Mãe Ana de Ogum
Ana Maria Araújo Santos, mais conhecida como Mãe Ana de Ogun, filha-de-santo de Mãe Simplícia de Ogun da Casa de Oxumare, Iyálorixá do Candomblé Ilê Axé Oju Onirê localizado no Parque Jacarandá – Taboão da Serra, São Paulo. Iniciada para o culto aos Orixás (Candomblé) em 24 de maio de 1960, aos 16 anos de idade.
Se aprofundando e mantendo viva a tradição do candomblé, iniciou e ainda inicia inúmeras pessoas, ostenta em sua trajetória de vida vários premios e louvores religiosos, sociais, e preza pela harmonia e boa conduta na religião que se tornou parte integral de sua vida.
No ano de 2010, completou 50 anos de iniciação (Odum Adotá), juntamente com suas irmãs de barco: Elza de Oxóssi, Walquíria de Oxum e Beth de Oxalá. Motivo de muita festa e celebração no Axé Oxumaré.
Destinados a todos com uma proposta antropológica em manter em sua essência pura o culto aos Orixás...
CASA PODEROSA DOS FILHOS DE YEMANJÁ

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
Cultura da África
A cultura da África reflete a sua antiga história e é tão diversificada como foi o seu ambiente natural ao longo dos milénios. África é o território terrestre habitado há mais tempo, e supõe-se que foi neste continente que a espécie humana surgiu; os mais antigos fósseis de hominídeos encontrados na África (Tanzânia e Quênia) têm cerca de cinco milhões de anos. O Egito foi provavelmente o primeiro estado a constituir-se na África, há cerca de 5000 anos, mas muitos outros reinos ou cidades-estados se foram sucedendo neste continente, ao longo dos séculos (por exemplo, Axum, o Grande Zimbabwe). Para além disso, a África foi, desde a antiguidade, procurada por povos doutros continentes, que buscavam as suas riquezas.
O continente africano cobre uma área de 30 221 532 de quilômetros quadrados, um quinto da área terrestre da Terra, e possui mais de 50 países. Suas características geográficas são diversas e variam de tropical úmido ou floresta tropical, com chuvas de 250 a 380 centímetros a desertos. O monte Kilimanjaro (5895 metros de altitude) permanece coberto de neve durante todo o ano enquanto o Saara é o maior e mais quente deserto da Terra. A África possui uma vegetação diversa, variando de savana, arbustos de deserto e uma variedade de vegetação crescente nas montanhas bem como nas florestas tropicais e tropófilas.
Como a natureza, os atuais 922 011 000 habitantes da África evoluíram um ambiente cultural cheio de contrastes e que possui várias dimensões. As pessoas através do continente possuem diferenças marcantes sob qualquer comparação: falam um vasto número de diferentes línguas, praticam diferentes religiões, vivem em uma variedade de tipos de habitações e se envolvem em um amplo leque de atividades econômicas.
Tribos e grupos étnicos
A África é o lar de inumeráveis tribos, grupos étnicos e sociais, algumas representam populações muito grandes consistindo de milhões de pessoas, outras são grupos menores de poucos milhares. Alguns países possuem mais de 70 diferentes grupos étnicos. Todas estas tribos e grupos possuem culturas que são diferentes, mas representam o mosaico da diversidade cultural africana Estas tribos e grupos étnico/social incluem os Afar, Éwés, Amhara, Árabes, Ashantis, Bacongos, Bambaras, Bembas, Berberes, Bobo, Bubis, Bosquímanos, Chewas, Dogons, Fangs, Fons, Fulas, Hútus, Ibos, Iorubás, Kykuyus, Masais, Mandingos, Pigmeus, Samburus, Senufos, Tuaregues, Tútsis, Wolofes e Zulus.
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
* Cultura
Cultura de massa
Cultura de massa (também chamade de cultura popular ou cultura pop) é o total de ideias, perspectivas, atitudes, memes, imagens e outros fenômenos que são julgados como preferidos por um consenso informal contendo o mainstream de uma dada cultura, especialmente a cultura ocidental do começo da metade do século XX e o emergente mainstream global do final do século XX e começo do século XXI.
Fortemente influenciada pela mídia de massa, essa coleção de ideias permeia o cotidiano da sociedade. Em contraste, o folclore se refere a um cenário cultural de sociedade mais locais ou pré-industriais.
A cultura popular é frequentemente vista como trivial e simplificada para que se possa encontrar uma aceitação consensual através do contexto maior. Como resultado, ela tem forte criticismo de várias subculturas (mais notavelmente grupos religiosos e contraculturais) que acreditam-na superficial, consumista, sensationalista, e corrupta.
O termo "cultura popular" surgiu no século XIX, em uso original para se referir à educação e cultura das classes mais baixas.
O termo começou a assumir o significado de uma cultura de classes mais baixas, separado e se opondo à "verdadeira educação" próximo do final do século, um uso que se tornou estabelecido no período de entreguerras. O significado corrente do termo, cultura para consumo da massa, originou-se especialmente nos Estados Unidos, estabelecendo-se ao final da Segunda Guerra Mundial. A forma abreviada "pop culture" data da década de 1960.
Índice
1 Propagação institucional
2 Cultura de massa e capitalismo
3 Cultura popular
Propagação institucional
A cultura popular e a mídia de massa têm uma relação simbiótica: cada uma depende da outra em uma íntima colaboração."
—K. Turner (1984), p.4
O ensaio "A Crise da Cultura" de Hannah Arendt, escrito em 1961 sugere que uma "mídia dirigida pelo mercado lideraria o deslocamento da cultura pelos ditames do entretenimento." Susan Sontag argumenta que, na nossa cultura, os mais "...inteligíveis, persuasivos valores são [crescentemente] tirados das indústrias de entretenimento", "debilitam os padrões de seriedade". Como resultado, tópicos "tépidos, suaves e sem sentido" estão se tornando a norma.
Algumas críticas argumentam que a cultura popular é simplificada: "...jornais que uma vez veicularam notícias estrangeiras agora apresentam fofocas sobre celebridades, fotografias de jovens garotas com pouca roupa... a televisão substituição a dramatização de alta qualidade por jardinagem, culinária e outros programas de 'estilo de vida'...[e] bobos 'reality shows'," ao ponto de as pessoas estarem constantemente imersas em trívias sobre a cultura das celebridades.
No livro de Rosenberg e White Mass Culture (Cultura de Massa, em tradução livre), MacDonald argumenta que "A cultura popular é uma degradada, trivial cultura que esvazia todas as profundas realidades (sexo, morte, falha, tragédia) e também os simples e espontâneos prazeres. . . . As massas, pervertidas por algumas gerações desse tipo de coisa, começou a demandar produtos culturais triviais.
" Van den Haag argui que "...toda a mídia de massa no seu final aliena as pessoas de experiências pessoais e embora pareçam compensar isso, intensificam o seu isolamento moral uma das outras, da realidade e delas mesmas."
Críticos têm lamentado a "... substituição da alta arte e da autêntica cultura folclórica por artefatos industrializados insípidos produziu uma escala de massa a fim de satisfazer o mínimo denominador comum.
" Essa "cultura de massa emergiu depois da Segunda Guerra Mundial e tem levado para a concentração do poder da massa cultural em sempre grandes conglomerados de mídia global." A imprensa popular diminuiu o montante de notícias ou informações e substituiui-as por entretenimento ou cócegas que reforçam "...medos, prejuízo, a criação de bodes expiatórios, paranoia e agressão.
