CASA PODEROSA DOS FILHOS DE YEMANJÁ

CASA PODEROSA DOS FILHOS DE YEMANJÁ

domingo, 18 de março de 2012

A renovação de um culto, uma reflexão nunca tardia !!!



Procuraremos de uma maneira simples passar uma base sólida , concreta e verdadeira desses mistérios divinos do Criador ingerado.


Deixando antes de mais nada, muito claro que a Umbanda renovou o culto aos Orixás, diferenciando a compreensão dos mesmos do culto aos Orixás realizados na África e nos cultos de nação no Brasil.


Não iremos expor as lendas africanas dos Orixás, pois nos concentraremos na natureza dessas divindades do Criador, embora admitimos ter dentro de tais lendas, grandes verdades encobertas pelo véu do mistério divino.


Antes de iniciarmos a exposição e concepção dos Orixás, temos de citar a grandeza e importância do Ritual de Umbanda Sagrada e de Rubens Saraceni (mesmo que nós não temos nenhuma ligação nem com esta vertente de Umbanda e nem com o médium) médium, escritor e sacerdote de Umbanda.


Ao trazer novas luzes para a Umbanda terrena, sobre os Orixás e sobre as Sete linhas de Umbanda.


A Umbanda Divina Missionária, se baseia nessas novas luzes trazidas pela Umbanda Sagrada e por Rubens Saraceni, achando ser exposições sabias, racionais e conscientizadoras.


Sabemos da existência real de diversas divindades do Criador, mas nós nos centralizaremos na divindades os Orixás.


Divindade é um ser sublime e divino, porque foi criada de Deus e em Deus, com atribuições e missões definidas e concretizadoras.


As divindades receberam as impressões, energias e qualidades do Criador, afim de exteriorizarem estas impressões, energias e qualidades em prol das criações e criaturas tanto materiais quanto imateriais.


Desta forma as divindades os Orixás, regem os elementos, seres e criações de forma direta e influenciadora, impregnando suas qualidades (oriundas de Deus) nestas criações, seres e elementos.


Os Orixás foram e são, os agentes da criação, auxiliares diretos de Deus, na criação dos seres e do nosso planeta.


Os Orixás exteriorizam as qualidades e atribuições de Deus porque foi assim que Deus quis e fez.


Cada ser mineral, vegetal, animal, hominal e espiritual é regido, influenciado, emanado, mantido e abençoado pelos Orixás.


Foi dado aos Orixás a incubencia de reger a ancestralidade dos seres, acompanhando e mantendo os seres em todas as fases de suas evoluções tanto na terra quanto no astral.


Desta forma cada espirito, plantas, flores, pedras, animais, elementos da natureza, pontos da natureza, tem seu Orixá regente, mantenedor e influenciador, mostrando desta forma a ligação intrínseca dos Orixás com todas com toda a criação do nosso amado Deus e Senhor Olorum.


Os Orixás foram assentados primeiramente no Astral, e depois diretamente nos pontos de forças da natureza, por assentados entenda-se em Tronos Divinos, pois Orixás são Tronos de Deus.


Os Orixás são as divindades legitimas da natureza, a natureza é tudo e tudo é natureza, a nossa natureza material é cópia da natureza na dimensões e planos superiores.


Por de traz de um rio, existe as energias daquele rio, as forças divinas e eletro-magnéticas provenientes da Orixá Oxum.


No mar encontramos as energias e forças divinas e irradiantes de Yemanjá, nas matas de Oxóssi, nas pedreiras de Xangô, e assim sucessivamente, a natureza é verdadeiramente a morada de Orixá, é onde reside a concentração vibratória o axé e a força destas sagradas divindades de Deus.


Os pontos de forças da natureza ( mar, rios, pedreiras, jardins, matas, montanhas, praias e etc) tem, digamos dois corpos como nós o temos, o corpo físico que vemos e tocamos e o espiritual que não vemos e nem tocamos.


E nesses pontos de forças da natureza os Orixás e as entidades de Umbanda, manipulam as energias necessárias para realizar suas obras divinas, em favor da Terra e de seus habitantes.


Por isso as maiores forças e poderes estão concentradas e sendo irradiadas na natureza, porque é o Assentamento terreno dos Orixás, de onde surge e emana toda sorte de energias e vibrações que sustenta, alimenta e abençoa os seres e as coisas.


Vamos a um exemplo:


DIVINDADE ORIXÁ PONTO DE FORÇAS QUALIDADE DE DEUS


OXÓSSI MATAS CONHECIMENTO
Assim Oxóssi, sustenta energicamente seus filhos coroados e entregues por Olorum nesta encarnação para serem regidos por ele. 


Alimenta espiritualmente seus filhos com conhecimento, e materialmente com a fartura sem deixar faltar o que lhe são necessário materialmente.


Protege a fauna e a flora conscientizando as pessoas sobre ecologia e meio-ambiente.


Sustenta, alimenta e irradia os animais, plantas, flores e pedras que estão sob seus fatores e essências divinas, definidos pelo Criador na criação de tudo.


E assim acontece em cada Orixá, pontos da natureza e reinos mineral, vegetal, animal, hominal e espiritual.


Orixá, vem do Yorubá (idioma utilizado por boa parte dos africanos trazidos para o Brasil na época da escravidão),


que traz algumas interpretações e definições como: ORI=cabeça, XÁ= força, força da cabeça ou ainda ORI= cabeça, XÁ= luz, cabeça iluminada. 


Ainda traduzem como Senhores da Cabeça, do alto, da cabeça iluminada e etc.


Portanto Orixás são sim os senhores e senhoras da cabeça, da coroa iluminada, da luz e da cabeça, aqueles que regem os seres e os comandam através do ORI (cabeça no sentido espiritual chacra coronário).


Os Orixás são as divindades de Deus, extremamente ligados a natureza, mineral, vegetal, animal, vegetal, animal, hominal e espiritual.


São os auxiliares de Deus na criação os agentes da criação.


São as energias sublimes e divinas, inteligentes e superiores, que foram criadas com definições dadas por Deus, que nunca encarnaram e jamais deixarão seus postos de Divindades e Tronos de Deus regentes da criação e das criaturas.


