CASA PODEROSA DOS FILHOS DE YEMANJÁ

CASA PODEROSA DOS FILHOS DE YEMANJÁ

segunda-feira, 14 de março de 2011

* Espiritualidade ( Antes de qualquer coisa, devemos entender quais são as regências energéticas do Universo e as regências espirituais pessoais, Desta forma vamos entender a essência dos Ekurus )


Espiritualidade

Antes de qualquer coisa, devemos entender quais são as regências energéticas do Universo e as regências espirituais pessoais, Desta forma vamos entender a essência dos Ekurus.


No centro do Universo, existem quatros elementos fundamentais onde dois são primordiais: o Fogo e a Água, cada um possui um representantes máximo.

O Sol é formado pelo elemento fogo; a Lua representa o elemento água, e a Terra é onde os elementos se encontram. Os elementos possuem formas e características de manifestação próprias. As energias provenientes do elemento fogo e do elemento água unem-se para formar a atmosfera ao redor da Terra e promovem o nascimento e o desenvolvimento de tudo que existe no mundo.

A natureza em sua forma concreta, evidencia-se em fogo e água, calor e frio, dia e noite, claro e escuro, espírito e corpo, homem e mulher, etc. Este é o aspecto básico da Grande Natureza.


Esse princípio também poderá ser compreendido observando-se o homem.

O corpo humano está constituído de dois elementos: corpo físico, visível, e espírito, invisível. O corpo e o espírito têm uma relação intima e inseparável; o homem consegue manter a vida graças à energia vital gerada pela união de ambos. Contudo, existe uma lei: o espírito é principal, e o corpo é secundário.


Mesmo antes de um bebe nascer após a fase de gestação, uma outra alma aproxima-se dele e se estabelece uma ligação entre os dois. Esta outra alma, é denominada Espírito Guardião, esta alma jamais se afasta e permanece ali durante toda a sua vida terrena, razão pela qual se pode até dizer que o homem é a conjunção dessas almas.


A alma que da pessoa chama-se “Espírito Primordial”; é a própria Natureza Divina. Eis porque se diz, desde os tempos antigos, que o homem é bom por natureza. O “Espírito Guardião” é selecionado entre os antepassados, um Espírito evoluído, que quebrou o ciclo de Reencarnação e está constantemente junto da pessoa.

Sua função é protegê-la de tudo que possa levá-la a infelicidade: acidentes, perigos, doenças, más ações, preguiça, depravações, etc. Pressentimentos, sonhos premonitórios, empecilhos, desencontros, as coisas não correrem bem ou escapar-se de um desastre em razão de não se ter conseguido embarcar num veículo por um motivo qualquer, ou ainda quando algum incidente impede a pessoa de aproximar-se de algo nocivo, tudo isso é resultado da ação do Espírito Guardião.


Além do Espírito Guardião, existem espíritos secundários que podem se aproximar das pessoas. Esses espíritos não são nocivos e passam a fazer parte da vida da pessoa como um guardiões secundários. Na realidade, a própria pessoa acaba por atrai-los, através de culto ou de necessidade pessoal de acordo com sua postura ou caminhos que escolha mas o Ekuru guardião é apenas um e geralmente é aquele que está mais ligado a pessoa.

Os Espíritos Secundários não devem ser confundidos com encostos, os encostos são espíritos desencarnados que não são evoluídos, ou seja, não quebraram o ciclo de reencarnação, esses espíritos se encostam nas pessoas devido a um estado de impureza de seus espíritos. Quanto menos espiritualizada for a pessoa mais vulnerável ela estará aos mortos. Essas entidades são facilmente manipuláveis e agem a serviço de feiticeiros em troca de coisas banais da vida ( Cigarros e Bebidas ) e até mesmo de sangue de animais.São esses encostos, que causam vícios, desavenças e problemas em geral.


Hoje em dia, a maioria dos homens da atualidade está com os seus espíritos extremamente maculados, de modo que os espíritos inferiores dos desencarnados, não-evoluídos, encontram muita facilidade de encostar e agir, o que faz aumentar a incidência de crimes e delitos.

Ao contrário, nos homens que possuem alta espiritualidade; eles gostam de praticar o bem porque a sua alma está mais pura e tem força para dominar o mal em busca de caminho e evolução. Há pessoas que, no quotidiano, são boas, mas, como não buscam a evolução espiritual e cultuar seu Ekuru Guardião, estão sujeitas ao encosto de espíritos malignos a qualquer momento o que torna suas vidas extremamente instáveis.


EM CRIAÇÃO


Os Guardiões Espirituais - Ekurus Cada ekuru possui características individuais, essas características, em parte, pode ser percebida nas características das pessoas por ele regida.


São conhecidas inúmeras representações, ou melhor, segmentos dos guardiões espirituais, os mais conhecidos são os Exus atiços, Pomba Gira e os Ciganos, amplamente cultuados na umbanda. Vale evidenciar que por mais que eles sejam cultuados amplamente, não quer dizer que sejam cultuados de maneira adequada.


A forma de culto dos guardiões espirituais é muito mais simples do que o culto a um dos Deuses como os Orixás. E ao contrário do que muitos pensam, os ekurus, não são subordinados aos Orixás, eles estão para nós incondicionalmente e independentemente de cultuarmos o nosso Orixá, ele estará ao nosso lado, nos punindo, nos castigando, nos ajudando ou nos defendendo.


