Candomblé
Não existe uma concepção de céu ou inferno, nem de punição eterna.
As almas que estão na terra devem apenas cumprir o seu destino, caso contrário vagarão entre céu e terra até se realizar plenamente como um ser consciente e eterno.
Os cultos afro-brasileiros acreditam que os mistérios da vida e da morte são regidos por uma Lei Maior, uma força divina que dá o equilíbrio divino ou eterno.
O Candomblé vê o poder de Deus em todas as coisas e, principalmente, na natureza.
Morrer é passar para outra dimensão e permanecer junto com os outros espíritos, orixás e guias.
Trabalha com a força da natureza existente entre terra (Aìyê) e o céu (Òrun). Nos cultos afros, o assunto de vida após a morte não é bem definido.
Na Terra, o objetivo do homem é realizar o seu destino de maneira completa e satisfatória.
Ao cumprir o seu destino na Terra, o ser humano está pronto para a morte.
Após a morte, o espírito será encaminhado ao Òrun, para uma dimensão reservada aos seres ancestrais, ou seja, eternos.
O ser humano pode ser divinizado e cultuado.
Caso o seu destino não seja cumprido, os espíritos ficarão vagando entre os espaços do céu e da terra, onde podem influenciar negativamente os mortais.
Como não se realizaram plenamente, estes espíritos estão sujeitos à reencarnação.
Já as pessoas vivas que sofrem as suas influências negativas, precisam passar por rituais de limpeza espiritual para reencontrar o equilíbrio.
Fonte: Revista Época: 05/08/2004 – Edição nº 325(Transcrito do Grupo Povo de Aruanda)
http://www.terreirotioantonio.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=155:dia-de-finados&catid=34:documentos&Itemid=55
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