CASA PODEROSA DOS FILHOS DE YEMANJÁ

CASA PODEROSA DOS FILHOS DE YEMANJÁ

segunda-feira, 28 de março de 2011

A Hierarquia Sacerdotal no Candomblé



A estrutura social do candomblé lembra as famílias antigas, matriarcais ou patriarcais. Existe toda uma escala de valores relativamente às tarefas desempenhadas na comunidade, sendo que os indivíduos (membros) poderão ou não galgar posições de maior responsabilidade, baseando-se em fatores diversos, notadamente a antiguidade.


A escala linear estratifica-se da seguinte forma:
ABIYAN = aspirante, aquele que embora frequente a casa, ainda não recebeu os sacramentos da iniciação.
IYAWO = termo utilizados relativamente aos iniciados passíveis de ocorrer o fenômeno chamado transe. Primeiro degrau da hierarquia religiosa, esse estágio estende-se por no mínimo sete anos, apresentando graduações: Odu Ora- iyawo que realizou obrigação de 1 ano; O s u Met a - iyawo que realizou obrigação de três anos. Algumas casas também demarcam a obrigação de 5 anos -Odu Keta.
EGBON = iniciado que completou a obrigação de sete anos. Essa obrigação representa a maioridade dentro da hierarquia religiosa.
OLOYE = aquele que possui Oye (cargo); iniciado com mais de sete anos (Egbon) que recebeu funções de comando ou responsabilidade (Oye) dentro da própria Casa ou Família de A s e. Tais funções são equivalentes aos antigos cargos tribais. Obs: o termo aplica-se também a Ogã e Ekedi, sendo que nesse, caso, muitas vezes o Oye é atribuído já na iniciação.
OGÃ / EKEDI = cargos civis dentro da hierarquia. A particularidade é que são homens (ogã) e mulheres (ekedi) não passíveis de transe. São Oloye, sendo comum receberem suas responsabilidades específicas (Oye) já no momento da iniciação.
BÁBÀLORISA ou IYÁLORISA = necessariamente são os iniciados com obrigações de sete anos já completas (Egbon) que dispõem de condições materiais e espirituais (além de profundo conhecimento ritual) para fundar uma nova Casa e iniciar outras pessoas.


Alguns Oye relativos a Egbon:
Bábàlorisa ou Iyálorisa = sacerdote ou sacerdotisa. É a autoridade máxima dentro da hierarquia, aquele ou aquela que é responsável pela vida religiosa de toda a comunidade. Procede iniciações, sejam de iyawo, ogã ou ekedi; atribui Oye; oficializa todas as obrigações posteriores à iniciação e realiza os ritos funerários quando ocorre o falecimento de qualquer iniciado, especialmente aqueles descendentes da sua própria Família ou iniciados por suas próprias mãos.


Iyámoro = sacerdotisa responsável pelas cerimônias rituais do Ipadè (invocação aos ancestrais).
Iyágbàíngena = auxiliar direta da Iyámoro.
Iyáojugbonan = sacerdotisa responsável pela criação dos iyawo no Quarto de Òrìsà.


Bábàlas e ou Iyálas = sacerdote auxiliar direto do Bábàlorisa ou Iyálorisa. Responsável pelo Ase.
Bábàkekere ou Iyákekere = sacerdote auxiliar direto do bábàlorisa ou Iyálorisa. Pai pequeno ou Mãe pequena.
Iyádagán = responsável pelos preceitos do Òrìsà Esù.


Oye relativos a Ogã
Asogun = aquele que realiza os sacrifícios rituais.
Olosogun = auxiliar do Asogun.
Alagbé = aquele que toca os atabaques (tambores).
Ilémosò = guardião, realiza ritos específicos dentro do culto do Òrìsà Ogyian.


Oye relativos a Ekedi
Iyáomoniye = cuida das tarefas referentes aos iniciados dentro e fora do quarto de Òrìsà.
Iyáoloye = semelhante a Iyáomoniye. Possui também atribuições específicas relativas aos Oloye.
Iyásingè = responsável pela cozinha ritual.


Representação de Sango na África
A estrutura social do candomblé lembra as famílias antigas, matriarcais ou patriarcais. Existe toda uma escala de valores relativamente às tarefas desempenhadas na comunidade, sendo que os indivíduos (membros) poderão ou não galgar posições de maior responsabilidade, baseando-se em fatores diversos, notadamente a antiguidade.


A escala linear estratifica-se da seguinte forma:


ABIYAN = aspirante, aquele que embora frequente a casa, ainda não recebeu os sacramentos da iniciação.


IYAWO = termo utilizados relativamente aos iniciados passíveis de ocorrer o fenômeno chamado transe. Primeiro degrau da hierarquia religiosa, esse estágio estende-se por no mínimo sete anos, apresentando graduações: Odu Ora- iyawo que realizou obrigação de 1 ano; O s u Met a - iyawo que realizou obrigação de três anos. Algumas casas também demarcam a obrigação de 5 anos -Odu Keta.




EGBON = iniciado que completou a obrigação de sete anos. Essa obrigação representa a maioridade dentro da hierarquia religiosa.




OLOYE = aquele que possui Oye (cargo); iniciado com mais de sete anos (Egbon) que recebeu funções de comando ou responsabilidade (Oye) dentro da própria Casa ou Família de A s e. Tais funções são equivalentes aos antigos cargos tribais. Obs: o termo aplica-se também a Ogã e Ekedi, sendo que nesse, caso, muitas vezes o Oye é atribuído já na iniciação.


OGÃ / EKEDI = cargos civis dentro da hierarquia. A particularidade é que são homens (ogã) e mulheres (ekedi) não passíveis de transe. São Oloye, sendo comum receberem suas responsabilidades específicas (Oye) já no momento da iniciação.




BÁBÀLORISA ou IYÁLORISA = necessariamente são os iniciados com obrigações de sete anos já completas (Egbon) que dispõem de condições materiais e espirituais (além de profundo conhecimento ritual) para fundar uma nova Casa e iniciar outras pessoas.




Alguns Oye relativos a Egbon:
Bábàlorisa ou Iyálorisa = sacerdote ou sacerdotisa. É a autoridade máxima dentro da hierarquia, aquele ou aquela que é responsável pela vida religiosa de toda a comunidade. Procede iniciações, sejam de iyawo, ogã ou ekedi; atribui Oye; oficializa todas as obrigações posteriores à iniciação e realiza os ritos funerários quando ocorre o falecimento de qualquer iniciado, especialmente aqueles descendentes da sua própria Família ou iniciados por suas próprias mãos.

Iyámoro = sacerdotisa responsável pelas cerimônias rituais do Ipadè (invocação aos ancestrais).

Iyágbàíngena = auxiliar direta da Iyámoro.

Iyáojugbonan = sacerdotisa responsável pela criação dos iyawo no Quarto de Òrìsà.

Bábàlas e ou Iyálas = sacerdote auxiliar direto do Bábàlorisa ou Iyálorisa. Responsável pelo Ase.

Bábàkekere ou Iyákekere = sacerdote auxiliar direto do bábàlorisa ou Iyálorisa. Pai pequeno ou Mãe pequena.

Iyádagán = responsável pelos preceitos do Òrìsà Esù.