Os Orixás são os mantenedores da Terra e suas dimensões, de seus seres, através de suas energias, irradiações e vibrações, que são provenientes de seus assentamentos divinos no astral e na Terra seus pontos de forças da natureza: rios, lagos, mar, praia, terra, matas, pedreiras, cemitérios, montanhas, cachoeiras e seus elementos ar, terra, fogo e agua.


São os Orixás, que nos guiam e sustentam, auxiliando-nos através de seus mensageiros, trabalhadores e falangeiros, os guias e mentores espirituais da Umbanda.


Forças de DEUS na natureza, divindades de Olorum, tronos do Criador velai e olhai por nós...



O sangue Branco, Vermelho e Preto



O Asé contido numa grande variedade de elementos representativos do reino animais, vegetal e mineral quer sejam da água ( docê e salgada ) quer da terra, da floresta, do “ mato” ou do espaço urbano. 


O àse é contido nas substâncias essenciais de cada um dos seres, animados ou não, simples ou complexos, que compõem o mundo. 


Os elementos portadores de áse podem ser agrupados em três categorias:


Sangue vermelho


Sangue branco


Sangue preto


Sangue vermelho compreende:


O do reino animal: corrimento menstrual, sangue humano animal;


O do reino vegetal: o epo, azeite de dendê, o osùn, pó vermelho extraído do Perocarpus Erinacesses ( Abraham, 1958: 490), o mel, sangue das flores;


O do reino mineral: cobre, bronze etc. Veremos mais adiante que o amarelo é uma variedade do vermelho como o azul e o verde são variedades do preto.


Sangue branco compreende:


a) o do reino animal: o sêmen, a saliva, o hálito, as secreções, o plasmo ( particularmente o do ígbín, caracol) etc.


b) o do reino vegetal: a seiva, o sumo, o álcool e as bebidas brancas extraídas das palmeiras e de alguns vegetais, o ìyèrosùn, pó esbranquiçado extraído do ìròsùn ( Eucleptes Franciscana F) ( Abrahan 316), o òri, manteiga vegetal ( shea-butter) etc:


c) o do reino mineral: sais, giz, prata, chumbo etc.


Sangue preto compreende:


O do reino animal: cinzas de animais:


O do reino vegetal: o sumo escuro de certos vegetais; o ìlú, índigo, extraído de diferentes tipos de árvores ( Abraham 187), é uma preparação á base de ìlú, pó azul escuro chamado wáji:


O reino mineral: carvão, ferro etc.


Por extensão, existem lugares, objetos ou partes do corpo impregnados de àse: o coração, o fígado, os pulmões, os órgãos genitais, as raízes, as folhas, o leito dos rios, pedras: e outros que correspondem, de uma maneira bem definida, a alguma das três cores mencionadas: os dentes, os ossos, o marfim etc.


Sendo o Asé uma força que permite serem as coisas, terem elas existência e devir, podemos concluir que tudo o que existe, para poder realizar-se, deve receber Asé, as três categorias de elementos do branco, vermelho e do preto que, em combinação particulares, conferem significado funcional ás unidades que compões o sistema.


Receber Asé significa incorporar os elementos simbólicos que representam os princípios vitais e essenciais de tudo o que existe, uma particular combinação que individualiza e permite uma significação determinada. Trata-se de incorporar tudo o que constitui o Aiyé o Orun, o mundo e o além.


Cada ano litúgico começa no terreiro pelo ciclo das águas de Ósàlá. 


A lama, a terá como elemento, é a matéria fecunda e lê aestá associada a vários òrìsà, princípios progenitores femininos, particularmente Odúduwá. Quanto a Seu em seu status de filho, elemento-símbolo daquilo que é procriado, examina-lo-emos de maneira... outro capitulo.


Enquanto Òsàlà está associado á água e ao ar, Oduduwa está associada á água e á terra, lembremos que água e ar pertencem aos elementos - signos do sangue branco do Asé e que a terra é por excelência, condutora do sangue vermelho e do sangue preto do Asé.


Todos os metais amarelos pertencem a òsun, o ouro e principalmente o bronze – ide – metal com que são manufaturados seus braceletes e o abébé, leque ritual sobre o qual falremos mais adiante. 


O áse vermelho genérico , é representado pelo sangue humano e animal, pelo epo e o osún, sangue vegetal , e pelos metais vermelhos amarelos. 


È igualmente representado, particularmente, pleo mel, sangue das flores, doçura e quinta-essencia do bom, o áse rere só comparável ao leite materno.


As penas de ekódide, pertencem ao vermelho, representam o poder e o áse de Ósun-Olóri-Eléye ( chefe supremo das possuidores de pássaros), porém elas não simbolizam o vermelho genérico mas – como os cauris para o branco – representam fragmentos do vermelho, seres individualizados, o elemento procriado.


quinta-feira, 15 de março de 2012

INÉDITO: Mau gosto e falta de informação representando um itan de Oyá.




Foi com grande desagrado que tomei conhecimento deste vídeo, que por sinal é uma das piores produções que chegou às minhas mãos.


Não consigo entender como o Ministério da Cultura pode patrocinar e deixar vincular seu nome, como também a Sabesp e a Petrobras. 


Nós que lutamos em busca de uma imagem digna e um conceito severo para ilustrar os itans da cultura “afrobrasileira”, estamos indignados com esta produção, nossa cultura jogada no chão e pisoteada com um vídeo de tão mau gosto.


Para aqueles que não entendem irão ver “Oyá” sendo representada por uma pré-adolescente meio vadiazinha, retardada e sem noção, que ao narrarem um dos seus itans deixa a calcinha e as os seios riscarem a cara do público, insinuando que não passa de uma vagabunda. 


Que longe disso Oyá é retratada como uma grande guerreira e não uma vadia… Antes que a visão da nossa fé seja mais uma vez abalada e jogada na lama, eu acho que os patrocinadores deveriam tomar atitude perante este crime cultural que está sendo postado.


Nunca me senti tão insultado, até ver este filme de mau gosto e péssima produção levando as bandeiras dos patrocinadores.


Veja como se sentem os Adeptos;


http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs?cmm=5874443&tid=5425185530576344140


Em resposta a solicitação de Erick Wolff, sobre o patrocínio ao curta Yansan, a Sabesp responde:


- A empresa não é responsável pelo conteúdo das obras audiovisuais que apóia. Todo o conteúdo apresentado é de responsabilidade do autor, que responde também a questionamentos legais em caso de possíveis danos materiais e morais.