Como foi descrito acima, o ekuru é predestinado para uma pessoa específica. A energia deste ekuru também pode ser associada aos animais, ṕor esta razão é muito comum, nos casos de aparições ou sinais dessas entidades espirituais, o surgimento de um animal ou até mesmo pode existir uma diversificação de animais. Dentro do xamanismo é comum utilizarem a imagem de animais no lugar de anjos como guardiões dos seres humanos.




A Pomba Gira


EM EDIÇÃO

Os animais são classificados segundo os quatro elementos da Natureza ( há variações de linhas ) :


Criaturas aquáticas, anfíbios – elemento água


Répteis – elemento terra


Pássaros – elemento ar


Mamíferos – elemento fogo


Os animais da água são freqüentemente, os guardiões de nossos sonhos, guardam conhecimentos e facilitam projeções astrais.


Os anfíbios nos ensinam a refletirmos para aprendermos a usar as emoções ( água) construtivamente ( terra).


O Reino dos pássaros é o ar que interliga o Paraíso com a Terra.


São os pássaros que se movem entre ambos.


Fazem o caminho entre a espiritualidade e a matéria.


O ar em movimento é o vento que simboliza a o movimento e a capacidade de voar, nas asas da inspiração, intuição e criatividade.


Os insetos reúnem habilidades para voar, espalhar, a adaptabilidade, a armadura, a reprodução, organização, fertilização, etc.


A aranha entre os nativos americanos é ao mesmo tempo Avó e Criador, que criam novas energias dentro da existência.


Os répteis são os guardiões dos registros da Terra, ensinam a capacidade de sobrevivência.


Algumas versões da Roda Medicinal trazem o seguinte :


Direção Elemento Totem Animal Portal Corpo


Leste Fogo Águia Dourada Iluminação e Claridade Espiritual


Oeste Terra Urso Cinzento Introspecção Físico


Norte Ar Búfalo Branco Sabedoria Mental


Sul Água Coiote Fé/Emoções Emocional


Os povos nativos têm acreditado que os clãs animais têm grandes poderes medicinais que eles compartilham conosco, se nós temos a sabedoria para receber os ensinamentos.


Quando uma pessoa está doente ela fica desanimada, ou seja ela perdeu sua força animal, está deprimida, fraca e predisposta a adoecer.


Os povos ancestrais chamam a energia dos animais honrando-os. Nós também podemos tirar proveito desses poderes, em todo o conjunto do seu clã, por um processo chamado invocação.


Invocação pode ser entendida como um tipo de prece, um caminho para chamar o espírito de certos animais, até nós.






Quando nós invocamos, nós estamos literalmente convidando um espírito animal para viver perto de nós, então podemos compartilhar de seu poder medicinal.


Ao invocar um espírito animal, estamos rezando para o conjunto das espécies daquele animal.






Quando nós invocamos algum animal, chamamos a sabedoria do conjunto das espécies.


O simples fato de procurar deliberadamente o seu poder e de inclui-lo em nossa vida pode transformar completamente a nossa maneira de viver.


Você não estará chamando espíritos de animais mortos ou vivos, não deve procurar o seu animal de poder fora de você, ele está no seu interior.


Ao invocarmos a Águia, invocamos o poder, conhecimento e experiência de todos as águias, da alma coletiva, da essência espiritual do animal que vive na Terra, e no Mundo Espiritual.


Deve-se estudá-lo atentamente para aprender mais coisas a respeito de sí próprio.


Quando interagimos com os animais, nós aprendemos a vê-los e tudo na natureza toma um novo caminho.


Nós chegamos para apreciar e reverenciar a sabedoria e poder, inerentes a todos os seres da natureza.


Nos temos nos desenvolvido na ciência, tecnologia e habilidade analítica, mas os espíritos animais têm outros poderes que, em alguns caminhos, vão além de todos os nossos próprios.


Nós podemos receber a sua orientação e sermos curados por sua medicina, por invocar seus poderes até nós.


Podemos usar os totens animais para aprender sobre nós mesmos e sobre mundos invisíveis.


Há uma força arquetípica que se manifesta através dessas criaturas.


Esses arquétipos têm suas próprias qualidades e características refletidas pelos comportamentos e hábitos dos animais.


ANIMAIS


Corvo – magia, transportador das almas da escuridão à luz, coragem e conforto na escuridão, direção para entender mais profundamente a sombra pessoal, transmutação.




Coruja – poder feminino, o mistério da magia, movimento silencioso e rápido, vendo através das mascaras, visão aguda, mensageiro de segredos e presságios, sabedoria do silêncio, visão noturna.


Pomba – esperança, energia feminina da paz, maternidade, profecia, entendendo a gentileza, mensageiro do espírito. Sabiá / Robin – anunciador do novo, esperança.


Gato – independência, vendo o invisível, mistério, magia, silêncio e segredos.


Morcego – morte e renascimento, transição, iniciação, habilidade para avaliar o invisível.


Pantera Negra/ Onça – viagem astral, energia guardiã, símbolo do feminino, reivindicando o verdadeiro poder, morte e renascimento.


EM CRIAÇÃO

Energia Espiritual

Na sociedade atual nos encontramos constantemente com o conceito de energia. Entretanto, pouca gente se detém a considerar quê se entende por este termo.

A palavra vem do grego “energos”, que significa “ativo”. A energia é, portanto, a capacidade para a atividade vital e, desde tempos remotos, este conceito de energia vem sendo aplicando a uma área cada vez maior de conhecimentos e atividades humanas.

Durante muito tempo, este conceito foi utilizado em relação com acontecimentos físicos, e mais tarde entrou também na formação de outros campos, tais como a psicologia, a economia e a sociologia. Do conceito de energia como uma força viva distribuída de forma geral, uma linha direta de desenvolvimento nos conduz a todas as diferentes esferas da vida humana.


