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segunda-feira, 14 de março de 2011

África: o continente esquecido

África: o continente esquecido

Por João Paulo M. Hidalgo Ferreira Atualizado em 8/12/2002 Página 1 de 7 próxima >
São 30 milhões de km² de caos.

A África possui o pior Índice de Desenvolvimento Humano, o maior Índice de Pobreza Humana e o menor PIB per capita do mundo.

Tem as maiores taxas de natalidade, subnutrição, analfabetismo, mortalidade, mortalidade infantil e crescimento demográfico.

Não bastasse isso, o continente está assolado por epidemias, principalmente de HIV, e pela fome.

A pergunta que se faz é: qual o futuro da África?
Conflitos étnicos: dos tempos coloniais aos dias atuais


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Os africanos pedem socorro
Conflitos étnicos: dos tempos coloniais aos dias atuais

Em nome da propalada “superioridade racial e cultural” dos brancos em relação às demais “raças”, da supremacia da religião cristã (considerada pelos europeus “a única verdadeira”) sobre as demais e do desenvolvimento técnico e científico, conseqüência direta da Revolução Industrial, os europeus levaram adiante a corrida imperialista sobre a África.

Embora não tenha deixado de ocupar o continente desde as primeiras transações de tráficos de escravos séculos antes, os europeus só adentraram definitivamente no continente após a descoberta de ouro e diamantes no fim do século 19. A principal conseqüência do neocolonialismo foi a Partilha da África, a divisão dos territórios africanos entre as principais potências européias durante a Conferência de Berlim.


Nessa época, a África era composta por diversas etnias diferentes na língua, na religião e nos costumes.
confecção artificial de 53 países juntou diversos grupos etnoculturais, muitos deles rivais, que foram forçados a coexistir sobre a mesma fronteira. Tal fato acentuou os conflitos tribais no continente, situação que se perpetua até hoje.

A descolonização africana, iniciada após o fim da Segunda Guerra Mundial, acendeu a esperança pelo fim dos conflitos étnicos na região. Porém, com a Guerra Fria, emergiram nas políticas nacionais ditadores, patrocinados ou pelos EUA ou pela URSS, que pouco contribuíram para apaziguar as tensões na região.

Ao invés disso, decidiram adotar o princípio da intangibilidade das fronteiras, isto é, manter as fronteiras herdadas do período colonial.

Tal iniciativa contribuiu sobremaneira para a eclosão de novos conflitos, guerras civis e movimentos separatistas que mataram milhões de pessoas, feriram outras tantas e causaram um gigantesco número de refugiados.
Ainda hoje, 15 países africanos estão mergulhados em guerras civis. Angola, por exemplo, banhada de petróleo e diamantes, acaba de finalizar uma guerra que durou 30 anos.

O saldo foi de 1 milhão e meio de mortos, centenas de milhares de refugiados e uma terra regada com 14 milhões de minas terrestres, mais artefatos enterrados do que habitantes. Ao final da guerra, cerca de 3 milhões de pessoas correm o risco de morrer de fome.
Na Ruanda, a disputa pelo poder político entre os grupos étnicos tutsis e hutus matou mais de 1 milhão de pessoas.

O conflito, já encerrado, contabilizou ainda um número de 2 milhões de refugiados.

A Nigéria, décimo produtor de petróleo do mundo, vive dias tensos por causa de seus 250 grupos étnicos.
Geopolítica e conflitos étnicos na África.

Atualmente, o pior conflito ocorre na República Democrática do Congo, ex-Zaire.

O governo e quatro grupos guerrilheiros enfrentam-se numa guerra que matou, em apenas três anos, cerca de 2,5 milhões de pessoas.



































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