CASA PODEROSA DOS FILHOS DE YEMANJÁ

CASA PODEROSA DOS FILHOS DE YEMANJÁ

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Fevereiro o mês de Yemanjá ( Grandes campanhas de conscientização vem sendo realizadas no sentido de se pensar na preservação do Meio Ambiente. )










                               Presentes à Yemanjá em todo o Brasil.




                                           



 Grandes campanhas de conscientização vem sendo realizadas no sentido de se pensar na preservação do Meio Ambiente.

Desde que Yemanjá assumiu no Brasil o reino das águas salgadas e padroeira da pesca e dos pescadores, iniciou-se seu culto no mar. Vale lembrar que os adeptos do Candomblé e da Umbanda costumam levar presentes e oferendas a cada Orixá no seu “meio natural”, assim a Iemanjá, evidentemente, levam na praia e no mar.




Na Bahia e em Pernambuco, onde as raízes religiosas africanas se fincaram com maior força, dispondo assim de um segmento de fiéis mais significativo, mas também Alagoas, Maranhão, Rio Grande do Sul e São Paulo, a festa da Mãe de Todas as Águas encontra receptividade popular cada vez mais crescente, no dia 2 de fevereiro, principalmente em Salvador, dia de Nossa Senhora das Candeias. No Recife, São Paulo e outros locais a festa se faz dia 8 de dezembro, dia de Nossa Senhora da Conceição.




A festa do Rio Vermelho em Salvador, a 2 de fevereiro, é a mais antiga festa documentada; já havia referência dela em 1896. A festa de Iemanjá encerra um ciclo de festas em Salvador que inicia-se em 4 de dezembro com a festa de Santa Bárbara (Yansan). Após a Festa de Yansan, os baianos realizam em 8 de dezembro a festa em louvor a Nossa Senhora da Conceição da Praia, sincretizada com Oxum. Na terceira quinta-feira do mês de janeiro ocorre a festa da Lavagem do Bonfim, que juntamente com a Festa de Yemanjá, é uma das mais importantes festas religiosas da Bahia.




Em São Paulo, no Balneário Turístico de Cidade Ocian (Praia Grande), a Festa de Yemanjá é realizada anualmente, nos dois primeiros finais de semana de dezembro, visto ser 8 de dezembro o dia consagrado à Imaculada Conceição com a qual ela é sincretizada. Independentemente das condições climáticas, centenas de pessoas, pertencentes a terreiros, na maioria de Umbanda, descem a serra que os leva ao mar, e com fervor próprio de quem se aventura a ficar longas horas a beira-mar e a mercê das intempéries, têm como único objetivo saudar Yemanjá, a Rainha do Mar.



Devido sobretudo à expansão da Umbanda, as Festas de Yemanjá nas praias hoje acontecem ao longo de toda a costa brasileira, assim como em cidades litorâneas do Uruguai e da Argentina. Nestas cidades vamos encontrar alguma estátua de Yemanjá erguida por iniciativa de federações de Umbanda e Candomblé e ou do poder público municipal. Há estátuas que seguem a forma de Yemanjá-Sereia, como aqueles encontradas em diversos pontos de Salvador, ou a Yemanjá da Umbanda (mulher branca, de longos cabelos lisos e roupa azul). Mesmo quando não há mar por perto, a Festa de Yemanjá pode ser celebrada, com estátua e tudo, como ocorre em Brasília junto ao lago Paranoá.



No mar, durante suas festas anuais, as pessoas entregam para Yemanjá uma quantidade sem fim de oferendas, mas principalmente flores, perfumes, velas, bonecas, espelhos, bijuterias, comidas e até dinheiro. Grandes balaios são enfeitados com fitas, tecidos coloridos abrigando essas oferendas. Desde a mais simples oferta até aquelas mais elaboradas, o importante é saudar a Rainha do Mar.



Grandes campanhas de conscientização vem sendo realizadas no sentido de se pensar na preservação do Meio Ambiente e quais os objetos entregues como presente aos Orixás, contribuem ou não para a manutenção da Natureza



Reveillon

Não só nas datas das Nossas Senhoras com as quais Yemanjá é sincretizada, a Rainha do Mar é lembrada, todo ano, na passagem de 31 de dezembro. Milhares de pessoas dirigem-se às praias, em toda costa brasileira, para receber o ano que vai começar, fazendo oferendas à Yemanjá. Coberta pela mídia, esta festa desemboca nas residências através da televisão, mais como espetáculo, num repertório de imagens que muitas vezes não deixa transparecer a verdadeira questão da fé das pessoas em Yemanjá.



Fonte: Le Monde Diplomatique – Yemanjá, A Mãe Poderosa – Armando Vallado

Imagens: Felipe Gesteira

Revista Raiz

Carlos Miranda Reporter

Pátio Eduvale



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