O conceito científico de energia tem sido aquele em que mais se desenvolveu e utilizou o conceito de energia. A ideia de que tudo é energia, em estados e condições mutáveis, deu lugar a uma síntese no pensamento científico e a uma nova compreensão das forças do universo. Isto nem sempre foi assim. No Século XIX a energia era considerada como o resultado do movimento de corpos ou partículas materiais (energia cinética ou atual) ou como resultado da posição de um fragmento de matéria em relação a outros fragmentos de matéria (energia potencial). Expressou-se isto por meio de duas grandes leis: a lei da Conservação da Massa, que em resumo expressava que a massa (a quantidade de matéria num corpo) era indestrutível, e a lei da Conservação da Energia, que basicamente postulava que a soma total de energia no universo era constante.


Considerava-se que os conceitos de massa ou matéria e de energia eram independentes, e destes dois conceitos acreditava-se que o da matéria era o mais básico e fundamental para nossa compreensão do universo. Mas em 1905 Einstein demonstrou com sua “teoria especial da relatividade” que a massa em si mesma é uma forma de energia, que a massa e a energia são de fato intercambiáveis, e que se relacionam segundo a fórmula E=mc2, onde “E” é igual energia, “m” é igual massa, e “c” é igual velocidade da luz. Assim, “se a matéria se desfaz de sua massa e viaja à velocidade da luz, recebe a denominação de energia. E, o inverso, se a energia se solidifica e imobiliza, podendo-se determinar sua massa, recebe o nome de matéria” (O Universo e o Dr. Einstein, de Lincoln Barnett). A lei da Conservação da Massa teve que abandonar o lugar preponderante onde foi colocada, para que o conceito de Energia assumisse sua legítima importância.


O Corpo Etérico

Graças a esta teoria especial da relatividade foi possível provar, cientificamente, que no universo físico conhecido tudo é energia. Este descobrimento desacreditou os conceitos e explicações materialistas sobre o universo. Porque nada existe no universo manifestado planetário solar ou nos diversos reinos da natureza que não possua uma forma de energia, sutil e intangível e, sem embargo, substancial. Considera-se que tudo o que existe é energia; o manifestado é expressão de um conglomerado de energias, com algumas das quais se constroem formas, outras constituem o meio em que tais formas vivem, se movem e têm seu ser, e ainda há outras no processo de vivificar tanto as formas como o meio em que se desenvolvem. Deve ser recordado que as formas existem dentro de outras formas. Uma pessoa, sentada em seu aposento, é uma forma dentro de outra forma; o aposento em si mesmo é uma forma dentro de uma residência e essa residência (por sua vez outra forma) é, provavelmente, uma mais entre muitas outras similares, colocadas umas por sobre as outras, ou também umas ao lado de outras, constituindo entre todas uma forma ainda maior. Entretanto, todas estas diversas formas estão compostas de substância tangível que, quando coordenada e agrupada segundo algum desenho conhecido ou ideia na mente de algum pensador, cria uma forma material. Esta substância tangível está composta de energias vivas, que vibram ao se relacionar uma com as outras e que, ao mesmo tempo, mantém sua qualidade própria e a vida que as caracteriza.


Vivemos imersos num oceano de energias, embora nem sempre somos conscientes deste fato. Nós mesmos somos um cúmulo de energias, as quais se encontram intimamente inter-relacionadas e constituem o corpo sintético de nosso planeta. A este corpo energético denominamos etérico. O corpo energético etérico de cada ser humano é uma parte integrante do corpo etérico planetário e, consequentemente, do sistema solar. Deste modo, cada ser humano está relacionado, essencialmente, com todas as demais expressões divinas da vida, sejam pequenas ou grandes. De fato, o corpo energético de qualquer forma da natureza é parte integrante da forma substancial da vida universal única, do próprio Deus.


O corpo etérico não é nenhuma outra coisa senão energia. Sua função é receber e transmitir impulsos energéticos de distintas classes e graus, pondo-se em atividade graças a estes impulsos ou correntes de força. Proporciona a base necessária para os distintos tipos e níveis de interação telepática e para todas as formas de trabalho subjetivo e relações entre grupos e indivíduos. O corpo etérico também proporciona o nexo entre os impulsos mentais e emocionais, assim como o mundo da forma física exterior. As energias estão constantemente circulando através da rede do corpo etérico, condicionando e determinando a expressão externa, assim como as atividades e qualidades de todas as formas viventes. Isto é aplicável tanto aos seres humanos, individualmente, como aos grupos, à humanidade em conjunto, ao planeta e também mais além deste.


Fundamentos do Plano


As circunstâncias e acontecimentos do mundo externo são produto das energias dominantes que circulam no corpo planetário etérico em cada período particular da história mundial. Até há pouco tempo, a maioria dos homens e mulheres respondiam, principalmente, à energia do impulso emocional. Eram realmente poucas as pessoas receptivas à energia mental e aos padrões de pensamento. Entretanto, esta situação mudou rapidamente a partir do Século XX. Graças aos modernos sistemas educacionais, milhões de pessoas desenvolveram e estão desenvolvendo o poder de pensar e manejar a energia do pensamento. Aqueles que podem registrar e ceder a estes impulsos e padrões de pensamento que portam as sementes da cultura e civilização do mundo e que procedem da Mente Universal são na atualidade o suficientemente numerosos para formar um grupo mundial.


