CASA PODEROSA DOS FILHOS DE YEMANJÁ

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quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

* Cultura


Cultura de massa

Cultura de massa (também chamade de cultura popular ou cultura pop) é o total de ideias, perspectivas, atitudes, memes, imagens e outros fenômenos que são julgados como preferidos por um consenso informal contendo o mainstream de uma dada cultura, especialmente a cultura ocidental do começo da metade do século XX e o emergente mainstream global do final do século XX e começo do século XXI.



Fortemente influenciada pela mídia de massa, essa coleção de ideias permeia o cotidiano da sociedade. Em contraste, o folclore se refere a um cenário cultural de sociedade mais locais ou pré-industriais.



A cultura popular é frequentemente vista como trivial e simplificada para que se possa encontrar uma aceitação consensual através do contexto maior. Como resultado, ela tem forte criticismo de várias subculturas (mais notavelmente grupos religiosos e contraculturais) que acreditam-na superficial, consumista, sensationalista, e corrupta.


O termo "cultura popular" surgiu no século XIX, em uso original para se referir à educação e cultura das classes mais baixas.

 O termo começou a assumir o significado de uma cultura de classes mais baixas, separado e se opondo à "verdadeira educação" próximo do final do século, um uso que se tornou estabelecido no período de entreguerras. O significado corrente do termo, cultura para consumo da massa, originou-se especialmente nos Estados Unidos, estabelecendo-se ao final da Segunda Guerra Mundial. A forma abreviada "pop culture" data da década de 1960.



Índice

1 Propagação institucional

2 Cultura de massa e capitalismo

3 Cultura popular


 Propagação institucional

A cultura popular e a mídia de massa têm uma relação simbiótica: cada uma depende da outra em uma íntima colaboração."

—K. Turner (1984), p.4



O ensaio "A Crise da Cultura" de Hannah Arendt, escrito em 1961 sugere que uma "mídia dirigida pelo mercado lideraria o deslocamento da cultura pelos ditames do entretenimento." Susan Sontag argumenta que, na nossa cultura, os mais "...inteligíveis, persuasivos valores são [crescentemente] tirados das indústrias de entretenimento", "debilitam os padrões de seriedade". Como resultado, tópicos "tépidos, suaves e sem sentido" estão se tornando a norma.

 Algumas críticas argumentam que a cultura popular é simplificada: "...jornais que uma vez veicularam notícias estrangeiras agora apresentam fofocas sobre celebridades, fotografias de jovens garotas com pouca roupa... a televisão substituição a dramatização de alta qualidade por jardinagem, culinária e outros programas de 'estilo de vida'...[e] bobos 'reality shows'," ao ponto de as pessoas estarem constantemente imersas em trívias sobre a cultura das celebridades.



No livro de Rosenberg e White Mass Culture (Cultura de Massa, em tradução livre), MacDonald argumenta que "A cultura popular é uma degradada, trivial cultura que esvazia todas as profundas realidades (sexo, morte, falha, tragédia) e também os simples e espontâneos prazeres. . . . As massas, pervertidas por algumas gerações desse tipo de coisa, começou a demandar produtos culturais triviais.

" Van den Haag argui que "...toda a mídia de massa no seu final aliena as pessoas de experiências pessoais e embora pareçam compensar isso, intensificam o seu isolamento moral uma das outras, da realidade e delas mesmas."



Críticos têm lamentado a "... substituição da alta arte e da autêntica cultura folclórica por artefatos industrializados insípidos produziu uma escala de massa a fim de satisfazer o mínimo denominador comum.

" Essa "cultura de massa emergiu depois da Segunda Guerra Mundial e tem levado para a concentração do poder da massa cultural em sempre grandes conglomerados de mídia global." A imprensa popular diminuiu o montante de notícias ou informações e substituiui-as por entretenimento ou cócegas  que reforçam "...medos, prejuízo, a criação de bodes expiatórios, paranoia e agressão.



Críticos de televisão e cinema têm argumentado que a qualidade das produções televisivas têm sido diluídas como a perseguição implacável ao "populismo e avaliações", focando no "insípido, exibível e popular." No cinema, "a cultura e os valores de Hollywood" estão cada vez mais dominando produções de outros países. Os filmes de Hollywood têm mudado de criar filmes com uma certa fórmula pré-definida que enfatizam "...o choque de valores e impressão (impressões) superficial (superficiais)" e efeitos especiais, com temas que focalizam nos "...instintos básicos de agressão, revanche, violência [e] ganância". Os roteiros "...frequentemente parecem simples, um modelo padronizado tirado da estante, e o diálogo é mínimo." As "personagens são superficiais e inconvincentes, o diálogo é também simples, irreal e mal construído."[17]



 Cultura de massa e capitalismo

Como consequência das tecnologias de surgidas no século XIX, a cultura de massa desenvolveu-se ofuscando outros tipos de cultura anteriores e alternativos a ela. A chegada da cultura de massa acaba submetendo as demais expressões “culturais” a um projeto comum e homogêneo — ou pelo menos pretende essa submissão. Por ser produto de uma articulação de porte internacional (e, mais tarde, global), a cultura de massa esteve sempre ligada ao poder econômico do capital industrial e financeiro, configurando aquilo que Noam Chomsky considera uma forma de totalitarismo, baseado na publicidade. Afirma Chomsky que "a propaganda significa para a democracia o mesmo que o porrete significa para o estado totalitário". Desta forma, para Chomsky, a massificação da cultura se dá através de um artifício totalitário, servindo a interesses econômicos.


 Cultura popular

A cultura popular, produzida fora de contextos institucionalizados ou mercantis, teve de ser um dos objetos dessa repressão imperiosa. Justamente por ser anterior, o popular era também alternativo à cultura de massa, que por sua vez pressupunha — originalmente — ser hegemônica como condição essencial de existência.



O que a indústria cultural percebeu mais tarde (e Adorno constatou, pessimista), é que ela possuía a capacidade de absorver em si os antagonismos e propostas críticas, em vez de combatê-lo. Desta forma, sim, a cultura de massa alcançaria a hegemonia: elevando ao seu próprio nível de difusão e exaustão qualquer manifestação cultural, e assim tornando-a efemêra e desvalorizada.



A “censura”, que antes era externa ao processo de produção dos bens culturais, passa agora a estar no berço dessa produção. A cultura popular, em vez de ser recriminada por ser “de mau gosto” ou “de baixa qualidade”, é hoje deixada de lado quando usado o argumento mercadológico do “isto não vende mais” — depois de ser repetida até exaurir-se de qualquer significado ideológico ou político.



No contexto da indústria cultural — da qual a mídia é o maior porta-voz — são totalmente distintos e independentes os conceitos de “popular” e “popularizado”, já que o grau de difusão de um bem cultural não depende mais de sua classe de origem para ser aceito por outra. A grande alteração da cultura de massa foi transformar todos em consumidores que, dentro da lógica iluminista, são iguais e livres para consumir os produtos que desejarem. Dessa forma, pode haver o “popular” (i.e., produto de expressão genuína da cultura popular) que não seja popularizado (“que não venda bem”, na indústria cultural) e o “popularizado” que não seja popular (vende bem, mas é de origem elitista)..

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