CASA PODEROSA DOS FILHOS DE YEMANJÁ

CASA PODEROSA DOS FILHOS DE YEMANJÁ

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Àdúrà ti Òsùmàrè


Adúrá ti Nàná


Ádúrà ti Omolú


ADURÁ

PARA REZAR SEMPRE QUE PUDER E DESEJAR:

ADURÁ GBOGBO ORISÁ ASÉ

ASE, ASE O, ASE FUN O
ASE ESU LAROYE YOO BA O GBE LAYE
ASE, ASE O, ASE FUN O
ASE OGUN ALAKAIYE YOO BA O GBE LAYE
ASE, ASE O, ASE FUN O
ASE OSOOSI YOO BA O GBE LAYE
ASE, ASE O, ASE FUN O
ASE OSONIYN A YOO BA O GBE LAYE
ASE, ASE O, ASE FUN O
ASE OLOGUNEDE YOO BA O GBE LAYE
ASE, ASE O, ASE FUN O
ASE OBALUWAYE YOO BA O GBE LAYE
ASE, ASE O, ASE FUN O
ASE OMOLU YOO BA O GBE LAYE
ASE, ASE O, ASE FUN O
ASE OSUMARE YOO BA O GBE LAYE
ASE, ASE O, ASE FUN O
ASE SONGO YOO BA O GBE LAYE
ASE, ASE O, ASE FUN O
ASE OYA YOO BA O GBE LAYE
ASE, ASE O, ASE FUN O
ASE OBA YOO BA O GBE LAYE
ASE, ASE O, ASE FUN O
ASE YEWA YOO BA O GBE LAYE
ASE, ASE O, ASE FUN O
ASE OSUN YOO BA O GBE LAYE
ASE, ASE O, ASE FUN O
ASE YEMOJA YOO BA O GBE LAYE
ASE, ASE O, ASE FUN O
ASE NANÁ YOO BA O GBE LAYE
ASE, ASE O, ASE FUN O
ASE OBATALA OBATARISA YOO BA O GBE LAYE
ASE, ASE O, ASE FUN O
ASE IFÁ YOO BA O GBE LAYE
ASE, ASE O, ASE FUN O
ASE ORÍ YOO BA O GBE LAYE
ASE, ASE O, ASE FUN O
ASE OKANLENIGBA IMALE YOO BA O GBE LAYE
ASE, ASE O, ASE FUN O

TRADUÇÃO
Assim será, assim será, assim será pra você.
O asé de Esú vai acompanhar você por toda a vida.
Assim será, assim será, assim será pra você.
O asé de Ogum vai acompanhar você por toda a vida.
Assim será, assim será, assim será pra você.
O asé de Osoosi vai acompanhar você por toda a vida.
Assim será, assim será, assim será pra você.
O asé de Ossanhe vai acompanhar você por toda a vida.
Assim será, assim será, assim será pra você.
O asé de Logun-edé vai acompanhar você por toda a vida.
Assim será, assim será, assim será pra você.
O asé de Obaluae vai acompanhar você por toda a vida.
Assim será, assim será, assim será pra você.
O asé de Omolú vai acompanhar você por toda a vida.
Assim será, assim será, assim será pra você.
O axé de Osumaré vai acompanhar você por toda a vida.
Assim será, assim será, assim será pra você.
O asé de Sangô vai acompanhar você por toda a vida.
Assim será, assim será, assim será pra você.
O asé de Oiá vai acompanhar você por toda a vida.
Assim será, assim será, assim será pra você.
O asé de Obá vai acompanhar você por toda a vida.
Assim será, assim será, assim será pra você.
O axé de Ewá vai acompanhar você por toda a vida.
Assim será, assim será, assim será pra você.
O axé de Oxum vai acompanhar você por toda a vida.
Assim será, assim será, assim será pra você.
O asé de Iemanja vai acompanhar você por toda a vida.
Assim será, assim será, assim será pra você.
O asé de Nanã vai acompanhar você por toda a vida.
Assim será, assim será, assim será pra você.
O asé de Osalá vai acompanhar você por toda a vida.
Assim será, assim será, assim será pra você.
O asé de Ifá vai acompanhar você por toda a vida.
Assim será, assim será, assim será pra você.
O asé de Orí vai acompanhar você por toda a vida.
Assim será, assim será, assim será pra você.
O asé das duzentas e uma divindades vai acompanhar você por toda a vida. Assim será, assim será, assim será pra você.

domingo, 17 de agosto de 2014

MOYUGBA (MOJUGBA)



A palavra Moyugba provem do Yoruba emi - Eu; ayugba - saudações =Eu te saúdo. Cada vez que fazemos qualquer rito, o ato de adoração na religão Yoruba da diáspora o iniciamos com omi tuto, uma libação de água fresca. Quando fazemos a libação se desce o seguinte:.