Diz-se que “o que está acontecendo no mundo, hoje em dia, vem determinado pelas ideias” e isto pode ser observado, claramente, nestes momentos. As pessoas que possuem algum conhecimento sobre o poder do pensamento, sobre os efeitos das correntes de energia mental, que fluem da mente, enfrentam uma situação de grande responsabilidade e que por sua vez lhes proporcionam uma grande oportunidade. Os pensamentos são energia e a energia segue o pensamento. Esta é a base de todo trabalho criador no plano mental. Se uma pessoa cujos pensamentos refletem a verdade pode transformar o clima mental do meio ambiente. Da mesma maneira, os pensamentos egoístas, não controlados ou destrutivos, podem envenenar a atmosfera mental. Nossos pensamentos são mais poderosos do que, geralmente, se acredita. Daí a necessidade de um uso criativo e construtivo deste poder.


O universo é a expressão de um plano e propósitos divinos. Não é uma “concorrência fortuita de átomos”, mas o desenvolvimento de um elevado desenho ou padrão. Quando nos tornamos conscientes da necessidade de que formas de energias positivas e construtivas circulem, nos convertemos em colaboradores conscientes do Plano Divino. Nestes momentos, começamos a reconhecer mais nitidamente a realidade do mundo mental e a trabalhar mais conscientemente para sermos capazes de registrar e responder às ideias e princípios fundamentais, que estão tentando se manifestar no mundo e que formam parte das linhas de ação de um Plano. Começamos a darmos conta, também, da existência daqueles que poderiam ser denominados “Os Guardiões do Plano” (a Hierarquia Espiritual) cuja tarefa é a preparação das diretrizes do Plano para que a humanidade as utilize e desenvolva. Identificamo-nos e nos associamos com o processo criador universal, compartilhado pela Hierarquia espiritual e por todos os pensadores criativos, cujo trabalho está inspirado pelo amor e o serviço.


Qualquer um pode cooperar na tarefa para que “o Plano se expresse por meio do pensamento”. Os objetivos fundamentais do Plano são: que a luz ilumine nossas mentes, que o amor governe todas as relações e que a vontade de Deus dirija os assuntos dos homens e mulheres. Todos aqueles que realmente procuram amar e servir a humanidade estão cooperando com o Plano. As pessoas que conhecem o poder do pensamento e que podem começar a trabalhar com a energia do pensamento, no plano mental, podem desenvolver um papel adicional criativo.


O Espiritualista O Espiritualismo é um termo genericamente usado em referência a práticas etnomédicas, mágicas, religiosas (animista, primitiva) e filosóficas (metafísica), envolvendo cura, transe, metamorfose e contato direto entre corpos e espíritos de outros adeptos de seres míticos, de animais, dos mortos, etc.


As variações "culturais" são muitas mas, em geral, o espiritualista pode ser homem ou mulher, e muitas vezes há na história pessoal desse indivíduo um desafio, como uma doença física ou mental, que se configura como um chamado, uma vocação.


Depois disto há uma longa preparação, um aprendizado sobre plantas medicinais e outros métodos de cura
e sobre técnicas para atingir o estado alterado de consciência e formas de se proteger contra o descontrole.


O Espiritualista é tido como um profundo conhecedor da natureza humana, tanto na parte física quanto psíquica. O Espiritualista deve ser independente e seguir sua própria vocação, não existe um padrão.


Talvez pela experiência do sofrimento antes da iniciação ou despertar Espiritual, o Espiritualista é confundido com indivíduos portadores de distúrbio mental tipo epilepsia, histeria e psicose, Lévi-Strauss citando os estudos de Nadel e de Mauss na introdução à obra de Marcel Mauss afirma que existe uma relação entre os distúrbios patológicos e as condutas Espiritualistas, mas que consiste menos numa assimilação das segundas aos primeiros do que na necessidade de definir os distúrbios patológicos em função das condutas Espiritualistas, afirma ainda, baseado em estudos comparativos, que a freqüência das neuroses e psicoses parecem aumentar nas regiões sem Espiritualismo e que o Espiritualismo pode desempenhar um duplo papel frente as disposições psicopáticas: explorando-as por um lado, mas, por outro canalizando-as e estabilizando-as


Os Espiritualistas foram os grandes responsáveis por manterem acessas as chamas da Medicina da Terra mas as práticas se originaram no homem primitivo, no paleolítico. As práticas Espiritualistas, os mitos, as entidades Espirituais dependem da região do mundo, da linha, da geografia e da crenças.


O Espiritualista é sempre uma figura dominante e não um santo, um avatar ou um simples profeta. Ele é um intermediário entre o mundo espiritual, natureza e da comunidade.


A Medicina inicial da Terra é derivada de conhecimentos medicinais passados pelos ancestrais que são honrados por aqueles que recebem a iniciação.


O "conhecimento" é para todos mas "sabedoria" é para alguns.

Por isso acho importante a divulgação do conhecimento e aplicação prática dele pois existe ainda uma minoria que se transforma.


É como um garimpo!


Entre esses buscadores do conhecimento sempre sai uma pepita de ouro que vai fazer o mundo mais brilhante.


Por essas pepitas vale a pena.


O coração do verdadeiro iniciado tem que se confortar com isso pois sempre é a minoria.


Por outro lado existe um outro fenômeno, algumas pessoas lançam-se à determinadas práticas sem o devido conhecimento e sem as "bênçãos espirituais", ou seja: ação sem conhecimento.


O que pode ser problemático.


Muitos iniciam a caminhada mas poucos atingem as maiores alturas. Este conhecimento não está limitado aos iluminados, é disponível para todos nós dependendo da sinceridade e humildade com que buscamos.