- Também não compete à Sabesp a seleção dos projetos audiovisuais que serão patrocinados. Segundo o Decreto Estadual 42.992, cabe à Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo esta avaliação:


Decreto Nº 42.992, de 1º de abril de 1998


Dispõe sobre a aplicação de recursos de incentivos fiscais por entidades da Administração Indireta


MÁRIO COVAS, Governador do Estado de São Paulo, no uso de suas atribuições legais,


Considerando a obrigação do Estado de garantir à população o acesso aos meios culturais; e


Considerando que é função da Secretaria da Cultura coordenar e executar a política cultural do Estado de São Paulo,


Decreta:
Artigo 1º - As entidades da Administração Indireta deverão aplicar recursos de incentivos fiscais, até o limite máximo permitido por lei, em projetos culturais previamente definidos pela Secretaria da Cultura.


Artigo 2º - A Secretaria da Cultura informará às entidades da Administração Indireta tão-logo selecionar projetos culturais, previamente aprovados pelo órgão competente, para fins do disposto no artigo anterior.


- Em acordo com este Decreto, o projeto de Yansan foi aprovado em um programa de apoio a curtas-metragens, realizado pela Secretaria de Cultura em 2005. Todos os inscritos foram avaliados por uma comissão formada por membros da Secretaria e do mercado cinematográfico (diretores, produtores, etc), escolhidos por sua notoriedade e experiência neste meio. Coube à Sabesp somente a destinação dos recursos, repassados com base nas leis de incentivo fiscal.


Assessoria de Imprensa da Sabesp


Tentei por diversas vezes falar com a assessoria de imprensa e ou algum responsável pela Petrobras e Ministério da cultura, porem ninguém responde e ignoram o crime que cometeram contra a nossa cultura.


O lixo = http://www.portacurtas.com.br/pop_160.asp?Cod=4839&Exib=1


Postado por Ilé-ọba Óbokún Àṣẹ Nàgó'Kọbi às 23:04 10 comentários:


Marcos Arino disse...


Eu vi o curta, parte de um grande projeto cultural da Petrobras.


Mostra a história de Oya na forma de um Mangá Japones.


Eu sou obrigado a discordar da reclamação.


Eu não gosto muito de muitas histórias de Orixá que circulam, algumas vis a vis a nossa ética moral são bastante questionáveis e não poderiam servir de exemplo e fonte de ensinamento. Muitos são no meu entender desvios e depravações de versões históricas e criados para justificar atos correntes.


Esse mito de Oya pode ser contado com algumas variações, como a que ela largou ogun para poder ter filhos, ou a morte de xango, mas, isso não importa. 


Os mitos não tem exata consistência e nem precisam ter, as vezes contam a mesma história de forma diferente. Eles não são relatos históricos e sim uma combinação desses com metafora religiosa.


O conteúdo é esse mesmo e uma leitura romanceada e criativa como a que foi feita leva ao conteúdo. Não creio que tenhamos qualquer fundamento em questionar ou reclamar que aos olhos do valores que temos Oya parece o que foi retratado.


Parece e os mitos assim retratam e tem mitos muito piores.


18 de março de 2010 13:15


Ilé-ọba Óbokún Àṣẹ Nàgó disse...


Sabe Marcos cada um é cada um.


Eu acho que vc tem o direito de gostar e aprensetar o que quiser para seus filhos, cada um cria as crianças onde achar conveniente e os educa como acha melhor.
Já liguei para todas as assessorias de imprensa da maioria dos orgão envolvidos, eles mesmo se esquivam mas n tem controle do que foi publicado, infelizmente ainda acho um lixo aquele filme se pode ser chamado de filme e ainda acho que só tripudiam em cima da cultura a fro, pois respeitam a cultura cristã para tentar fazer algo do genero.


E aí eu uso a mesma resposta que dei no post anterior direcionado ao Zarcel - "O grupo Brasileiro é mais recente e menos unido... para variar"


Por isso que produzem aquelas aberrações.


18 de março de 2010 13:28


Leonardo Crocia disse...


Também discordo da reclamação. Acho o vídeo excelente. É questão de interpretação do vídeo. Entendo como paralelismo entre sociedades tão distantes geograficamente, unidas por apenas uma narrativa de vida. Podemos assistir como a história de uma filha de Iansã sendo mostrada, enquanto narra-se uma lenda da deusa que guia seus passos na vida. Normal como é conosco, que mesmo fazendo sexo, escrevemos a história dos nossos deuses na terra.


18 de março de 2010 13:37


Ilé-ọba Óbokún Àṣẹ Nàgó disse...


Olha como disse cada um cria suas crianças como deve, continuo a reclamar e levarei até onde conseguir, e já levei a varias entidades responsáveis, nem todos acham que as suas crianças devem achar que os icones das outras religioes são puros santos e os nossos icones retratadas como vadias.


18 de março de 2010 13:40


Marcos Arino disse...


Veja, vamos em partes. Não gostei do curta como exemplo instrutivo de nada. Você me interpreta mal.


Mas tenho que ser justo ao comentar, a história que foi usada existe e não posso reclamar nada se alguém pega nossas histórias que as retrata de alguma maneira.


Dezenas de filmes sobre outras religiões foram feitos o clero de cada uma pode reclamar de algumas interpretações mais agressivas ou selvagens como nós também. Mas em todos os casos a gente conhece a história que esta por baixo e pode dizer o quanto a interpretação ou criatividade foi além do que deveria.


Nesse caso aqui é o mesmo. Eu como disse no início já não gosto da história original, mas, tenho que ser correto, eles a retrataram.


A gente pode se incomodar com algumas cenas ou com o fato de terem usado a estética japonesa, mas, isso é arte. O ruim de tudo e vermos divindades retratadas assim, mas, elas eram e são de fatos retratadas como pessoas comuns e com atos comuns, certos e errados nos mitos, esse é ao meu ver um dos grandes méritos que esses mitos tem, qualquer um pode entender e se espelhar.
Creio que estamos falando da mesma coisa, não gostamos da história, creio, mas eu estou colocando que não podemos censurar quem retrata o que foi contado.


