Ya Mi Agba
Minhas mães feiticeiras
A feitiçaria é considerada antissocial em muitas culturas,
Porém, na sociedade iorubá tradicional, as ajés (feiticeiras) não são execradas, mas constituem.
Um dos pilares essenciais da comunidade.
Evita-se falar mal delas abertamente, pois possuem.
Uma força agressiva perigosa.
É preciso ter para com elas uma atitude de prudente reserva.
Assim, ignora-se o verdadeiro nome das ajés, e preferencialmente chamam de Ya-mi , minha mãe ou Iyami agba, minha mãe ancestral...
O poder das Iyá Mi, representa o próprio poder criador, criativo, que para trazer o novo, precisa destruir o velho.
É a própria ordem natural, o ciclo de vida e Morte que é a síntese do poder feminino.
Em África o culto às mães ancestrais encontra-se, de maneira geral, ligado ao chamado, “culto aos antepassados”, identificado pelos especialistas em quase todo o continente.
Os Ancestrais mortos serviriam como mediadores entre a comunidade e o mundo sobrenatural.
Proveriam acesso à orientação espiritual e poder.
A morte não seria condição suficiente para se Tornar um ancestral.
Somente aqueles que viveram plenamente, cultivaram valores morais, e
conseguiram distinção social poderiam alcançar este status.
Os ancestrais estão aptos a repreender àqueles que negligenciam ou quebram a ordem moral, causando problemas aos seus.
Ya-mi é severa em suas cobranças, má sorte, infertilidade, miséria, doenças e em casos de ataque contra a natureza epidemias, se torna um problema social a fúria das mães ancestrais, são as senhoras dos pássaros da noite os antigos donos do mundo, reza o Itan que Yami em um acordo com Deus, deixaria criar uma espécie sua semelhança, desde que esta não utilizasse seu poder, contra a obra, o Orum Aiyê, contra o planeta em que vivemos e então Eledumare dividiu o poder sobre seus novos filhos com Yami , quando desrespeitamos nossas mães ancestrais somos punidos.
Ya oiyo, Ya sagba, Ya Jagurá, Ya Ijimun, Ya mesan Orun e Ya Jaosiy são:
Ancestrais que se tornaram humanas e mais tarde se Divinizarão como Oriṣas, Voduns e Nkisiys.
As Yas gostam de fios de corais que relembram a primeira forma de vida na terra milhões de anos antes da humanidade, quando apenas elas reinavam sobre o planeta, são representadas pela cor vermelha, pois lembra o poder genitor feminino.
A característica de velhas feiticeiras está ligada à concepção africana de que a sabedoria e acúmulo de poder só vêm com a idade, com a experiência de vida.
Assim, as Mães Ancestrais por ter vivido muito tempo, por conhecerem os segredos da vida, são feiticeiras, ou seja, podem manipular através da magia, o nascimento e a morte.
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