Sabedoria Espiritual é sabedoria da Terra e, a cada filho dela, é dado um presente, algum talento especial. Cabe a nós identificá-lo.


O Espiritualista compreende o Círculo Sagrado da vida e recomenda, ajuda na cura, ensina o que é necessário para o bem da comunidade. Isto significa freqüentemente colocar a comunidade em primeiro plano. O caminho Espiritualista conduz a um relacionamento de amor com a Terra. Não é possível praticar o verdadeiro Culto aos Orixás sem incluir os cuidados com a preservação da vida de todos os reinos (animal, mineral, vegetal, espiritual) em nosso planeta.


O Espiritualista é portador de um Grande Espírito que pode ter vários nomes e o Espiritualista é capaz de honrar os Deuses e todas as suas criaturas, sejam pedras, animais, aves, plantas, peixes, insetos, águas, ventos e outras manifestações da natureza que compartilhamos a existência nesta vida.


Essa consciência, esse alinhamento com as forças da natureza, transforma-se em poder de cura e expande habilidades psíquicas através da reconexão com a vida, com o Sagrado, com o mistério da Criação.


O foco das práticas Espiritualistas centra-se nos ritmos cíclicos da natureza: nascimento, morte e renascimento, a complementaridade masculino e feminino, o contato pessoal individual com ambiente imediato da terra, com as forças da terra, do sol, da lua e das estrelas.


Um verdadeiroEspiritualista enfrentou suas sombras e venceu seus medos da insanidade, solidão, orgulho, vaidade, vícios, doença, ao passar por mortes em vida.


Depois disso, escolhe tornar-se curador curado, auxiliador, visionário, à serviço das pessoas.


Tem como base em suas práticas o respeito pela ecologia, reconhecimento do Sagrado, necessidade de expandir a consciência e obter resposta em mundos paralelos, prática do amor incondicional .


Suas práticas estabelecem contato com outros planos de consciência a fim de obter conhecimento, poder, equilíbrio, saúde.


Propicia tranqüilidade, paz, profunda concentração, estimula o bem estar físico, psicológico e espiritual.


A interação harmônica dos elementos equilibra a Jornada da Nossa Alma, faz girar a Roda da Vida em harmonia.


São estudamos os talentos elementais:


A Terra é relacionada com o corpo físico e com as sensações.


A Água é relacionada com a alma e com as emoções e sentimentos.


O ar é relacionado com a mente e aos pensamentos e idéias.


O fogo é relacionado com o espírito e associado à consciência, a claridade, a inspirarão.


O reconhecimento do caminho da verdade vem da expansão da consciência e a compreensão de que o verdadeiro poder está dentro de cada praticante e provém do desenvolvimento de seus próprios dons.


Inspirados na sabedoria dos povos ancestrais temos o desafio de resgatar o conhecimento acumulado nas práticas Espiritualistasd das diversas tradições do planeta para os dias atuais.


Assim, pretendemos contribuir para a saúde, autoconhecimento e o bem-estar geral do nosso povo e resgatar valores para uma vida mais harmônica e ecológicamente correta.


Os ancestrais Espiritualistas eram tidos como bruxos pelos Cristãos porque viviam em harmonia e equilíbrio com todos os seres, pedras, plantas, animais, pássaros, peixes e até insetos.


Para garantir sua sobrevivência em ambiente hostil os homens primitivos interpretavam os sinais e as mudanças da natureza a seu redor.


Viviam de acordo com os ciclos do Sol e da Lua, das mudanças das estações, manifestações da natureza, vento, chuva, etc.




A prática Espiritualistas compreendem a capacidade de entrar e sair de estados de consciência, de realidades não-ordinárias Os estados alterados de consciência não envolvem apenas o transe e sim a capacidade de viajar na realidade incomum com o objetivo de encontrar espíritos, animais, plantas, mentores, obter entendimento promover curas, oráculos.


Os estados alterados de consciência incluem vários graus.


Stanley Kryppner chega a classificar vinte estados diferentes de consciência.


Elíade fala do êxtase, Castañeda fala do nagual.


Nirvana, samadhi, alfa, transe, satori, consciência cósmica, supraconsciência, etc.,também são nomes para a mesma manifestação.


São através desses estados que conseguimos conexão com nossos mitos, símbolos, nossa verdade interior.


Conseguimos expandir a percepção para mistérios que estão guardados em nós mesmos.


Aprendemos a sentir, ver e ouvir a energia.


Nos religamos com o Sagrado e com a fonte criativa de tudo o que nos acontece. Através da consciência ordinária não conseguimos alcançar níveis profundos do nosso ser.


Existem diversas técnicas ou rituais para se chegar a estados mais profundos de consciência, dentre elas: tambores, danças, jejuns, plantas de poder (enteógenos), respirações, posturas corporais, e outros.


Através desses estados especiais alcança-se uma experiência divina, acessa-se uma fonte de Sabedoria Superior, podemos curar nosso corpo, nos conhecemos melhor através das visões, expandimos a nossa consciência.


Aprende-se as influências e forças da Terra e como as energias naturais afetam a vida.


Tudo na natureza cresce e muda.


É um ciclo.
Os povos antigos consideravam a viagem circular da Terra ao redor do Sol, uma roda, representando o eterno ciclo de nascimento e desabrochar, crescimento e florescimento, maturidade e frutificação, envelhecimento e decadência, morte e decomposição e novamente renascimento, refletido na vida humana e na natureza.