Omi fun egun, omi fun ile, omi fun gbogbo keke timbelaye timbelese Oloddumare. Omituto, ona tutu, tuto laroye, tuto ile tuto ariku babawa.

A moyugba se divide em três partes. A primeira inicia com uma cumplimentação a Oloddumare, chamando por todos os nomes com o que é alagado, em um ato que reconhece ao Divino Criador e sua onipotência. Aunque ocacionalmente e citado como uma deidade silenciosa e distante, em a tradição Osha Ifá Cubana, Olodumare deve ser reverenciado em todos os rituais, porque sem o Deus Supremo nada e possivel.

Depões de reder homenagem a Olodumare, redemos tributo a dos ancestrais que tiveram um papel importante em o esquema da religão Yoruba o Lucumí. Que são Asedá (Ashedá) e Akodá; quem furão os dos primeiros discípulos de Orunmila, é ajudarão a disseminar a palavra de IFA e sua sabedoria a toda a humanidade.

Continuamos rindendo homenagem ao tempo. Reconhecemos no passado, presente e futuro; A primordial testemunha dos minutos de viaje da humanidade a través da real existência e então pedimos pela existência continuada do mundo e nossa espécie.

Depois, redemos tributo a nossa mãe (Iyatobi) e pãe (Babatobi),os dos seres mais essências, sem os quais não poderemos obviamente existir. Um povo muito orientado na família. Os Yoruba e seus descendentes, e de grão importância e respeito a seus progenitores a quem adoram durante sua vida e continuam adorando depois da morte. Em efeito nossos pães são sagrados como qualquer Orisha.

Quando se rende homenagem Ara - a Terra; o corpo físico do planeta- o Ile- o piso que pisamos tanto como a casa onde vivemos. Como um observador silencioso, este planeta nos provem de nossa existência e o receptor eventual de todas nossas ações. O Ilé nos da vida, nos nutre a través de toda nossa existência e depôes de nossa morte a nutrimos a ela com o corpo que ela sustento durante anos. Como conhecimento a Olorisha não pode ser cremado, porque deve retornar a terra que o provenho.

A segunda seção de uma moyugba consiste na saudações a nossos ancestrais. Os ancestrais são denominados Egúngún o Egún. Estes não deven confundisse com Arao rún (Araonú) cidadão do céu; Os Iwin - Almas errantes que vagam pela terra. Egungun são aqueles espíritos que estam relacionados com nos pela sangue é a través de nossa ascendência de Orishas. Todos os outros são Ara Orún.

Os Iwin são entidades negativas, usualmente espíritos de pessoas que morrerão antes de seu devido tempo, por suicídio o a través da influencia de bruxarias o encantamento. Porem não e uma pratica ortodoxa, tem Olorishas que rendem homenagem em suas Moyugbas a seus guias espirituais. Isto e um erro. Estas entidades são reconhecidas em um segmento particular e geral da Moyugba, e não devem ser incluídos entre nossos Eguns porque eles simplesmente não são Eguns. Ara Orún como veremos são reconhecidos na estrofa final do segundo segmento quando falamos:

Moyugba gbogbo wán olodó araorún, oluwó, iyalosha, babalosha, omó kolagbá Egún mbelése Olodumare.

Os Yorubas concederam a os ancestrais tão importantes é sagrados como os Orishas e merecedores do mesmo respeito. Em efeito, Os Eguns completam ao Orishá como esclarece no provérbio Ikú lóbi osha (O morto pario ao santo ).

