por Fernanda Thomaz
outubro 19, 2008 por religaremack
Vivemos em uma sociedade líquida, onde “tudo que é sólido desmancha no ar”. Não há mais certo nem errado, tudo depende do ponto de vista, tudo é relativo e passível de questionamento, não há mais uma verdade absoluta!
Essa incerteza sobre tudo e todos gera uma série de conseqüências em nossas vidas: a insegurança, solidão mortal, e o vazio espiritual. Os relacionamentos não são mais aprofundados, vivemos relacionamentos descartáveis com pessoas igualmente descartáveis e o individualismo toma conta de nossas vidas; o “eu” se sobrepõe ao “outro”, e o amor ao próximo fica cada vez mais escasso.
Os sites de relacionamento, ao invés de aproximar as pessoas, muitas vezes acabam por distanciá-las de um relacionamento mais profundo. Um vazio existencial passa a tomar conta de cada vez mais pessoas, não vivemos mais em uma sociedade teocrática, o homem assumiu a sua independência espiritual e se emancipou de todos os seus deuses, abandonou o templo espiritual e criou para si novas regras de comportamento; elegeu para si novos ídolos e passou a se submeter as ditaduras do consumo, da beleza, da magreza. Dessa forma, ele mudou de forma brutal o seu comportamento e, na busca de liberdade individual, se libertou de certas doutrinas, mas foi aprisionado por outras, encontrando assim a solidão.
O tempo de contemplação foi roubado pelo tempo do consumo e o homem não consegue mais ficar sozinho consigo mesmo. Ele precisa se anestesiar de alguma forma, ainda que seja por meio de drogas, sexo, violência ou até mesmo tirando sua própria vida. Por isso, somente na coletividade (ou na religião) é possível sermos livres de paixões e desejos que nos tiram a paz existencial.
FONTE: http://religareblog.wordpress.com/2008/10/19/o-homem-na-pos-modernidade-e-a-emancipacao-religiosa/
Nenhum comentário:
Postar um comentário