CASA PODEROSA DOS FILHOS DE YEMANJÁ

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terça-feira, 19 de novembro de 2013

A Opinião de Maria Stella de Azevedo Santos, Mãe Stella de Oxóssi


Amigos

tive a felicidade e o privilégio de ser presenteado com um primoroso livro-álbum denominado “Opinião. Maria Stella de Azevedo Santos, Iyalorixá do Ilê Axé Opô Afonjá”, com o subtítulo “Um presente de A TARDE para a História”.

É uma coletânea, graficamente muito bem cuidada, dos artigos que esta célebre sacerdotisa brinda a nós baianos, quinzenalmente, em coluna daquele respeitável jornal.

Em tom coloquial, como se estivesse conversando com a gente na varanda de sua casa, Mãe Stella compartilha um pouco da sua imensa sabedoria, aprendida diretamente dos deuses, vindos lá dos reinos encantados de Olorum.

Sobre a sua proclamada sabedoria — apregoada por seus leitores e admiradores, é bom registrar — ela afirma: “… falam sobre minha ‘sabedoria’. Se é que existe alguma, ela está no fato de que eu nunca me canso de buscar o conhecimento em todas as áreas da vida, mas principalmente sobre a religião que pratico, pois temos obrigação de conhecermos, o mais profundamente possível, as bases que sustentam a crença que praticamos”.

Como cidadã consciente e bem informada, Mãe Stella escreve sobre todos os assuntos que interessam a um individuo comum: comportamento, cotidiano, filosofia, arte… Porém, o melhor dos seus ensinos é quando ela escreve sobre o seu misterioso culto — Candomblé.

Didaticamente, como boa professora, ela transmite a nós, leigos da rica religiosidade ioruba, coisas sobre o surgimento do cosmo (cosmogonia), como realizam sua liturgia (rituais públicos), seus dogmas (verdades inquestionáveis de um grupo) e praticam seus rituais (cerimônias realizadas em momentos específicos).

Mãe Stella assim se revela para diminuir preconceitos e discriminações que o povo de santo ainda venha a sofrer. Religião de oprimidos, durante séculos foi duramente perseguida, e ainda hoje sofre discriminações.

Entretanto, muitas conquistas sociais, institucionais e jurídicas foram alcançadas pelos cultos afro-brasileiros, como o respeito e a salvaguarda pelo Estado brasileiro. 

Respeito e salvaguarda que almejam alcançar um dia os cultos ayahuasqueiros, ao qual o candomblé cedeu o lugar de religião mais perseguida e discriminada no território nacional.

Pois os cultos ayahuasqueiros, que fazem uso de uma milenar bebida sacramental de origem indígena, estão a todo instante ameaçados pelo aparato institucional do Estado, que promovem duas políticas: salvaguardas de um lado e, do outro, incertezas.

Voltando ao povo de santo e o público em geral: aqueles que não tiverem a felicidade e o privilégio de terem em mãos um exemplar de tão primoroso livro-álbum, poderá aprender com a sábia sacerdotisa Maria Stella de Azevedo Santos, Mãe Stella de Oxóssi, lendo os mesmos artigos, disponíveis no site http://mundoafro.atarde.uol.com.br/?p=5065 .

FONTE: http://www.jornalgrandebahia.com.br/2012/12/a-opiniao-de-maria-stella-de-azevedo-santos-mae-stella-de-oxossi.html


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