Em esta etapa em a Moyugba, os ancestrais são chamados para que nos ajude na propia execução das Cerimônias e ofereçam seu apoio e sabedoria para o beneficio dos presentes. Depões temos que cumplimentar os devotos de Egungún, quando redemos homenagem á aqueles ancestrais que acompanham a nossos primeiros iyalorishas - madrinhas; babalorishas -padrinhos; oyugbona- segunda madrinha, assistente da Iyá o Babalorisha em esta ordem e depois todos aqueles presentes dentro da casa.

A terceira parte e final consiste de um rezo a Olodumare é todas as outras entidades que chamamos antes para que eles assegurem o bem-estar dos devotos, de sua companheira em a vida e de todos aqueles que podam estar presentes. Os rezos se falam para que não chegue o mau a ninhum dos presentes e para que não os avale o infortúnio que não este dentro do destino escolhido.

Moyugba
Moyugba Olofín, Moyugba Olorún, Moyugba Oloddumare
Olorún Alabosudayé, Alabosunilé
Olorún Alayé, Olorún Elemí
Moyugba Ashedá, Moyugba Akodá
Moyugba ayaí odún, oní odún, odún olá
Moyugba babá, Moyugba yeyé
Moyugba ará, Moyugba ilé
Moyugba gbogbowán olodó araorún, oluwó, iyalosha, babalosha, omó kolagbá Egún mbelése Oloddumare
Omi tuto, ona tuto, ilé tuto, owo tuto, omó tuto, tuto nini, ariku
babawa. Omi fun Eggun, omi fun ilé, omi fun Olorun. (se fala enquanto rocia agua no piso com os dedos)
Araorún, ibá é layén t’orún (Nomes dos eguns um por um, conhecidos pelo iniciado, que os presentes respondem uma e outra vez) ibá hé

Depões de cumplimentar a todos os ancestrais conhecidos ou reverenciados de acordo a tradição do ascendente do Olorisha, o sacerdote disse:
Ibá é layén t’orún gbogbó Egún araorún orí emí naní (Se menciona o nome propio em reverencia a nossos ancestrais)
Ibá é layén t’orún gbogbó Egún araorún orí iyalorisha emí (aquelos que acompanhan a iyalorisha - madrinha -o babalorisha - padrinho)
Ibá é layén t’orún gbogbó Egún araorún orí Ojigbona emí (Os da Oyugbona)
Ibá é layén t’orún gbogbó Egún araorún orí ni gbogbó igboro kalé ilé (Os de todos os presentes em a casa)
Ibá é layén t’orún gbogbó Egún, gbogbowán olodó, lagbá lagbá, Araorún, otokú timbelayé, mbelése Olorún, Olodumare.
Kinkamashé - (Iyálorisha ou Babálorisha)
Kinkamashé - (Oyugbona)
Kinkamashé - (Oriaté)
Kinkamashé - (Babalawó)
Kinkamashé (Qualquer Olorishas vivo de seu linhaje que querramos cumplimentar ou rezar por ele)
Kinkamashé Orí Eledá emí naní - (Eu)
Kinkamashé gbogbó kalenú, igboró, aburó, ashíre, Oluwó, Iyalosha, Babalosha, kale ilé.

Significado das palavras usadas em esta Moyugba:

Moyugba Cumplimento ou rendo homenagem a
Olofín Dono do Palácio
Olorún Dono do céu
Olodumare. Dono da vasta extensão do universo
Alabosudayé Os protetores globais da terra
Alabosunilé. Os protetores da terra
Alayé O primeiro ser vivente (Deus)
Elemí. O dono do alento
Ashedá e Akodá Os divinos mensageiros
Ayaí odún Os dias passados
Oní Odón O dia presente
Odún olá Os dias por venhir, o futuro
Babá Pai
Iyá Mai
Yeyé Mãe
Ará Corpo; o planeta
Ilé O chão que pisamos; a casa onde estamos
Com Água fresca faço que seja o Caminho fresco,a casa fresca,
inteligência fresca, dinheiro fresco, as mãos frescas, fresca
seja a saúde de nosso pai (maior).
Água para os mortos, água para a terra que nos sustenta, água
para o sol.
Gbogbowán olodó Aqueles que partirão de nosso caminho e viven na vera do rio (Os Olorishas falecidos)
Araorún (Araonú) Cidadão do Céu
Oluwó Sacerdote de Ifá
Iyalosha Mãe de santo; sacerdotisa
Babalosha. Pãe de santo; sacerdote
Omó kolagbá Alto sacerdote dotado e reconhecido em todos os regulamentos da religão.
Mbelesé ao pê de Ibá é layén t’orún (t’orún) Aqueles que forão da terra ao céu (orún reré)
Alagbá lagbá Todos os anciãos, presentes ou não (lit. um ancião dentre anciãos)
Otokú. Ele o ela que faleció
Timbelayé. Firme no outro mundo
Kinkamashé. A benção
Ojigbona (Oyugbona) Assistente da iniciação Iyá o Babálorisha
Oriaté O sacerdote de maior rango que realiza as cerimônias
Emí naní. Eu; por min mesmo
Gbogbó kalenú Os presentes na casa
Igboro Visitantes
Aburo (abure) Irmão e Irmã.
Ashiré Minino pequeno; outra acepção: que se mounta,e cavalo dos Orishas (pessoa incorporada pelo Orisha)
Kalé ilé Todos os que estão na casa.