Os nativos reconhecem o círculo como o principal símbolo para o entendimento dos mistérios da vida.


Observaram que ele estava impresso em toda a natureza.


O homem olha o mundo através dos olhos que é um círculo.


A Terra, a Lua, o Sol, os planetas; são todos circulares.


O nascer e o por do Sol acompanham um movimento circular.


As estações formam um círculo.


Os pássaros constroem ninhos em círculos, animais marcam seus territórios em círculos.


As cabanas, ocas, tipis são circulares.
O Espiritualismo resgata a relação sagrada do homem com o planeta.
O resgate dos festivais sazonais (Solstícios e Equinócios), por exemplo, não marcam apenas a jornada do Sol, mas também os pontos críticos das estações, o ciclo agrícola, nossas emoções, hábitos.


Essas "Forças Verdadeira acessadas desde o princípio na história espiritual da Terra, são resgatadas através dos séculos e podemos sentí-las atuando em todos os momentos das cerimônias.


Podemos sentir a ligação profunda que a natureza tem com a vida, nos tornarmos parte de uma comunidade global, propomos o Vôo da Consciência em busca de novos horizontes, de novas conquistas, de um novo ser, de uma nova vida.


O início de uma vida pautada na sabedoria encontrada nas folhas, nos movimentos dos ventos, no poder transformador do fogo, nos espíritos ancestrais, na jornada da alma, na missão.


As religiões do mundo moderno não têm tempo para a ecologia espiritual assim como a cultura e o modelo de pensamento consumista atuante.


As Grandes Religiões inspiram e apontam para uma vida eterna fora deste planeta e pouco se preocupam em honrar as realidades do espaço sagrado em que vivemos.


Atualmente muitos vivem com uma sensação de separação, isolamento, um sentimento de que deva existir um sentido maior na vida.


Os rituais Espiritualistas podem trazer a consciência de somos apenas um "microcosmo", que somos parte de "algo maior", que somos filhos da Terra, parte de uma Terra Viva.


As relações entre os Espiritualistas e os animais são de natureza espiritual, e de uma intensidade mística tal que se torna difícil para a mentalidade moderna, cética, imaginá-la.


A relação era tão íntima que os xamãs achavam possível tornar-se um animal.


Ao se tornar um animal mítico, o homem transformava-se em algo maior e mais forte do que ele próprio.


O pensamento xamânico diz que existe uma mente grupal, e um animal arquetípico ou mestre para cada espécie.


Os espíritos animais estão seguros numa espécie de consciência coletiva e sabedoria de suas espécies.


Em conseqüência, espíritos animais são excelentes professores, guias, auxiliares da humanidade.


Muitos rituais do passado usavam animais.


Em algumas sociedades antigas o sangue foi um meio de liberar energia psíquica.


Esse foi o único caminho que sabiam.


Hoje temos desenvolvido a energia psíquica humana que é vital e forte, sem precisarmos do sacrifício animal.


Expandimos a nossa consciência, nossa criatividade, de uma maneira que é melhor para toda a vida que nos cerca.


As cerimônias efetivas se harmonizam com as tradições antigas. Constroe-se sobre o velho e soma-se criativamente.






Para o povo japonês, eles podem ser uma forma exaltada de uma transformação do Buda.


Muitas pessoas confundem imagem com ilusão.


A imaginação é uma força da mente para criar e trabalhar com imagens.


É principio da criação.


Tudo antes de ser criado é imaginado, essa capacidade pode nos abrir para outros reinos, nos ajuda a restabelecermos contato com um conhecimento perdido, nos abre para altas visões e introvisões de significado
Certamente, e agora mais que nunca, é necessário para a humanidade se reconectar com a MãeTerra.


A Iniciação Se iniciar na magia do Orixá é possibilitar através de rituais próprios que o lado divino da
criatura transpareça; é libertar o Deus Interior que existe em cada ser humano, permitindo-lhe vir a tona e provocar impulso irresistível capaz de conduzir a individualidade à realização pessoal, estabelecendo dessa maneira a mais perfeita comunhão possível com o Universo, com a Natureza.


Corpo físico, mente e alma, teoricamente, passam a agir em plenitude. Condições propícias são estabelecidas para que possa se estabelecer uma unidade com a Natureza como um todo. A memória ancestral possa florescer inconsciente no ser humano. A iniciação representa o nascimento do indivíduo para a espiritualidade, isso o torna mais forte, e completo.

Desde sua origem o ser humano anseia pelo encontro com o Infinito. Essa busca incansável frequentemente provoca verdadeiras batalhas que são travadas no interior do indivíduo, acompanhadas por sentimentos de angústia, ansiedade, inconformismo ou até mesmo desespero frente ao desconhecido ou ao irremediável: as fatalidades e incertezas do amanhã, o ciclo da vida, a morte. Todo esse processo destina-se a criação de ambiente propício ao tão sonhado encontro.


A história da humanidade espelha essa incansável busca de respostas aos enigmas da vida: Quem sou eu? De onde venho? Para onde vou? A felicidade é perseguida por todos, sendo muitas vezes um desejo alimentado pela incerteza: “Quero ser feliz, mas não sei bem o que é felicidade”.

Há milhares de anos, o nativo do continente africano já tinha os mesmos anseios: conhecer seu Deus, os mistérios do Universo, a origem da Vida. Olodumárè ( o Deus Primordial), em sua Graça e Poder infinitos, permitiu-lhes conhecer a sabedoria do IFA (a revelação) e o conhecimento dos Òrixás e da espiritualidade individual.


