CASA PODEROSA DOS FILHOS DE YEMANJÁ

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terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Religiões - Afro-brasileiras, Candomblé.



Candomblé

A África está na origem da religião dos orixás

A cosmovisão africana influencia os símbolos do candomblé, mas também o processo da escravidão e o transplante violento da religião nagô no Brasil estão refletidos na composição do candomblé.

O axé

A visão do mundo africana, centrada no eixo religioso da vida, faz com que todos os elementos, animados e inanimados, sejam imbuídos de uma força vital que promove a ação e é fonte de poder e eficácia. 

Essa força, chamada axé na língua nagô ou ioruba, permite acontecer o devir. 

É uma força inerente às realidades e torna possível o processo vital.

Juana Elbein dos Santos, uma grande estudiosa do candomblé, diz que o axé reside no sangue dos seres vivos e nas substâncias essenciais de cada ser, simples ou complexo, que compõe o mundo.

Os ritos de passagem, os ritos de casamentos, os ritos de nascimento e de iniciação transmitem o axé, sendo que esta força entra em contato com a pessoa e com os objetos sagrados.

No mundo africano, tudo é cheio de vida e está vivo. 

É uma vida, às vezes, ameaçada por forças que atemorizam, mas é também um mundo de espíritos que protegem e acompanham as pessoas. 

São raios e trovões ameaçadores, mas também chuva e rios que permitem a colheita e a comida. 

O grande mistério da vida é celebrado nos rituais do nascimento e do casamento.


Início de uma sessão do candomblé, saudando a pedra sagrada
O Deus supremo e os orixás

O Deus supremo e uma infinidade de seres intermediários garantem a unidade e o dinamismo da vida africana. 

Olorum, o Deus supremo, pode entrar em contacto com os humanos através dos orixás ou divindades intermediárias. 

Estes últimos são forças, axé, energia vital provinda de antepassados excepcionais. Incorporando-se em pessoas, recebem devoção e respeito, mas também fornecem proteção e força.

A pessoa humana e a comunidade

O africano é um "ser com" e "vive com". Fora da comunidade, sente-se isolado, ameaçado, desamparado e perdido. 

Tem sempre uma necessidade de manter ligações com membros de sua família, clã e o grupo social menor. 

No interior do clã, que é uma unidade de vida, vivos e defuntos convivem numa simbiose coletiva. 

Também os defuntos continuam como parte integrante da vida, estabelecendo uma solidariedade de destino com os vivos sobre esta terra.

A pessoa africana encontra sua força vital, seu sentido, seu potencial de ser enquanto se encontra unido a outros, visíveis e invisíveis. 

Fora da comunidade é só confusão e morte.

Os ideais de vida

Os princípios éticos dos africanos estão enraizados em conceitos chaves como vida, solidariedade clânica, força e harmonia.

A vida é um bem que deve ser preservado e defendido, procurado e intensificado. Comunicar a vida é a expressão ética fundamental. 

A mulher-mãe é valorizada e a sexualidade protegida porque se inscrevem no imperativo de transmitir vida. 

A morte, mesmo que recuperada num nível superior, representa uma diminuição de vida e, como tal, traz sofrimento e carência de energia vital.

A solidariedade clânica representa o princípio de identificação e de existência. 

Fora do clã continua subsistindo a ausência de leis normativas e a confusão. 

Há perda de referência e desintegração do indivíduo. 

É como se um ramo fosse cortado da árvore que o alimenta: seca e torna-se ineficaz.

A força, também física, é procurada como valor indispensável. Maior força indica maior possibilidade de sobreviver em contextos muitas vezes difíceis, como a floresta e a ameaça dos animais ferozes.

Também a harmonia é um bem a ser preservado. 

O equilíbrio clânico e o uso harmônico da força fazem do africano um ser potencialmente capaz de se tornar um ancestral e, como tal, respeitado e símbolo de uma existência realizada.