18 de março de 2010 13:45


Ilé-ọba Óbokún Àṣẹ Nàgó disse...


Esta postagem foi removida pelo autor.


18 de março de 2010 13:58


Ilé-ọba Óbokún Àṣẹ Nàgó disse...


“Mas tenho que ser justo ao comentar, [..] reclamar nada se alguém pega nossas histórias que as retrata de alguma maneira.”


Ok, existe, mas não foi distorcendo a cultura para aquele lixo que o cristianismo chegou onde chegou... E vou alem não sei porque as pessoas ficaram indignadas com os evangélicos quebrando imagens de Jesus e Nosa senhora, afinal não passava d e gesso... porque existe dois pesos duas medidas?


Nossas deusas podem virar referencia de vagabunda no globo e Nossa senhora não pode ser quebrada e pisoteada?


“Dezenas de filmes sobre outras [...] que deveria.”


Justamente é este alem que foi desperdício do nosso dinheiro nós pagamos aquele lixo que o governo incentivou.


“Nesse caso aqui é o mesmo. Eu como [...] original, mas, tenho que ser correto, eles a retrataram.”


Se já era ruim para vc antes desta porcaria, hj está sendo melhor? Rsss acho estranho, rsssss....


“A gente pode se incomodar com algumas [...] méritos que esses mitos tem, qualquer um pode entender e se espelhar.”


Pois é segundo a igreja Maria madalena era prostituta, hj questionam a posição da mesma na vida de Jesus, quem sabe os itan não ficam melhor com um pouco de cultura, arte oriental e bom gosto... n sou contra a arte mas a vulgaridade, se o diretor tivesse um pouco de bom senso quem sabe n melhoraria o conceito que vc não concorda.


“Creio que estamos falando da mesma coisa, não [...] não podemos censurar quem retrata o que foi contado.”


Sabe o que é pior, um infeliz como o Carlos faz aquele lixo e tanta gente com talento de verdade nem é notado.... fogo neh....


18 de março de 2010 13:59


Ilé-ọba Óbokún Àṣẹ Nàgó disse...


Perante o escracho e ofensa aos membros da religião Afrobrasileria neste Filme Trash. Que se sentem insultados com a imundice produzida com o dinheiro das empresas que deveriam determinar conteúdo e material cultural para os nossos filhos, as empresas envolvidas não se deram o trabalho de respondem, apenas a Sabesp que depois de algumas ligações se prontificou a dar uma resposta aos brasileiros.


Porem a Petrobras ignora, como se divertisse com a desgraça editada nas mãos do diretor Carlos, da mesma forma que acredito que o Sr. Ministro da cultura nem deve ter se dado conta da porcaria que o seu departamento patrocinou.


Será que o gabinete do Sr. Ministro poderia ao menos de dar o trabalho de responder aos internautas e dignos membros da cultura afrobrasileira que estão envergonhados de saber que o Sr. Ministro liberou um lixo como este?


Como será que os católicos se sentiriam ao ver trocar os personagens deste filme com os ícones da sua fé?


Grato Erick Wolff8
14 de abril de 2010 21:35


luizlmarins disse...


Concordo com a reclamação ... sugiro que seja levada até à Secretaria da Cultura.
Do ponto de vista do conceito, o filme é extremamente ruim para a imagem dos Orixás.


15 de abril de 2010 05:32


Ilé-ọba Óbokún Àṣẹ Nàgó disse...


Para que todos possam acompanhar, nada que pertença às bandeiras patrocinadoras do filme, tem sido publicado nos meus veículos de informação, apenas a sabesp teve uma publicação "emergencia".


Erick Wolff8
16 de abril de 2010 16:09
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O Sacerdócio nas Religiões politeístas


Religiões politeístas


Na história do politeísmo, um sacerdote administra o sacrifício a um deus, muitas vezes em um ritual altamente elaborado.


Sacerdotisas na Antiguidade, muitas vezes exerciam a prostituição sagrada, e na Grécia Antiga, alguns sacerdotisas como a Pitonisa, sacerdotisa de Apolo em Delfos, atuava como oráculos.


Sacerdotisas antigas

Na civilização suméria e acádia , as Entu eram um escalão de sacerdotisas superiores que eram distinguidas com trajes cerimoniais especiais e o estatuto de igualdade com sacerdotes do sexo masculino.

Eram donas de propriedade, realizavam transações econômicas, e realizavam cerimônias com os sacerdotes e reis.



As Nadītu serviram como sacerdotisas nos templos de Inanna, na antiga cidade de Uruk.

Elas foram recrutados no maior famílias na terra e que deviam permanecer sem propriedade, sem filhos ou negócios. 


Também nos textos épicos sumérios como "Enmerkar" e o "Senhor de Arata", Nu-Gig eram sacerdotisas em templos dedicados a Inanna.


A Puabi era um sacerdotisa e rainha semita acádia.


Na Bíblia hebraica (קדשה) Qedesha ou Kedeshah , derivado da raiz Q-D-Š eram prostitutas de templo geralmente associadas com a deusa Asherah.


Quadishtu serviam nos templos da deusa suméria Qetesh.


Ishtaritu eram especializadas nas artes, música, dança e canto e serviam nos templos de Ishtar.



sexta-feira, 9 de março de 2012

Tradição ou fundamento ?



A formação religiosa da tradicional comunidade Afro-Brasileira discute muito sobre o que pode ou não ser feito em determinadas horas e ou como deve ser feito.


Acredita-se que aqui no Brasil algumas divindades gostam de ser tratadas com dendê ou com mel, até mesmo em determinados casos o uso da banha vegetal é mais apropriada, pois se acredita que algumas divindades dão preferência a tal elemento ao invés do mel e ou do dendê.


No entanto vemos o caso de Yemonjá, que somente aqui no Brasil ela é cultuada no mar, como a rainha das águas salgadas, mas para quem já teve acesso aos Itan africanos, pode constatar que o verdadeiro dono do mar é Olokun, o senhor dos mares, então de onde tiraram que Yemonjá é a rainha dos mares? 


Bom eu não sei de onde tiraram, mas com certeza não veio da África este conceito... 


Este equivoco deve ter ocorrido em determinado momento entre o sincretismo da igreja e ou da Umbanda que por sua vez pode cultuar Iemanjá no mar, afinal a umbanda possui um credo e fundamento diferente da matriz africana e deve ser respeitado.