Críticos de televisão e cinema têm argumentado que a qualidade das produções televisivas têm sido diluídas como a perseguição implacável ao "populismo e avaliações", focando no "insípido, exibível e popular." No cinema, "a cultura e os valores de Hollywood" estão cada vez mais dominando produções de outros países. Os filmes de Hollywood têm mudado de criar filmes com uma certa fórmula pré-definida que enfatizam "...o choque de valores e impressão (impressões) superficial (superficiais)" e efeitos especiais, com temas que focalizam nos "...instintos básicos de agressão, revanche, violência [e] ganância". Os roteiros "...frequentemente parecem simples, um modelo padronizado tirado da estante, e o diálogo é mínimo." As "personagens são superficiais e inconvincentes, o diálogo é também simples, irreal e mal construído."[17]
Cultura de massa e capitalismo
Como consequência das tecnologias de surgidas no século XIX, a cultura de massa desenvolveu-se ofuscando outros tipos de cultura anteriores e alternativos a ela. A chegada da cultura de massa acaba submetendo as demais expressões “culturais” a um projeto comum e homogêneo — ou pelo menos pretende essa submissão. Por ser produto de uma articulação de porte internacional (e, mais tarde, global), a cultura de massa esteve sempre ligada ao poder econômico do capital industrial e financeiro, configurando aquilo que Noam Chomsky considera uma forma de totalitarismo, baseado na publicidade. Afirma Chomsky que "a propaganda significa para a democracia o mesmo que o porrete significa para o estado totalitário". Desta forma, para Chomsky, a massificação da cultura se dá através de um artifício totalitário, servindo a interesses econômicos.
Cultura popular
A cultura popular, produzida fora de contextos institucionalizados ou mercantis, teve de ser um dos objetos dessa repressão imperiosa. Justamente por ser anterior, o popular era também alternativo à cultura de massa, que por sua vez pressupunha — originalmente — ser hegemônica como condição essencial de existência.
O que a indústria cultural percebeu mais tarde (e Adorno constatou, pessimista), é que ela possuía a capacidade de absorver em si os antagonismos e propostas críticas, em vez de combatê-lo. Desta forma, sim, a cultura de massa alcançaria a hegemonia: elevando ao seu próprio nível de difusão e exaustão qualquer manifestação cultural, e assim tornando-a efemêra e desvalorizada.
A “censura”, que antes era externa ao processo de produção dos bens culturais, passa agora a estar no berço dessa produção. A cultura popular, em vez de ser recriminada por ser “de mau gosto” ou “de baixa qualidade”, é hoje deixada de lado quando usado o argumento mercadológico do “isto não vende mais” — depois de ser repetida até exaurir-se de qualquer significado ideológico ou político.
No contexto da indústria cultural — da qual a mídia é o maior porta-voz — são totalmente distintos e independentes os conceitos de “popular” e “popularizado”, já que o grau de difusão de um bem cultural não depende mais de sua classe de origem para ser aceito por outra. A grande alteração da cultura de massa foi transformar todos em consumidores que, dentro da lógica iluminista, são iguais e livres para consumir os produtos que desejarem. Dessa forma, pode haver o “popular” (i.e., produto de expressão genuína da cultura popular) que não seja popularizado (“que não venda bem”, na indústria cultural) e o “popularizado” que não seja popular (vende bem, mas é de origem elitista)..
Odus
Odus são presságios, destinos, predestinação. Os odus são inteligências siderais que participaram da criação do universo; cada pessoa traz um odu de origem e cada orixá é governado por um ou mais odus. Cada odu possui um nome e características próprias e divide-se em "caminhos" denominados "ese" onde está atado a um sem-número de mitos conhecidos como Itàn Ifá. Os odus são os principais responsáveis pelos destinos dos homens e do mundo que os cerca. Os Orixás não mudam o destino da vida e sim executam suas funções dentro da natureza liberando energia para que todos possam dela se alimentar, o odu é o caminho, a existência do destino o qual o Orixá e todos os seres estão inseridos. Cada pessoa pode ir de encontro ou seguir um caminho alheio ao destino estabelecido, isso nós dizemos que a mesma está com o odu negativo, ou seja: seu destino sua conduta foge as regras siderais (seguiu um caminho negativo dentro do estabelecido). Nós quando nascemos, somos regidos por um odu de ori (cabeça), que representa nosso "eu" assim como odu de destino, etc. O destino das pessoas e tudo o que existe podem ser desvendados por meio da consulta a Ifá, o oráculo, que se manifesta pelo jogo. Ifá tem seu culto específico e o mais alto cargo do culto de Ifá é o de Oluwô, título concebido a alguns Babalaôs. Ifá é o Orixá da adivinhação e para tudo e deve ser consultado. Existem alguns tipos de jogo: o de Opelé Ifá, o rosário de Ifá, o jogo de búzios, etc. No jogo de búzios (Erindilogun) quem fala é Exu. São dezesseis búzios que podem ser jogados também pelos Babalorixás e Ialorixás. A consulta a Ifá é uma atividade exclusivamente masculina, mas as mulheres passaram a poder pegar nos búzios porque oxum fez um trato com exu, conseguindo dele permissão para jogar. O jogo de Opelé Ifá baseia-se num sistema matemático, em que se estabelece 256 combinações resultantes dos 16 odus usados no jogo de búzios multiplicado por 16. Nada se faz sem que antes se consulte o oráculo, quanto mais séria a questão a ser resolvida, maior a responsabilidade da pessoa que faz o jogo.
NOTA: no Batuque é comum utilizar o jogo de búzios pelo método de consulta a orixá, utilizando-se um rosário onde se consultam os orixás conforme as caídas dos búzios. Costuma-se jogar com 8 ou 16 búzios para se fazer à leitura. Nada impedindo aos mesmos que utilizem também o jogo pelo método de Ifá, desde que os zeladores conheçam profundamente as caídas de odus, os egbós, fundamentos e segredos referentes a cada odu.
Calcula-se o seu Odu de placenta somando todos os números da data de nascimento. O resultado desta soma tem a vibração de elementos e orixás determinados, com lendas e arquétipos.
Por exemplo: uma pessoa que nasceu no dia 28 de dezembro de 1982.
2 + 8 + 1 + 2 + 1 + 9 + 8 + 2 = 33 ... 3 + 3 = 6 (Obará)
1. ÒKÀNRÀN
Orixá correspondente a este Odu: EXU
PERSONALIDADE: São criativos, persistentes e de excelente memória. Possuem forte intuição. Tendem ao egoísmo e ao individualismo.
