Nanã Buruku é sem dúvida muito antiga, cujo o erudito freqüentemente é ligado ao de Omolu.
Seus distintivos são muito diversos, e também não é fácil determinar seu espaço de origem.
Orixa dos mistérios é uma divindade de origem simultânea à criação do mundo, pois quando Odudua separou a água parada, que já existia, e liberou o saco de criação a terra, no ponto de contato desses dois elementos formou-se a lama dos pântanos, local onde se encontram os maiores fundamentos de Nanã.
Senhora de muitos búzios, Nanã sintetiza em contigo a morte, fecundidade e riqueza. Seu nome designa pessoas idosas e respeitáveis e, para os povos jêje, da região do antigo Daomé, significa mãe.
Sendo as mais antigas divindades das águas, ela representa a memória ancestral de nosso povo; é a mãe antiga.
É a mãe dos orixás Iroko, Obaluayê e Oxumaré, é respeitada como mãe de todos os outros orixás.
Nanã é o princípio, meio e o fim; o nascimento, a vida e a morte.
Ela é a dona do Axé por ser o orixá que dá vida e a sobrevivência, a senhora dos Ibás que permite o nascimento dos deuses e dos homens As águas paradas e lamacentas dos pântanos tem um aspecto morto e à primeira vista ninguém imagina que por trás daquelas águas possa existir a vida, que sob a benção de Nanã a vida de plantas de grande fundamento como o oxibatá e oju-oro é possível.
Essas plantas buscam nas profundezas das lagoas, na lama, a vida e o sustento.
Nanã é a alma da água que permite ao oju-oro e ao oxibatá nascer, viver e florescer.
Entre os símbolos de Nanã está o ibiri, que é feito com palitos do dendezeiro e nasceu junto com ela, na sua placenta.
Ele representa a multidão de Egum, que são seus filhos na terra dos homens, e Nanã o carrega como mimasse uma menino.
Os búzios que simbolizam morte por estarem vazios e fertilidade porque lembram os órgãos genitais femininos também pertencem a Nanã.
Contudo, o símbolo que melhor sintetiza o caráter de Nanã é o grão, pois ela domina também a agricultura e todo o grão tem que morrer para germinar.
Nanã assegura uma vida saudável e com bastante força àqueles que a agradam; pode ajudar na maternidade, principalmente quando tudo indicam que a criança não vai vingar, mas sua principal função é garantir o grão e o pão de cada dia a todos os que merecem.
Nana não roda na cabeça de homem, aliás, Nanã abomina a figura masculina, pois o homem, através do esperma, líquido que símbolo de Oxalá, semeia o óvulo e gera uma nova vida.
Nanã é a morte que reside no âmago da vida, que possibilita o renascimento.
A vida e tudo que a representa - o esperma e o sangue - são considerados tabus para Nanã que não roda na cabeça de homem.
Seus adeptos dançam com a distinção que convém a uma senhora idosa e respeitável.
Seus movimentos lembram uns andares lentos e penosos, apoiados num bastão imaginário que os dançarinos, curvados para frente, parecem puxar para si.
Arquétipos dos filhos e das filhas: Os/as filhos/as de Nanã são pessoas extremamente calmas, tão lentas no cumprimento de suas tarefas que chegam a irritar.
Agem com benevolência, dignidade e gentileza.
Gostam de crianças, e educam com uma dose de doçura e mansidão.
Podem apresentar problemas de envelhecimento precoce, e ou problemas reumáticos.
Seus filhos também possui um certo exagero em guardar rancores, mais longo perdoam, principalmente as pessoas que amam.
São bondosas, decididas, simpáticas e principalmente respeitáveis.
Aspectos Gerais:
Dia – Sábado;
Data – 26 de junho;
Metal – Latão;
Cores – Branco e Azul (Preto ou Roxo);
Pedras – Ametista;
Odu que rege – Odilobá;
Domínios – Vida e morte, saúde e maternidade;
Saudação – Saluba.
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