CASA PODEROSA DOS FILHOS DE YEMANJÁ

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sexta-feira, 30 de março de 2012

CANDOMBLÉ E SUSTENTABILIDADE NO SEMI-ARIDO




G. Ciências Humanas - 1. Antropologia - 3. Antropologia das Populações Afro-Brasileiras


CANDOMBLÉ E SUSTENTABILIDADE NO SEMI-ARIDO


Reginaldo Conceição da Silva 1
Sandro dos Santos Correia 1
1. Universidade do Estado da Bahia - UNEB






INTRODUÇÃO:
Localizado em Caetité, BA, centro afro religioso ILE ASHÉ ÓJÚ ÓORÚN, é o legítimo representante da cultura ALAKETU. O município de Caetité, Bahia, localiza-se na sub-região baiana da Serra Geral, Estando cerca de 757 Km da Capital – Salvador. com área aproximadamente  de 1.000 mts. Apresenta dentro de um cercado areas naturais com plantas típicas do cerrado, bem como plantas ritualísticas alem do espaço urbano, onde são realizadas as cerimônias internas e externas. 


Abertos ao publico em datas especificas, o centro recebe visitas de estudantes de toda cidade, possuindo articulações nas cidades de Vitória da Conquista, Guanambí, Brumado, Urandi, Caculé, Salvador ambas na Bahia e em São Paulo, capital O trabalho tem como objetivo mostrar como as crenças e rituais do Culto aos Orixás – Candomblé - contribuem para a preservação do Meio Ambiente; além de apontar os impactos causados pela urbanização na manutenção do culto aos Orixás nesta cidade, entendendo que ambos objetivos convergem no uso dos Elementos na Natureza onde alguns destes (vegetação e água, sobretudo) são fundamentais para as práticas ritualísticas do culto enquanto religião.






METODOLOGIA:
Para a pesquisa foi realizado levantamento bibliográfico abrangendo o tema, produção de questionários a serem aplicados á dois tipos de atores: um para sacerdotes (izas) e outro para os demais adeptos do Centro com diferentes idades de iniciação e funções religiosas, visitas e participação durante as atividades religiosas internas e externas,para conhecimento empírico além dos registros fotográfico e escrito das mesmas,quando autorizadas, os trabalhos de campo para verificação dos tipos de uso e relação com os espaços naturais considerados sagrados para toda e quaisquer comunidade afro-religiosa como encruzilhadas, matas, rios, nascentes, lagoas praças e ruas urbanizadas, algumas  no memento da sua sacralização, tornando os Espaços em agora, em um Lugar, do qual passaria a ser  respeitados e preservado devido sua nova funcionalidade. Para elaboração de um trabalho monográfico, que atendesse a justificativa de se preservar elementos ou paisagens, cujo vinculo seria a religião, portanto um elemento simbólico e sócio cultural.


RESULTADOS:
De acordo com os dados obtidos em pesquisa de campo, a cosmovisão, enquanto elemento sócio cultural fora comprovada durante a pesquisa, bem como existe a necessidade de sacralizar outros espaços. Onde, para que isto ocorra, existirá sempre um motivo (não) revelado nitidamente, mas que, sem dúvida, algum orixá terá domínio. Durante a pesquisa encontramos resultados satisfatórios quanto a abordagem da citada comunidade afro religiosa rumo a sustentabilidade dentro do município de Caetité, na Bahia, haja vista que , devido a necessidade de sacralização ritualística inerentes ao Culto dos Orixás, assim o permitem zelar tanto de áreas naturais quando áreas urbanas. Mesmo atendendo a diversos atores da comunidade interna, há unaminidade quanto à preservação de dois espaços: matas e rios; porem, quanto se trata de espaços urbanos, encruzilhadas e ruas merecem destaques apenas para o publico de sacerdote(izas) e o ogan de rua uma vez que não são todos os membros que possuem funções que permitem o uso destes. Para todos, a falta de políticas publicas de auto afirmação sócio religiosa, dificulta a aceitação desta religião frete ás demais, o que limita a possibilidade de sacralização de outros espaços, principalmente os urbanizados como, por exemplo, praças, feira livre e igrejas, limitando as atividades religiosas naturais, tendo que reproduzir alguns destes espaços na área urbanizada do centro, quando possível.


CONCLUSÃO:
Assim sendo, o Candomblé ou Culto aos Orixás, consegue confluir o espaço “urbano” e o espaço “mato” dentro de suas áreas limítrofes, muradas e também o espaço “urbano” e “mato” de uma cidade, na medida em que inserido nesta, se desenvolve enquanto religião onde e quanto às práticas ritualísticas assim permitam. A grande vantagem de uma confluência territorial dos “espaços” de um terreiro de Candomblé dentro de uma cidade, faz-se da necessidade de que toda cidade precisa preservar suas áreas naturais (defendida também pela prática ritualística do Culto aos Orixás), como meio de garantir a continuidade das espécies hoje existentes para que a nossa futura geração também as conheçam e possam usufruir e perpetuar seu uso para as gerações vindouras. Tal atitude satisfaria, portanto, ao que hoje chamamos de sustentabilidade e aos Orixás.


Instituição de Fomento: Universidade do Estada da Bahia
Palavras-chave: Culto os Orixás, Meio Ambiente , Sustentabilidade.


http://www.sbpcnet.org.br/livro/61ra/resumos/resumos/5558.htm




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