“Era um pobre peregrino que vivia migrando. Permanecia em diversos lugares, mas, depois de fazer as plantações, mandavam embora, ficando os donos das terras com tudo o que ele tinha feito. Por conselho de alguém, esse homem foi um dia a casa de um Oluwô, que lhe indicou um ebó (oferenda). Tendo tudo preparado, partiu o homem para a grande mata fronteiriça e, lá chegando deu início ao serviço. Mais tarde, ouvindo um barulho naquele lugar tão impenetrável, assustou-se. Era Ogum, o dono dessa mata misteriosa. Chegando perto, ficou Ogum espreitando o estranho, até que este, muito amedrontado, implorou misericórdia, perguntando a Ogum se queria se servir de alguma coisa servida no ebó. Que falasse sem cerimônia, pois estava tudo a sua disposição. Ogum aceitou tudo o que havia ali e ficou satisfeito. Perguntou, então, quem era tão perverso a ponto de mandar o peregrino para aquela paisagem impenetrável. O homem contou todos os percalços de sua vida. Então, Ogum, transfigurado, aterrorizante, bradou que ele pegasse o mariô e fosse marcar as casas dos seus amigos, pois ele, Ogum, iria aquela cidade à noite destruir tudo o que lá se achasse. Iria arrasar todos os haveres lá existentes, até o solo. Dito e feito...Ogum acabou com tudo, exceto as casas e os lugares que tinham sido demarcados pelo homem com a colocação de mariô em cima das portas. Tudo o que havia de riqueza ali Ogum deu para ele, tudo mesmo, conforme tinha prometido.
2. ÉJÌÒKÒ
Orixás correspondentes a este Odu: OGUM - IBEJI - OXUM
PERSONALIDADE: São geniosos e exigentes. Impõem a sua vontade, por isso também adquirem muitos inimigos. Quando nada lhes sai a contento, tornam-se sofredores. Porém possuem muito bom coração. São corajosos, briguentos, possuem iniciativa própria, são ambiciosos.
“Dizem às histórias que havia diversos príncipes que disputavam o poder. Também havia outros fidalgos oriundos de diversas cidades. Entre estes, havia Tela-okô, que era desprovido de todos os meios de subsistência. E lá um dia, enquanto roçava, bem no lugar onde havia colocado o ebó que ele tinha feito conforme a maneira decretada, Tela-okô bateu com a enxada num forno enorme, que se abriu, causando-lhe grande espanto. chamou os companheiros que estavam mais afastados, dizendo que tinha afundado no buraco da riqueza. Mas, em seguida, tendo ele reconhecido ser deveras um verdadeiro tesouro da fortuna o que encontrara, mudou repentinamente, dizendo que o que tinha encontrado era apenas um buraco cheio de orobôs, e que estes eram tão alvos que parecia tratar-se de moedas. Claro que através deste caminho de odú, entende-se que jamais devemos revelar de onde provem nossas riquezas e não o tanto o que temos, a fim de evitar invejosos, perseguidores e ladrões.”
3. ÉTÀÒGÚNDÁ
Orixás correspondentes a este Odu: OBALUAYE - OGUM
PERSONALIDADE: São pessoas conscientes que sua forca de vontade é importante para o sucesso, persistência e coragem para tirar melhor proveito das situações, pessoas que usam muito a razão; em seu lado negativo, traz a mentira, falsidade, fingimento, avareza e falsa modéstia.
“Dizem ter existido um senhor que, depois de ter estado muito bem, ficara num estado tão precário que, devido à extrema miséria em que se achava, viu-se forçado a procurar todos os meios para não pôr fim à própria existência. Mas, tendo feito o que lhe determinaram fazer e tendo esperado a melhoria das suas coisas da vida sem ter algum resultado benéfico, foi-se para o mato com uma corda, a fim de se enforcar. Foi quando, de súbito, viu um pobre leproso que estava pelejando para botar a água de um igbin (caramujo) na cabeça. O homem que estava preste a cometer a ação de suicidar-se, com grande admiração e louvor, levantou as mãos para o céu, agradecendo a Olorum (Deus Supremo). Ele, que se julgava muito melhor do que aquele indigente leproso em semelhante estado de saúde, voltou para casa bastante satisfeito e confortado com o que vira. Em pouco tempo, foi chamado para ocupar o trono de seu pai, que falecera. Nessa ocasião, não se esqueceu daquele leproso que estava ali abandonado”. Assim que foi levado ao trono, mandou buscar o seu companheiro de infortúnio naquele mau dia. Assim, ficaram ambos bem!”
4. IRÒSÙN
Orixás correspondentes a este Odu: IEMANJÁ - XANGÔ
PERSONALIDADE: As pessoas deste odu pecam e sofrem por não guardarem segredo, exceto quando lhes é conveniente. São faladoras generosas e francas; orgulhosas e exaltadas.
“Em um certo tempo um homem que se achava em situação tão precária e em tal aperto, que não via de lado algum qualquer milagre que pudesse salvá-lo. Ele resolveu ir até a casa de um Oluwô fazer o ebó (oferenda) indicado. Feito tudo, lá se foi ele para um lugar reservado, acendeu o fogo, em seguida colocou as pimentas maduras no lume e pôs-se a receber fumaça nos olhos. Em um dado momento, ia passando um príncipe reinante e herdeiro do trono. Observando aquela cena de sofrimento espontâneo, admirou-se do tal sujeito, que, no dizer dele, estava procurando o meio mais curto possível para pôr termo à existência. O príncipe, condoído com aquilo, o fez chegar aos seus pés e indagou dele o que havia ou o que queria dizer aquilo. Sem demora, o homem historiou a razão daquele ato de castigar a si próprio. Tratava-se de compromissos inadiáveis, que ele não podia cumprir. Disse o príncipe que, tendo pena dele, não consentiria tal cena. Também sem hesitação, o príncipe mandou-lhe uma verdadeira fortuna, com o qual o homem poderia viver toda a sua vida, sem o menor vexame.”
5. ÒSÉ
Orixás correspondentes a este Odu: OXUM
PERSONALIDADE: As pessoas deste odu gostam de muito prazer; são pessoas bem influentes, charmosas, ambiciosas e perigosas, principalmente no amor. Só pensam em lucro, são precipitadas no agir; perdem grandes oportunidades por existirem inimigos ocultos que impedem as vitórias. Tem o dom da feitiçaria. São aplicados no trabalho. Sentimentais, amantes das descobertas e de experiências místicas e científicas. São choronas e um pouco fanáticas.
“Conta-se que um filho de orixalá que se chamava dinheiro, que se dizia ser tão poderoso que poderia dominar até mesmo a morte. Este fez uma oferenda indicada pelo Babalaô e saiu maquinando como poderia trazer preza a morte, conforme prometera diante de todos. Deitou-se na encruzilhada e as pessoas que passavam na estrada deparavam com um homem espichado no meio do caminho. Diziam uns: Xi! Está este homem esticado com a cabeça para a casa da morte, e os pés para a banda da moléstia e os lados do corpo para o lugar da desavença. Ouvindo tais palavras dos transeuntes, levantou-se o homem e disse, então, com ironia: já sei tudo o que era preciso conhecer. Estou com os meus planos já feitos. E lá de foi ele direto para a fazenda da morte. Chegando no local, começou a bater os tambores fúnebres de que a dona da casa (Sra. morte) fazia uso quando queria matar as pessoas indicadas para morrer. Ela tinha uma rede preparada e, quando a morte aproximou-se, apressada, a fim de saber quem estava tocando os seus tambores, o homem envolveu-se na rede e levou logo ao maioral Orixalá. Dizendo-lhe estas palavras: Aqui está à morte que eu lhe prometi trazer em pessoa à vossa presença. Orixalá, então lhe disse essas palavras: Vai-te embora com a morte e tudo de melhor e de pior que possa haver no mundo, pois tu és o causador de tudo o que há de bem e de mal. Some-te daqui e a leva embora e, então, poderás possuir tudo e conquistar o universo inteiro.”