Oye relativos a Ogã
Asogun = aquele que realiza os sacrifícios rituais.
Olosogun = auxiliar do Asogun.
Alagbé = aquele que toca os atabaques (tambores).
Ilémosò = guardião, realiza ritos específicos dentro do culto do Òrìsà Ogyian.




Oye relativos a Ekedi
Iyáomoniye = cuida das tarefas referentes aos iniciados dentro e fora do quarto de Òrìsà.
Iyáoloye = semelhante a Iyáomoniye. Possui também atribuições específicas relativas aos Oloye.
Iyásingè = responsável pela cozinha ritual.







Banhos e Defumações


Banhos e Defumações

Limpeza da aura:
Alho macho - salsão - arruda - guiné - espada s.j. - folha de fumo.
Arruda macho, arruda fêmea - espada s.j. - guiné - folha de mangueira - levante - cipó.
Açucena - agrião - angico - aroeira.


Contra feitiços:
Sal grosso - guiné - arruda - espada s.j


Evitar perigos:
Espada s.j - comigo-ninguém pode - quebra-tudo - levante - guiné - arruda macho e fêmea - e camboim ( folhas ). ( oxosse )


Problemas com dinheiro e justiça:
Quebra tudo - açoita cavalo - jatobá - guiné - folha de coqueiro - espada s.j. - alecrim do campo.


Casos de amor:
Rosas brancas - jasmim - lírio - palma-de-são-josé - arruda -erva-cidreira.


Descarga:
Palma de santa catarina - palma de são josé - flores de angélica - rosas brancas - samambaia - arruda macho e fêmea - guiné. ( iansã ).


Banhos para filhos de oxalá
Girassol - levante - calistemo-fênico - eucalipto ( murta ) - eucalipto ( cidra ) - ou girassol - cravos brancos e lírios ( copos ).




Atrair fortuna
Queimar café e açucar às segundas, quartas e sextas. Cruzar o ambiente com água limpa e uma vela acesa.






DEFUMAÇÕES:
-Ogun - espada - palma de ramos - quebra-tudo - levante - guiné - arruda macho e fêmea - durante três dias.


Xangô ( justiça ) - quebra-tudo - levante - guiné - arruda - palma de santa rita - espada.


-Oxun - manjericão - manjerona - levante - arruda fêmea - quebra-tudo - alecrim.


-Iansã - palma de santa bárbara - arruda macho e fêmea - alecrim - alfazema quebra-tudo - guiné - levante - espada de iansã.


-Oxalá - espada de s.j. - espada de iansã - levante - guiné - arruda - manjericão - sementes de girassol - folhas de laranjeira - folhas de limoeiro - palmas de são josé - palma de ramos - folha de coqueiro.

sábado, 26 de março de 2011

Orixá Definição


Orixá


Definição
A palavra Orixá quer dizer "Coroa Iluminada" - "Espírito de Luz". O princípio mais evoluído existente em nosso sistema, manifestado através das forças da natureza.


O planeta em que vivemos e todos os mundos dos planos materiais se mantêm vivos através do equilíbrio entre as energias da natureza.

A harmonia planetária só é possível devido a um intrincado e imenso jogo energético entre os elementos químicos que constituem estes mundos e entre cada um dos seres vivos que habitam estes planetas.


Um dado característico do exercício da religião de Umbanda é o uso, como fonte de trabalho, destas energias. Vivendo no planeta Terra, o homem convive com Leis desde sua origem e evolução, Leis que mantêm a vitalidade, a criação e a transformação, dados essenciais à vida como a vemos desenvolver-se a cada segundo.

Sem essa harmonia energética o planeta entraria no caos.


O fogo, o ar, a terra e a água são os elementos primordiais que, combinados, dão origem a tudo que nossos corpos físicos sentem, assim como também são constituintes destes corpos.


Acreditamos que esses elementos e suas ramificações são comandados e trabalhados por Entidades Espirituais que vão desde os Elementais (espíritos em transição atuantes no grande laboratório planetário), até aos Espíritos Superiores que inspecionam, comandam e fornecem o fluido vital para o trabalho constante de CRIAR, MANTER e TRANSFORMAR a dinâmica evolutiva da vida no Planeta Terra.


A esses espíritos de alta força vibratória chamamos ORIXÁS, usando um vocábulo de origem Yorubana. Na Umbanda são tidos como os maiores responsáveis pelo equilíbrio da natureza. São conhecidos em outras partes do mundo como "Ministros" ou "Devas", espíritos de alta vibração evolutiva que cooperam diretamente com Deus, fazendo com que Suas Leis sejam cumpridas constantemente.


O uso de uma palavra que significa “dono da cabeça” (ORI-XÁ) mostra a relação existente entre o mundo e o indivíduo, entre o ambiente e os seres que nele habitam.

Nossos corpos têm, em sua constituição, todos os elementos naturais em diferentes proporções. Além dos espíritos amigos que se empenham em nossa vigilância e auxílio morais, contamos com um espírito da natureza, um Orixá pessoal que cuida do equilíbrio energético, físico e emocional de nossos corpos físicos.


Nós, seres espirituais manifestando-se em corpos físicos, somos influenciados pela ação dessas energias desde o momento do nascimento. Quando nossa personalidade (a personagem desta existência) começa a ser definida, uma das energias elementais predomina – e é a que vai definir, de alguma forma, nosso "arquétipo".


Ao Regente dessa energia predominante, definida no nosso nascimento, denominamos de nosso Orixá pessoal, "Chefe de Cabeça", "Pai ou Mãe de Cabeça", ou o nome esotérico "ELEDÁ".

A forma como nosso corpo reage às diversas situações durante esta encarnação, tanto física quanto emocionalmente, está ligada ao “arquétipo”, ou à personalidade e características emocionais que conhecemos através das lendas africanas sobre os Orixás.

Junto a essa energia predominante, duas outras se colocam como secundárias, que na Umbanda denominamos de "Juntós", corruptela de "Adjuntó", palavra latina que significa auxiliar, ou ainda, chamamos de "OSSI" e "OTUM", respectivamente na sua ordem de influência.


Quando um espírito vai encarnar, são consultados os futuros pais, durante o sono, quanto à concordância em gerar um filho, obedecendo-se à lei do livre arbítrio. Tendo os mesmos concordado, começa o trabalho de plasmar a forma que esse espírito usará no veículo físico.

Esta tarefa é entregue aos poderosos Espíritos da Natureza, sendo que um deles assume a responsabilidade dessa tarefa, fornecendo a essa forma as energias necessárias para que o feto se desenvolva, para que haja vida. A partir desse processo, o novo ser encarnado estará ligadodiretamente àquela vibração original.

Assim surge o ELEDÁ desse novo ser encarnado, que é a força energética primária e atuante do nascimento.


Nesse período, os Elementais trabalham incessantemente, cada um na sua respectiva área, partindo do embrião até formar todas as camadas materiais do corpo humano, que são moldadas até nascer o novo ser com o seu duplo etérico e corpo denso.


Após o nascimento, essa força energética vai promovendo o domínio gradativo da consciência da alma e da força do espírito sobre a forma material até que seja adquirida sua personalidade por meio da Lei do livre Arbítrio.

A partir daí essa energia passa a atuar de forma mais discreta, obedecendo a esta Lei, sustentando-lhe, contudo, a forma e energia material pela contínua manutenção e transformação, no sentido de manter-lhe a existência.