O transplante violento dos africanos para o Brasil

O candomblé é sim revelador de matrizes culturais africanas, mas também guarda no seu íntimo o trauma do transplante violento do escravo africano e de suas religiões para o Brasil.

A escravatura dos negros representa a chave de interpretação da sobrevivência e da proliferação das religiões africanas no Brasil. 

Fala-se de 3,6 milhões de negros trazidos, à força, como escravos para o Brasil.

Eles provinham de diferentes países africanos e de diferentes tradições religiosas. Nos portos da África, os negros eram reunidos na espera da chegada de um navio negreiro. Amontoados como animais, eram selecionados e misturados.

Chegando ao Brasil, os negros eram vendidos nos mercados de escravos e, depois, levados a diferentes locais de trabalho. 

As crueldades e a decomposição da humanidade eram associadas a fim de controlá-los como exclusiva força de trabalho.

Mesmo que em adversas situações, esmagadas pelo ingente peso da escravidão e não obstante a imposição formal do catolicismo, as referências às memórias passadas eram o único vínculo com uma humanidade que ainda subsistia. 

Sobretudo as tradições religiosas negras mantiveram-se às escondidas por 400 anos e, em muitos casos, reconstruídas dentro de novos contextos e circunstâncias. Controladas pelo catolicismo dominante e misturadas com o catolicismo popular de matriz lusitana, as peças mantiveram-se mimetizadas e resistentes.

Os terreiros foram os espaços vitais para recriar os espaços simbólicos e a manutenção da vida tradicional. 

Na Nigéria e em Daomé, os orixás eram cultuados em cidades ou num país inteiro; no Brasil, o espaço de recriação cultual concentrou-se nas unidades dos terreiros. 

Nesses espaços sagrados foi simbolicamente concentrada a totalidade do mundo africano. 


E foi assim que, por muito tempo, as religiões africanas adaptaram-se, recriaram-se e sobreviveram no contexto brasileiro.

1.º O grupo religioso do candomblé

Foi especialmente nos terreiros que se mantiveram vivos os sistemas culturais herdados.

Terreiros

Os terreiros são comunidades de vida em que a cosmovisão africana mantém-se presente e viva, em que a reconstrução familiar-clânica continua subsistindo e em que a vida comunitária revela os traços culturais dos africanos.

Todos os membros encontram-se unidos na mesma fé, protegidos pelos orixás, submissos a uma autoridade religiosa e espiritual e em que uma solidariedade econômica-religiosa fundamenta a co-responsabilidade do trabalho.

A autoridade espiritual e moral está concentrada nas mãos dos "pais" ou "mães de santo", chamados também de "babalorixás"ou "ialorixás". 

O nome "mãe" e "pai" significa que os adeptos aceitam uma segunda educação pelas mãos de pessoas significativas em suas vidas.

Cabe aos chefes do terreiro presidir as cerimônias religiosas, receber os convidados, raspar a cabeça dos iniciados, supervisionar os ritos e apontar os novos iniciados.

A estrutura do candomblé inclui duas categorias de pessoas: os iniciados propriamente ditos e os titulares, de pessoas executivas e honoríficas. 

Os primeiros percorrem todo o processo formal de iniciação, do aspirante ao superior religioso do terreiro. O segundo grupo é representado pelos "ogãs", pessoas que exercem um cargo executivo e honorífico no candomblé e que contribuem para solucionar problemas jurídicos, formam um corpo seleto de prestígio.

Os terreiros contemplam uma certa autonomia, mesmo que haja um relacionamento entre eles. A autonomia é fonte de prestígio e, muitas vezes, também de conflitos e tensões entre os babalorixás. 

Sendo uma realidade relativamente autônoma, a interdição do incesto regula as relações entre os membros; visto que todos participam do mesmo axé, a interdição sexual entre os membros da mesma família é constitutiva e normativa.