domingo, 10 de agosto de 2014

Babalorixá



O babalorixá, ou baba (pai), é um sacerdote que passou por todos os preceitos e obrigações exigidas para tal cargo. 

É o líder e chefe de um terreiro de Candomblé Ketu, e de algumas das religiões afro-brasileiras, onde o cargo de babalorixá é igual ao de iyalorixá. 

Nem toda pessoa iniciada será um sacerdote com casa aberta, uma vez que, isso será determinado por seu Orixá na obrigação de sete anos (Oduijé), quando receberá o titulo e direitos de independência do seu babalorixá. 

No caso do Orixá não querer uma casa aberta, na hora da entrega dos direitos ele coloca aos pés do seu babalorixá e a pessoa não precisará abrir uma casa, podendo permanecer na casa onde foi iniciado como Egbomi.

Na sua função sacerdotal, o babalorixá faz consultas aos orixás através do jogo de búzios, uma vez que, no Brasil, não há o hábito de se consultar o babalawo, chefe supremo do jogo de Ifá. Isso se deve à ausência da figura do mesmo na tradição afro-brasileira, desde a morte de Martiniano do Bonfim, segundo os mais antigos ocorrida por volta de 1943. 

Desde então, o professor Agenor Miranda era convocado para escolher a mãe-de-santo nos grandes terreiros baianos, mas agora, com os avanços tecnológicos e com a imigração voluntária de africanos para o Brasil, ouve-se falar de novos babalawos na tradição brasileira, donde a necessidade de diferenciar ifá de merindelogun e jogo de búzios.

Na sua função administrativa, é o responsável maior por tudo o que acontece na casa - a quantidade de filhos-de-santo, a de pessoas para serem atendidas - problemas a serem resolvidos -, e nela ninguém faz nada sem a sua prévia autorização. Conta com a ajuda de muitas pessoas para a administração da mesma, cada uma com uma função específica na hierarquia, embora todos os auxiliares conheçam de tudo para atender a qualquer eventualidade.

Nas casas menores de candomblé, o babalorixá, além da função sacerdotal acumula diversas outras funções, devendo ser conhecedor das folhas sagradas, seus segredos e aplicações litúrgicas; em caso de rituais ligados aos eguns, ou se especializa, ou consulta um ojé quando necessário. 

Quando a casa ainda não tem um axogun confirmado, ele mesmo faz os sacrifícios; quando a casa ainda não tem alagbê, normalmente o babalorixá convida alagbês das casas co-irmãs para tocar o candomblé; na ausência da iyabassê ou ekedi, ele mesmo faz as comidas dos orixás, costura as roupas das iaô, faz as compras e outras tarefas do dia-a-dia.

O candomblé pode ser considerado uma religião brasileira com origem em diversos sistemas mítico religiosos de origem africana. Nessa perspectiva corresponde simultaneamente a um sistema etnomédico ou medicina tradicional de matriz africana que vem sendo mantido (e recentemente reconstruído a partir das demandas pelo revival das medicinas tradicionais) a partir da sua origem nas diferentes culturas yorubá, bantu entre outras. 

