CASA PODEROSA DOS FILHOS DE YEMANJÁ

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quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Mercado de Trabalho e Igualdade Racial




No Dia da Consciência Negra, no próximo dia 20, a CUT-DF lança a cartilha Mercado de Trabalho e Igualdade Racial.

Para nós, dirigentes da Central, tanto a data como a publicação têm o mesmo objetivo: chacoalhar a sociedade, especialmente os trabalhadores, para intensificar a luta contra o racismo, a discriminação e a desigualdade que, apesar de alguns avanços, persistem com vigor e crueldade em todo o mercado de trabalho e em todos os setores sociais, como na Educação.

Essa é uma batalha que nós, trabalhadores, temos de enfrentar no dia-a-dia, com vigilância e coragem redobradas. 

Percebemos a discriminação e a desigualdade no processo de seleção de empregados, no ambiente de trabalho, na falta de oportunidades de crescimento na carreira, nas diferenças salariais desfavoráveis aos negros e, mais acentuadamente, às mulheres negras, nas áreas de atendimento ao público, no acesso a bens e serviços.

Se houve alguma melhora e implementação de algumas políticas afirmativas em diferentes níveis de governo nas últimas décadas, é porque ocorreu aumento da consciência e do engajamento na luta desenvolvida pelo movimento negro e pelas entidades sindicais. 

A história mostra que todas as conquistas serão sempre resultado da capacidade de luta dos subjugados e explorados.

O enfrentamento a discriminação racial precisa caminhar com a luta dos trabalhadores no combate a todas as formas de exploração das forças de trabalho. 

É para contribuir nesse sentido que a CUT editou a cartilha. 

A publicação contém o retrato da desigualdade racial no mercado e  informações sobre experiências de algumas categorias em relação à questão racial. 

Assim, oferece subsídios para nossos militantes e dirigentes sindicais tratarem essas questões no cotidiano e, principalmente, pautar reivindicações nas negociações coletivas.


Desejamos estimular cada vez mais esse debate, buscando ampliar a mobilização dos dirigentes sindicais e trabalhadores e implementar novas e mais ações de combate ao racismo. 

Não haverá uma sociedade justa, igualitária, sem direitos e oportunidades iguais para todos.


Escrito por: Marcos Junio Duarte Nouzinho, Secretário de Combate ao Racismo da CUT-DF
08/11/2012




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