CASA PODEROSA DOS FILHOS DE YEMANJÁ

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terça-feira, 27 de março de 2012

O QUE SERIAM ORIXÁS-ANCESTRAIS ?



Para os povos africanos, em particular, para os yorubás, fons e bantos, a religião é a base para sua existência diária.


Ainda pela manhã, os yorubás, por exemplo, fazem uma série de adúràs e orikìs, ou seja, rezas e invocações para que o dia corra bem. 


Durante o dia ainda, vários atos serão feitos lembrando sempre a tradição religiosa. Nas horas das refeições, enquanto a família estiver reunida também várias saudações serão feitas, agradecendo a Olódùmarè e aos Orixás-Ancestrais a graça da alimentação.


Agora, por que estes povos se portam assim?


Usamos o termo Olódùmarè por representar para o povo yorubá, “o criador de todas as coisas” ou “a divindade suprema acima dos Orixás-Ancestrais”.


Os povos de Ketu, Oyó, Ijesá, Ibadan e Ifé não só prestam culto à divindades naturais, mas também cultuam à ancestralidade, pois para os yorubás a reencarnação existe (atun wá), ou seja, a pessoa morre e renasce no mesmo seio familiar ao qual pertencia. 


Aí entra o orixá-ancestral de cada família que por tradição será o orixá-dominante de toda uma região. 


Por exemplo, Xangô em Oyó, Ogun em Irê, Oxum em Ijexá, Oxossy em Ketu e assim por diante.


Como podemos observar, esses orixás são patronos e dominantes de cada região, acreditando os yorubás serem eles ancestrais nestes lugares, isto é, viveram ou construiram estas regiões, como Xangô ainda em exemplo teria sido o maior Alafin ou rei de Oyó.


Como podemos entender é que lá na Nigéria os yorubás cultuam esses orixás como sendo seus antepassados, isto é, o culto à orixá está ligado ao culto da ancestralidade.



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