CASA PODEROSA DOS FILHOS DE YEMANJÁ

CASA PODEROSA DOS FILHOS DE YEMANJÁ

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Fevereiro o mês de Yemanjá ( "YEMOJÁ" )


"YEMOJÁ"





O cristal representa seu poder genitor e sua interioridade (filhos contidos em si mesma). Representa a gestação e a procriação. Em alguns mitos considera-se mulher de Òrányàn (descendente de Oduduá e fundador de Oyó) de quem ela concebeu Sàngó (Ancestre dicino da dinastia dos Àlàfin de Òyó).

A mãe dos orixás, esposa de Òrìnsànlá. No Brasil é a deusa do mar, da água salgada, enquanto na Nigéria, a deusa de um rio, e orixá dos Egbá, onde existe o rio Yemojà. Também a deusa do encontro das águas do rio e do mar.

A mais antiga é Iyá Sagba, que quer dizer, A Mãe que passeia sobre as ondas.

Suas cores são o azul claro, branco e azul e o cristal, sua saudação, Odoyiá = Mãe do rio. Sábado é o seu dia consagrado, juntamente com outras divindades femininas. Sei dia consagrado é 2 de fevereiro.

Segundo algumas fontes; Orixá dos rios e correntes, especialmente do Rio Ogun, na África seria folha de Obatalá e Oduduwá, casada com Oranyian, fundador mítico de Oyó, teria sido esposa de Aganjú, e com ele teve um filho Orùngan, que a violou e dela são descendentes outros quinze orixás: Dadá, Sangó, Ògún, Olokun, Olosá, Oyá, Òsun , Obá, Oko, Oke, Saponan; Òrun (sol) e Osupá (lua); Ososo e Aje Saluga (orixá da riqueza). Seus diversos nomes são relativos aos diferentes lugares profundos (ibù) do rio.



Qualidades: 7 conhecidas, seus nomes diferem conforme região.

1) Yemoja Ogunte (esposa de Ogum Alagbedé)

2) Yemoja Saba (fiadeira de algodão, foi esposa de Orunmilá)

3) Yemoja Sesu/Susure (voluntariosa e respeitável, mensageira de olokun)

4) Yemoja Tuman/Aynu/Iewa

5) Yemoja Ataramogba/Iyáku (vive na espuma da ressaca da maré)

6) Iya Masemale/Iamasse (mãe de Xangô)

7) Awoyó/Iemowo (a mais velha de todas, esposa de Oxalá





LENDAS DE YEMANJA



1-Yemanjá e Okere

Odo Iyá Yemanjá Ataramagbá, ajajê lodô, ajejê nilê!


 Iemanjá era a filha de Olokum, a deusa do mar.

Em Ifé, ela tornou-se a esposa de Olofin-Odudua, com o qual teve dez filhos.

Estas crianças receberam nomes simbólicos e todos tornaram-se orixás.

De tanto amamentar seus filhos, os seios de Iemanjá tornaram-se imensos. Cansada da sua estadia em Ifé, Iemanjá fugiu na direção do entardecer-da-terra, como os iorubas designam o Oeste, chegando a Abeokutá.
Ao norte de Abeokutá, vivia Okere, rei de Xaki.

Iemanjá continuava muito bonita.

Okere desejou-a e propôs-lhe casamento.

Iemanjá aceitou mas, impondo uma condição, disse-lhe:

Jamais você ridicularizará da imensidão dos meus seios.

Mas, um dia, ele bebeu vinho de palma em excesso. Voltou para casa bêbado e titubeante.

Ele não sabia mais o que fazia

Ele não sabia mais o que dizia.

Tropeçando em Iemanjá, esta chamou-o de bêbado e imprestável.

Okere, vexado, gritou:

Você, com seus seios compridos e balançantes!

Você, com seus seios grandes e trêmulos!

Iemanjá, ofendida, fugiu em disparada.



Antes do seu primeiro casamento, Iemanjá recebera de sua mãe, Olokum, uma garrafa contendo uma poção mágica pois, dissera-lhe esta:

Nunca se sabe o que pode acontecer amanha.

Em caso de necessidade, quebre a garrafa, jogando-a no chão.

Em sua fuga, Iemanjá tropeçou e caiu.

A garrafa quebrou-se e dela nasceu um rio.

As águas tumultuadas deste rio levaram Iemanjá em direção ao oceano, residência de sua mãe Olokum.

Okere, contrariado, queria impedir a fuga de sua mulher.

Querendo barrar-lhe o caminho, ele transformou-se numa colina, chamada, ainda hoje, Okere, e colocou-se no seu caminho.

Iemanjá quis passar pela direita, Okere deslocou-se para a direita.

Iemanjá quis passar pela esquerda, Okere deslocou-se para a esquerda.

Iemanjá, vendo assim bloqueado seu caminho para a casa materna, chamou Xangô, o mais poderoso dos seus filhos.

Kawo Kabiyesi Sango, Kawo Kabiyesi Obá Kossô!

Saudemos o Rei Xangô, saudemos o Rei de Kossô!

Xangô veio com dignidade e seguro do seu poder.

Ele pediu uma oferenda de um carneiro e quatro galos, um prato de amalá, preparado com farinha de inhame, e um prato de gbeguiri, feito com feijão e cebola.

E declarou que, no dia seguinte, Iemanjá encontraria por onde passar.

Nesse dia, Xangô desfez todos os nós que prendiam as amarras da chuva.

Começaram a aparecer nuvens dos lados da manhã e da tarde do dia.

Começaram a aparecer nuvens da direita e da esquerda do dia.

Quando todas elas estavam reunidas, chegou Xangô com seu raio.

Ouviu-se então: Kakara rá rá rá

Ele havia lançado seu raio sobre a colina Okere.

Ela abriu-se em duas e

Iemanjá foi-se para o mar de sua mãe Olokum.

Aí ficou e recusa-se, desde então, a voltar em terra.

Seus filhos chamam-na e saúdam-na:



Odo Iyá, a Mãe do rio, ela não volta mais.

Iemanjá, a rainha das águas, que usa roupas cobertas de pérola.

Nenhum comentário:

Postar um comentário