lutas e a superação dos seres humanos na Terra.
Este poder, esta representado no òsun, um tipo de pó vermelho extraído da árvore Pterocarpus osun - Leguminosae Papilionoideae, o qual esfregava em seu corpo e salpicava o Sasará-Owò seu emblema ritualístico cercado de magias e mistérios.
Sabemos que o Ásógbá, é um título masculino, ostentado pelo sumo sacerdote do culto de Obalúaiyé e um dos membros participantes da Cerimônia do Ìpàdé – O Ritual do Encontro, onde entre outras Entidades, está Ìyámi Òsòròngà.
Quando alguma oferenda é prescrita através do oráculo, afim de ser destinadas as "Grandes Mães", para que se quite uma epidemia ou doenças, surge a figura do Ásógbá; este a prepara devidamente, mas entanto entrega nas mãos de sua mensageira, uma mulher destinada, preparada para o Culto de Ìyámi, para que esta tenha acesso diretamente á árvore onde esta sacramentado o fundamento de Ìyámi.
De suma importância mencionar que, sem as mulheres os homens não teriam acesso a esta Divindade.
O Odù Òsé Òyèkù (Ifá das Moscas) nos revela que “Ìyámi Òsòròngà decide ajudar os homens em todas as suas necessidades, desde que a mulher esteja presente”.
Ao mencionar “uma mulher destinada, preparada” não diz que esta deva ser iniciada ou consagrada à Ìyámi, pois devemos ser cientes de que, nem em nosso país, assim como em território Iorubá os ritos propiciatórios para que uma mulher passe a integrar a Sociedade das Eleye, estão longe da semelhança de nossos ritos iniciáticos.
Estes ritos propiciatórios são conhecidos como Imule, um tipo de Medicina Natural, onde vários ingredientes são reduzidos a pó e infiltrado no corpo da mulher, através de pequenos cortes em várias partes do corpo e muitas vezes esses pós são ingeridos, misturando-os ao èko/àgidí (pudim de milho brnaco) dissolvido em água.
Medicina essa que tem como principal finalidade despertar as energias, a essência de Ìyámi Òsòròngà que esta no interior do útero materno, pois toda mulher nasce com este poder, apenas temos que despertá-lo.
Ainda aqui continua a questão do homem dentro do culto.
Sabia que na Sociedade Gelede (dia) e Efe (noite), somente os homens podem vestir-se com aquelas roupas de um colorido magnifico e suas mascaras fantásticas ?
São os melhores dançarinos de toda a Sociedade Ioruba; seus cantos, suas danças e sua percussão, fazem deste festival um dos mais belos espetáculos.
Abraços
Baba Guido
Enviado por: Ayrá Deyi
Data: 30 Set 2009 às 08:07
Olá Fórum...Mo Juba Baba Guido...
Na msg anterior vi q o sr postou sobre Iyami Funfun.
Em minhas buscas disseram-me que existem 3 tipos de Iya...a branca, a vermelha e a preta. Que a branca seria a mais branda e a preta a mais cruel... E que seria essa Branca que permitiria, através de uma marcação com Efun no rosto do homem que esse participasse em algumas de suas cerimônias... Gostaria de saber se há veracidade nessas informações, pois, em contrapartida, nos Itan, sempre falam de sete Iyami.
Outra coisa interessante é que os quatro Orisa citados pelo senhor são os quatro proprietários dos elementos que compõe o Igba Odu. Então se o Igba Odu representa, de forma concreta, o equilíbrio entre o mundo material e o mundo espiritual, esse equilíbrio só pode ser realizado com o de poder Iyami.
Agora a pergunta que não quer calar...rs...Pq a mulher não pode ver Igba Odu???
Abraços fraternos.
David d'Ávilla
Enviado por: Baba Guido
Data: 30 Set 2009 às 13:44
Àse O Ayra Deyi !
Existe uma polêmica quanto ao número de Ìyámi.