A cada reencarnação, de acordo com nossas necessidades evolutivas e carmas a serem cumpridos, somos responsáveis por diferentes corpos, e para cada um destes nossos corpos, podemos contar com o auxílio de um Espírito da Natureza, um Orixá protetor.

É normalmente quem se aproxima do médium quando estes invocam seu Eledá. Em todos os rituais de Umbanda, de modo especial nas Iniciações, a invocação dessa força é feita para todos os médiuns quandoefetuam seus Assentamentos, meio de atração, para perto de si, da energia pura do seu ELEDÁ energético e das energias auxiliares, ou "OSSI" e "OTUM.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Por que o culto do orixá é chamado de CANDOMBLÉ?



Por que o culto do orixá é chamado de CANDOMBLÉ?


Em 1830, algumas mulheres negras originárias de Ketu, na Nigéria, e pertencentes a irmandade de Nossa Senhora da Boa Morte, reuniram-se para estabelecer uma forma de culto que preservasse as tradições africanas aqui, no Brasil.


Segundo documentos históricos da época, esta reunião aconteceu na antiga Ladeira do Bercô; hoje, Rua Visconde de Itaparica, próximo a Igreja da Barroquinha na cidade de São Salvador - Estado da Bahia.


Desta reunião, que era formada por várias mulheres, conforme relatei anteriormente, uma mulher ajudada por Baba-Asiká, um ilustre africano da época, se destacou:


- Íyànàssó Kalá ou Oká, cujo o òrúnkó no orixá era Íyàmagbó-Olódùmarè.


Mas, o motivo principal desta reunião era estabelecer um culto africanista no Brasil, pois viram essas mulheres, que se alguma coisa não fosse feita aos seus irmãos negros e descendentes, nada teriam para preservar o "culto de orixá", já que os negros que aqui chegavam eram batizados na Igreja Católica e obrigados a praticarem assim a religião católica.


Porém, como praticar um culto de origem tribal, em uma terra distante de sua ìyá ìlú àiyé èmí, ou a mãe pátria terra da vida, como era chamada a África, pelos antigos africanos?


Primeiro, tentaram fazer uma fusão de várias mitologias, dogmas e liturgias africanas. Este culto, no Brasil, teria que ser similar ao culto praticado na África, em que o principal quesito para se ingressar em seus mistérios seria a iniciação. Enquanto na África a iniciação é feita muitas vezes em plena floresta, no Brasil foi estabelecida uma mini-África, ou seja, a casa de culto teria todos os orixás africanos juntos. Ao contrário da África, onde cada orixá está ligado a uma aldeia, ou cidade por exemplo: Xangô em Oyó, Oxum em Ijexá e Ijebu e assim por diante.


Mas, por que esse culto foi denominado de CANDOMBLÉ?


Este culto da forma como é aqui praticado e chamado de Candomblé, não existe na África. O que existe lá é o que chamo de culto à orixá, ou seja, cada região africana cultua um orixá e só inicia elegun ou pessoa daquele orixá. Portanto, a palavra Candomblé foi uma forma de denominar as reuniões feitas pelos escravos, para cultuar seus deuses, porque também era comum chamar de Candomblé toda festa ou reunião de negros no Brasil. Por esse motivo, antigos Babalorixás e Yalorixás evitavam chamar o "culto dos orixás" de Candomblé. Eles não queriam com isso serem confundidos com estas festas. Mas, com o passar do tempo a palavra Candomblé foi aceita e passou a definir um conjunto de cultos vindo de diversas regiões africanas.


A palavra Candomblé possui 2 (dois) significados entre os pesquisadores: Candomblé seria uma modificação fonética de "Candonbé", um tipo de atabaque usado pelos negros de Angola; ou ainda, viria de "Candonbidé", que quer dizer "ato de louvar, pedir por alguém ou por alguma coisa".

Como forma complementar de culto, a palavra Candomblé passou a definir o modelo de cada tribo ou região africana, conforme a seguir:


Candomblé da Nação Ketu


Candomblé da Nação Jeje


Candomblé da Nação Angola


Candomblé da Nação Congo


Candomblé da Nação Muxicongo


A palavra "Nação" entra aí não para definir uma nação política, pois Nação Jeje não existia em termos políticos. O que é chamado de Nação Jeje é o Candomblé formado pelos povos vindos da região do Dahomé e formado pelos povos mahin.

Os grupos que falavam a língua yorubá entre eles os de Oyó, Abeokuta, Ijexá, Ebá e Benin vieram constituir uma forma de culto denominada de Candomblé da Nação Ketu.


Ketu era uma cidade igual as demais, mas no Brasil passou a designar o culto de Candomblé da Nação Ketu ou Alaketu.


Esses yorubás, quando guerriaram com os povos Jejes e perderam a batalha, se tornaram escravos desses povos, sendo posteriormente vendidos ao Brasil.


Quando os yorubás chegaram naquela região sofridos e maltratados, foram chamados pelos fons de ànagô, que quer dizer na língua fon "piolhentos, sujos" entre outras coisas. A palavra com o tempo se modificou e ficou nàgó e passou a ser aceita pelos povos yorubás no Brasil, para definir as suas origens e uma forma de culto. Na verdade, não existe nenhuma nação política denominada nàgó.


No Brasil, a palavra nàgó passou a denominar os Candomblés também de Xamba da região norte, mais conhecido como Xangô do Nordeste.


Os Candomblés da Bahia e do Rio de Janeiro passaram a ser chamados de Nação Ketu com raízes yorubás.


Porém, existem variações de Nações, por exemplo, Candomblé da Nação Efan e Candomblé da Nação Ijexá. Efan é uma cidade da região de Ilexá próxima a Osobô e ao rio Oxum. Ijexá não é uma nação política. Ijexá é o nome dado às pessoas que nascem ou vivem na região de Ilexá.


O que caracteriza a Nação Ijexá no Brasil é a posição que desfruta Oxum como a rainha dessa nação.


Da mesma forma como existe uma variação no Ketu, há também no Jeje, como por exemplo, Jeje Mahin. Mahin era uma tribo que existia próximo à cidade de Ketu.


Os Candomblés da Nação Angola e Congo foram desenvolvidos no Brasil com a chegada desses africanos vindos de Angola e Congo.


A partir de Maria Néném e depois os Candomblés de Mansu Bunduquemqué do falecido Bernardino Bate-folha e Bam Dan Guaíne muitas formas surgiram seguindo tradições de cidades como Casanje, Munjolo, Cabinda, Muxicongo e outras.


Nesse estudo sobre Nações de Candomblé, poderia relatar sobre outras formas de Candomblé, como por exemplo, Nàgó-vodun que é uma fusão de costumes yorubás e Jeje, e o Alaketu de sua atual dirigente Olga de Alaketu.


O Alaketu não é uma nação específica, mas sim uma Nação yorubá com a origem na mesma região de Ketu, cuja sua história no Brasil soma-se mais de 350 (trezentos e cinquenta) anos ao tempo dos ancestrais da casa: Otampé, Ojaró e Odé Akobí.