6. ÒBÀRÀ
Orixás correspondentes a este Odu: OXOSSI – XANGÔ - LOGUNEDÉ
PERSONALIDADE: Pessoas com temperamento um tanto estourado, são de extrema sinceridade; são um pouco tagarelas com habito de contar tudo o que irá ser feito, evitando assim a concretização dos planos. Despertam antipatia e inveja das pessoas. São justas e tendem a possuir bens.
“Dizem que no principio do mundo, 15 dos 16 odus seguiram todos à casa do Oluwô, a fim de procurar os meios que os fizessem mudar de sorte, mas nenhum deles fez o que foi determinado pelo Oluwô. Obará um dos dezesseis odus existentes, não se encontrava no grupo na ocasião em que os demais foram consultar o Oluwô. Sendo ele, porém, sabedor do ocorrido, apressou-se em fazer o que o Oluwô determinara. E que os demais odus não fizeram por simples capricho da sorte. Obará com afinco fez o máximo que pode para conseguir seu desejo, dada a sua condição precária (de pobreza). Como era de costume, os 15 odus de cinco em cinco dias iam à casa de Olofim, e nunca convidavam Obará , por ser ele muito pobre, tanto que olhavam para ele sempre com menosprezo. Pois, então, foram à casa de Olofim, jogaram e até altas horas do dia não acertaram o que queriam que Olofim adivinhasse e, com isso, acabou que todos eles se retiraram sem ter sido satisfeita sua curiosidade. Olofim, com desprezo ofereceu uma abóbora a cada um deles, e eles, para não serem indelicados levaram consigo as abóboras ofertadas. No caminho, porém, alguém se lembrou apontando para a casa de obará, de fazer ali uma parada, embora alguns fossem contra, dizendo que não adiantaria dar semelhante honra a obará, pois ele era um homem simples que nunca influía em nada. Mas um deles, mais liberal, atreveu-se a cumprimentar Obara-Meji com estas palavras: Obará, bom dia! Como vais de saúde? Será que hás de comer com estes companheiros de viajem? Imediatamente respondeu ele que entrassem e se servissem da comida que quisessem. Dito isso, foram entrando todos, eles que já vinham com muita fome, pois estavam desde a manhã sem comer nada na casa de Olofim. A dona da casa foi ao mercado comprar carne para reforçar a comida que tinha em casa e, em poucas horas, todos almoçaram a vontade. Depois, Obará convidou todos para que se deitassem para uma madorna, pois estavam todos cansados e o sol estava ardente. Mais tarde, eles se despediram do colega e lhe disseram: fica com estas abóboras para ti. E lá se foram satisfeitos, com a gentileza e a delicadeza do colega pobre e, até então, sem valia. Mais tarde, quando Obará procurou por comida, sua mulher o censurou por sua fraqueza e liberalidade, dizendo que ele tinha querido mostrar ter o que não tinha, agradando a eles que nunca olharam para ele, e nunca ligaram nem deram importância ao colega. Porém as palavras de Obará eram simples e decisivas: Eu não faço mais do que ser delicado aos meus pares. Estou cumprindo ordens e sei que fazendo estes obséquios, virá à nossa casa prosperidade instantânea. Finda explicação, Obará pegou uma faca e cortou uma abóbora, surpreendendo-se com a quantidade de ouro e pedras preciosas que havia dentro dela. surpreso, e com muita felicidade, viu que em uma abóbora havia lhe dado o título de odu mais rico, porém logo percebeu que havia mais outras 14 abóboras a serem abertas e em cada uma delas havia outras riquezas em igual quantidade. Obará comprou tudo que precisava, palácio e até cavalos de várias cores. Daí que estava marcado o dia para todos os odus irem novamente a conferencia no palácio de Olófim, como era de costume, já muito cedo, achavam-se todos no palácio, cada um no seu posto junto a Olofim. Quando Obará veio vindo de sua casa com uma multidão que o acompanhava, até mesmo os músicos de uma enorme charanga. Enfim, todos numa alegria sem par. De vez em quando, Obará mudava de um cavalo para outro em sinal à nobreza. Os invejosos começaram a tremer e esbravejar, chamando a atenção de Olofim que indagou o que era aquilo. Foi então que lhe informaram que era Obará. Então perguntou Olofim aos demais odus o que tinham feito com as abóboras que presenteara a eles. Responderam todos que haviam jogado no quintal de obará. Disse então Olofim que a sorte estava destinada a ser do rico e próspero Obará. O mais rico de todos os odus."
7. ÒDÍ
Orixás correspondentes a este Odu: OBALUAYE - OXALÁ - OGUN.
PERSONALIDADE: São pessoas comunicativas e fácil amizade, são sempre traídos por amigos, são sentimentais, tem forte poder intuitivo e psíquico. Quando espiritualizadas atingem posição de destaque na vida. Fora isso levam a vida em duras penas, tendo dificuldade de conviver com os impulsos. São desconfiados e ciumentos, possuem sorte para o jogo. Gostam de adivinhar.
“Conta-se à história de um homem que era escravo e um dia se viu abraçado em um eminente perigo. Este homem foi amarrado por dele terem dito que cometera um crime. Segundo as leis daquela terra, botaram o homem num caixão grande todo pregado e deitaram a caixa rio abaixo. por uma dessas coincidências que sempre acontecem no destino das criaturas, a correnteza lançou o caixão na praia duma cidade cujo rei estava morto e enterrado, e onde os súditos ainda estavam guardando luto. Acontece que ali haviam muitos príncipes com direito a sucessão imediata, mas sobre todos pesava alguma grave acusação, de forma que não se sabia como haviam de decidir o complicadíssimo problema da sucessão do rei morto, como nunca jamais acontecera na história do dito povo. Depois de muito cogitar do assunto, foi decidido que marcassem um prazo para surgisse uma pessoa estranha àquela nação que assumiria o governo e seria o rei daquela terra daí em diante. Dito e feito. Esse homem, que tinha antes do cativeiro feito uma oferenda que o Babalaô determinara, veio ele se esbarrar, dentro do caixão, na praia de Ibim, onde o acolheram e imediatamente o elegeram rei daquele povo. Assim ficou ele sendo o venturoso rei de uma nação, onde só o destino (odu) poderia dar tamanha sorte.”
8. EJÌONÍLE
Orixás correspondentes a este Odu: OXAGUIÃ E TODOS OS ORIXÁS
PERSONALIDADE: São pessoas trabalhadoras, gostam de tudo rápido, exige anseio, limpeza; pessoas impulsivas; pessoas de espírito livre; enjoam de tudo facilmente; paixões violentas. São curiosos, adoram viajar.
“Naquele tempo, mandaram todas as árvores fazerem oferendas a Olorum (Deus Supremo), mas nenhuma deu importância ao conselho. Somente a cajazeira fez a oferenda. Daí por diante, todas as árvores morreram sem delongas quando estavam deitadas, exceto a cajazeira, que mesmo deitada, caída ao chão, sempre grela e renasce.”
9. ÒSÁ
Orixás correspondentes a este Odu: YEMANJÁ - YANSÃ
PERSONALIDADE: São pessoas autoritárias, teimosas, brigonas; tendem a ter discórdias e rancores, possuem boas intuições e são voltados a grandes projetos de realização pessoal. São daquelas pessoas que só acreditam vendo, porém quando acreditam possuem forte tendência a lidar com o espiritual são muito críticos metódicos e individualistas. Oxalá protege muito os seus filhos.