Alguns religiosos discutem a questão de existirem em número de sete; outros dizem que são sete em apenas uma; outros que são somente três, Ìyá Funfun (branca), Ìyá Dudu (preta) e Ìyá Pupa (vermelha); Entretanto veja o que diz o ìtan do Odú Ogbè Òsá, quando nos revela que, o poder de Ìyámi é empregado para o bem e para o mal:
“...Chegando ao mundo, vão empoleirar-se, sobre sete espécies de árvores, sucessivamente.
Sobre cada uma dessas árvores, elas têm atividades de caráter diferente. Sobre três delas, elas trabalham para o bem; sobre três outras, elas trabalham para o mal; sobre a sétima, elas trabalham para o bem e para o mal...”
Em relação as três Ìyámi descrevo:
Ìyá Funfun: cultuadas com a finalidade de proteção e auxilio pessoal ou de uma comunidade .
Apesar de possuir características positivas, isso não significa que, ao serem manipuladas com a finalidade de proteção as mesmas não prejudiquem quem quer que faça mal aqueles que estejam sob sua proteção, poderia dar como exemplo, a chamada “Lei do Retorno”.
Ìyá Dudu: Cultuadas com a finalidade de prejudicar uma pessoa ou uma comunidade. Tem o poder maléfico de desestabilizar a vida de um ser. Quando apaziguadas quitam a feitiçaria de suas vitimas.
Ìyá Pupa: cultuadas com a finalidade de prejudicar, porém muito mais letais. Tem o poder de aniquilar a vida de um ser, dificilmente recebem oferendas para apazigua-las, sendo praticamente impossível impedir seus objetivos.
O Odù Òyèkù Méjì, signo gerador das energias mais poderosas do universo, relata que Ìyá Pupa, emana do poder de Ìyá Funfun e Ìyá Dudu; porem a mais perigosa das três, pois nela se encontra o poder de suas genitoras, mas o poder dos elementos vermelhos que trouxe o poder de gerar os filhos.
O mito e a descrição, tende a nos mostrar que o poder de Ìyámi não é em si nem bom nem mal, nem moral nem perverso; só a maneira com que o poder das Grandes Mães é empregado, e em caráter religioso é o que importa, entre os quais a “feitiçaria” reside no exercício ilegítimo ou mal dirigido de um poder, que ele próprio não é necessariamente o mal.
O próprio Odú Òsá Méjì, revela que este poder deveria ser utilizado com calma e discrição, e é por não ter respeitado este preceito que nossa mãe Ìyá Àgbá perdeu o domínio do mundo.
A proibição de ver o rosto de Ìyá Odù é uma alusão à interdição de olhar dentro do Igbádù dos Babaláwo.
Igbádù é a casa de Odù. Não se pode entrar na casa e olhar o interior, sem antes esfregar nos olhos um preparado de folhas, limo-da-costa e plasma de um caracol; e este procedimento é vedado as mulheres. Veja o que diz o ìtan do Odú Ìrété Méjì:
“...Ìyá Odù Lógbóje recebe de Olódúmarè um pássaro chamado Àràgàmagò.
Este pássaro fará para Odù o trabalho que ela quiser, seja para o bem, seja para o mal.
Òrúnmìlà quer ter Ìyá Odù como esposa.
Os Babaláwo dizem: Hé ! Odù tem um grande poder em suas mãos.
Òrúnmìlà deve depositar uma oferenda de rato, peixe, caracol e azeite de dendê.
Òrúnmìlà faz o que lhe foi pedido.
Quando Odù aceita e faz com que todos os entes malévolos que a acompanham , comam da oferenda.
Ela abre a cabaça e faz com que Àràgàmagò, também coma. Assim Òrúnmìlà adquire as boas graças das más inclinações de Odù e de seu poder.
Odù entra na casa de Òrúnmìlà, mas ela não se servirá de seu poder contra ele. Ela o ajudará com o poder do seu pássaro.
Mas ela diz a Òrúnmìlà que tem uma proibição: nenhuma de suas outras mulheres pode ver o seu rosto, e nenhuma pessoa deve caçoar dela, porque Odù é o poder do Babaláwo...”
A pintura ritualística de efun no rosto são de domínios do Culto de Òrúnmìlà e não dos Òrìsà.