A função do babalorixá nesse caso ganha destaque especial por sua relação com Obaluaiyê ou com a referida prática de colher as folhas sagradas atribuídas, segundo Bastide, ao babalosaim dedicado ao culto de Osanyin



Pai de santo

Pai de santo 

                  (pré-AO 1990: pai-de-santo), padrinho de umbanda ou chefe de terreiro são termos usados em várias das religiões afro-brasileiras para designar a pessoa responsável ou autoridade máxima de um terreiro ou tenda de Umbanda.

O Babalorixá no Candomblé é chamado de zelador de santo, e muitas vezes de pai-de-santo também.

A diferença entre o padrinho de umbanda e o babalorixá, é que o primeiro não passa pelos ritos de passagem a que são submetidos os babalorixás durante sua iniciação. O padrinho de umbanda não tem sua cabeça raspada.

Na Umbanda do Rio Grande do Sul é comum o chefe de terreiro ser chamado também de cacique.
fonte http://pt.wikipedia.org/wiki/Pai_de_santo


sábado, 2 de agosto de 2014

Orixás são Super-Heróis em filme da Nigéria



Estamos cansados de assistir filmes com referências ao panteão grego e nórdico, afinal, divindades como Zeus, Atena, Odin, Thor, entre outros povoam nosso imaginário. 

Presentes na cultura pop em geral, eles estão, também, na simbologia utilizada no comércio, nas artes, na academia, etc. 

Pois bem, o cinema nigueriano – Nollywood, o terceiro maior pólo de produção do mundo – decidiu contar a história dos orixás no cinema. 

Oya: Rise of the Orisha (Oya: A Ascensão dos Orishas) tem como subtítulo “A Nigerian Superhero Movie”, ou seja, a abordagem será a da cultura pop. 

O filme já tem trailer, que vocês podem ver aí embaixo, página oficial e no Facebook, também. 

Acredito que uma obra assim, merece ser assistida. 

Agora, é esperar para ver como será o lançamento, mas é legal ver que um panteão africano vai chegar ao cinema em uma leitura pop.


Gosto de ver essas notícias sobre a Nigéria que saem daquela mesmice da guerra santa movida por grupos islâmicos radicais contra cristãos e muçulmanos não-alinhados. 

Lembram da notícia das bonecas das rainhas africanas? 

Pois é… É péssimo que não saibamos mais sobre o cinema nigeriano, que as produções não cheguem para nós no Brasil. 

Agora, é fato que falar em orixás por aqui é falar de religiões que estão muito vivas, não que não existam pagãos e neo-pagãos que venerem o panteão grego e escandinavo, mas essas divindades Européias foram domesticadas, digeridas e consideradas não ameaçadoras. 

Para a maioria, esses deuses estão mortos ou são obra da fantasia de culturas antigas. 

O que eu quero dizer com isso?

Quando falamos de religiões afro no Brasil, mexemos no vespeiro da intolerância religiosa, da disputa territorial (*e econômica, de poder, e simbólica*) e do racismo. 

Vocês sabem que sou protestante/evangélica e para a maioria dos freqüentadores de igreja, ao contrário dos deuses nórdicos e gregos, as divindades africanas são demônios e estão muito vivas. 

Será que o brasileiro médio conseguiria assistir um filme sobre orixás como assiste ao filme do Thor, por exemplo? 

Conseguiria imaginá-los como seres superpoderosos e fascinantes? 

Realmente não sei… 

De resto, essa imagem belíssima de Oya aí embaixo não é do filme, mas de um ensaio fotográfico. Achei por acaso e a série completa está aqui.  

Valéria Fernandes Da Silva***

fonte jornal agaxeta



O Ibiri é precioso, Orixá da Justiça, Nanã espírito do manaciais, Poderosa dona dos búzios





Nanã Buruku é sem dúvida muito antiga, cujo o erudito freqüentemente é ligado ao de Omolu. 

Seus distintivos são muito diversos, e também não é fácil determinar seu espaço de origem. 

Orixa dos mistérios é uma divindade de origem simultânea à criação do mundo, pois quando Odudua separou a água parada, que já existia, e liberou o saco de criação a terra, no ponto de contato desses dois elementos formou-se a lama dos pântanos, local onde se encontram os maiores fundamentos de Nanã. 