“Conta-se que no princípio mandaram Orumilá fazer uma oferenda citada, porém, ele não o fez. Orixalá, sim, fez tudo conforme havia sido determinado. Num certo dia, veio muita gente que fugia apavorada, mas o chefe e maioral do lugar, como deveria ser, recebeu todos e os salvou das perseguições e eles, em gratidão, entregaram-lhe tudo de valor que cada um trazia consigo, assim Orixalá ficou muito próspero no devido tempo. Ou quando chegara sua vez de ter tal fortuna.”
10. ÒFÚN
Orixás correspondentes a este Odu: OXALÁ - OBALUAYE
PERSONALIDADE: São pessoas importantes com grande senso comunitário e de profundo saber prático, experientes, rancorosos, teimosos, vingativos, com senso de justiça muito imparcial, tendem obter sucesso após meia idade. São envelhecidos internamente, aparentam possuir muita calma e paciência. O sucesso material depende do sucesso espiritual.
“Um dia foi marcado uma reunião entre todos os orixás, cada um tratou de realizar as oferendas especificas afim que tudo transcorresse muito bem, Orixalá tratou logo de preparar a sua. Findando a feitura da oferenda, entregaram a Orixalá panos brancos para ele fazer um vestuário e penas de papagaio da costa para ele colocar em sua cabeça. Assim feito tudo, chegou o dia da grande reunião em que todos os orixás se apresentaram. Orixalá apareceu de uma forma tão maravilhosa em suas vestes novas, como se fosse iluminado pelos raios do sol. Assim, todos foram se curvando diante de tamanho brilho da aurora nascente, juraram fidelidade e lhe deram tudo o que possuíam, com a palavra de o adorarem para sempre.”
11. ÒWÓRÍN
Orixás correspondentes a este Odu: YANSAN - EXÚ
PERSONALIDADE: São pessoas de certa forma 'perigosas", obstinados por sucesso, felizes quando buscam profissões liberais que atuam junto ao público. Possuem muita energia, disposição; estão em constante movimento, agito. São muito nervosos. Possuem sorte na vida, porém são extremamente vingativos e defendem-se atacando.
“Em certo dia, uma mulher muito fiel aos Orixás fora numa fonte lavar roupa levando consigo sua criancinha. Lá havia outra mulher invejosa que, vendo que ela estava distraída com a sua ocupação, tentou lançar a criancinha da outra numa bacia d'água. mas outra mulher ainda, ouvindo o chorinho da criança, correu para ali e a tirou de dentro d'água, salvando-a do perigo, antes mesmo de sua mãe se dar conta do horror que acontecia. Assim se vê o ponto onde uma pessoa má pode chegar, e também o quanto podemos contar com a ajuda e proteção através de oferendas específicas.”
12. EJÍLÀSEGBORA
Orixás correspondentes a este Odu: XANGÔ
PERSONALIDADE: São pessoas barulhentas, intrigantes, gostam de intrigas, orgulhosas, vaidosas ao extremo, prepotentes, autoritários, volúveis e sovinas. Gostam de manipular as pessoas e as situações. Possuem forte tendência a obter altas posições na sociedade, possuem tendências a vícios, difícil de se arrepender de suas atitudes, a vitória faz parte de sua vida, venha como vier. Porém também não estão livres do fracasso, pois assim como se sobe, também se pode descer.
13. EJÍOLOGBÓN
Orixás correspondentes a este Odu: NANÃ - OBALUAYE
PERSONALIDADE: São teimosos, rancorosos, humildes, impacientes, zelosos, dóceis, conservadores; possuem difícil trato, são bastante introspectivos. Em geral são pessoas com temperamento e aparência de pessoas mais velhas. Tem pavor da morte. Aparentam possuir uma felicidade que na verdade inexiste.
14. IKÁ
Orixás correspondentes a este Odu: OXUMARÉ - OSSAIN
PERSONALIDADE: Fazem boas amizades, são desconfiados, traiçoeiros, possuem muita sorte relacionado ao dinheiro; são muito ativas, estão sempre em movimento (ação); são pessoas equilibradas, preocupam-se com o bem estar de outrem, possuem muita liderança e facilidade de aprendizado, portanto adoram aprender e a ler (inteligentes).
15. OGBÈÒGÙNDÁ
Orixás correspondentes a este Odu: OBÁ - EWÁ
PERSONALIDADE: São pessoas com grandes dificuldades em relacionamentos amorosos, levam vida agitada, são batalhadoras; possuem personalidade forte e exigente. São muitas vezes incompreendidas e vingativas. Também são muito trabalhadoras e, portanto são favorecidas nos negócios (com pouco lucro, sucesso), mas com muita luta tendem a vencer.
16. ALÁFIA
Não possui regência de Orixá definida. Portanto não pode ser associado a nenhum Orixá.
PERSONALIDADE: São pessoas que alcançam triunfo em tudo, lucros, heranças, viagens, felicidade, boas propostas. São pessoas que sempre precisam de orientação espiritual, pois a aflição lhe é aparente.
Obs: Dando este odu pela soma da data de seu nascimento, somente poderá ver seu orixá através de consulta a Ifá.
domingo, 5 de dezembro de 2010
Religiões tradicionais africanas
Um 'homem da medicina popular' Igbo nos dias atuais na Nigéria, na África Ocidental.As religiões tradicionais africanas também referidas como religiões indígenas africanas, englobam manifestações culturais, religiosas, espirituais e indígenas no continente africano, há uma multiplicidade de religiões dentro desta categoria.
Religiões tradicionais africanas envolvem ensinamentos, práticas e rituais que fazem a estrutura das sociedades nativas africanas, refletem concepções locais de Deus e do cosmos. Mesmo dentro de uma mesma comunidade, pode haver pequenas diferenças de percepção do sobrenatural. São religiões que não foram significativamente alteradas pelas religiões adotadas mais recentemente (cristianismo, islão, judaísmo e outras). Estima-se que estas religiões sejam seguidas por aproximadamente 100 milhões de pessoas em todo território africano.
Os africanos tradicionalistas quase sempre reconhecem a existência de um Deus Supremo ou Demiurgo que criou o Universo (Olodumare, Olorun, Ifá, etc). Muitas histórias tradicionais Africanas falam de como Deus ou o filho de Deus, uma vez que viveu entre os homens, mas, quando os homens fizeram algo que ofendeu a Deus, o divino retirou-se para os céus.
Religiões tradicionais africanas são definidas em grande parte por linhagens étnicas e tribais, como a religião yoruba da África Ocidental sendo a mais influente.
Religiões tradicionais africanas e línguas
A maioria das Religiões tradicionais africanas têm, na maior parte de sua existência, sido transmitidas oralmente/espiritualmente (em vez de escrituras).
Assim, os peritos lingüísticos tais como Christopher Ehret e Placide Tempels aplicaram seus conhecimentos de línguas para reconstruir a opinião do núcleo original dos seguidores dessas tradições.
As quatro famílias linguísticas faladas na África são: Línguas afro-asiáticas, línguas nilo-saarianas, Níger-Congo e Línguas khoisan.