Todo Babaláwo que vai adorar Ifá, deverá antes adorar Odù, sua esposa, no Igbádù, e terá esta marca no rosto, senão Òrúnmìlà não ouvirá seus pedidos e não saberá que este Babaláwo é seu filho.
Abraços
Baba Guido
Enviado por: Ayrá Deyi
Data: 30 Set 2009 às 20:40
Mo Juba Baba Guido...
Obrigado por mais uma vez elucidar algumas dúvidas...
agora quanto ao itan de Ogbesà, se pararmos para interpreta-lo "ao pé da letra" (pelo menos nesse pequeno trecho) ele não se refere a sete Iyami e sim a sete árvores, em que Elas pousariam juntas e agiriam juntas em cada uma delas.
Eu, particularmente, ficaria com a opção das 3 Iyami, pois ao meu ver seria mais lógico após as sua explicações... Aproveitando...qual seria a melhor árvore brasileira para acomodar Iyami??? Conheço pessoas que tem Elas assentadas em quarto...seria correto também???
O sr. como estudioso e praticante da religião acredita que são 3 ou 7 Iyami??? E homem pode e/ou deve cultuar ou não essa parte???
Um forte abraço
David d'Ávilla
Enviado por: Baba Guido
Data: 01 Out 2009 às 05:18
Àse O Ayra Deyi !
Através de um ìtàn do Odù Òdí Méjì, onde relata como Òrúnmìlà acalma Ìyámi, nos revela os nomes das sete árvores, das quais seriam:
Orógbó - Garcinea Cola – Heckel, Guttiferae
Àjànrèré - Senna podocarpa – (Guill. & Perr.) Lock, Leguminosae Caesalpinioideae
Ìrókò - Chlorophora Excelsi – (Welw.) Benth. & Hook., Moraceae
Òriro - Antiaris toxicaria – (Rumph.) Lech., Moraceae
Ògún Bèrèkè - Delonex Régia – (Bojer ex Hook) Raf., Thonn., Sapindaceae
Arère - Triplochiton ecleroxylon – K. Schum., Sterculiaceae
Òpe Ségiségi – Elaeis guineensis Jacq. Var. Idolatrica – Chev., Palmae
Esta última uma variedade de dendezeiro, do qual seu caroço apresenta “quatro olhos”, este é o verdadeiro Ikin Ifá, utilizado na mais complexa adivinhação dentro do Culto de Òrúnmìlà.
Até o presente momento, desconheço algum Terreiro que “acomode” o segredo de Ìyámi Òsòròngà em uma dessas sete árvores.
A maioria dos religiosos, principalmente os tradicionais, consagram árvores frutíferas, cujo o qual produzem frutos de coloração vermelha; no entanto a maioria preferem a Mángòrò/Séri, Mangifera indica L. Anarcadiaceae, conhecida popularmente como Mangueira.
A preferencia por esta espécie, esta no fato de apresentar seu majestoso porte, com troncos e raízes grossa, além de uma copa considerável.
Em minhas pesquisas encontrei relatos desta espécie dentro do Culto de Ifá, assim como da espécie Mangifera gabonensis L. Anarcadiaceae. Bascom (1969:31) em um de seus mais importantes estudo sobre Ifá, cita* Maupoil, (1943:198); Alapini, (1950:53) e Dalziel (1937:365), quando referem-se ao uso do “caroços de manga” na elaborada confecção dos Òpelè Ifá, principalmente no Culto de Fá, no antigo Dahomé, atual República do Benim, onde as Kénensi (um vodum semelhante as Ìyámi dos Iorubás) estão relacionadas a estas duas espécies citadas.
Cultuar Ìyámi dentro de um quarto, somente através do Igbá Odù; O culto de Ìyá Odù Logbo Oje Eléyinjú, que são de domínios exclusivamente dos Babaláwo.
Aqueles que a cultuam dentro de um quarto, mas não pertence ao Culto de Òrúnmìlà, meus mais sinceros respeitos, mesmo não aderindo a esta prática, pois desconheço tais rituais.
