Iyami – Minha Mãe

Muitos procuram informações a respeito de Iyami, as mães ancestrais. 

No entanto, a maioria dos comentários que ouço, enfatizam a cólera e a austeridade de Iyami.

Mas é bom lembrar que o bem e o mal, assim como, o positivo e o negativo, existem em tudo, caminham juntos e são necessários para o estabelecimento do equilíbrio.

Nesse momento, não…
lembro com quem aprendi esse conto: se com a saudosa e sábia Iya Nitinha, ou com Mãe Beata de Yemoja… bem, não me lembro. 

Veja, que nesse conto uma mulher dá a luz a um menino e em seguida morre, indo se juntar as mães ancestrais. 

Porém, passava todo tempo triste. Foi quando uma Iya mais velha a chamou e disse: aqui, esquecemos as coisas da terra. Sei que está triste por causa do filho que deixou recém nascido.

Vou transformá-la em uma coruja, e assim poderá pousar no telhado da casa e esperar o momento para se transformar na mãe do seu filho e amamentá-lo.

Assim Iyami fez, até o dia em que seu filho não mais aceitou o peito. 

Então, ela retornou ao orun, para juntar-se com as outras Iyas Ancestrais.

Esse conto nos mostra alguns aspectos interessantes. 

Mas vou falar de dois: o primeiro, é a demonstração que o sentimento de amor, assim como o seu oposto, o ódio, são capazes de unir duas pessoas mesmo depois da morte.

O segundo aspecto, está na demonstração de amor ao filho (menino). Sentimento esse que não ouço ninguém comentar. Sempre os comentários enfatizam a austeridade, a feitiçaria… Sim, 

São austeras com os que erram, com os que abusam do poder, com os imprudentes… São controlodoras sim.

Enfim, essa é uma característica dos ancestrais. 

Ha um ditado que diz, que quem conta um conto aumenta um ponto. 

Creio que muitos pontos foram criados com relação ao culto de iyami aqui no Brasil.

Não acredito em religião que não aceite a presença de homem e mulher; que não tenha a procriação como um dos maiores bens. 

Como todo culto, o culto de Iyami tem suas regras e que devem ser cumpridas. 

Mas estou falando de regras e não de invenções.