Usando Yemonjá ainda como fonte, podemos notar que na África ela é tratada com dendê, ou melhor, a maioria das divindades adora dendê, com exceção da intervenção de Oxalá, que é proibido de receber qualquer oferenda com este óleo. 


Agora fica pergunta é costume dos brasileiros tratarem Yemonjá apenas com mel ou azeite doce, e ou, será algum fundamento particular? 


Qual a origem e ou a fonte que determinou que Yemonjá não devesse receber nada com dendê?


E não muito distante o povo Afrosul, costuma não despachar o Bará quando o tempo está chuvoso, mas por quê? 


Se a base do Ekomi (preparado à base de agua, farinha e dendê) é a agua? 


Além do que, sempre que vão despachar o Bará sai o Ekomi, a comida do Bará e a quartinha, que ao despachar ambos, a quartinha é descarregada ali em cima, mas neste caso não está molhando o chão?


Da mesma forma que fica a pergunta, quando o dia está chuvoso não se joga? 


Afinal o orixá não fica preso no quarto de santo, logo devemos pensar que ele não percorreria qualquer espaço entre o local ao qual ele está até o quarto de santo em dia chuvosos, sendo que ainda não inventaram o tele transporte africano... 


Conceitos e pensamentos contraditórios...


Por outro lado vemos que a maioria dos sacerdotes não costuma fazer seus despacho em pleno dia, mas por quê? 


Será que o sol teria algum efeito danoso ao ebó? 


Ou alguma divindade de desintegraria ao ver o sol ?


São tantas perguntas que prefiro acreditar que é apenas costume e não fundamento!


Sendo que eu despacho ebó, preparo osé (trato e manutenção dos assentamentos dos orixás) a qualquer hora do dia, pois meus orixás não temem o Sol, Chuva, Lua cheia e ou qualquer elemento da natureza, sendo que a maioria deles interagem com os próprios elementos da natureza, como Xangô que é o senhor do fogo e não teme o sol.


Conceitos e fundamentos misturados que geram um ritual errado na atual sociedade religiosa, que deve ser eliminado, quem sabe os religiosos possam estudar mais e acompanhar a evolução natural do mundo e perceber que muitos conceitos estão equivocados...


Espero realmente que possamos conviver harmoniosamente e prosperar, afinal as nações afro-brasileiras são lindas e devem ser respeitadas.


Abraços à todos.



sábado, 3 de março de 2012

Esú e suas considerações !



É um Òrìsà difícil de ser definido de maneira coerente. 


Êle gosta de gerar disputas e provocar acidentes. 


É grosseiro, vaidoso, indecente, a tal ponto que os primeiros missionários, assustados, comparam-no ao Diabo. 


A presença de ÈSÙ esta no membro ereto do macho, na penetração da femea, na ejaculação, na primeira célula que está em formação, na paixão, no desprezo, no engano, na dor, no consumo de álcool e tóxico.


Porém, ÈSÙ possui o lado bom e, se êle é tratado com consideração, reage mostrando-se servisal e prestativo. Se, ao contrário, esquecerem de lhe oferecer sacrifícios e oferendas, podem esperar catástrofes. Desta forma, revela-se o mais humano dos Òrìsás, nem completamente mau, nem completamente bom.


Històricamente, ÈSÙ teria sido um dos companheiros de ODÙDUWÀ, princípio feminino, quando da sua chegada a IFÉ, e chamava-se ÈSÙ OBASIN. Tornou-se mais tarde, um dos assistentes de ÒRÚNMÌLÀ, que preside a adivinhação pelo sistema de IFÁ e rei de KÉTU, sob o nome de ÈSÙ ALÁKÉTU.


Como ÒRÌSÀ, diz-se que êle veio ao mundo com um porrete, chamado OGÒ, que teria a propriedade de transporta-lo, em algumas horas, a centenas de quilômetros e atrair, por um poder magnético, objetos situados a distâncias grandes. ÈSÙ é o guardão dos templos, casas, cidades e das pessoas e serve de intermediário entre os homens e os deuses. Por esta razão é que nada se faz sem êle e sem que oferendas lhe sejam feitas, antes de qualquer outro Òrìsa, para evitar suas tendências a provocar mal-entendidos entre os seres humanos e em suas relações com os deuses e dos deuses entre si.


Tem o título de ASIWAJU, quer dizer: aquêle que vai na frente de todos e o primeiro a ser servido.


Devido ao sincretismo, relacionando ÈSÙ ao diabo, os zeladores evitam consagra-lo em seus eleitos. Quando êle se manifesta é acalmado, fixado, com oferendas e sacrifícios; procedendo a iniciação do eleito para seu irmão ÒGÚN, que também tem caráter violento e arrebatado.


Sua saudação: ÈSÙ YÈ, LARÓYÈ, quer dizer: Viva EXU ou Salve EXU.




QUALIDADES


-ELEGBARA


É o mesmo ÈSÙ YANGI, também chamado de IGBÁKETA BARAKETU OBÁ. É o mais velho, a primeira forma a surgir no mundo. É o dono do poder dinâmico do processo da multiplicação dos seres. Está ligado tanto ao ancestral masculino como ao feminino. Carrega o ADOIYRAN, cabaça que contém a força de se propagar. Esta cabaça vai no assentamento. É companheiro, inseparável, de ÒGÚN, a ponto de serem confundidos. Veste o branco, vermelho e o azul escuro. Come bichos machos e femeas.


- YGELU


Associado ao WÁJÌ, que representa o fruto da terra e por extensão o mistério do processo oculto da vida e da multiplicação. Dêle é o caracol africano. Veste o azul arroxeado. Às vezes aparece vestido de preto.


- LALU


ÈSÙ dos caminhos de ÒÒSÀÀLÀ. Não deve beber cachaça nem dendê. Veste-se de branco. Vem, também, para outros Òrixás. Tem muitos filhos.


- YNÁ
É invocado no PADÊ. É associado ao fogo e representa a força. É simbolizado pelo EGAN ( gorrinho em forma de cone ) , pelo pássaro e pelo ÌKÓODÍDE, pena vermelha do papagaio ODÍDE.