A verdade é que o culto nigeriano de orixá, chamado de Candomblé no Brasil, foi organizado por mulheres para mulheres. Antigamente, nas primeiras casas de Candomblé, os homens não entravam na roda de dança para os orixás. Mesmo os que tornavam-se Babalorixás tinham uma conduta diferente quanto a roda de dança. Desta forma, a participação dos homens era puramente circunstancial. Daí ter-se que se inserir no culto vários cargos para homens, como por exemplo, os cargos de ogans.


Hoje, a palavra Candomblé define no Brasil o que chamamos de culto afro-brasileiro, ou seja: "UMA CULTURA AFRICANA EM SOLO BRASILEIRO".




A ORGANIZAÇÃO DO CANDOMBLÉ NO NOVO MUNDO


Antigamente, na Nigéria, os dias da semana eram apenas 04 (quatro) e eram assim denominados:


1º dia - Ójumò Exu


2º dia - Ójumò Ogun


3º dia - Ójumò Xangô


4º dia - Ójumò Oxalá


sendo que estes 04 (quatro) dias estavam ligados aos 04 (quatro) pontos cardeais:


1º a leste onde habita Exu


2º ao norte onde habita Ogun


3º a oeste onde habita Xangô


4º ao sul onde habita Oxalá


Como se pode observar, os yorubás tinham sua própria semana organizada que foi modificada ou adaptada à semana ocidental. Isto aconteceu porque não se manteve a tradição milenar de apenas 04 (quatro) dias.


Quando o Candomblé foi estabelecido na Bahia por Yanassó teve-se que se adaptar, como foi visto anteriormente, o culto para os moldes ocidentais, ou seja, cultuar vários orixás no mesmo espaço. Com esta junção, criou-se o que foi chamado Ójumò-osé ou dia de limpar ou ainda Ójumò-uenumó ou dia do descanso. Essa distribuição foi feita da seguinte forma:




2ª feira cuidaria-se de Exu e Omolu e  Egunguns 


3ª feira cuidaria-se de Ogun e Oxumarê


4ª feira cuidaria-se de Xangô, Obá e Oya


5ª feira cuidaria-se de Oxossy, Otim e Ossânym 


6ª feira cuidaria-se de Oxalá e Orí


No sábado seria a vez de se cuidar de todas as Yas ou Mães que seriam: Oxum, Yemanjá, Nanã, entre outras. Já no domingo, cuidaria-se de Ibeji.


Esta distribuição foi feita para que cada Omon-orixá tivesse seu orixá ligado a um dia da semana e nesse dia esse omon-orixá estivesse na casa de Candomblé para prestar culto ao seu orixá, não fugindo assim com a sua responsabilidade de cuidar de seu orixá.


Como comprovam vários estudiosos da cultura africana, não só houve a adaptação da semana yorubá para a semana ocidental, como uma série de cerimônia e ritos da religião de orixá tiveram que se adaptar ao Novo Mundo, conforme mostra o próprio ritual de iniciação que na Nigéria é feito em aldeias que ficam no interior das florestas.


Outra adaptação feita para o Brasil foi o do Jogo de Búzios. Enquanto no culto de orixá na Nigéria apenas o Babalawo faz o culto à advinhação e é ele, por determinação de Ifá, quem orienta todos os acontecimentos dentro do egbé; no Brasil, o jogo de búzios foi uma modalidade criada pelo Olwô Bamboxé para as mulheres ou Yalorixás da época.




AS VARIAÇÕES DAS TRÊS NAÇÕES:


JEJE, KETU E ANGOLA


Dos muitos grupos de escravos vindo para o Brasil, 03(três) categorias ou nações se destacaram:




Negros Fons ou Nação Jeje


Negros Yorubás ou Nação Ketu


Negros Bantos ou Nação Angola


Cada uma dessas 03 (três) nações tem dialeto e ritualística própria. Mas, houve uma grande coligação entre os deuses adorados nessas 03 (três) nações, por exemplo:


Na Nação Jeje os deuses são chamados de Voduns


Na Nação Ketu, de Orixás


Na Nação de Angola, de Inkices


Abaixo, encontram-se relacionados os deuses, as suas ligações e correspondência em cada uma dessas 03 (três) nações


KETU              JEJE              ANGOLA




Exu                Elegbá           Bombogiro


Ogun             Gu                 Nkosi-Mucumbe


Oxossy          Otolú             Mutaka Lambo


Omolu           Azanssun       Cavungo


Xangô           Sogbô            Nizazi ou Luango


Ossayn         Ague              Katende


Oya / Yansã. Guelede-Agan ou Vodun-Jó Matamba/Kaingo


Oxum          Aziri-Tolá         Dandalunda


Yemanja     Aziri-Tobossi      Samba Kalunga/Kukuetu


Oxumarê     Becém              Angoro - Ongolo


Oxalá         Lissá                Lemba




segunda-feira, 21 de março de 2011

Gaia é a matriz da maioria das culturas que denominamos indo-européias.




Há, em todas as mitologias, a crença no “sagrado” na divindade da Terra, a “Grande-Mãe”.


Na mitologia grega, Gaia (Géia) é a personificação divina da Terra (como elemento primitivo e latente de uma fecundidade devastadora e infindável).

Segundo Hesíodo e sua Teogonia, ela é a segunda divindade primordial, nascendo após Caos e foi uma uma das primeiras habitantes do Olimpo.







Como dissemos, sua potenciadade progenitora é tão intensa que, sem intervenção masculina, dá a luz a Urano (seu filho e esposo), às Montanhas e ao Mar.


Casada com o Céu, a Terra gera também os Titãs e os Ciclopes.


Absolutamente tudo que cai em seu ventre fértil ganha vida.




Potência feminina:


Livre de nascimento ou destruição, de tempo e espaço, de forma ou condição, é o Vazio. Do Vazio eterno, Gaia surgiu dançando e girando sobre si como uma esfera em rotação. Ela moldou as montanhas ao longo de Sua espinha e vales nos buracos de Sua pele. Um ritmo de morros e planícies seguia Seus contornos. De Sua quente umidade, Ela fez nascer um fluxo de chuva que alimentou a Sua superfície e trouxe vida.


Criaturas sinuosas desovaram nas correntezas das piscinas naturais, enquanto pequenos filhotes verdes se lançaram através de seus poros. Ela encheu os oceanos e lagoas e fez os rios correrem através de profundos sulcos. Gaia observava suas plantas e animais crescerem. Então Ela trouxe à luz de Seu útero seis mulheres e seis homens.


Os mortais prosperaram ao longo do tempo, mas estavam continuamente preocupados com seu futuro. No início, Gaia pensou que era uma espantosa excentricidade de sua parte, contudo, vendo que sua preocupação com o futuro consumia algumas de suas crianças, Ela inaugurou entre eles um oráculo. Nos morros do local chamado Delfos, Gaia fez brotar vapores de Seu mundo interior. Eles subiram por uma fenda nas rochas, envolvendo uma sacerdotisa. Gaia instruiu-a a entrar em transe e interpretar as mensagens que surgiam da escuridão de sua terra-útero. Os mortais viajavam longas distâncias para consultar o oráculo: Será o nascimento do meu filho auspicioso? Será nossa colheita recompensadora? Trará a caça suficiente comida? Conseguirá minha mãe sobreviver a sua doença? Gaia estava tão comovida com sua torrente de ansiedades, que trouxe outros prodígios ao futuro para Atenas e o Egeu.


