CASA PODEROSA DOS FILHOS DE YEMANJÁ

CASA PODEROSA DOS FILHOS DE YEMANJÁ

terça-feira, 6 de junho de 2017

JUNHO O MÊS DE XANGÔ NA CASA DE YEMANJÁ: Òsun



Òsun

Rainha do mesmo nome de um rio que corre na Nigéria, em Osogbo aquela que da filhos as mulheres.

 Rainha do rio, do desenvolvimento da criança ainda no ventre de sua mãe.

Controla a fecundidade graças aos laços feitos com as ìyámi-àjé narrados no odu de ifá.

Um dos seus títulos conferidos a ela é Ìyálòóde, ou seja, a mulher mais importante do lugar,grande guerreira de coração bondoso, mas em sua fúria muito perigosa .

Rainha do equilíbrio, da oogun, da vaidade, aquela que rege qualquer ser humano até seus 3 anos de idade e só depois ela o entrega pra seu ELEDÁ, ou seja seu feixe de energia pessoal, que pode ser ela mesma ou não.

O nome Òsún significa "Fonte".
Òsún representa a fonte perpétua de renovação da vida.

Com o poder fundamental da água, é ela que torna a vida possível. Pensar em Òsún, é pensar na Rainha do rio, na Deusa da fertilidade.

Òsún transforma através da água. 
Ela é parte central da cultura Iorubá. Seu poder é Imensurável. Òsún é a guerreira feroz, defensora do seu povo, líder de revoluções e revoltas.
Ela pode ser a jovem bonita e envolvente, de fala mansa que consegue matar com bondade, ou a velha mortal, proprietária de poder espiritual; ela pode ser rica ou pobre, amando ou se vingando.

Ela é a Mãe Benevolente ou a guerreira feroz. Ela cura com suas águas ou destrói indiscriminadamente com as enchentes em fúria.

Òsún pode ser mansa como o leito dos rios e cachoeiras, mas pode ser devastadora como uma cabeça d'água que arrasta tudo à sua frente.
Poderosa e sedutora, ela sempre vai atrás do que deseja, sobrepondo os obstáculos, como uma verdadeira guerreira.
Òsún é a dona dos rios do planeta, onde o Omo-òrìsà deve ir, para se purificar antes da iniciação. 
É a divindade que habita as águas doces das nascentes dos rios, das cachoeiras, lagos e lagoas.

Água essa, que nos dá a vida e que também pode nos matar.
Òsún, foi o primeiro Irúnmolè feminino a vir para terra, pois ela participou da criação.

Òsún, é aquela que gerou a humanidade, é a Rainha da fecundidade, que nos dá a vida. Nada acontece sem Òsún ! 
Obàtálá molda o corpo dos seres humanos, Ajalá molda a cabeça, Olódùmarè fornece a respiração e Òsún fornece a água para que tudo seja feito.

Assim Òsún é parte integrante da criação.
Òsún é o temor e a magia de Iyami Osorongá. Ela é a líder e fundadora do culto das Ajé.

É o espírito dos mistérios, a magia é a sua mais poderosa arma. 
Òsún como líder das Iyami, tem o potencial da magia e da justiça.

Ela pode destruir à "noite", com o imenso poder de eleiye, ou durante o "dia", com o imenso poder das águas.

Ela é uma das fundadoras da Sociedade Ogboni, e ocupa o cargo de Erelú no conselho dos anciãos.
Òsún é o princípio feminino no universo, é a personificação do poder místico da mulher, o real poder da cosmologia Iorubá.

A capacidade de controlar as forças físicas e espirituais, para criar a vida através da gestação, é considerado como o poder supremo na cosmovisão Iorubá.

É esse poder mágico da mulher, que o homem jamais entenderá.
Òsún, na compreensão Iorubá, é a essência da beleza e do encantamento. Ela é sábia, compassiva e generosa.

Para entender Òsún é preciso a sensibilidade de reconhecer a inteligência, vitalidade, carinho e capacidade feminina.

Òsún é a personificação da riqueza, prosperidade, amor, beleza, elegância e sensualidade.

É o espírito do espelho, da dança e da sedução.
Não se pode esquecer que Òsún é também a proprietária de Mérìndílógún - jogo de dezesseis búzios. 
Òsún foi esposa de Òrúnmìlá, o profeta, e detentor do oráculo.

Òrúnmìlá deu a Òsún o Mérìndílógún e disse-lhe que a partir de então, ela possuiria o sistema orácular dos 16 búzios (cawries), para de comunicar com Olódùmarè, onde Esú seria o mensageiro.

Òsún partilhou o seu conhecimento com outros Òrìsà, começando por Obàtálá.
Òsún e Esú juntos, sustentam fortemente o universo.

Esú, energia dinâmica, presidi os ebós, apoiando e fortalecendo a eficácia de suas preparações e encaminhamneto, e está a frente dos rituais.

Òsún é a energia poderosa, que trás a magia e o àse para que tudo aconteça. A conexão entre Òsún e Esú é fantástica.

Ambos são capazes de conferir a maior das bênçãos; Esú concede o àse do movimento no Universo, e Òsún, a fertilidade.
É na Nigéria, mais precisamente em Òsogbo, no Estado de Òsún, que corre o rio Òsún, lugar de origem, culto e homenagem a Grande Divindade (Irúnmolè) regente das águas doces e dos nascimentos.

Òsún é a rainha do rio de mesmo nome e é adorada ativamente pela sua benevolência.
Òsún é uma Divindade muito respeitada e adorada no Panteão Iorubá. Todos os anos, no mês de agosto, é realizado seu Festival, em Osogbo, no Estado da Òsún, na Nigéria - Africa, onde temos um grande ritual e festejos às margens do rio Osogbo, onde fica o seu palácio.

É uma festa internacional onde comemora-se o aniversário da cidade e também o "pacto" firmado entre o Rei Laroye, fundador e primeiro rei da cidade, e a divindade do rio Òsún. 
"Diz a lenda que os primeiros moradores de Òsogbo vieram de uma cidade que hoje é chamada "Ìpolé" (sul de Ilésà) também na Nigéria.

Eles saíram de sua cidade por causa da seca e depois de muitos dias de viagem, chegaram à margem de um rio.

Felizes, eles decidiram instalar-se no local e começaram a cortar árvores para a construção de suas casas.

Aconteceu que uma das árvores caiu no rio e, de repente, eles ouviram uma voz dizendo: 
"ÒsóIgbó (de onde, provavelmente deve ter vindo o nome Òsogbo) pèlé o, gbogbo ìkòkò mi lé tí fo tan". 
"Feiticeiro da Floresta faça devagar, já quebrou todos os meus vasos". (Nas antigas comunidades Yorùbá, os vasos eram usados para guardar água para beber).
Como sinal de paz, o rei, sentado em uma rocha, ofereceu juntamente com seu povo, sacrifício à Divindade.

Esta rocha fica até hoje como referência significante na festa da Òsún. 

Òsún também é chamada de Iyalóòde, "Rainha de todos os rios".

Título conferido à pessoa que ocupa o lugar mais importante entre todas as mulheres da cidade.
Conta um Itan de Ifá, que Òsún ganhou a guerra para Ogún com sua magia, quando envenenou as águas do lago onde o inimigo iria saciar sua sede.
Òsún, rainha das águas, que assim como suas águas, ela nos transmite toda sua força e sua doçura e nos presenteia com seus encantos e magias; com sutileza, ela nos purifica e nos permite a concepção da vida em todos os sentidos.
Com as suas águas, Òsún vai a todos os cantos da terra; Òsún está em tudo.



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