Classificação e estatísticas
Adherents.com lista as "Religiões tradicionais africana e da diáspora" como um "grande grupo religioso", estimando cerca de 100 milhões de adeptos. Eles justificam esta listagem combinada das religiões tradicionais africanas e Diáspora africana, bem como a separação da categoria genérica "indígenas-primitivas" salientando que "As religiões 'indígenas-primitivas' são essencialmente tribais e compostas por povos pré-tecnológicos."
Tradições por região
Norte da África
Mitologia berbere
Mitologia Egípcia (Pré-cristã)
África Ocidental
Mitologia Akan
Mitologia Ashanti (Gana)
Mitologia Dahomey (Fon)
Odinani do povo Igbo (Nigeria, Camarões)
Mitologia Efik (Nigéria, Camarões)
Mitologia Igbo (Nigéria, Camarões)
Mitologia Isoko (Nigéria)
Mitologia Yoruba (Nigéria, Benin)
África Central
Mitologia Bushongo (Congo)
Mitologia Bambuti (Pigmeu) (Congo)
Mitologia Lugbara (Congo)
África Oriental
Mitologia Akamba (Leste do Quénia)
Mitologia Dinka (Sudão)
Mitologia Lotuko (Sudão)
Mitologia Masai (Quénia, Tanzânia)
Sul da África
Mitologia Khoikhoi
Mitologia Lozi (Zâmbia)
Mitologia Tumbuka (Malawi)
Mitologia Zulu (África do Sul)
Religiões tradicionais africana na Diáspora
Uma parte da Mitologia Africana foi levada para as Américas pelos africanos escravizados, as que mais se tem notícia são: a mitologia fon daomeana, mitologia yorubá, mitologia igbo, mitologia fanti, mitologia ashanti, mitologia angola, mitologia congo, mitologia bantu, que mais tarde tornou-se uma mitologia mestiça nas religiões afro-americanas, religiões afro-cubanas, religiões afro-brasileiras.
A mitologia fon daomeana que cultua os Vodun no Vodun da África Ocidental foi para as Américas e Caraíbas formando assim as religiões do Vodou haitiano no Haiti e República Dominicana, Regla de Arará em Cuba, o Voodoo nos Estados Unidos, Obeah na Jamaica e Trinidad e Tobago, Winti no Suriname, e o Candomblé Jeje no Brasil, todas parte das religiões afro-americanas
A mitologia congo é mais frequente ser encontrada na diáspora africana de diversos países, na Kumina da Jamaica, na Regla de Palo em Cuba, noa Voodoo dos Estados Unidos e no candomblé bantu no Brasil.
A mais conhecida é a dos Orixás mitologia yorubá, onde se encontra a gênese de religiões como a Santeria ou Lukumí através da Regla de Ocha, Candomblé ketu e de várias nações, Xangô do Nordeste, Batuque, Xambá, Omolokô, Umbanda (e suas vertentes), Quimbanda e outras.
O que a todas é comum é o culto pelos Orixás, o que diverge entre elas é a maneira de fazer esse culto.
Zambi Deus nas nações Angola e Congo Candomblé Bantu
Olorun Deus na nação Ketu Candomblé Ketu
Mawu Deusa na nação Jeje Candomblé Jeje
Referências
Princetonline, Early History of Africa http://www.princetonol.com/groups/iad/lessons/middle/history1.htm
Ehret, C. As civilizações da África: uma História de 1800, University Press of Virginia. 2002.
Ehret, C. As civilizações da África: uma História de 1800, University Press of Virginia. 2002.
Religiões tradicionais africanas e a sociedade (em português)
Animisme au Bénin (em francês)
Attributs extérieurs du Vodoun (em francês)
Traditional Religion in Africa (em inglês)
Sacred Texts (em inglês)
African Religion (em inglês)
Cultural Genocide (em inglês)
Information presented here was gleaned from World Eras Encyclopaedia, Volume 10, edited by Pierre-Damien Mvuyekure (New York: Thomson-Gale, 2003), in particular pp. 275-314.
Baldick, J (1997) Black God: The Afroasiatic Roots of the Jewish, Christian, and Muslim Religions New York: Syracuse University Press.
Doumbia, A. & Doumbia, N (2004) The Way of the Elders: West African Spirituality & Tradition. Saint Paul, MN: Llewellyn Publications.
Erhet, C (2002) The Civilizations of África: a History to 1800. Charlottesville: University Press of Virginia.
Karade, B (1994) The Handbook of Yoruba Religious Concepts. York Beach, MA: Samuel Weiser Inc.
Princetonline, Early History of África. http://www.princetonol.com/groups/iad/lessons/middle/history1.htm
Bibliografia
Anexo:Lista de livros com tema afro-brasileiro em Português.
Mbiti, John. African Religions and Philosophy. [S.l.]: African Writers Series, Heinemann, 1990.
Wade Abimbola, ed. and trans. Ifa Divination Poetry (New York: NOK, 1977).
Ulli Beier, ed. The Origins of Life and Death: African Creation Myths (London: Heinemann, 1966).
Herbert Cole, Mbari: Art and Life among the Owerri Igbo (Bloomington: Indiana University press, 1982).
J. B. Danquah, The Akan Doctrine of God: A Fragment of Gold Coast Ethics and Religion, second edition (London: Cass, 1968).
Marcel Griaule and Germaine Dietterlen, Le Mythe Cosmogonique (Paris: Institut d'Ethnologie, 1965).
Rems Nna Umeasigbu, The Way We Lived: Ibo Customs and Stories (London: Heinemann, 1969).
Sandra Barnes, África's Ogun: Old World and New (Bloomington: Indiana University Press, 1989).
Segun Gbadagesin, African Philosophy: Traditional Yoruba Philosophy and Conteporary African Realities (New York: Peter Lang, 1999).
Judith Gleason, Oya, in Praise of an African Goddess (Harper Collins, 1992).
Bolaji Idowu, God in Yoruba Belief (Plainview: Original Publications, rev. and enlarged ed., 1995)
Wole Soyinka, Myth, Literature and the African World (Cambridge University Press, 1976).
S. Solagbade Popoola, Ikunle Abiyamo: It is on Bent Knees that I gave Birth (2007 Asefin Media Publication)
Marcadores:
Religiões tradicionais africanas
Religiões afro-cubanas
Por Religiões afro-cubanas entende-se:
Santería
Lukumí
Regla de Ocha
Palo ou Las Reglas de Congo
Abakuá
Locais de culto: Cuba, Caribe, Estados Unidos, México, Porto Rico, Argentina, Colombia, Espanha, Italia, Portugal, Inglaterra, Canadá, Venezuela, Panamá
Santeros
Babalawo
Orisha
Aggayu Sola/Agayu/Aggayu/Angayu
Babalu Aye/Babaluaye/Babaluaiye/Shakpana/Oluwo Popo/Asojano/Azojuano
Dada
Egun/Eggun/Egungun
Erinle/Inle
Esu/Elegbara/Eleggua/Elegua: Owner of Vital Force, Eshu: The Gatherer of a great multitude
Ibeyi
Igbo Were/Igbowere - Mother of Osain
Iroko
Nana Buruku
Oba/Obba
Obatala King of the White Cloth
Ochosi/Ochossi, Osoosi
Odde/Ode
Odu/Oddu - aka: Olofin
Oduduwa/Odua
Oggue/Ogue/Oge - Campanion to Shango
Ogoun/Ogun/Oggun
Oke - Companion to Obatala
Olodumare - God Almighty
Olokun, Orisha do oceano.