Os ritos de Ìyámi que tenho conhecimento, são somente aqueles praticados do “lado de fora” do Terreiro, sobretudo em uma árvore.
Embora tenha iniciado o tópico, antes de responder a minha própria pergunta, prefiro que este prolongue por mais um período de tempo, para que depois possa me manifestar.
Não trata-se de “jogar o verde para colher o maduro”, pois tenho minha opinião formada sobre o assunto, sou convicto daquilo que falo ou aqui escrevo e completamente consciente da minha pratica religiosa. O verdadeiro intuito de prolongar este tópico, esta na quantidade de informações que aqui poderemos compartilhar, inciado apenas com uma pergunta: Homem pode ou não cultuar Ìyámi Òsòròngà ?.
Sem demagogia e longe de vangloriar-se de qualquer saber, pois este não me pertence e sim ao “Legado das Divindades de Nosso Panteão Religioso”, o que aqui exponho é uma partícula do Culto de Ìyámi dentro de Ifá e Òrìsà.
Abraços
Baba Guido
*Referencias citadas:
ALAPINI, JULIEN – 1950, Les Noix Sacres. Estude complète de Fa-Ahidégoun. Génie de la Sagesse et la Divination ao Dahomey. Monte-Claro: Regain. Pp. 126.
BASCOM, WILLIAN – 1969, Ifá Diviniation. Communication between gods and men in West Africa. Bloomington. Indiana University Press, Pp. 575.
DALZIEL, J. M. - 1937, The useful Plantes of West Tropical Africa. London: The Crow Agents for the Colinies. Pp xii plus 612.
MAUPOIL, BERNARD – 1943, La Géomancie à l'ancienne Còte des Esclaves. Travaux et Mémoires de l'Institut d'Ethnologie, XLII. Pp. Xxvii plus 686.
Enviado por: Tom Erinlé
Data: 01 Out 2009 às 13:45
E káàsàn gbogbo tí alàgbà Guido !
Eu gostaria de saber algo a respeito da sociedade eleko (não conheço a escrita) a partir do momento à que se faz alusão ao culto de Ìyá mí òsòròngà. Se é que possui alguns laços ritualísticamente falando.
E também se o Òpá òrèrè do orixá Ibùalámo / Erìnlé representa alguma ligação ao culto delas.
ÉJÒWÓ BÀBÁ GUIDO.
Tom Erìnlé!
Enviado por: Baba Guido
Data: 01 Out 2009 às 15:53
Àse O Tom !
Èleko – Uma sociedade de caráter matriarcal, onde as mulheres praticam o culto à ancestralidade individual feminina, em contrapartida da Sociedade Gelede, que o realiza de forma coletiva. Òrìsà Òbà, matriarca e fundadora desta sociedade, em uma se suas regras, proíbe a participação direta ou indiretamente dos homens.
A História dos Iorubas, relatam, que os homens pegam em flagrante, assistindo seus rituais secretos, eram punidos com a própria vida, ou deveriam unir-se com um dos membros da sociedade, afim de não revelar a ninguém o que tenha visto.
Sabemos que em território Iorubá, a poligamia é vista de maneira diferente aos olhos do ocidente, porém a mulher desta sociedade somente poderia se casar com homens que aceitasse a condição de ter apenas uma única esposa.
Desta forma Òrìsà Òbà é a representação do matrimônio monogâmico e os mitos entre o “triângulo amoroso” Sàngó – Òbà – Òsún, relatam muito bem as características deste culto.
Os homens que não cumprisse o pacto, com seus atos de infidelidade, eram julgados pelas anciãs desta sociedade.
Em toda a Nigéria, Òbà era cultuada como a Grande Deusa Protetora do poder feminino, por isso também é saudada como Ìyá Agbá, e mantém estreitas relações com as Ìyámi.
Era uma mulher forte, que comandava as demais e desafiava o poder masculino.
Quando cantamos: Òbà Eleko Aja'Òsi frase contraída de Òbà Èleko Ajagun Òsi, estaremos nos referindo à “Òbà da Sociedade Eleko, guardiã da esquerda”; uma alusão as mulheres, pois como sabemos o poder feminino esta relacionado com o lado esquerdo.