Incessantemente, a Mãe-Terra manifestou presentes em sua superfície e aceitou os mortos em seu corpo. Em retribuição ela era reverenciada por todos os mortais. Oferendas a Gaia de bolos e mel e cevada, eram deixados em pequenos buracos no chão à frente dos locais onde eram realizadas as colheitas. Muitos dos seus templos eram construídos próximo a pequenas fendas, onde anualmente os mortais ofereciam bolos doces através de seu útero, e do interior da escuridão do seu segredo, Gaia aceitava seus presentes.


A separação do Céu e da Terra


Urano, o senhor do Céu, temia de seus filhos o destronassem, de forma que prendia-os no Tártaro. Revoltada com essa ação mesquinha e cruel do esposo, Gaia decidiu armar um dos filhos, Kronos, com uma foice. No momento em que Urano fora unir-se à esposa, em um ciclo perene de criação, Cronos atacou-o e castrou-o, separando assim o Céu e a Terra. O filho lançou às aguás marinhas os testículos do pai… Ainda assim, algumas gotas do líquido gerador divino recaíram sobre Gaia, que fertilizada, concebeu as divindades Erínias (as Fúrias).


Significado mitológico:


Gaia, na mitologia clássica, personificava a origem do mundo, o triunfo e ordenamento do cosmos frente ao caos (ainda que sua fertilidade parecesse “caótica” devido a sua força primitiva). Manancial dos sonhos, a protetora da fecundidade é comumente relacionada à juventude.


Gaia Ciência:


O nome Gaia, ou Géia, é utilizado como prefixo para designar as diversas ciências relacionadas com o estudo do planeta. HáA mãe de todas as coisas uma teoria científica chamada “Teoria de Gaia” (1969) que empreende estudos relacionados a ramos da Biologia tais como a Ecologia e que afirma ser o planeta “um ser vivo”. Essa crença prevê a inter-relação dos organismos que manifestam-se em uma correlação infinita. Ainda segundo essa teoria, seria a própria Terra quem criaria suas condições de sobrevivência.


Friedrich Nietzsche também se dedicou a Gaia em Gaia Ciência (1882). Nesse livro, há a presença constante do afã de conhecimento do mundo e a obra traz à luz a discussão sobre as Artes (o nome Gaia, nesse caso, é uma lembrança às origens da poesia provençal medieva e significa “feliz”).

21 de março Dia Mundial da Terra

Terra,  vista pela lua !




Dia Mundial da Terra luta pelo planeta há quase 40 anos




O Dia Mundial da Terra teve a sua primeira edição no dia 22 de Abril de 1970, nos Estados Unidos, e, desde então, nunca mais cessou no seu projeto de celebrar a terra e renovar o compromisso global de construir um planeta cada vez mais seguro, saudável e limpo.


Em 1990, o dia 22 de Abril foi adotado mundialmente como o Dia da Terra, dando um grande impulso aos esforços de reciclagem e de proteção do ambiente a nível mundial.


Fundado pelo senador americano Gaylord Nelson, do Estado de Wisconsin, e organizado por Denis Hayes, advogado ambiental e presidente da Bullitt Foundation, uma fundação ambiental em Seattle, o Dia Mundial da Terra é um evento anual que promove a cidadania ambiental através da realização de variadas ações a nível local.


Uma economia livre de carbono, baseada em energias renováveis, o compromisso individual com vista a um consumo responsável, e uma economia verde que proporcione a criação de empregos verdes são os seus princípios básicos.


Luta mais atual do que nunca. Apesar de estar quase a celebrar o seu 40º aniversário, nunca como agora os princípios do Dia Mundial da Terra se revelaram tão prementes e atuais.


Os gelos do Ártico recuaram de 6 a 7 por cento no Inverno e de 10 a 12 por cento no Verão, nos últimos 30 anos, indica um relatório apresentado pelo Programa das Nações Unidas para o Ambiente (PNUA).


Como consequência do aquecimento da atmosfera, a fusão dos gelos também acelerou as alterações climáticas, uma vez que a neve e o gelo refletem 70 a 80 por cento da energia solar, enquanto a água a absorve.


O Painel Internacional sobre Alterações Climáticas prevê um aumento da temperatura média do ar entre 0,8°C e 2,6°C em 2050, e entre 1,4°C e 5,8°C em 2100. Na Europa meridional este aumento será particularmente pronunciado no Verão. Por outro lado, os Invernos deverão tornar-se mais úmidos, com um aumento de precipitação de 1 a 4 por cento por década, enquanto os Verões deverão tornar-se mais secos, com uma redução de cerca de 5 por cento por década.


Mas já hoje em dia, em várias regiões do planeta, existem comunidades inteiras que precisam de percorrer dois a três quilometros por dia para chegarem a uma fonte pública de água.


Esta história de vida faz parte da realidade de 1,1 milhões de pessoas em todo o mundo que ainda não têm acesso a água potável.


Consumo sustentável.


Por todas estas razões, o Dia Mundial da Terra luta por uma economia livre de carbono e por um consumo responsável.


Considerando as tendências projectadas para os países desenvolvidos, o relatório «Talk the Walk – Advancing Sustainable Lifestyles through Marketing and Communications», elaborado pela consultora Utopies, pela UNEP (United Nations Environment Programme) e pela United Nations Global Compact, em Dezembro de 2005, alerta para a necessidade de se operar a «desconexão absoluta» com o estilo de vida atual, de modo a permitir uma redução no impacto ambiental, isto apesar dos aumentos globais de população e do consumo per capita.


O consumo responsável consiste em ter em conta as repercussões sociais, económicas e ambientais no momento de fazer diferentes opções de consumo.


A ideia base que deve presidir a um consumo responsável é ter em conta o seu impacto, consumindo com consciência da proveniência, qualidade e condições da produção.


A ideia é «consumir sem destruir», de forma ambientalmente sustentável a longo prazo.


Façamos o que nos cabe, para que este maravilhoso planeta continue existir!!!

21 de março início do Outono



O Outono é a estação do ano que sucede ao Verão e antecede o Inverno.


É caracterizado por queda na temperatura , (exceto nas regiões próximas ao equador) e pelo amarelar das folhas das árvores, que indica a passagem de estações.


O Outono do hemisfério norte é chamado de "Outono boreal", e o do hemisfério sul é chamado de "Outono austral".


O "Outono boreal" tem início, no Hemisfério Norte, a 23 de Setembro e termina a 21 de Dezembro.


O "Outono austral" tem início, no Hemisfério Sul em datas variadas de 19 de março a 21 de março e termina a 20 de junho.


DATAS COMEMORATIVAS - DIA 20 DE MARÇO 2010 - INÍCIO DO OUTONO



O outono, em 2010 terá início no dia 20 de março.


Durante todo o século XXI, o início do outono irá se alternar entre os dias 20 e 19 de março.


- Em 2028 teremos a primeira ocorrência em 19 de março. O início do outono retornará ao dia 21 de março somente no ano 2103!


O equinócio de outono para o hemisfério sul da Terra ( de primavera para o hemisfério norte ) ocorre quando da passagem do Sol pelo ponto Vernal ( ) ou ponto Gama. A data e o horário da passagem variam ligeiramente de ano para ano. O calendário gregoriano, utilizado em quase todos os países, está organizado de maneira a manter, aproximadamente nas mesmas datas, as ocorrências dos equinócios e solstícios. O equinócio de outono (primavera) geralmente acontece nos dias 19, 20 ou 21 de março.