Olofin - aka: Odu/Oddu
Olorun
Orisha Oko/Orisa Oko
Orun
Orunmila/ELA/Orunla/Orula/IFA
Osain/Ozain/Osanyin
Oshun/Ochun
Osun/Ozun - Represents the spirit of an individual.
Oya/Yansa/Iyansa/Iyansan
Shango/Chango/Obakoso/Sango
Yemoja/Yemaya
Yewa
Ver também
Tabela Orixas-Voduns-Nkisis
Lydia Cabrera
Ligações externas
Diálogo Inter-Cultural e Inter-Religioso. Regla de Ocha e Iglesia Católico-Romana en Cuba
Religiones de origen africano, valores religiosos y cambio social en Cuba por Ana Celia Perera Pintado
Religiões afro-americanas
Religiões Afro-Americanas (também Religiões da Diáspora africana) são um número de religiões relacionas que se desenvolveram nas Américas pelos escravos africanos e seus descendentes em diversos países das Ilhas do Caribe e América Latina, bem como parte do sul dos Estados Unidos. Elas provêm das Religiões tradicionais africanas, especialmente da África Ocidental e África Central, apresentando semelhanças com a Religião Yorùbá e Vodun da África Ocidental em particular.
Características
Essas religiões geralmente envolvem Culto aos Egungun (ancestrais) e/ou de um panteão de divindades, como os loas do Vodou haitiano, ou os orixás da Santería. Similares espíritos divinos também são encontrados nas tradições da África Central e África Ocidental de onde eles derivam - o Orixá da cultura Yoruba, o nkisi dos tradições Bantu (Congo), e o vodou do Dahomey (Benin), Togo, sul de Ghana, e Burkina Faso. Além de misturar estas diferentes mas relacionadas tradições africanas, muitas religiões afro-americanas incorporam elementos do Cristianismo, indígenas americanos, Kardecista, Espiritismo e mesmo das tradições Islâmicas. Esta mistura de tradições religiosas é conhecida como sincretismo.
Lista de tradições
Religiões afro-americanas
Religião Desenvolvido em* Raiz Ancestral Também praticado em Observações
Candomblé Brasil Candomblé Ketu - Yoruba - orixás
Candomblé Jeje - Fon - Voduns
Candomblé Bantu - Bantu - Nkisis Alemanha, Argentina, Colombia, Espanha,
Guianas, Itália, México, Panamá, Portugal, Uruguai, USA, Venezuela Nações Ketu, Jeje, Bantu (Bantu refere-se as nações Congo e Angola)
Nação Ijexá são poucas casas.
O Candomblé de Caboclo é Sincrético
Batuque Brasil - RS Sincrético
Catolicismo Espiritismo
Yoruba - orixás Argentina, Uruguai, Nações Jêje, Ijexá, Oyó, Cabinda e mescladas.
Umbanda Brasil Sincrético
Catolicismo
Espiritismo
Candomblé Alemanha, França, Japão, Argentina, Colombia, Espanha,
Guianas, Itália, México, Panamá, Portugal, Uruguai, USA, Venezuela Adiciona elementos Indígenas
(principais guias Preto Velho, Caboclo).
Fundada no início do século XX.
Umbanda Branca não incorpora Exu e Pomba-gira, não usa atabaques.
Quimbanda Brasil Sincrético
Congo
Angola
Feitiçaria
Xamanismo Uruguay, Inglaterra,
Espanha, USA Veneração de espíritos chamados
Exu e Pomba-gira Não confundir com Kiumbanda (magia negra).
Santeria Cuba Sincrético
Yoruba orishas USA, Porto Rico, México Catolicismo Sincrético
Regla de Arará Cuba Dahomey vodou
Regla de Palo Cuba Congo nkisi Porto Rico Também chamado Palo Mayombe,Palo Monte,
Regla de Congo
Vodou, Vodum Haiti, Brasil Dahomey vodou Cuba, República Dominicana, USA (Vodum no Brasil é chamado de Candomblé Jeje)
Obeah Jamaica Dahomey vodou Trinidad e Tobago
Winti Suriname
Kumina Jamaica Congo
Batista espiritual Trinidad e Tobago Sincrético
Yoruba orishas Jamaica, USA Protestantismo, Sincretismo, Desde o início do século XIX.
Hoodoo, Voodoo da Louisiana USA Congo, Dahomey, Togo Principalmente no sul dos USA Não é uma religião mas está enraizada em todas religiões indígenas da África Central e Ocidental.
* "Desenvolvido em" Como indicado acima não referem-se as religiões de origens indígenas no interior da África continental. Refere-se apenas ao seu desenvolvimento no Novo Mundo.
Outras religiões regionais intimamente relacionadas incluem:
Xangô do Recife ou Xangô do Nordeste no Brasil
Tambor de Mina no Brasil
Candomblé Ketu na Bahia, Brasil
Novos movimentos religiosos
Alguns novo movimento religioso sincréticos têm elementos destas religiões Africanas, Mas são predominantemente enraizadas em outras tradições espirituais. A primeira onda de tais movimentos originou-se na década de 1930:
Santo Daime (folk Catholicism e Espiritismo, Brasil),
Nação do Islam (Islam, USA)
Rastafarianismo (Abrahamica, Jamaica),
Uma segunda onda de novos movimentos origina-se nas décadas de 1960 a 1970, no contexto da emergência de Nova Era e Neopaganismo nos Estados Unidos:
União do Vegetal (Brasil, entheogenic, desde 1961)
Vale do Amanhecer (Brasil, Espiritismo, desde 1965)
Ausar Auset Society (USA, Kemetism, Pan-Africanismo, desde 1973),
Black Buddhist Community in America (USA, Budismo, desde os anos 1960)
Religiões americanas com raízes africanas
• Religiões americanas com raízes africanas
Religiões Abakuá · Arará · Batista espiritual · Batuque · Candomblé · Candomblé Bantu · Candomblé Jeje · Candomblé Ketu · Hoodoo · Kumina · Lukumí · Obeah · Palo · Quimbanda · Regla de Ocha · Santeria · Umbanda · Vodou haitiano · Voodoo da Louisiana · Winti
Vodou haitiano Loa · Agasou · Agwé · Ayida Weddo · Azaka · Barão Samedi · Damballah · Erzulie · Ezili Dantor · Ezili Freda · Guédé · Loa Aizan · Loco (loa) · Maman Brigitte · Nana Buluku · Ogoun · Ogoun Feray · Papa Legba · Veve
Santeria Babalu Aye · Ellegua · Iansan · Mami Wata · Obàtálá · Oggun · Ọlọrun · Orunmila · Oshun · Shango · Yemaya
Candomblé bantu Nkisi · Zambi · Aluvaiá · Pambu Njila · Nkosi · Ngunzu · Kabila · Mutalambô · Gongobira · Mutakalambô · Katendê · Nzazi · Kaviungo · Nsumbu · Hongolo · Kindembu · Kaiango · Matamba · Kisimbi · Ndanda Lunda · Kaitumba · Mikaia · Nzumbarandá · Nvunji · Lembarenganga
Candomblé jeje Vodum · Mawu · Lissá · Legba · Nanã Buruku · Loko · Gu · Heviossô · Sakpatá · Ajunsun · Possun · Dan · Dangbê · Bessem · Agué · Agbê · Sogbô · Ayizan · Agassu · Aguê · Avlekete · Tohossu
Candomblé ketu Orixá · Olorun · Exu · Ogum · Oxóssi · Logunedé · Xangô · Ayrà · Obaluaiyê · Oxumaré · Ossaim · Oyá-Iansã · Oxum · Iemanjá · Nanã · Yewá · Obá · Axabó · Ibeji · Iroko · Egungun · Iyami-Ajé · Onilé · Oxalá · OrixaNlá · Obatalá · Ifá · Orunmilá · Odudua · Oranian · Baiani · Olokun · Olossá · Oxalufon · Oxaguian · Orixá Oko
Raízes Vodun da África Ocidental · Ifá, Orisa (Yorùbá) · Vodun (Dahomey) · Nkisi (Kongo, Angola) · Catolicismo (Portugal, Espanha)
Obtida de http://pt.wikipedia.org/wiki/Predefini%C3%A7%C3%A3o:Religi%C3%B5es_afro-americanas
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Raízes Vodun da África Ocidental · Ifá, Orisa (Yorùbá) · Vodun (Dahomey) · Nkisi (Kongo, Angola) · Catolicismo (Portugal, Espanha)
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sábado, 4 de dezembro de 2010
Conferência Mundial da Tradição dos Orixás e Cultura
A Conferência Mundial da Tradição dos Orixás e Cultura é feita no sentido de haver um intercâmbio mundial na discussão da história afro-americana.