2.º A cosmovisão do candomblé

O mundo dos orixás representa uma vasta cosmologia, em que personagens históricas e mitos querem contar a estrutura imaginária da religião nagô. Damos sucintamente uma descrição, lembrando que é ao redor desses intermediários que se joga toda a estrutura ritual dessa religião.

Algumas observações são importantes na compreensão da cosmovisão iorubá. Antes de tudo, vários autores assinalam a coincidência extraordinária entre os caracteres típicos dos orixás e a personalidade dos adeptos. O orixá fogoso ou calmo está associado ao tipo humano com comportamento fogoso ou calmo e assim por diante.

Muitos orixás estão associados, também, a santos católicos. A realidade dessa combinação vem dos tempos da escravidão, quando a religião oficial católica impôs um verniz formal religioso sobre as religiões africanas. Externamente, os negros praticavam o catolicismo, mas, internamente, reviviam os mitos africanos.

O PANTEÃO IORUBÁ

Os Orixás

Olodumaré: é o deus supremo e distante, quase inacessível. 

Nenhum culto lhe é prestado. 

Ele se serve dos orixás para se comunicar. 

Oxalá: também denominado com o nome de Obatalá, ocupa um lugar de primeiro plano. Foi o primeiro a ser criado por Olodumaré. 

Modelou os seres humanos, mas entrou em conflito com Odudua sobre a questão do controle das cidades. 

É sincretizado com o Senhor do Bonfim.

Odudua: representa mais um personagem histórico. 
É o fundador da cidade de Ifé e pai de muitos reis de diversas nações iorubás. 

Xangô: foi rei de Oió. 
É o deus do trovão e da justiça. 
Usa roupa branca e vermelha e coroa na cabeça. 
É sincretizado com são Jerônimo, santo Antônio, são João e são Pedro. 

Ogum: é o deus do ferro, da guerra e da tecnologia. 
Usa roupas de cor azul-escura, verde, amarela e vermelha. 
Na Bahia é sincretizado com santo Antônio de Pádua, o martelo dos hereges. 
No Rio de Janeiro, é associado a são Jorge.


Ossain: é a divindade das plantas medicinais e litúrgicas. 
É o detentor do axé. 
Veste-se de branco e verde-claro. É sincretizado com santo Onofre. 

Dizem ter uma perna só, podendo se manifestar no mato como o saci-pererê. 
Orunmilá: é o companheiro de Ossain no ofício da adivinhação. 

Obaluaê: também conhecido como Omolu e Zapanã, significa o "dono da terra.
 "É o deus da varíola, da peste e das doenças da pele. 
Suas cores são vermelho, amarelo e preto. 
Veste um capuz e cobertas de palha-da-costa enfeitadas com búzios. 
É sincretizado com são Lázaro, são Roque e são Sebastião.


Iemanjá: seu nome significa "mãe cujos filhos são peixes.
" É a deusa dos mares e das águas. Veste branco e azul. 
Seu dia é o sábado e é sincretizada com muitas das qualidades de Nossa Senhora. 

Iansã: é a divindade dos ventos e das tempestades. 
De temperamento impetuoso. 
Sua roupa é de cor marrom-escura e vermelha. 
É sincretizada com santa Bárbara. 


Oxum: é a rainha de todos os rios e exerce o poder sobre a água doce. 
Veste-se de azul-claro e verde-claro. 
É sincretizada com N.Sra. das Candeias e N. Sra. dos Prazeres. 


Obá: sua dança é guerreira. Veste-se de branco e vermelho. 
É sincretizada com santa Joana D'Arc, santa Catarina e santa Marta. 

Nanã Buruku: é uma divindade muito antiga. 
Veste-se de branco e azul. 
É sincretizada com Sant'Ana, sendo protetora das pessoas idosas e respeitáveis. 

Exu: é um orixá de múltiplos e contraditórios aspectos. 
É um orixá mensageiro. 
Nada se faz sem ele. 
É desprovido de qualquer senso de moralidade. 
Tem também um lado bom e, se tratado bem, é serviçal e prestativo. 
As cores são o preto e o vermelho. 
É associado aos demônios. 
Todas as cerimônias começam com uma louvação prévia a Exu. 