Em 1991, pelo Tempo Legal do Distrito Federal (TDF), tivemos a última ocorrência do início do outono em 21 de março.


Durante todo o século XXI, o início do outono irá se alternar entre os dias 20 e 19 de março. Em 2028 teremos a primeira ocorrência em 19 de março. O início do outono retornará ao dia 21 de março somente no ano 2103!




Fig. 1 - O Equinócio de Outono: passagem do Sol pelo ponto Vernal.


Quando o Sol, em seu movimento aparente anual no céu, passa pelo ponto Vernal, ele cruza o Equador Celeste dirigindo-se do hemisfério celeste sul para o hemisfério celeste norte. Nessa ocasião ele se encontra localizado na constelação de Pisces (os Peixes).


Devido ao movimento de precessão dos equinócios, o ponto Vernal desloca-se lentamente pela Eclíptica, com a velocidade angular de 50,25" por ano, em sentido retrógrado, isto é, em sentido contrário ao movimento aparente anual do Sol. Para completar uma volta, pela Eclíptica, o ponto Vernal emprega 25.790 anos.


É muito comum encontrarmos a citação que estamos "entrando na Era de Aquário" - uma alusão à mudança de posição do ponto Vernal da constelação de Pisces para a de Aquarius. A afirmação não é correta. O ponto Vernal adentrará na constelação de Aquarius somente no ano 2597 e em Capricornus no ano 4312 !


A Terra e o Sol no dia do Equinócio


Quando ocorre um equinócio, a linha que une o centro da Terra ao centro do Sol, cruza o equador terrestre, ou seja, o Sol fica a pino ( no zênite, em termos astronômicos ) nos locais situados no equador ( latitude 0º ). A cidade de Macapá-AP, situada no equador, tem o Sol a pino nesse dia. Em outras palavras, no instante de um equinócio, o segmento de reta que une o centro da Terra ao centro do Sol é perpendicular ao eixo de rotação da Terra.






Fig. 2 - O Equinócio de Outono: a linha que une o centro da Terra ao centro do Sol, cruza o equador terrestre.


O Movimento Diurno do Sol no dia do Equinócio


No dia de equinócio o Sol nasce no ponto cardeal leste e seu ocaso se dá no ponto cardeal oeste. O dia tem a duração de 12 horas e a noite também (*). As figuras abaixo ilustram a trajetória diurna do Sol para a latitude de 0º ( equador terrestre ) e para as localidades situadas ao sul do equador, no dia de equinócio.




Fig. 3 - Trajetória diurna do Sol no Equador




Fig. 4 - Trajetória diurna do Sol em uma latitude




Nos locais de latitude , o plano da trajetória diurna do Sol forma um ângulo de 90º - , com o plano do horizonte. Assim, em São Paulo ( = 23º 32' S ) o plano da trajetória diurna do Sol formará um ângulo de 90º - 23º 32' = 66º 28' com o plano do horizonte. Em Porto Alegre ( = 30º 02' S ), o ângulo será de 59º 58'.


Na passagem meridiana, o Sol atinge a máxima altura sobre o horizonte. No locais situados no equador, ele passa pelo zênite ( altura igual a 90º ). Nos locais situados ao sul do equador e com latitude , a máxima altura do Sol será h = 90º - e o Sol passará ao norte do zênite.




* Não estão sendo considerados os efeitos da refração, da equação do tempo e, também, do movimento do Sol em ascensão reta e em declinação durante o intervalo de tempo entre a ocorrência do equinócio e o instante do nascer e do ocaso.




O Movimento Diurno do Sol nos pólos no dia do Equinócio de Outono


Nos pólos terrestres, como o Equador Celeste coincide com o horizonte, o Sol descreverá o próprio horizonte no sentido anti-horário para um observador em pé no pólo sul da Terra (Fig.5) e no sentido horário para um observador no pólo norte.




Fig. 5 - Trajetória diurna do Sol no pólo terrestre sul.






Fig. 6 - Sombra projetada por uma haste ao meio-dia.


Sombra projetada ao meio-dia na data do Equinócio


Uma haste vertical (Fig.6) de comprimento L, fincada no chão, projetará ao meio-dia, na data do equinócio, em um local de latitude , uma sombra, no solo, de comprimento S dado por:


S = L . tan


Esse é o comprimento mínimo da sombra da haste durante o dia. Nas localidades situadas no equador terrestre, na passagem meridiana do Sol (ao meio-dia) não há sombra, pelo fato do Sol encontrar-se a pino

21 de março Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial



O Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial, celebrado em 21 de março em referência ao Massacre de Shaperville, foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Em 21 de março de 1960, em Joanesburgo, na África do Sul, 20.000 pessoas faziam um protesto contra a Lei do Passe, que obrigava a população negra a portar um cartão que continha os locais onde era permitida sua circulação.

Porém, mesmo tratando-se de uma manifestação pacífica, a polícia do regime de apartheid abriu fogo sobre a multidão desarmada resultando em 69 mortos e 186 feridos.


 

21 de Março - Dia Internacional contra a Discriminação Racial


21 de Março - Dia Internacional contra a Discriminação Racial



No dia 21 de março de 1960, na cidade de Joanesburgo, capital da África do Sul, 20 mil negros protestavam contra a lei do passe, que os obrigava a portar cartões de identificação, especificando os locais por onde eles podiam circular.


No bairro de Shaperville, os manifestantes se depararam com tropas do exército. Mesmo sendo uma manifestação pacífica, o exército atirou sobre a multidão, matando 69 pessoas e ferindo outras 186.

Esta ação ficou conhecida como o Massacre de Shaperville. Em memória à tragédia, a ONU – Organização das Nações Unidas – instituiu 21 de março como o Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial.


O Artigo I da Declaração das Nações Unidas sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial diz o seguinte:


"Discriminação Racial significa qualquer distinção, exclusão, restrição ou preferência baseada na raça, cor, ascendência, origem étnica ou nacional com a finalidade ou o efeito de impedir ou dificultar o reconhecimento e exercício, em bases de igualdade, aos direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos político, econômico, social, cultural ou qualquer outra área da vida pública"


O racismo se apresenta, de forma velada ou não, contra judeus, árabes, mas sobretudo negros. No Brasil, onde os negros representam quase a metade da população, chegando a 80 milhões de pessoas, o racismo ainda é um tema delicado.


Para Paulo Romeu Ramos, do Grupo Afro-Sul, as novas gerações já têm uma visão mais aberta em relação ao tema. “As pessoas mudaram, o que falta mudar são as tradições e as ações governamentais”, afirma Paulo. O Grupo Afro-Sul é uma ONG de Porto Alegre, que promove a cultura negra em todos os seus aspectos.

Segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD – em seu relatório anual, "para conseguir romper o preconceito racial, o movimento negro brasileiro precisa criar alianças e falar para todo o país, inclusive para os brancos. Essa é a única maneira de mudar uma mentalidade forjada durante quase cinco séculos de discriminação”.

Aproveite esta data para refletir: você tem ou já teve atitudes racistas?

quinta-feira, 17 de março de 2011

* Qual a ligação entre pregação religiosa e neuro-linguística?