Ibùalámo / Erìnlé, estritas ligações com Ìyámi Òsòròngà e isto está expresso em seu Òpá òrèrè.
Entretanto os 16 pássaros em seu emblema forjado a ferro, não esta somente ligado as Ìyámi temos outros significados, dos quais fogem deste tópicos.
Abraços
Baba Guido
Enviado por: Ayrá Deyi
Data: 01 Out 2009 às 22:16
Olá Fórum, e Mo Juba Baba Guido
Aproveitando a linha de raciocínio de nosso irmão Tom, gostaria de saber se o "Mama" de Ayrá também tem alguma ligação com Iyami???
E de qualquer forma, que o sr. fale um pouco sobre esse emblema.
Um forte abraço.
David d'Ávilla
Àse O Ayra Deyi !
Mais uma vez o dito popular "Ninguém morre sabendo tudo" e "Todos os dias nosso ouvido, escuta uma palavra nova", por isso os ensinamentos de nossa religião é um eterno aprendizado.
Desculpe a ignorância, mas o que significa este "Mama" ?
Abraços e no aguardo !
Baba Guido
Olá Fórum, Mo juba Baba Guido...
"Mama" seria uma peça em ferro, que se assemelha ao Ósún de Ifá. É uma haste de ferro com pé, que sustenta uma espécie de cone que tem na parte superior um pássaro (no Ósún é um galo). Esse símbolo, é parte do assentamento de Ayrá, juntamente com a gamela.
Forte abraço
David d'Ávilla.
Enviado por: Baba Guido
Data: 02 Out 2009 às 16:50
Àse O Ayra Deyi !
Não conhecia esta “ferramenta” por este nome, mas você está se referindo ao Òrìsà Òge, dos quais em algumas ramas o colocam dentro do assentamento de Sàngó e em outras apenas dentro do quarto desta Família Real.
Denomino esta ferramenta de Òpágun - sua representação consiste em uma base no formato de "um pé de galo" do qual levanta-se uma haste que sustenta um cone tampado com um pássaro sobre este; e sete sinos pendurados ao redor do cone...
Veja o tópico Òrìsà Òge postado em 04/09/2007, dos quais tem muito mais informações acerca desta divindade.
Desconheço alguma relação entre Òge e Ìyámi já que este se tratava de um Osó – Feiticeiro.
Abraços
Baba Guido
Mojúbà bàbá Guido,
O que seria "atioro" (não conheço a escrita) no culto as ÌYÁ MÍ ?
Tom Erìnlé!
Àse O Tom !
Àtíòro é o nome de um dos “filhos pássaros” das Eleye.
Os mitos do Corpo Literário de Ifá, relatam que Aragamágo, Àtíòro, Akó, Olongo, são os filhos pássaros de Ìyámi Òsòròngà, nascidos no òrun.
Importante mencionar que a etimologia da palavra Òsòròngà nos leva a interpretação de “emplumada”.
Esta relatado que Ìyámi Akala Magbo, teve 3 “filhos pássaros” no àiyé; com uma finalidade de atuar na vida do ser humano de três formas:
o primeiro se chama Oyíyí, significa “vertigem”, tem como a principal função desorientar e provocar a loucura;
o segundo Ayíràn, significa “troca a sorte”, tem como objetivo causar o infortúnio, a má sorte
e o terceiro Awerewere, que significa “esticou-se fortemente morrendo”, que causa a rigidez do corpo até levá-lo a morte.
Estes não tinham penas em nenhuma parte do corpo e com o poder do pássaro Akó tornaram-se emplumados.
Eles saem em defensa de sua Grande Mãe, sempre que ela solicita seus poderes.
Outro pássaro que nasceu de Ìyámi Àjé foi Òwiwi, a coruja, sobretudo a espécie Tyto alba, conhecida popularmente como Suindara ou Coruja de Igreja.
E káàsán gbogbo.
O que representa o EKÒDÌDÉ no culto às Ìyá mí ?
Odábò.
Tom Erìnlé!