- TIRIRI


Acompanha ÒGÚN pelas estradas. Usa vermelho ou todas as cores. Sempre nas porteiras e caminhos. Tem grande força.


- ELEBÓ ou ELERU


É o senhor das oferendas, o portador e o mensageiro. É sempre o primeiro a ser invocado. Veste o preto e o vermelho. É o dono do dendê. É êle que carrega o dendê na peneira.


- ODARA
É invocado no PADE. Providencia a comida e a bebida de todos. É benéfico, não gosta de bebida alcólica, aprecia mel e vinho, gosta de branco, mas usa vermelho e preto. Êle nos dá a fortuna.


- LONA


É o ÈSÙ das porteiras dos barracões, vigia os caminhos. Traz os clientes e a fartura. Usa vermelho, preto e azul arroxeado.


- OLOBÉ


Este ÈSÙ é o dono da faca. É êle que separa as frações de substâncias para formar outros seres diferentes. É muito semelhante ao ÒGÚN SOROQUE, anda pelas madrugadas, sempre procurando os profanadores de oferendas postas nas encruzilhadas. Sua cor é azul arroxeado. Êle é o ASOGUN e sacerdote, sacrificador da sociedade das ÌYÁMI ÀJÉ.


- ALAKÉTU


É o ÈSÙ do dinheiro, veste branco, vermelho e azul escuro.


- ENÚGBANIJO


É o dono da boca, aquêle que fala e traz as respostas.


- AKESAN


É o que fala pelos búzios.


- LARÓYÈ


É astuto e provoca brigas


- SIGIDI


Provocador de brigas.


ORÍKÌ


ÈSÙ òta Òrìsà. Osétùrá ni oruko bàbá mò ó. Alágogo Ìjà ìyá npè é. ÈSÙ ÒDÀRÀ, òmòkùnrin ìdólófin. O lé sónsó sí orí èsè elésè. Kò jè, kò jé kí ènje gbé mi. A kìì lówó láì mu ti Èsù kúrò. A kìì lóyò lái mú ti ÈSÙ kùró. Axòntún se òsì láì ní ítijú.ÈSÙ àpáta sòmò òlòmo lènu. O fi okuta dipò iyò. Lòògèmò òrun, a nla kálù. Pàápa-wàrá, a túká máse sà. ÈSÙ máse mi, òmò èlòmíràn ni ose.


Quer dizer:


-Esú, o inimigo dos Òrìxás. Oxéturá é o nome pelo qual você é chamado por seu pai. Alágogo Ìjà é o nome pelo qual você é chamado por sua mãe. Esú Òdàrà, o homem forte de Ìdólófin. Esú que senta no pé dos outros. Que não come e não permite a quem esta comendo engulir o alimento. Quem tem dinheiro, reserva para Esú a sua parte. Quem tem felicidade, reserva para Esú a sua parte. Esú que joga nos dois times sem constrangimento. Esú que faz uma pesso falar coisas que não deseja. Esú que usa pedra em vez de sal. Esú o indulgente filho de Deus, cuja grandeza manifesta-se em toda parte. Esú apressado, inesperado que quebra em fragmentos que não se poderá juntar novamente. Esú, não me manipule, manipule outra pessoa.


SUAS ERVAS


- Cansanção, urtiga, tinhorão roxo, barba do diabo, garra do diabo, comigo-ninguém-pode, fedegoso, figueira preta, cactos de todas as qualidades, abranda fogo, jamelão, jurubeba, avinagreira e arrebenta cavalo.


Em se assentamento devem ser colocadas uma folha de cada Òrixá e uma fava também.


LENDA
Dois amigos trabalhavam em campos vizinhos. ÈSÙ pôs um boné vermelho de um lado e branco do outro e passou sôbre uma cerca que separava as duas propriedades. Após alguns instantes, um dêles fez alusão ao homem do boné vermelho, o outro fez a mesma crítica ao homem do boné branco. O primeiro insistiu que o boné era vermelho, o outro que o boné era branco. como estavam ambos de boa fé, continuaram sustentando seus pontos de vista, cada vez com mais calor e cólera. Acabaram matando-se.









JENIPAPO - Jenipapeiro -BUJÈ




Entre as populações indígenas o corante extraído de seus frutos e da madeira há muitos séculos é utilizado em diversas cerimônias, junto com urucum e a tabatinga.

O habito de pintar o corpo é uma das principais características culturais de cerca de 200 sociedades indígenas existentes no país.

Entre os índios Wajãpi (Amapá) essas pinturas recebem a denominação de kusiwa, representado criaturas míticas ou animais.

Segundo os Wajãpi, a tinta do jenipapo teria o poder de chamar a atenção dos espíritos da floresta e dos mortos, enquanto o cheiro e a coloração avermelhada do urucum os protegeria dessas entidades.

É interessante observar que em crianças recém-nascidas e pessoas muito doentes o padrão kusiwa seria evitado, afim de não exporem os mesmos a essas forças sobrenaturais, o que poderia representar um risco para os mesmos.

Isso me faz lembrar alguns casos do Candomblé, onde também evitamos que determinadas pessoas passem por certos tipos de rituais. 


É o caso dos abikú, que ao se iniciarem não podem passar pelos mesmos rituais de pessoas “normais” exatamente para evitar que os espíritos que os acompanham possam colocar em risco a vida dessas pessoas. Nesse caso, as pinturas no corpo também desempenham um papel importantíssimo..


Na região do Xingu e Tocantins habitam os Assurinis, que utilizam as mãos ou talos de madeira para aplicarem a tintura de jenipapo e urucum em seus corpos. Alguns motivos mais elaborados podem ser feitos a partir de “carimbos”, feitos com o caroço da fruta inajá (Maximiliana maripa) partida ao meio e mergulhados na tintura.

Já entre os Xicrim (subgrupo Caiapó) o jenipapo mastigado e misturado com água e carvão, é aplicado entre as mulheres e nos seus filhos. Os Bakairi (Mato Grosso) também se pintam com o extrato do jenipapo durante diversas cerimônias.


Era costume entre as mulheres Yorubá enfeitar os corpos e o rosto com pinturas e cortes, um dos principais corantes utilizados era a tinta de uma árvore conhecida como bùje.