Oxossi: é um deus caçador. 
É o protetor dos caçadores, das matas e das florestas. 
Suas cores são verde e vermelho. 
É louvado às quintas-feiras e é sincretizado com são Sebastião, são Jorge, são Gabriel e outros.

Iroco: é cultuado na gameleira-branca, sincretizado com são Francisco. Suas cores são verde-escuro e vermelho. É um orixá de culto muito restrito e pouco compreendido.

3.º A experiência religiosa do candomblé

Há pelo menos dois canais através dos quais se realiza a união entre os seres humanos e os deuses e antepassados.

O primeiro é o oráculo que preside todas as cerimônias do candomblé. Popularmente conhecido como jogo dos búzios, trata-se de uma técnica em que o babalorixá desvenda os mistérios da vida. 

Processos mais intuitivos ou formais podem ser usados, como o tempo de consulta pode variar, mas sempre o objetivo é o mesmo: clarear e desvendar os mistérios que envolvem a vida e a história humana.

Quando se jogam os búzios, é feito o diagnóstico. 

Os resultados são tratados com o ebô que é uma espécie de sacrifício ritual. 

Os males que se encontram dentro do cliente são espantados e desviados para objetos e animais que são levados para lugares determinados ou enterrados, segundo a indicação da consulta. 

O ebô tem um carácter terapêutico e libertador. A magia é sempre eficaz em si mesma, sem recorrer a particulares referências ao transcendente.

O outro canal que une diretamente o indivíduo ao sagrado é o processo ritual de iniciação. É um caminho sem volta sobre o qual é centrada toda a organização do candomblé. Representa o primeiro passo para subir na escala social, contribui para manter o grupo coeso e favorece a entrada na nova vida.

Os estágios da iniciação incluem os aspirantes (abiãs) que fazem os trabalhos humildes da casa e que devem revelar aptidão para o estado de santo. 

Conhecidos os deuses tutelares e confirmados pelo jogo de búzio, a abiã submete-se ao segundo estágio de iniciação. 

Este momento consiste no oferecimento da comida à sua cabeça, numa cerimônia chamada bori. 

O ritual de dar comida à cabeça é um dos mais registrados pela etnografia brasileira. 

É necessário alimentar o bori como é necessário alimentar o orixá. Faz-se o bori para fortalecer a cabeça.
Os banhos do abô, contendo diferentes ervas e sangue de vários animais acompanham este estágio e representam cerimônias preparatórias de purificação.
O tempo de confinamento da abiã no roncô (local separado preparado pela iaô) pode ser de vários dias ou de meses. 

É a iniciação propriamente dita, onde o iniciado aprende a lidar com seus deuses. O momento de passagem é a depilação, geralmente da cabeça. 

O iniciado torna-se familiar com as comidas, os sacrifícios e os animais típicos de seu orixá. 

O terceiro estágio de iniciação é representado pelo momento ritual da saída de iaô. É o dia do nome, o dia do oruncó ou nome do santo. 

No barracão de danças a iaô aparece em público por três vezes, sendo a última vez com a roupa e os objetos rituais de seu orixá. 

Ela fala o nome de seu orixá e acompanha o ritual com danças e música especiais.

Em seguida, a iaô continua a cumprir suas práticas rituais, mas já se encontra num estágio particular de ascensão na hierarquia do terreiro. 

O contato íntimo do indivíduo com a divindade atinge níveis de fusão mística, fazendo com que permaneça envolvido por toda a vida.

4.º O ritual

Cada orixá tem um dia, ao longo do ano, que lhe é especialmente consagrado. 

Roupas rituais e cantos especiais que narram episódios míticos acompanham os dias de festa.

Além das cerimônias anuais para cada orixá, são de grande importância os ritos de casamento, de nascimento, de iniciação e também, os ritos fúnebres. 