Enviado por: Baba Guido
Data: 08 Out 2009 às 18:03
Àse O Tom !
A pena Ìkódíde representa entre outras, o poder da mulher, da gestação e da procriação.
Sabemos que esta é a pena do Odide uma espécie de papagaio cinzento africano (Psittacus erithacus) de cauda vermelha.
Dentro de nossa religião é considerado o Rei entre as aves.
Pena insubstituível e indispensável dentro das mais diversas consagrações.
Um fraternal abraço
Baba Guido
Baba Guido Omo Ajagunnà
Enviado por: Tom Erinlé
Data: 15 Out 2009 às 16:36
Mojúbà Bàbá Guido,
Precisamente falando qual seria a ligação de Esù com as Ìyá mí e qual seria este caminho de Esù que comprove isto ?
Asè lai la
Tom Erìnlé!
Enviado por: Baba Guido
Data: 15 Out 2009 às 18:11
Àse O Tom !
A ligação de Ìyámi com Èsù ?
Não entendi muito bem a pergunta, mas sabemos que Èsù esta relacionado não somente com Ìyámi, mas com todas as divindades (sem exceção) de nosso panteão e isto está muito bem relatado no Odú Òsétúrá (Òsé-Òtúrá).
Além de que, foi com a ajuda de Èsù que Ìyá Odù tornou-se a esposa de Òrúnmìlà (Odú Ìrété-Ogbè).
Existem diversas oferendas destinadas a Èsù nos caminhos de Ìyámi onde ambos dividem um único animal oferecido no orita méta (lugar de três caminhos) ou no òna-àbujá (atalho).
Abraços
Baba Guido
Baba Guido Omo Ajagunnà
Enviado por: Tom Erinlé
Data: 16 Out 2009 às 08:43
Mojúbà Bàbá Guido,
Gostaria que relatasse este itan de Èsù ter ajudado Ìyá Odù a se tornar esposa de Òrúnmìlà. E qual seria a função de Èsù no culto a Ìyámi ?
Tom Erìnlé!
Enviado por: Baba Guido
Data: 16 Out 2009 às 15:43
Àse O Tom !
O Texto na integra, contém 125 linhas; vou fazer um resumo e assim que possível digitalizo o original (Iorubá - Frances - Português) e lhe enviarei via e-mail.
Odú Ìrété-Ogbè – Como Odù chegou a ser esposa de Òrúnmìlà
...Odù recebe de Olódúmarè um pássaro chamado Àràgàmàgò. Este pássaro fará para Odù o trabalho que ela quizer, seja para o bem, seja para o mal... Òrúnmìlà quer que Odù seja sua esposa.
Os Babalawo dizem: Hé! Odù tem um grande poder em suas mãos, maior que o seu. Òrúnmìlà deve depositar uma oferenda na rua feita de rato, peixe, caracol e azeite-de-dendê... Òrúnmìlà faz o que lhe foi pedido. Quando Odù chega, vê a oferenda e Èsù lhe diz que Òrúnmìlà quer desposá-la... Odù aceita e faz com que todos os entes malévolos que a acompanham, coma da oferenda. Ela abre a cabaça e faz com que Àràgàmàgò, também coma. Assim, Òrúnmìlà adquire as boas graças das más inclinações de Odù e de seu poder... Odù entra na casa de Òrúnmìlà, mas ela não se servirá de seu poder contra ele. Ela o ajudará com o poder de seu pássaro...
No Odú Òsétúrá (Òsé-Òtúrá) está relatado que Èsù deverá ser sempre o primeiro a receber oferendas antes que qualquer divindade, pois ele é o Mensageiro entre os dois mundos e o responsável em manter o equilíbrio entre o òrun – àiyé.
Abraços
Baba Guido
Baba Guido Omo Ajagunnà
Enviado por: Tom Erinlé
Data: 16 Out 2009 às 15:58
Mojúbà Bàbá Guido,
Ficarei muito agradecido, e também já consigo avaliar o valor religioso deste texto apenas em seu breve resumo.
Muito interessante.
Asè lai la
Tom Erìnlé!
