Osun, Oshun, Ochun ou Oxum, na Mitologia Yoruba é um orixá feminino. O seu nome deriva do rio Osun, que corre na Iorubalândia, região nigeriana de Ijexá e Ijebu. Identificada no jogo do merindilogun pelos odu ejioko e Ôxê, é representada pelo candomblé, material e imaterialmente, por meio do assentamento sagrado denominado igba oxum.
Rio Osun em Osogbo .É tida como um único Orixá que tomaria o nome de acordo com a cidade por onde corre o rio, ou que seriam dezesseis e o nome se relacionaria a uma profundidade desse rio. As mais velhas ou mais antigas são encontradas nos locais mais profundos (Ibu), enquanto as mais jovens e guerreiras respondem pelos locais mais rasos. Ex.: Osun Osogbo, Osun Opara ou Apara, Yeye Iponda, Yeye Kare, Yeye Ipetu, etc.
Em sua obra Notas Sobre o Culto aos Orixás e Voduns, Pierre Fatumbi Verger escreve que os tesouros de Oxum são guardados no palácio do rei Ataojá.
O templo situa-se em frente e contém uma série de estátuas esculpidas em madeira, representando diversos Orixás: “Osun Osogbo, que tem as orelhas grandes para melhor ouvir os pedidos, e grandes olhos, para tudo ver.
Ela carrega uma espada para defender seu povo.”
O Festival de Osun é realizado anualmente na cidade de Osogbo, Nigéria.
O Bosque Sagrado de Osun-Osogbo, onde se encontra o Templo de Osun, é Patrimônio Mundial da UNESCO desde 2005.
Oxum é um Orixá feminino da nação Ijexá, adotada e cultuada em todas as religiões afro-brasileiras.
É o Orixá das águas doces dos rios e cachoeiras, da riqueza, do amor, da prosperidade e da beleza.
Em Oxum, os fiéis buscam auxílio para a solução de problemas no amor, uma vez que ela é a responsável pelas uniões, e também na vida financeira, a que se deve sua denominação de “Senhora do Ouro”, que outrora era do Cobre, por ser o metal mais valioso da época.
Na natureza, o culto a Oxum costuma ser realizado nos rios e nas cachoeiras e, mais raramente, próximo às fontes de águas minerais.
Oxum é símbolo da sensibilidade e muitas vezes derrama lágrimas ao incorporar em alguém, característica que se transfere a seus filhos, identificados por chorões.
Candomblé Bantu – a Nkisi Ndandalunda, Senhora da fertilidade e da Lua, muito confundida com Hongolo e Kisimbi, tem semelhanças com Oxum.
Candomblé Ketu – Divindade das águas doces, Oxum é a padroeira da gestação e da fecundidade, recebendo as preces das mulheres que desejam ter filhos e protegendo-as durante a gravidez.
Protege, também, as crianças pequenas até que comecem a falar, sendo carinhosamente chamada de Mamãe por seus devotos.
Abalu
(a mais velha de todas)
ABALÔ
(carrega ogum é uma iansã)
Jumu ou Ijimu
( a mãe de todas, estreita ligação com as Ìyámi)
Aboto ou Oxogbo
(feminina e coquete, ajuda as mulheres terem filhos)
Apara
( a mais jovem e guerreira)
Ajagura
(guerreira)
Yeye Oga
(velha e enquizilada)
Yeye Petu Yeye Kare
(guerreira)
Yeye Oke
(guerreira)
Yeye Onira
(guerreira)
Yeye Oloko
(vive nas florestas)
Yeye ponda
(esposa de Oxóssi Ibualama, guerreira e porta um leque)
Rainha na cidade de Pondá, dona do rio Pondá, Yeye Ipondá rivaliza com yeye Opará quando seus rios se encontram.
Yeye Ipondá é guerreira, vaidosa ao excesso, aponta sua espada para qualquer um e desafia o intruso.
Muito ligada a Owárìs e Igbòálàmà, adora roupas douradas c/ branco e não responde no jogo mais de uma vez, ou seja, se ela responder entenda rápido pois ela não repetirá o que já respondeu.
Se irrita ao ser puxada numa roda de candomblé, gosta de ser a primeira se tiver outra Oxum na sala e conte com ela sempre quando se tratar de uma criança.
Não perdoa um filho que não respeita ou quebra os seus preceitos e sua liturgia.
Ponda ou Ypondá ou Pandá: Esposa de Oxossi Ibualama.
Porta um leque.
É Mãe de Logun-Edé e com sua espada guerreia bravamente.
Vive no mato com seu marido.
Veste amarelo-ouro e azul-claro na barra da saia.
Relacionada ao fogo e aos cemitérios, tem ligação com Egun.
A pata é a sua maior quizila, seu bicho de fundamento é a tartaruga.
É uma jovem da cidade de Iponda.
Tem ligação com Ogum, Oyá, Oxossi e Oxaguiã.
Come com Iyemonjá e Oxalá.
Alguns dizem ser companheira de Omulu, muito feiticeira tendo ligação com o fogo.
Outra lenda conta:
“Ypondá e Opará disputavam o mesmo amor.
Em um determinado dia, Ypondá deu-se conta de que os olhos de Opará brilhavam muito quando avistava Erinlé, o Odé preferido de Ypondá.
Ypondá muito faceira e perigosa, andava sempre armada com seu par de fisgas (espécie de arpão), chamou Opará até próximo a ela e pediu que se ajoelhasse, Opará sem entender, cumpriu o que a Osun mais velha solicitou, nesta fase, Opará era uma espécie de dama de companhia de Ypondá.
Opará muito jovem e bela sempre afoita e guerreira ficava sempre sentada aos pés de Ypondá, ao abaixar-se, Ypondá fisgou-lhe as duas vistas e arrancou fora, tornando-se então Opará a Osun cega, por isso, dentro de seu Igbá põe-se um par de olhos.
Onira revoltada com tal situação tenta comprar a briga de Opará, lançando raios contra Ypondá, e queimando os pés de minha senhora, Ypondá por sua vez muitíssimo inteligente mira o abebé dela contra os raios de Oyá e a cega também, desde então Opará e Oyá guiam-se uma a outra, fazem companhia, são inseparáveis.
A esta Oya damos o nome de Onira que é uma Oya Olodo (ou seja das águas) mas veja bem existem dois caminhos de Opará:
Opará Hubjebé a que vem com Oyá
Opará Akurálonà a que vem com Ogun
Yeye Merin ou Iberin
(feminina e coquete)
Yeye Àyálá ou Ìyánlá
(a avó, que foi mulher de Ogum )
Yeye Lokun ou Pòpòlókun
(que não desce sobre a cabeça de suas filhas)
Yeye Odo
(dos perdões)
Ominibu ou Minibu
(Epíteto da Osun. Tem ligação com Oyá. Carrega os apetebis)
Oxum no Batuque, orixá da riqueza, do ouro e das águas doces. Rege a fecundidade protege o feto e a criança durante a gestação. Mulheres grávidas ou que querem engravidar recorrem a Oxum para que lhe dê proteção.
Qualidades de Oxum no Batuque:
Oxum Docô: matriarca e idosa. Oxum Pandá: moça, coquete e vaidosa
Oxum Demum: entre Pandá e Docô, Oxum de meia idade – caminhos somente com Ossain
Oxum Pandá – oxum criança
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