Sabemos que há muitas modalidades de pregadores hoje, alguns inclusive desfilando com diplomas de psicólogos, sociólogos ou coisas do gênero, se dedicaram a teologia mas cansados de sua limitada vocação para o convencimento apelam hoje para outras ciências e isso tem transformado o que antes era essencialmente pregação de fé em linguagem persuasiva, terapia psicológica quase hipnótica e tem dado aos seus adeptos conforto como algum tipo de terapia alternativa.

Onde o homem natural armado de muitos argumentos e de filosofia, insere nos outros a sua forma de ver, agir e pensar; e seus discípulos São cada vez mais ecumênicos e distantes de qualquer experiência com DEUS.

Na verdade a linguagem de DEUS, é simples e sem que seja necessária nenhuma técnica, de fácil compreensão

* Arte da África

A arte africana representa os usos e costumes das tribos africanas. O objeto de arte é funcional e expressam muita sensibilidade.

Nas pinturas, assim como nas esculturas, a presença da figura humana identifica a preocupação com os valores étnicos, morais e religiosos.

A escultura foi uma forma de arte muito utilizada pelos artistas africanos usando-se o ouro, bronze e marfim como matéria prima.

Representando um disfarce para a incorporação dos espíritos e a possibilidade de adquirir forças mágicas, as máscaras têm um significado místico e importante na arte africana sendo usadas nos rituais e funerais.

As máscaras são confeccionadas em barro, marfim, metais, mas o material mais utilizado é a madeira.

Para estabelecer a purificação e a ligação com a entidade sagrada, são modeladas em segredo na selva. Visitando os museus da Europa Ocidental é possível conhecer o maior acervo da arte antiga africana no mundo.




História
Máscara do século XVI, Nigéria, Edo, Corte de Benin, marfim, Metropolitan Museum of Art.As origens da história da arte africana está situada muito antes da história registrada.

A arte africana em rocha no Saara, em Níger, conserva entalhes de 6000 anos.


As esculturas mais antigas conhecidas são dos Nok cultura da Nigéria, feitas por volta 500 d.C.. Junto com a África Subsariana, as artes culturais das tribos ocidentais, artefatos do Egito antigo, e artesanatos indígenas do sul também contribuíram grandemente para a arte africana. Muitas vezes, representando a abundância da natureza circundante, a arte foi muitas vezes interpretações abstratas de animais, vida vegetal, ou desenhos naturais e formas.


Métodos mais complexos de produção de arte foram desenvolvidos na África Subsariana, por volta do século X, alguns dos mais notáveis avanços incluem o trabalho de bronze do Igbo Ukwu e a terracota e trabalhos em metal de Ile Ife fundição em Bronze e latão , muitas vezes ornamentados com marfim e pedras preciosas, tornou-se altamente prestigiado, em grande parte da África Ocidental, às vezes sendo limitado ao trabalho dos artesãos e identificado com a realeza, como aconteceu com o Benin Bronzes.


Arte africana na atualidade
Muitas das chamadas artes tradicionais da África estão sendo ainda trabalhadas, entalhadas e usadas dentro de contextos tradicionais. Mas, como em todos os períodos da arte, importantes inovações também têm sido assimiladas, havendo uma coexistência dos estilos e modos de expressão já estabelecidos com essas inovações que surgem. Nos últimos anos, com o desenvolvimento dos transportes e das comunicações dentro do continente, um grande número de formas de arte tem sido disseminado por entre as diversas culturas africanas.A arte Africana tem uma coisa interessante. Você pode achar semelhança entre doia paises sem eles se assemelharem.


Além das próprias influências africanas, algumas mudanças têm sua origem em outras civilizações. Por exemplo, a arquitetura e as formas islâmicas podem ser vistas hoje em algumas regiões da Nigéria, em Mali, Burkina Faso e Niger. Alguns desenhos e pinturas do leste indiano têm bastante similaridade em suas formas com as esculturas e máscaras de artistas dos povos Dibibio e Efik que se estabelecem ao sul da Nigéria. Temas cristãos também tem sido observados nos trabalhos de artistas contemporâneos, principalmente em igrejas e catedrais africanas. Vê-se ainda na África, nos últimos anos, um desenvolvimento de formas e estruturas ocidentais modernas, como bancos, estabelecimentos comerciais e sedes governamentais.


Os turistas também tem sido responsáveis por uma nova demanda das artes, particularmente por máscaras decorativas e esculturas africanas feitas de marfim e ébano. O desenvolvimento das escolas de arte e arquitetura em cidades africanas, tem incentivado os artistas a trabalhar com novos meios, tais como cimento, óleo, pedras, alumínio, com uma utilização de diferentes cores e desenhos. Ashira Olatunde da Nigéria e Nicholas Mukomberanwa de Zimbábue estão entre os maiores patrocinadores desse novo tipo de arte na África. ok

As formas de arte africana
A pintura é empregada na decoração das paredes dos palácios reais, celeiros, das choupas sagradas. Seus motivos, muito variados, vão desde formas essencialmente geométricas até a reprodução de cenas de caça e guerra. Serve também para o acabamento das máscaras e para os adornos corporais. A mais importante manifestação da arte africana é, porém, a escultura. A madeira é um dos materiais preferidos. Ao trabalhá-la, o escultor associa outras técnicas (cestaria, pintura, colagem de tecidos).


As máscaras africanas
Mascara Gelede do Benin no Brasil.As "máscaras" são as formas mais conhecidas da plástica africana. Constituem síntese de elementos simbólicos mais variados se convertendo em expressões da vontade criadora do africano.
Foram os objetos que mais impressionaram os povos europeus desde as primeiras exposições em museus do Velho Mundo, através de milhares de peças saqueadas do patrimônio cultural da África, embora sem reconhecimento de seu significado simbólico.


A máscara transforma o corpo do bailarino que conserva sua individualidade e, servindo-se dele como se fosse um suporte vivo e animado, encarna a outro ser; gênio, animal mítico que é representando assim momentaneamente. Uma máscara é um ser que protege quem a carrega. Está destinada a captar a força vital que escapa de um ser humano ou de um animal, no momento de sua morte. A energia captada na máscara é controlada e posteriormente redistribuída em benefício da coletividade. Como exemplo dessas máscaras destacamos as Epa e as Gueledeé ou Gelede


 Arte e religião
As civilizações africanas tem uma visão holística e simbólica da vida. Cada indivíduo é parte de um todo, ligados, todos em função do cosmos em uma eterna busca pela harmonia e de equilíbrio. Outro conceito fundamental na filosofia da existência africana é a importância do grupo, para que a comunidade viva, cada fiel deve participar seguindo o papel que lhe pertence em nível espiritual e terreno.


Opon Ifá tabuleiro esculpido em madeira.


 Principais religiões
As únicas religiões que tem relação com a arte africana no Brasil, são o Candomblé, e o Culto aos Egungun efetivamente de origem africana.


O Culto de Ifá em menor número no Brasil é o maior responsável pela divulgação da Yoruba Art em todo mundo, Estados Unidos, Cuba, Alemanha, França, Inglaterra, Espanha, são os países onde o maior número de peças podem ser encontradas, em museus e coleções particulares.