Enviado por: Tom Erinlé
Data: 17 Out 2009 às 21:05
Asè Bàbá Guido,
Àràgàmàgò está de uma certa forma representado por algum dos passáros do qual o "homem" divide o mesmo espaço (terra) ou é figura mitológica, lendária ou algo do gênero ?
Tom Erìnlé!
Enviado por: Baba Guido
Data: 18 Out 2009 às 16:59
Àse O Tom !
O pássaro Àràgàmàgò é uma figura mitológica, lendária, nascida no òrun, assim como a galinha-multicolorida de cinco dedos da “Casa de Deus” mencionada nos mitos da criação.
Os três principais pássaros que representam Ìyámi Òsòròngà e que habitam a Terra, estão o Corvo, a Coruja-das-Torres e o Calau.
CORVO
Coruja-das-Torres
CALAU
Abraços
Baba Guido
Baba Guido Omo Ajagunnà
Enviado por: Tom Erinlé
Data: 19 Out 2009 às 14:16
Asè ire o.
Ìyá Apáòka
Bàbá Guido por acaso Ìyá Apáòka tem alguma ligação com as Ìyá mi.
Pois escuto muitas divergências nesse assunto "Ìyá Apáòka x Ìyá mi x Odé", sei que devemos estarmos preparados com as controvérsias mas gostaria de saber se realmente existe alguma aproximação entre essas divindades ou até mesmo se não.
Concerteza irá tirar um grande ? pois esta incógnita vem causando algumas "nós" em minha cabeça. rsrsrsrsrsr !
Asè lai lai.
Tom Erìnlé!
Enviado por: Baba Guido
Data: 19 Out 2009 às 15:25
Àse O Tom !
Toda Divindade Feminina tem estritas ligações com Ìyámi Òsòrònga com exceção de Oya que esta mais ligada ao grupo de Divindades Masculinas.
Cada Ìyágba possuem dentro de seus respectivos cultos uma representação própria na forma de pássaro, exprimindo conseqüentemente sua interligação com o culto de Ìyámi Òsòrònga.
Toda Ìyágba é denominada de Èlèyè – “Proprietárias de Pássaros”.
Mesmo o Abebe, que tem o formato de uma cabaça invertida, da qual lembra o útero materno, demostra perfeitamente a interligação daquela que o carrega, com o culto as Ìyámi.
Algumas das Divindades Femininas recebem diretamente o Título de Ìyámi Àjé – Minha Mãe Feiticeira, com o intuito de relembrar seus poderes míticos.
A própria mãe de Ode foi quem consultou Ifá e realizou a oferenda para que seu filho Ode consegui-se com exito matar o pássaro das Feiticeiras; o “atirador de apenas uma flecha” lembra deste mito ?
Para ter apenas uma noção: o poder de uma Àjé destrói outra Àjé; o poder de Àjé precisa estar reunido em grupo para combater um Osó (feiticeiro); o poder de apenas um Osó, aniquila por completo o poder de todas elas... isto é mais profundo...
Abraços
Baba Guido
Baba Guido Omo Ajagunnà
Enviado por: Tom Erinlé
Data: 19 Out 2009 às 16:04
Mojúbà Bàbá Guido,
"Algumas das Divindades Femininas recebem diretamente o Título de Ìyámi Àjé – Minha Mãe Feiticeira, com o intuito de relembrar seus poderes míticos". Quais seriam estas divindades se não for perguntar demais, espero não estar sendo invasivo.
Asè
Tom Erìnlé!
Enviado por: Baba Guido
Data: 23 Out 2009 às 00:34
Àse O Tom !
Não há de que se desculpar !
"Todas as Divindades Femininas recebem este Título com exceção de Oya que esta ligada ao grupo de Divindades Masculinas".
Abraços
Baba Guido
Baba Guido Omo Ajagunnà
Enviado por: Ajagunon
Data: 14 Out 2010 às 16:41
IYAMI ALÁKÒKO - OIÁ..
Iansã é guerreira e companheira, a mãe que não abandona seus filhos nos momentos de aflição, porém quando percebe-se lograda, usa seus poderes de feiticeira para punir aqueles que causaram tais malefícios a si ou a seus filhos.
