A Importância de Èsù na Porteira dos Terreiros
Já falamos nesse espaço sobre a importância de jogarmos água à rua, por exemplo quando chegamos na Casa de Candomblé.
Na ocasião, explicamos que estamos pedindo licença aos donos da Porteira, em especial à Èsù.
Hoje vamos falar um pouco a razão da existência de Èsù na porteira, tendo obviamente, todo o cuidado de não explanar aquilo que não é permitido, o chamado mistério da nossa religião.
Uma história Nago conta que havia um grande sábio, que em razão do seu surpreendente conhecimento era invejado por muitos, até mesmo pala Morte (Iku) e pela Doença (Arun).
Ao saber disso, esse grande sábio consultou um Babalorisa, intentando saber o que fazer para afastar um possível mal à sua integridade física.
O Deus da Adivinhação, por meio do jogo, disse que ele seria atacado por Arun (a doença) e em seguida por Iku (a morte) e que para conseguir escapar, ele deveria realizar uma oferenda à dois Èsù, colocando um na entrada principal da sua casa e outro na entrada dos fundos.
Assim o sábio fez, com o auxílio do Sacerdote.
No dia seguinte, Arun foi à casa do sábio e, ao chegar na porta de entrada, deparou-se com Èsù. Arun disse: “Me dê licença Èsù, pois quero entrar”.
Èsù, que havia recebido as oferendas do sábio, disse à Arun que não permitia a sua entrada, que desse meia volta.
Arun no entanto, não se deu por contente e tentou entrar pela porta dos fundos, mas lá, o outro Èsù também não deixou Arun entrar.
Iku, fez o mesmo que Arun e não conseguiu entrar na casa do sábio.
Desde aquele dia, Èsù está na porteira dos sábios, evitando que coisas negativas entrem.
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