Desenvolveram-se rituais iniciáticos para os mistérios dos Òrixás como forma de realizar o sagrado em si mesmo, ou seja, permitir que o Deus Interior, desperte em cada indivíduo e estabeleça a ponte com o Cosmos.


A compreensão clara de que destino é possibilidade e não fatalidade é a base dessa realização. O conhecimento das forças que regem o Universo e a Vida nas suas mais variadas formas e meios de manifestação, bem como dos princípios que regulam essa interação é o caminho da Iniciação.


O momento do chamado é diferente para cada pessoa.. Para alguns, uma doença difícil de ser curada: outros, as dificuldades do próprio caminho; outros ainda, buscam fugir às religiões tradicionais por concluírem que muitas delas estão tão voltadas para o dia a dia dos homens e seus interesses imediatos que acabam fugindo à sua real finalidade: promover o encontro do ser com a Divindade, ampará-lo em suas dificuldades espirituais e consequentemente, também as materiais.


Alguns ainda são provenientes de outras religiões ou filosofias espiritualistas; finalmente, existem aqueles que simplesmente são tocados pelo Orixá, nos recessos da própria alma.


Muitos são descendentes de africanos, mas não é regra. Na África o culto está realmente ligado às famílias, mas no Brasil, principalmente a miscigenação, trouxe para toda a população a denominação afro-descendente.


A iniciação (feitura) propriamente dita acontece num período de reclusão que varia de sete a dezessete dias (embora alguns lugares adotem 21). Essa reclusão (recolhimento) ocorre nos Templos Religiosos conhecidos como Casas de Candomblé, em aposentos próprios para tal finalidade. Esse período é comparável a gestação na barriga da mãe; nesse aspecto, o aposento sagrado representa o ventre da própria mãe natureza. O neófito aprende os mistérios básicos das divindades e da Criação; os costumes da comunidade e os princípios que regulam as relações da família religiosa (hierarquia sacerdotal); as formas adequadas de comportamento nas cerimônias públicas e restritas. Conhecimentos acerca de seu próprio Òrìsà lhe são ministrados: a maneira adequada de cultuá-lo, suas proibições (ewò), as virtudes que deverão ser cultivadas e os vícios que deverão ser evitados para atrair influências benéficas e uma relação harmoniosa com a divindade pessoal.


Quando um espírito vai encarnar, são consultados os futuros pais, durante o sono, quanto à concordância em gerar um filho, obedecendo-se à lei do livre arbítrio. Tendo os mesmos concordado, começa o trabalho de plasmar a forma que esse espírito usará no veículo físico. Esta tarefa é entregue aos poderosos Espíritos da Natureza, sendo que um deles assume a responsabilidade dessa tarefa, fornecendo a essa forma as energias necessárias para que o feto se desenvolva, para que haja vida. A partir desse processo, o novo ser encarnado estará ligado diretamente àquela vibração original. Assim surge o ELEDÁ desse novo ser encarnado, que é a força energética primária e atuante do nascimento.


Nesse período, os Elementais trabalham incessantemente, cada um na sua respectiva área, partindo do embrião até formar todas as camadas materiais do corpo humano, que são moldadas até nascer o novo ser com o seu duplo etérico e corpo denso.


Após o nascimento, essa força energética vai promovendo o domínio gradativo da consciência da alma e da força do espírito sobre a forma material até que seja adquirida sua personalidade por meio da Lei do livre Arbítrio. A partir daí essa energia passa a atuar de forma mais discreta, obedecendo a esta Lei, sustentando-lhe, contudo, a forma e energia material pela contínua manutenção e transformação, no sentido de manter-lhe a existência.


Muitas pessoas sentem isso, e algumas sentem um sono muito grande.


O uso de uma palavra que significa “dono da cabeça” (ORI-XÁ) mostra a relação existente entre o mundo e o indivíduo, entre o ambiente e os seres que nele habitam. Nossos corpos têm, em sua constituição, todos os elementos naturais em diferentes proporções. Além dos espíritos amigos que se empenham em nossa vigilância e auxílio morais, contamos com um espírito da natureza, um Orixá pessoal que cuida do equilíbrio energético, físico e emocional de nossos corpos físicos.


Nós, seres espirituais manifestando-se em corpos físicos, somos influenciados pela ação dessas energias desde o momento do nascimento. Quando nossa personalidade (a personagem desta existência) começa a ser definida, uma das energias elementais predomina – e é a que vai definir, de alguma forma, nosso “arquétipo”.


Ao Regente dessa energia predominante, definida no nosso nascimento, denominamos de nosso Orixá pessoal, “Chefe de Cabeça”, “Pai ou Mãe de Cabeça”, ou o nome esotérico “ELEDÁ”. A forma como nosso corpo reage às diversas situações durante esta encarnação, tanto física quanto emocionalmente, está ligada ao “arquétipo”, ou à personalidade e características emocionais que conhecemos através das lendas africanas sobre os Orixás.

 O orixá pessoal é uma manifestação de dentro para fora, do Eu de cada um ligado ao orixá divinizado.

Nosso Orixá é nossa única ponte com Olodumare (deus primordial), nosso Ekuru é nossa ponte com nosso Orixá.






A Morte
Indubitavelmente um dos maiores descobrimentos do Século XX foi a estrutura de dupla hélice do DNA – a chamada base de construção da vida. A beleza e elegância dos dois fios do DNA trançados em espiral um em torno do outro apresenta um maravilhoso símbolo do desenvolvimento da vida, não somente da construção de formas biológicas, mas também a evolução daquilo que existe como causa primária, a consciência. Porque se adicionarmos o empuxo da evolução ao ritmo dos ciclos da natureza, o círculo da vida é transformado numa contínua espiral rotatória através da qual a consciência se expressa.