QUERIA MAIS INFORMAÇÕES! ASÉ O
Não há lugar neste mundo, que eu não possa ir, sem ajuda de OGUN...
Enviado por: Omo ode
Data: 02 Nov 2010 às 21:09
Motumba a todos ! Motumba Baba Guido !
Antes de mais nada e impressionante como um tópico com uma simples pergunta traga a tona tantas informaçoes.
parabéns Baba guido, o sr tem o dom de instigar a mente humana.
Baba uma resposta acima o senhor disse que um "oso' vence uma "aje" porém uma 'Ajé" não vence um "oso". Esta informação que o senhor deu e muito interessante se o poder de "aje" tem sua raiz o poder feiminino de ya odu, porque um "oso " seria capaz de vence-la ?
Analisando a pergunta que originou a resposta de que um oso vence uma aje, posso dizer que o senhor fez alusão ao fato de osownsi "ode" ter vencido o passaro certo ?
Uma vez me foi dito que todos os orisas que possuem em seu nome "oso" tem uma certa ligação com "ya". Sabemos que ya nbamba e a mãe de ode e sabemos que ela e uma das tres que "yas" que vieram para o mundo, sendo assim pode se confirmar esta informação ?
MInha duvida é:
Podemos mesmo afirmar que osownsi venceu o passaro por ser um "oso" ?
E porque um "oso" vence uma "aje " sendo que o poder dela e de dominio feiminino?
Gbobo mojuba !
Homem pode ou não cultuar Ìyámi Òsòròngà ?
De:: Ile Ase Omorode Bemi Omi
Categoria: Ketu
Nome do forum: Sobre a Nação de Ketu
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Data:: 18 Mar 2011 às 01:56
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Ola a todos.. motumba.
ResponderExcluirOlá mano Guido..
Gostaria de aqui expor uma conversa informal que tive a algum tempo com um senhor (já falecido), chamado Akin, vindo de Oyo.. Eu era cliente deste senhor, que tinha uma loja de artigos africanos no bairro de Sta. Cecilia, enfim..
Num de nossos encontros, abordamos, entre outros assuntos, o uso de couro de felinos ou tecidos que fizessem alusão ao mesmo em Odé, já que sou iniciado para esta divindade, sempre procurei saber saber muito dele mesmo antes de ser iniciado. Resumirei para não ficar pedante o post.
Akin me disse que em hipotese nenhum devemos utilizar couro de felino ou tecido que lembrasse o mesmo no culto a Ode ou Osoosi, pelo seguinte motivo: Leopardo era um ser muito admiravel e elegante, inteligente e veloz, e isso instigava Apaoka, ao ponto de querer para si tais atributos, com isso desejando ter um filho com Leopardo.. Apaoka não era atribuida de beleza e nem elegancia, com idade avançada nunca conseguiu amor.. Muito bem, Apaoka, usa de feitiços para seduzir Leopardo e consegue, com ele tem um filho e este se torna Ode, que herdou uma beleza estonteante.. Leopardo depois de um tempo consegue se libertar do feitiço de Apaoka e foge dela, e com isso Apaoka lança um outro feitiço para Leopardo, levando-o a morte. Apaoka após matar o marido, perde a sanidade e se faz louca, abandonando Ode. Ode desestruturado e ainda muito novo é adotado por nova mãe.. mas jura que nunca mais mataria um felino ou faria uso de seu couro pois seria como se estivesse matando o próprio pai.
Com este Itan, que nunca procurei saber de sua origem, faz-se entender o pq Iya Mi Aje abre seu peito para que a flecha de Osotokansoso penetre em seu peito, na realidade Iya Mi Aje se faz causadora do sucesso do próprio filho, pois sem este acontecido, não teria se tornado heroi e consagrado como o caçador do povo. Oras, não quero acreditar que uma divindade seja tão ignorante ao ponto de se enganar por uma oferenda, senão para ajudar o próprio filho..
Bom, não sei escrever com tantos rapapés como meu irmao Guido.. mas está aí minha contribuição.