Senhora de muitos búzios, Nanã sintetiza em contigo a morte, fecundidade e riqueza. Seu nome designa pessoas idosas e respeitáveis e, para os povos jêje, da região do antigo Daomé, significa mãe. 

Sendo as mais antigas divindades das águas, ela representa a memória ancestral de nosso povo; é  a mãe antiga. 

É a mãe dos orixás Iroko, Obaluayê e Oxumaré, é respeitada como mãe de todos os outros orixás. 

Nanã é o princípio, meio e o fim; o nascimento, a vida e a morte. 

Ela é a dona do Axé por ser o orixá que dá vida e a sobrevivência, a senhora dos Ibás que permite o nascimento dos deuses e dos homens As águas paradas e lamacentas dos pântanos tem um aspecto morto e à primeira vista ninguém imagina que por trás daquelas águas possa existir a vida, que sob a benção de Nanã a vida de plantas de grande fundamento como o oxibatá e oju-oro é possível. 


Essas plantas buscam nas profundezas das lagoas, na lama, a vida e o sustento. 

Nanã é a alma da água que permite ao oju-oro e ao oxibatá nascer, viver e florescer. 

Entre os símbolos de Nanã está o ibiri, que é feito com palitos do dendezeiro e nasceu junto com ela, na sua placenta. 

Ele representa a multidão de Egum, que são seus filhos na terra dos homens, e Nanã o carrega como  mimasse uma menino. 

Os búzios que simbolizam morte por estarem vazios e fertilidade porque lembram os órgãos genitais femininos também pertencem a Nanã. 

Contudo, o símbolo que melhor sintetiza o caráter de Nanã é o grão, pois ela domina também a agricultura e todo o grão tem que morrer para germinar. 

Nanã assegura uma vida saudável e com bastante força àqueles que a agradam; pode ajudar na maternidade, principalmente quando tudo indicam que a criança não vai vingar, mas sua principal função é garantir o grão e o pão de cada dia a todos os que merecem.

Nana não roda na cabeça de homem, aliás, Nanã abomina a figura masculina, pois o homem, através do esperma, líquido que símbolo de Oxalá, semeia o óvulo e gera uma nova vida. 

Nanã é a morte que reside no âmago da vida, que possibilita o renascimento. 

A vida e tudo que a representa - o esperma  e o sangue - são considerados tabus para Nanã que não roda na cabeça de homem. 

Seus adeptos dançam com a distinção que convém a uma senhora idosa e respeitável. 

Seus movimentos lembram uns andares lentos e penosos, apoiados num bastão imaginário que os dançarinos, curvados para frente, parecem puxar para si.

Arquétipos dos filhos e das filhas: Os/as filhos/as de Nanã são pessoas extremamente calmas, tão lentas no cumprimento de suas tarefas que chegam a irritar. 

Agem com benevolência, dignidade e gentileza. 

Gostam de crianças, e educam com uma dose de doçura e mansidão. 

Podem apresentar problemas de envelhecimento precoce, e ou problemas reumáticos. 

Seus filhos também possui um certo exagero em guardar rancores, mais longo perdoam, principalmente as pessoas que amam. 

São bondosas, decididas, simpáticas e principalmente respeitáveis.

Aspectos Gerais: 

Dia – Sábado; 

Data – 26 de junho; 

Metal – Latão; 

Cores – Branco e Azul (Preto ou Roxo); 

Pedras – Ametista; 

Odu que rege – Odilobá; 

Domínios – Vida e morte, saúde e maternidade; 

Saudação – Saluba.



Dados de Nanã



 Nanã

Dia:Data: 26 de julho; 


Metal: latão; 


Cor: branco com traços azuis ou roxos; 


Partes do corpo: protege a barriga, o útero, a parte genital feminina, protege as mulheres gestantes; 


Comida: Aberem (milho torrado e pilado do qual é feito um fubá com açúcar ou mel), mugunzá; 


Arquétipo: tolerantes, mas implicáveis, maduros, lentos, firmes, bondosos, simpáticos, extremamente limpos e com temperamento artísticos; 


Símbolo: ibiri e os bradjas ( contas feitas com búzios, dois a dois, e cruzados nos peitos, indicando ascendente e descendente)