 Dança africana
Na dança africana, cada parte do corpo movimenta-se com um ritmo diferente. Os pés seguem a base musical, acompanhados pelos braços que equilibram o balanço dos pés. O corpo pode ser comparado a uma orquestra que, tocando vários instrumentos, harmoniza-os numa única sinfonia. Outra característica fundamental é o policentrismo que indica a existência no corpo e na música de vários centros energéticos, assim como acontece no cosmo. A dança africana é um texto formado por várias camadas de sentidos. Esta dimensionalidade é entendida como a possibilidade de exprimir através e para todos os sentidos. No momento que a sacerdotisa dança para Oxum, ela está criando a água doce não só através do movimento, mas através de todo o aparelho sensorial. A memória é o aspeto ontológico da estética africana. É a memória da tradição, da ancestralidade e do antigo equilíbrio da natureza, da época na qual não existiam diferenças, nem separação entre o mundo dos seres humanos e os dos deuses.


A repetição do padrão-musical manifesta a energia que os fieis estão invocando. A repetição dos movimentos produz o efeito de transe que leva ao encontro com a divindade, muito usado em rituais. O mesmo ato ou gesto é praticado num número infinito de vezes, para dar à ação um caráter de atemporalidade, de continuação e de criação continua. Nas danças africanas o contato contínuo dos pés nus com a terra é fundamental para absorver as energias que deste lugar se propagam e para enfatizar a vida que tem que ser vivida agora e neste lugar, ao contrario das danças ocidentais performadas sobre as pontas a testemunhar a vontade de deixar este mundo para alcançar um outro. Existem várias danças. Entre elas destacam-se: lundu, batuque, Ijexá, capoeira, coco, congadas e jongo.


Tipos de Danças Africanas menos comuns:


Kizomba Ritmo quente, originário de Angola, não pára de conquistar cada vez mais praticantes. É uma das danças sempre tocadas nas discotecas, não só africanas. Quente, suave, apaixonante… Vários estilos, técnicas, influencias. Toda variedade e diversidade de Kizomba.


Semba É uma dança de salão angolana urbana. Dançada a pares, com passadas distintas dos cavalheiros, seguidas pelas damas em passos totalmente largos onde o malabarismo dos cavalheiros conta muito a nível de improvisação. O Semba caracteriza-se como uma dança de passadas. Não é ritual nem guerreira, mas sim dança de divertimento principalmente em festas, dançada ao som do Semba.


Danças Caboverdianas Toda a variedade de ritmos originários de Cabo Verde: Funána, Mazurka, Morna, Coladera, Batuque.


Danças Tribais Uma forte característica trazida para o Estilo Tribal das danças tribais é a coletividade. Não há performances solos no Estilo Tribal. As bailarinas, como numa tribo, celebram a vida e a dança em grupo. Dentre as várias disposições cênicas do Estilo Tribal estão a roda e a meia lua. No grande círculo, as bailarinas têm a oportunidade de se comunicarem visualmente, de dançarem umas para as outras, de manterem o vínculo que as une como trupe. Da meia lua, surgem duetos, trios, quartetos, pequenos grupos que se destacam para levar até o público esta interatividade.


 Esculturas
Escultura da tribo Makonde, da África Oriental, c. 1974
 Esculturas em marfim
A produção em madeira com marfim incrustado. Em menor quantidade estão os objetos esculpidos em pedra dura.




 Esculturas em madeira
A escultura em madeira é a fabricação de múltiplas figuras que servem de atributo às divindades, podendo ser cabeças de animais, figuras alusivas a acontecimentos, fatos circunstanciais pessoais que o homem coloca frente às forças. Existem também objetos que denotam poder, como insígnias, espadas e lanças com ricas esculturas em madeira recoberta por lâminas de ouro sempre denotando um motivo alusivo à figura dos dignitários. Os utensílios de uso cotidiano, portas e portais para suas casas, cadeiras e utensílios diversos sempre repetindo os mesmo desenhos estilísticos.






Esculturas em outros materiais

                                            Tecido Kente do Gana.


Além das esculturas em madeira existem os objetos confeccionados com fragmentos de vidro das mais variadas cores, colocados em gorros, possuindo uma gama de figuras humanas e de animais, feitas com fio de algodão que passam por todo o tecido, colocados sempre em combinação vertical. As pedras podem ser alternadas por Cowrys, canudilhos metálicos ou de seda e algodão.


Neide da Costa tecelã do terreiro de Candomblé Ilê Axé Opô Afonjá, Salvador, Bahia.




Os tecidos são lisos ou estampados, os bordados são rebordados com linhas e com pedras de vidro. Confeccionam roupas longas e gorros. A inventividade do bordado com pedras de vidro está muito espalhada nas populações da República da Nigéria. Os suportes para abanos, crinas e rabos de animais, também decoram com pedras de vidro, canudilhos e cauris.


Os tecidos e o vestuário chegaram a um desenvolvimento plástico considerável em zona de cultura urbana, assimilando muitos elementos da indumentária islâmica e outros introduzidos pelos europeus colonialistas. O tear horizontal, permitiu a confecção variada de tiras que posteriormente se juntam longitudinalmente para formar tecidos maiores. Deste tipo de confecção o mais característico é o chamado Kente, entre os Ashanti. Ainda entre estes tecidos está o estampado chamado Denkira, com figuras diferentes que se combinam para estruturar um desenho ou determinar um motivo fundamental. Os desenhos são imersos em uma tintura vegetal e impressos em tecido branco estendido em uma almofada.


O Alaká africano, conhecido como pano da costa no Brasil é produzido por tecelãs do terreiro de Candomblé Ilê Axé Opô Afonjá em Salvador, no espaço chamado de Casa do Alaká.


Materiais usados


Ferro
O ferro é utilizado à partir de uma prancha fundida mediante pressão e calor. São confeccionados muitos atributos em várias formas pelos Abomei, de quem é a imagem da entidade Gu, dono do ferro representado por uma figura antropomorfa. Com a mesma técnica são encontrados vários atributos a variadas entidades e também vários instrumentos musicais.


Nestas, os detalhes da figura humana estão um pouco resumidos, destacando algumas marcas regionais, e nisto, assim como nas proporções gerais, diferem das de Ifé, nas que se percebe a procura dos modelos anatômicos, como se fossem retratos, dentro de um tamanho menor. As cabeças de bronze apresentam variedades de caracteres faciais, presos em detalhes sutis que permitem apreciar diferentes expressões nos rostos e até incluem algumas deformações anatômicas.




 Influência africana
No dia 28 de Outubro de 1846, o Presidente da República Joaquin Suárez, aboliu a escravidão no Uruguai num processo que começou em 1825. Com a abolição da escravidão, os rituais de dança africanos foram descritos em alguns documentos em Montevideo e no campo, que ficaram conhecidos como Tangós.


O tango se desenvolveu simultaneamente em Montevideo e em Buenos Aires. Tradicionalmente considera-se uma criação de imigrantes italianos e espanhóis, os conhecedores opinam que a dança e a música africana influenciaram profundamente a música e os movimentos da dança que se associam com o tango.


Picasso e a África
Pablo Picasso (1881-1973), mesmo nunca tendo ido a África, produzia obras com máscaras e estátuas que ele tinha com ele enquanto trabalhava. Picasso dizia que o "vírus" da arte africana o tinha contagiado.