CASA PODEROSA DOS FILHOS DE YEMANJÁ

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terça-feira, 27 de março de 2012

O Mẹ́rìndilogun na Umbanda.


O Mẹ́rìndilogun é um sistema de oráculo para manter contato com as divindades africanas, mas será que pertence exclusivamente ao povo do candomblé, distante de qualquer separatismo é necessário ponderar algumas considerações para entender qual a necessidade do candomblé e o jogo de Búzios.


Diferente da Umbanda que suas entidades estão presentes no passe e passam suas mensagens pelos “cavalos” de entidade, que são denominados médiuns, diferente do candomblé que as divindades cultuadas algumas vezes não se manifestam e quando o fazem não dão passe, então como chegar ao entendimento sem um oráculo?


O culto da Umbanda que se estabeleceu com grande força no Brasil e difundiu pelo Mundo, não segue os rituais e preceitos que as culturas afro usam na sua liturgia, apesar da semelhança cultural, cada uma é totalmente diferente da outra, sendo que as divindades que se encontram na Umbanda em momento algum chegam a ser cultuadas nos rituais do candomblé, pois são energias com polaridade diferente, que não chegam a comungar com os rituais do candomblé, dito pelos próprios Umbandistas que frisam sempre que podem, que suas divindades não necessitam de sacrifícios animais e muito menos exigem rituais que no candomblé é tão comum.


Mesmo sabendo que a cultura da Umbanda está se africanizando, em alguns casos perdendo até mesmo a sua própria identidade, pois chega a perder as características da própria Umbanda e em momento algum será um candomblé, faz com que surja um hibrido com plataforma oblíqua, que visualmente chega a ser interessante apenas para quem não pertence ao culto afro, porem com deficiência cultural, afinal, para quem não foi iniciado é muito difícil copiar os gestos e danças tão comuns no culto às divindades africanas.


Tais fatores podem ser considerados pequenos para impedir que o Mẹ́rìndilogun seja usado no ritual da Umbanda, porem se não houver uma liturgia e uma ligação direta com as divindades em questão não tem fundamento e muito menos haverá um comprometimento com as divindades e o manipulador da energia, por isso o jogo de Búzios na Umbanda não é considerado pelos estudiosos e sacerdotes do candomblé. Ou melhor, falando claramente não existe fundamento para tal no ritual da Umbanda.


Não deixando de esclarecer que o Mẹ́rìndilogun é um sistema que leva anos para entender e a criar vinculo com o sacerdote, por isso, não cabe a uma entidade de Umbanda jogar búzio, por que ela mesmo tem que ter capacidade de falar sem um oráculo, afinal para a entidade não existe matéria que a impeça de desvendar o enlaces dos mundos paralelos e do mundo espiritual.


O pior refrão vai para aqueles estudiosos e escritores dos romances Umbandistas que sem escrúpulo algum querem apenas corrupiar a mente humana a favor dos seus interesses pessoais, infelizmente alguns sacerdotes preferem caminhos sombrios à procurar o caminho aberto, claro e limpo da mediunidade pura e caridosa.


Por esta e mais algumas que desconsidero qualquer ritual que envolva o Mẹ́rìndilogun na Umbanda como oráculo, afinal a Umbanda possui suas entidade e deve a eles o devido respeito, por seus sacerdotes... 


E faço o convite a qualquer sacerdote da Umbanda que tem seus Mẹ́rìndilogun devidamente assentado e confie nele, a jogar para mim.



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