É nestes momentos que se celebra o triunfo da vida sobre a morte. 

Os ritos fúnebres e os sacrifícios merecem especial destaque.



O sacrifício como oferenda visa a conservar o equilíbrio entre o plano visível e o invisível. Dessa maneira, continua garantindo o fluxo da vida. 


A ação de graça por algo bem sucedido e a retribuição por algo oferecido fazem com que se estabeleça uma relação de troca entre os adeptos e as divindades.

Muitas vezes, o sacrifício é o ato para aplacar as divindades ou para se proteger dos inimigos. 

São oferecidos animais domésticos cujos órgãos internos são imbuídos de forças especiais. 

O sangue, também, é oferecido como dádiva agradável à divindade.

O círculo que se estabelece entre o adepto, o sacrifício e o orixá, visa principalmente à transmissão e ao reforço do axé. 

Oferecendo a vida ao orixá, é o próprio ser humano que permanece revigorado.

Os ritos fúnebres também têm um lugar especial no candomblé. 

Eles estão vinculados ao próprio equilíbrio da vida, sendo a morte um momento de transformação, não de extinção. O corpo reintegra-se ao universo e o espírito continua a revigorar o grupo e o sistema. 

Quando é uma iaô ou ebome que morre, os ritos fúnebres duram três dias, quando, porém, é a própria ialorixá, os rituais prolongam-se por vários dias. 

Os pertences rituais do defunto, segundo a indicação dos búzios, podem ser enterrados ou jogados num lugar retirado. O orixá do falecido pode tomar posse de um outro indivíduo, continuando assim sua morada sobre esta terra.

Há rituais também regionalizados e específicos para determinados orixás. 

Famosa é a cerimônia das águas de Oxalá que deu origem à cerimônia da lavagem do santuário da Igreja do Bonfim (em Salvador, Bahia) ou de Iemanjá, a mãe d'água que recebe homenagens nos dias 2 de fevereiro ou 8 de dezembro.

No Rio de Janeiro, é famosa a comemoração da passagem do ano (de 31 de dezembro para o 1 de Janeiro), quando barquinhos cheios de flores, de perfumes, de espelhos e de comida são oferecidos à grande mãe Iemanjá.

5.º A questão ética no candomblé

A origem africana forneceu, como vimos, parâmetros de comportamento entre o bem e o mal. Os ideais da proteção à vida, a solidariedade clânica, a busca da força e da harmonia regeram a estrutura da sociedade africana. 

A vinda forçada dos negros ao Brasil interrompeu essa harmonia e unidade. 

A ética e os princípios de comportamento fragmentaram-se, deixando para o momento ritual a reconstrução da unidade, mas dicotomizando o comportamento na vida normal.

Se considerarmos também que o candomblé esteja passando de uma fase de religião étnica para uma religião universal, em que adeptos de origem branca, intelectuais, executivos, profissionais e outros parecem engrossar os terreiros, sobretudo nas grandes cidades, novas questões de adaptação emergem para esta cosmovisão religiosa. 

Especialmente a questão ética é refletida e questionada.

Prandi, por exemplo, sugere que o princípio ético do "certo e errado", sendo limitado ao momento do rito no candomblé (em que a ligação ritual e a obrigação são extremamente importantes), deixa margem a diferentes interpretações morais no cotidiano. 

Em seu trabalho sobre candomblés, em São Paulo, após ter entrevistado dezenas de pessoas do alto clero do candomblé, chega à conclusão de que esta religião não conta com um corpo ético próprio. 

Tratar-se-ia de uma religião a-ética que usa imagens pré-éticas e que estaria florescendo em contextos urbanos marcados por uma cultura pós-moderna e pós-ética.

Evidentemente, ao redor dos redutos tradicionais do candomblé, como em Salvador, Bahia, refuta-se essa perspectiva e continua se afirmando uma originalidade ética do candomblé, centrada nos grandes valores africanos da solidariedade, da religião, da harmonia e da vida.

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