Aprofundando mais neste símbolo, se os dois fios espiralados forem entendidos como entrelaçando espírito e matéria, a consciência pode ser vista como o efeito resultante da evolução desta interação. Temos aqui uma estimulante perspectiva sobre o nobre caminho do meio ensinado pelo Buda, o desafio de trilhar o caminho de maneira eqüidistante entre estes pares de opostos – as duas grandes linhas de força – tal como se expressam em qualquer nível, contrabalançando e relacionando-os entre si numa expressão harmoniosa. Assim como o Buda, o Cristo e outros grandes guias espirituais, também cada unidade de consciência evolui através deste grande processo espiral – a soma total da manifestação planetária avançando lentamente numa viagem de redenção espiritual.


Esta evolução super abrangente requer o constante desprender de formas e a aquisição de novas, à medida que novas combinações de matéria e espírito proporcionem veículos mais refinados para expressar o desenvolvimento da consciência. Quando a potência de uma forma está exaurida e não é mais adequada, a forma é descartada e uma mais apropriada é adquirida. Este é o princípio fundamental por trás do processo de morte e renascimento em todos níveis da natureza. Onde exatamente esta espiral leva ou termina ninguém na realidade sabe; tudo que pode ser dito é que o próximo passo está sempre mais à frente, lentamente percebido na medida que somos impulsionados para frente pelo poder da própria vida.


Desafortunadamente a sociedade secular tem, de maneira progressiva, se isolado do processo cíclico de vida e morte que caracteriza nossa ascensão na espiral. Sempre em busca de novas sensações, nosso irrefreável séqüito de materialismo tem resultado numa identificação muito forte com nosso corpo, nos enredado nos seus sentidos e conseqüentemente perdido o contato com nossa natureza interior. O propósito dos sentidos é informar, não aprisionar, e somente nos desembaraçando deles e interiorizando a nossa linha de investigação, podemos ter esperança de recuperar alguma verdadeira compreensão da natureza da morte. Temos que despertar os sentidos esotéricos interiores e seguir a sua orientação a fim de contatar o núcleo imortal do nosso ser que permanece inabalável e sereno durante os longos ciclos de vida, morte e renascimento. Então podemos conhecer em primeira mão a entrada numa vida mais grandiosa – o formoso segredo que encobre o processo da morte.


Somente pela compreensão da vida após a morte como uma extensão da vida, é que a morte pode ser entendida como simplesmente uma transição – uma relocação da consciência de uma área da divina espiral a outra. Neste sentido morte é simplesmente a libertação da limitação, da qual temos uma experiência parcial todas as noites durante as horas de sono. Morte e sono são fundamentalmente o mesmo, sem diferença, exceto em grau; ... sono é uma morte imperfeita e morte é um sono perfeito. Esta é a principal questão em todo ensinamento sobre a morte... Morte não é o oposto de Vida, mas atualmente é um dos modos de viver – uma modificação de consciência, uma mudança de uma fase da vida a outra pela subserviência ao carma, ao destino... Nossos corpos estão em constante estado de mudança, seus átomos estão num processo contínuo de renovação... Mesmo enquanto encarnados estamos vivendo no meio de incontáveis mortes diminutas.


Morte é, na realidade, deterioração no tempo e espaço e se deve à tendência do espírito-matéria a se isolar, enquanto em manifestação. Este enunciado reflete todo o processo da jornada da Vida – (involução) entrada na forma e num estado de consciência cada vez mais individualista e separado, e então (evolução) de volta à unidade levando conosco os frutos da nossa experiência como agregado de aprimoramento e qualidade. Quando reconhecemos este ciclo podemos, deliberadamente, nos alinhar com a onda evolucionária e superar esta tendência de isolamento do espírito-matéria. Focalizando na alma, o ponto de relacionamento de consciência intermediário entre ambos, nossa visão expandida revela a grande verdade dos ensinamentos da Sabedoria Antiga que mente-corpo-alma são a Trindade sintetizada pela Vida que permeia tudo. Então, morte é entendida como parte do processo da vida, a grande força de liberação que re-focaliza firmemente a consciência em pontos mais altos da espiral entre os pólos do espírito e matéria.

O medo e o horror da morte podem então desaparecer à medida que a consciência de orientação espiritual, a alma, tornar-se realmente conhecida em nossa percepção. O medo é o resultado da identificação com a natureza temporária da forma – nossa própria forma que dá origem ao senso de personalidade, as formas e personalidades daqueles que amamos, e as formas familiares do nosso entorno e meio ambiente. Entretanto, o amor que é da alma opõe-se a esse apego, e a esperança do futuro e nossa libertação das limitações do passado está nesta substituição de ênfase para a transcendência da alma. À medida que avançamos para esse momento quando o aspecto encarnado da alma puder viver conscientemente, construtiva e divinamente em veículos materiais em evolução, o sofrimento, a solidão e a sensação de perda pela morte desaparecerão regularmente. Então, consideraremos a forma simplesmente como uma faceta temporária de oportunidade divina, a personalidade como uma máscara temporária da alma, e conheceremos um novo e mais alegre enfoque da grande experiência que chamamos morte. A morte será entendida como parte da jornada espiritual – a alma levando repetidamente de volta à realidade um fragmento de si mesma para aprender, servir e enriquecer a sua experiência e então, através da morte assimilar os resultados dos seus esforços para promover progresso na espiral do mistério da vida.

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