As pinturas feitas com esse corante demoravam pra sair da pele, embelezando por vários dias essas mulheres, que eram muito vaidosas. O nome dessas pinturas era ínábùje.


Nas casas de Candomblé o jenipapeiro é conhecido como Bùjé, sendo uma das principais folhas do orò de Obaluaye e


Jardim Botânico do Rio de Janeiro

Omolú.

É considerada por muitos, indispensável, tanto nos rituais de iniciação como em obrigações dos filhos deste orixá, sendo uma das principais folhas utilizadas no àgbo dos mesmos.

Sua relação estreita com esse vodun/orixá nos permite classificá-la como uma folha da terra (ewé ile), o que justifica a sua utilização em trabalhos para curar ataques epiléticos, doença geralmente associada ao referido orixá.

Alguns desses trabalhos são feitos em baixo do pé de jenipapo, onde são dados golpes de faca na árvore, e pede-se que a doença seja levada embora.

Esse mesmo trabalho também costuma ser destinado ao inkicie Kitembo (Tempo) e também ao vodun Loko.

No ritual Angola são feitos determinados trabalhos onde animais são pendurados (e mumificados), preferencialmente nos galhos do jenipapeiro, iroko ou da cajazeira, que devem estar próximas ao assentamento desse inkicie.

Isso demonstra ainda mais a importância dessa folha, uma vez que pode substituir duas árvores consideradas de grande poder dentro do Candomblé: a cajazeira e iroko. Suas folhas também servem para forrar a vasilha em que é servido o doburú do “velho”.

Obaluaye- 
Arte de Patrick de Ayrá 
(Ogba Silé)


O jenipapo possui grande prestígio no Candomblé, pois segundo um itan narrado em Ejionile (Ejiogbé), foi utilizado para salvar um homem de Ikú (a morte). Esse homem passou a tinta do Bujé no corpo e não foi reconhecido por Ikú.

Nunca devemos esquecer que esse Odú Agbá carrega consigo o segredo da vida e da morte, por detrás do pano branco se esconde também um pano negro.. É por isso que essa folha costuma ser muito empregada nos rituais de retirada de mão de zelador falecido (Mão de Vumbe) e em banhos de limpeza. Salve a fruta da minha infância, viva a folha Bujé!!! Atoto!!!


Bujè- Jenipapo

Genipa brasilienses


O jenipapeiro (Genipa americana) é uma árvore nativa, tendo origem na América Central e América do Sul, estando presente na região Amazônica e na Mata Atlântica.

Costuma ter um porte elevado, chegando a 20 metros de altura e com copa vistosa. Pertence a família das rubiáceas, mesma do café. Sua madeira é macia e elástica, rachando com facilidade. É utilizada em marcenaria de luxo, construção civil e naval, em tanoaria e xilogravura.


Seu fruto é conhecido como jenipapo, nome de origem tupi-guarani que significa “fruta que mancha”, ou ainda, “fruta que serve para pintar”. Isso porque era hábito muito comum em diversos grupos indígenas utilizar o fruto do jenipapo para cobrirem seus corpos, um dos motivos era que protegia a pele contra insetos, durando por vários dias.

É interessante observar que as pinturas eram feitas com o fruto ainda verde, que tinha suas sementes retiradas e produzia um suco, inicialmente incolor, e que em contato com o ar sofria oxidação e se tornava azul escuro, quase preto.


Essa coloração se deve a presença de uma substância corante denominada genipina, que perde sua ação corante com o amadurecimento do fruto. Por isso quanto mais verde for o fruto, mais escura será a coloração do suco, que adquire a consistência do nanquim. Esse corante também pode ser utilizado para tingir tecidos, peças de cerâmica e tatuagens (que desaparecem após algumas semanas).


Ainda com relação ao seu nome, segundo Nei Lopes (Enciclopédia Brasileira da Diáspora Africana) o termo jenipapo se refere também a uma mancha escura que alguns recém-nascidos mestiços teriam na sua região glútea ou quadris, indicando assim sua origem africana.


O jenipapo é um fruto rústico de aroma forte e extremamente ácido, quando consumido ao natural. Para ser aproveitado deve ser colhido no momento certo, apresentando um sabor extremamente acentuado, e que costuma agradar a poucos. É muito apreciado no Nordeste, onde costuma servir como matéria-prima na confecção de doces, xaropes, licores e vinhos. Minha mãe, que era do Amazonas, adorava licor de jenipapo, me recordo que tinha um aroma maravilhoso.. Depois que ela foi iniciada no Candomblé foi proibida de comer a fruta.


Além da genipina, o jenipapo é rico em ferro, cálcio, vitaminas B1, B2, B5, C e carboidratos, o que justifica a sua utilização em casos de anemia e como fortificante. Também é muito empregado como estimulante do apetite e no tratamento de doenças do baço e fígado.




A Religião dos Òrìsà entre os Yorúbà



Entre os yorúbà, religião é um problema complexo. 


Um estrangeiro que se interesse pelo assunto pode encontrar múltiplos objetos de culto. 


Trata-se da representação dos famosos Òrìsà.


Todos os Òrìsà são visualizados como seres humanos e possuem uma origem terrestre: Èsù, por exemplo, é originário de Igbeti; o Orixá Oko descende da cidade de Irawô; Ògún vem da cidade de Ilá e assim por diante.


Após sua morte um homem pode tomar-se um Òrìsà para seus filhos, que passam a cultuar sua memória. 


O fundador de cada família, por exemplo, sempre se transforma num objeto de culto para seus descendentes. 


Alguns homens por seu valor pessoal, tomam-se Òrìsà cultuados por toda a nação. 


De heróis locais passam a heróis nacionais.


A maioria dos cultos a Òrìsà são circunscritos a comunidades locais, sendo muito poucos de importância nacional. 


Os Òrìsà locais são considerados heróis do grupo que os venera e são identificados por sua natureza, característica do território em que são cultuados. 


As classes principais dos objetos de culto são os rios e os montes. 


Um exemplo de monte cultuado em nível local é Oke Ibadan, cujas cerimônias se realizam atualmente na cidade de Ibadan, um dos maiores centros do país, situado ao norte de Lagos. 


No dia do culto, não se acendem fogos.


