Um dia, Òlorun convocou os Irúnmole para transmitir o Asé do destino a cada um dele.
Todos os Orishas queriam o axé e foram procurar seus adivinhos para saber como fariam para obter esta força, então foi recomendado que, ao levantar antes do sol nascer, cada um deveria oferecer um Obì e com ele jogar.
O único que conseguiu acordar antes do sol nascer foi Orì, e fez o que havia sido prescrito.
Os outros Orishas só conseguiram acordar depois que o sol havia nascido, e, Orì já se encontrava diante de Olorun aprendendo a manipular o destino.
Os outros Orishas ficarão inconformados e foram procurar Olodumare e este concordou em transmitir o mesmo a eles também, então chamou Orí e juntos transmitiram Axé aos Orishas, Shango ficou o domínio dos raios e ventos, a Oyá, as tempestades, centelhas e ventanias, a Oshún a fertilidade, as águas doces, a riqueza, a Ogún o domínio das guerras, dos metais(ferro), a Elegúa a chave dos caminhos, a Oshossí a caça, etc.
Ficou assim, Orí, o único detentor de todos os poderes inclusive o de manipular o destino, tornando-se o Orisha mais importante em relação aos outros Orishas.
Ori transmiti seu Axé a cabeça de cada Imolé, que a partir de então passaram a ser cultuado como Orishas e assim até hoje.
Entendemos que cada ser criado por Olodumare possui o eu Orí, seu destino, algo que é individual, é como a impressão digital de cada ser.
Orí tem o poder desde antes do ser tomar forma, é ele o primeiro a vir ao mundo quando no momento do nascimento e que acompanha até mesmo após a morte, se meu Orí não permitir que eu seja ajudado, eu não serei.
Se meu Ori não permitir que meu Orisha receba oferenda, ele não receberá.
Se meu Orí não permitir que eu trilhe determinado caminho, eu não o farei.
Assim sendo, Orí, importantíssimo, o primeiro a ser cultuado.
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