CASA PODEROSA DOS FILHOS DE YEMANJÁ

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quinta-feira, 31 de maio de 2012

Assentamento de Odù no Candomblé





Existe uma pratica já antiga de se fazer o assentamento de um odu. 


Faz-se isso com o Odù Obara que é associado com prosperidade pelo Candomblé, assim entendo que a lógica seja ao se assentar um odu esta se atraindo prosperidade para sua vida.


Seguindo a lógica de que o problema não são os errados e sim os silenciosos eu trago esse assunto para comentários. 


Me inscrevi em uma lista de e-mails que promete revelar, diariamente, fundamentos se Candomblé e em um dos últimos veio isso sobre esse assentamento:




Um Assentamento só pode ser feito através de um de um ritual, o qual envolve uma grande variedade de materiais: folhas, rezas, animais...


Tudo ligado ao fenômeno da natureza que se quer Assentar, ou seja: tudo ligado ao Orixá que se quer assentar.


O Orixá, vendo e gostando daquilo que está sendo feito no ritual, vai se aproximando e tomando "vida". 


Ficando aquele assentamento(que representa o "corpo" do Orixá), impregnado com a sua essência.


Portanto, assentar um Orixá é dominar um fenômeno da natureza: para que nos traga benefícios, através dos presentes que lhe são ofertados; para que nos traga, vida longa, prosperidade, felicidade, filhos, vitórias...


O que não esta correto nisso?


Todo mundo tem direito a sua opinião e eu não me manterei em silêncio. 


Muita coisa eu discordo. 


Em primeiro lugar eu gostaria de lembrar a todos que odù é uma energia transitória, uma resposta que Orunmila nos envia através do oráculo e que traz em sí o diagnóstico do problema e também sua solução.


Assim eu não vejo sentido em buscar isso através de um assentamento, um igba. 


Um igba ou assentamento é um elemento de ligação entre o orun e o aiye, um elemento que liga partes que já existem e estão conectadas. 


Assim você se liga com orixás e divindades que você já tenha. 


O assentamento é um elemento de amplificação dessa ligação.


Assim no Candomblé quando montamos um igba estamos ligando coisas que já estão conectadas entre si ou que serão conectadas através de cerimônias de iniciação.


Um Odù não é uma divindade. 


Ele não existe perene e não tem vinculo com ninguém é uma energia transitória, enviada, e no fundo representa um desequilíbrio. 


Quando algo vai mal o odù mostra qual é esse desequilíbrio e o nosso trabalho é re-estabelecer o equilíbrio. 


Assim assentar um Odù é tratar um odù como algo que ele não é. 


Não é assentando isso que vamos trazer prosperidade, se fosse assim, todo mundo no Candomblé era rico, o que não é verdade. 


Pode ser então que os Candomblecistas tenham feito voto de probreza e só clientes podem ter esses potes mágicos.


Não podemos trazer um desequilíbrio para nossa vida. 


Em Ifá a gente é muito cuidado com odù, não riscamos, não falamos, não rezamos sem sentido. 


Somente se ele sai em uma consulta ou se vai ser usada em um ebó ele será invocado. 


Um odu pode nos influenciar de forma positiva ou negativa não existe odù só positivo ou só negativo.


Por fim, nesse texto bobo, algumas ideias de verdade me deixam aborrecido, como ligar fenômeno da natureza a orixá e ao que fazemos. 


Quer dizer que vamos “dominar” um fenômeno da natureza? 


Olha acho que os pais de santo vão ficar milionários controlando furacões, incêndios, inundações. 


Mas, também pode ser linchados quando as pessoas acharem que são nossa divindade que estão provocando catastofres.


Além disso ele fala de Odù e depois diz que é o orixá no assentamento, enfim, isso é uma bobagem só. Fazer assento de odù já é ruim, querer explicar com essa inteligência toda vira uma obra de arte.



Um comentário:

  1. virou comercio essa é a realidade!!!!
    Onde já se viu cobrar 20,30,40 mil de uma pessoa pra raspar a cabeça pro orixá, isso é absurdo!!!!

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