Um exemplo do herói elevado á categoria de Òrìsà e cultuado pelo povo de Ijesa é Obalogun, que, segundo a tradição, salvou aquele o povo dessa cidade contra os inimigos de Nupe.


Há, entretanto, alguns Òrìsà cultuados por toda a terra dos yorúbà, sendo os seis mais importantes Òrúnmìlà, Èsù, Òbàtàlá, Òsanyìn, Ògún e Sàngó, que também são venerados em outros países do mundo.


A religião da família constitui-se de vários cultos. 


Uma vez por ano cultuam-se os espíritos dos mortos. 


As vezes, por sugestão onírica, realizam-se-lhes sacrifícios. 


O sentimento de um antepassado é formado por vários objetos usados por ele e se localiza onde está enterrado. 


Este local se denomina “Oju ibo” (local do culto). 


As famílias costumam venerar os genitores, fazendo-lhes sacrifícios sobre suas sepulturas.


Além do culto aos antepassados, as famílias veneram outros Òrìsà, como Èsù, Òrúnmìlà, etc. 


Muitas famílias veneram um Òrìsà particular, chamado Òrìsà da família. 


Podem-se adorar, por exemplo, irmãos gêmeos falecidos. 


Quando à morte de um gêmeo, sucede-se a uma doença ou em estado de mau-humor, faz-se necessário construir a imagem do morto e oferecer-lhe sacrifícios. 


O local para sacrifícios denomina-se “ibúmu”, segundo, a tradição, após a morte de gêmeos, a mãe deve evitar a procriação por um bom tempo.


A veneração de um Òrìsà particular por uma família é muitas vezes circunstancial.


Quando, por exemplo, um raio mata alguém de uma família na qual exista um sacerdote de Sàngó, é costume os outros sacerdotes do mesmo Òrìsà realizarem alguns rituais na casa do morto. 


Outro membro daquela família, então, é imediatamente iniciado no sacerdócio de Sàngó.


Ser Òrìsà significa ter sido escolhido entre os antepassados para objeto de culto.


Dessa forma, é muito improvável que algum yorúbà não cultue um Òrìsà. 


A maioria das pessoas veneram, pelo menos, Òrúnmìlà, Òrìsà universal, em intervalos de cinco dias. 


As mulheres têm o hábito de cultuar o Òrìsà Orí, que é o Òrìsà da sorte. 


Quando a noiva deixa a sua casa para dirigir-se à do marido, reverencia o Òrìsà Orí, de forma a ter sorte no casamento. 


Os símbolos desse Òrìsà, entre os quais 41 búzios agulhados conjuntamente, são mantidos em seu santuário.


É importante ressaltar que uma mesma pessoa pode cultuar mais de um Òrìsà, dentre os cerca de mais de 400 existentes. 


Alguém que cultue o Òrìsà da selva, por exemplo, pode igualmente venerar Òsóòsì ou Ògún. 


Considera-se que eles se liguem uns aos outros.


Por fim, pode-se dizer que a associação de alguns Òrìsà a elemento da natureza não implica em que os crentes se identifiquem com estes no momento do culto. 


Na prática, veneram a memória desses Òrìsà enquanto homens que viveram sobre a Terra em tempos remotos. 


A associação desses Òrìsà à natureza foi portanto acidental. 


Quando Oya é cultuada, por exemplo, pensa-se em suas habilidades, outrora enquanto mulher, de emitir fogo pela boca; ao se cultuar Òsun, não se rende homenagem ao rio que leva seu nome, mas a mulher que, um dia, transformou-se em Òrìsà. 


Assim, os cultuadores de Sàngó o invocam menos com o propósito de venerar o raio ou o trovão do que honrá-lo pelo homem que fora, capaz de empregar esses recursos naturais.


Autor: Prof. Michael Ademola Adesoji



A escolha de um sacerdote !



Príncipe Custódio 


A escolha de um sacerdote para lhe orientar em sua vida espiritual, deve seguir um cuidadoso sistema aonde você é a prioridade, trazer para sua vida um elemento que você desconhece pode comprometer o seu futuro.


Além de comprometer sua vida espiritual, você muitas vezes, pode ter grandes prejuízos em sua saúde.


O envolvimento com pessoas que muitas vezes não correspondem a um comportamento moral adequado pode traumatizar e criar seqüelas que jamais serão curadas,afastando para sempre o individuo de sua crença.


Um sacerdote deve ter um comportamento exemplar por várias razões, mas a mais importante delas é, ao longo da vida, adquirir o direito de ser cultuado como antepassado depois de sua morte.


Um homem de bem é lembrado por seus atos, e sua história se perpetua.


A moral e o comportamento adequado imortaliza o individuo.


Enganar,muitas vezes ,tem uma razão que só a pessoa consegue explicar.


A insegurança e o medo, se explica mas não se justifica,muitas vezes a mentira é antecipada pelo comportamento,tudo poderia ser previsto,só não poderia ser explicado.


Quem tem orisa bem assentado , jamais será enganado. O desejo de acertar muitas vezes cega a razão.


As carências emocionais e espirituais afloram e nos deixamos influenciar por títulos, diplomas e histórias que em um momento de maior lucidez jamais acreditaríamos.


Os antepassados quando bem cultuados, avisam em sonho ou por intuição.


Precisamos estar atentos aos recados que aparecem em nosso dia a dia.


Todos somos vítimas, mas temos que aprender com os fatos, precisamos evoluir com o tempo e crescer com as experiências.


O perdedor na verdade quase sempre ganha, é melhor só que mal acompanhado.


O homem não precisa ver o que está acontecendo para saber que tem alguma coisa errada, muitas vezes ele sente tudo a sua volta,e quando o orisa quer a verdade aparece.


Deixe o tempo passar e os problemas poderão ser solucionados, suas tristezas vão diminuir,e certamente você vai sair dessa uma pessoa mais forte,mais experiente e mais segura,não vai lhe fazer falta o que você nunca teve,pelo menos da maneira que você pensava.


Pode acontecer que você tenha somente uma vasilha com uma pedra dentro e que esteja cercado de pessoas que jamais deveria confiar.


"Eni ti o jin si koto ko ara ehin logbon, adaniloro fi agbara k’o."


"Aquele que cai em buraco ensina aos que vêm atrás a terem cuidado"
 
Íre,o


Gilmar Ofun Oyeku