CASA PODEROSA DOS FILHOS DE YEMANJÁ

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sábado, 2 de agosto de 2014

Lenda da Deusa matriarca Nanã !!!



E, mas uma vez, vemos Ogum numa historia. 

Viajante, conquistador, numa de suas viagens, ogum aproximou-se das terras de Nanã. 

Sabia que o lugar era governado por uma velha e poderosa senhora. 


Se quisesse, não seria difícil tomar as terras de Nanã pois, para Ogum, não havia exercito, nem força que o detivesse. 


Mas  Ogum estava ali apenas de passagem. Seu destino era outro, mas seu caminho atravessava as terras de Nanã. 


Isto ele não podia evitar e nem o  importava, uma vez que nada o assustava e Ogum nada temia. 


Na saída da floresta, Ogum deparou-se com um pântano, lamacento e traiçoeiro, limite do inicio das terras de Nanã.

 Era por ali que teria que passar. 

Seu caminho, em linha reta, era aquele – por pior que fosse e não importando quem dominava o lugar. 

O destino e objetivo de Ogum  era o que realmente lhe importavam. 


Parou à beira do pântano e já ia atravessá-lo quando ouviu a voz rouca e firme de Nanã: - Esta terra tem dono. 

Peça licença para penetrar nela! No que Ogum respondeu em voz alta: - Ogum não pede, toma! 

Ogum não pede, exige! 

E não será uma mulher que impedira meu objetivo! 

- Peça licença, jovem guerreiro, ou se arrependerá!,   retrucou Nanã com a voz baixa e pausada. - Ogum não pede licença, avança e conquista! 

Para trás, velha, ou vai conhecer o fio  da minha espada e a ponta de minha lança! 

Dito isto, Ogum avançou pela pântano, atirando lanças com pontas de metal contra Nanã. 

Ela, com as mãos vazias, cerrou os olhos e determinou ao pântano que  tragasse o imprudente e impetuoso guerreiro. 

E assim aconteceu... 

Aos poucos, Ogum foi  sendo tragado pela lama do pântano, obrigando-o a lutar bravamente para salvar sua própria pele, debatendo-se e tentando voltar atrás. 

Ogum lutou muito, observado por Nanã, até que conseguiu salvar sua vida, livrando-se das águas pantanosas e daquela lama que quase o devorava. 

Ofegante e assustado, Ogum foi forçado a recuar, mas sentenciou: - Velha feiticeira! 

Quase me matou! 

Não atravessarei suas terras, mas  vou encher este de pântano de aço pontudo, para que corte sua carne! 

Nanã, impassível e calma, voltou a observar: - Tu és poderoso, jovem e impetuoso, mas precisa aprender a respeitar as coisas. 

Por minhas terras não passarás, garanto! 

E Ogum teve que achar outro caminho, longe das terras de Nanã. 

Esta, por sua vez, aboliu o uso de metais em suas terras.

E, até hoje, nada por ser feito com laminas de metal para Nanã.



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