I Conferência Mundial da Tradição dos Orixás e Cultura foi realizada no ano de 1981 na cidade de Ilê Ifé, na Nigéria.
"Eu digo para nunca esquecerem o lugar de suas origens.
Se nós participamos na religião de outros, se nós aprendemos a cultura dos outros, não devemos esquecer a nossa. Portanto, nós não devemos usar nossas mãos para relegar nossa própria cultura a posições inferiores.
Toda pessoa deve aprender a colocar-se a si mesma num pedestal. Isto porque a galinha é que se abaixa quando está entrando em casa. Meus filhos, todos os tesouros do povo Yorubá estão em Ilé-Ifé. Ifé é o lar e a origem de todos nós... Ilé-Ifé é a terra sagrada do povo negro e de todos os devotos da religião dos Orixás espalhados pelo mundo.
Foi aqui em Ifé que Oduduwa criou a Terra sobre a qual todos nós hoje estamos em pé e no seio da qual nós desapareceremos quando mudarmos nossa presente posição mortal! Oduduwa que desceu para a terra numa corrente, e que foi o primeiro Olofin, não deixará secar nunca a fonte de vossa sabedoria.
Eu saúdo a vossa coragem. Eu saúdo vossa paciência. Eu estou muito feliz por ver que vocês não esqueceram o seu lar ancestral." (Oba Okunade Sijuwade, Olubuse II, Rei de Ifé.)
II Conferência Mundial da Tradição dos Orixás e Cultura foi realizada no ano de 1983, na cidade de Salvador, Bahia.
"Peter Fry, Em texto a respeito da II Conferência Mundial da Tradição dos Orixás e Cultura, ocorrida em Salvador, em 1983, o autor comenta documento, assinado pela Yalorixá Mãe Stella de Oxóssi, do Ilê Axé Opô Afonjá, uma das mais importantes mães-de-santo baianas que lideraram movimento contra o sincretismo, segundo o qual, se o catolicismo foi útil aos escravos, hoje os praticantes da religião dos orixás, que têm liturgia e doutrina próprias, não necessitam mais desse disfarce.
Para Peter Fry (1984, p. 40), a polêmica demonstra que “o conceito de ‘pureza’ e o seu oposto, a ‘mistura’ ou o ‘sincretismo’ são sempre construções essencialmente sociais e tendem a aparecer em ocasião de disputa de poder e hegemonia”. O autor conclui que o sincretismo religioso remete a uma discussão mais ampla sobre o pensamento brasileiro em relação ao negro e à sua cultura." Sergio F. Ferretti
III Conferência Mundial da Tradição dos Orixás e Cultura foi realizada no ano de 1986, na cidade de Nova Iorque, USA.
José Abade de Oliveira, representante oficial da Casa Branca do Engenho Velho, conta a história de como iniciou o Candomblé em Salvador através da fundação da primeira casa pela comunidade de Nagô chamada Candomblé da Barroquinha ou Ilè Asé Airá Intilè, nome da casa na língua yorubá. Sabe-se que esta comunidade fora fundada por três negras africanas cujos nomes são: Adetá ou Iyá Detá, Iyá Kalá, Iyá Nassô e Babá Assiká, Bangboshê Obitikô.
IV Conferência Mundial da Tradição dos Orixás e Cultura foi realizada no ano de 1987, na cidade de Salvador, Bahia.
V Conferência Mundial da Tradição dos Orixás e Cultura foi realizada no ano de 1997, na cidade de São Francisco, Califórnia.
Foi chamada de V Orishaworld os debates na conferência foram referentes a herança yoruba disseminada pelos países das Américas.
Com a presença de autoridades religiosas e lideranças defenssoras do afrocentrismo, pesquisadores, iniciados na Tradição de Ifá de vários países do Caribe e da América do Norte e da América do Sul.
Entre Brasil e África
Esse intercâmbio de informações já era feito entre Brasil e África desde meados do século XIX pelos africanos e seus descendentes radicados em Salvador, Bahia.
A Iyalorixá Iyá Nassô, sua filha Marcelina da Silva mais conhecida como Oba Tossi, Madalena filha de Marcelina, após serem libertas, voltaram para a cidade de Ketu, na Nigéria e lá viveram durante sete anos, quando voltaram (1830), vieram acompanhadas do babalawo africano Bangboshê Obitikô (veio como embaixador do rei de Onim (atualmente Lagos), depois fixou residência no Brasil até sua morte, Madalena teve duas filhas em Ketu e veio grávida para o Brasil.
Referências
Notas sobre o sincretismo religioso no Brasil-modelos, limitações, possibilidades Sérgio F. Ferretti
Discursos sobre as religiões afro-brasileiras - Da desafricanização para a reafricanização
Religião e Cultura Popular Estudo de festas populares e do sincretismo religioso. Sergio Ferretti Antropólogo, Prof. da UFMA
As Tramas Sincréticas da História Sincretismo e modernidades no espaço luso-brasileiro Pierre Sanchis
I Conferência Mundial da Tradição dos Orixás e Cultura foi realizada no ano de 1981 na cidade de Ilê Ifé, na Nigéria.
"Eu digo para nunca esquecerem o lugar de suas origens.
Se nós participamos na religião de outros, se nós aprendemos a cultura dos outros, não devemos esquecer a nossa. Portanto, nós não devemos usar nossas mãos para relegar nossa própria cultura a posições inferiores.
Toda pessoa deve aprender a colocar-se a si mesma num pedestal. Isto porque a galinha é que se abaixa quando está entrando em casa. Meus filhos, todos os tesouros do povo Yorubá estão em Ilé-Ifé. Ifé é o lar e a origem de todos nós... Ilé-Ifé é a terra sagrada do povo negro e de todos os devotos da religião dos Orixás espalhados pelo mundo.
Foi aqui em Ifé que Oduduwa criou a Terra sobre a qual todos nós hoje estamos em pé e no seio da qual nós desapareceremos quando mudarmos nossa presente posição mortal! Oduduwa que desceu para a terra numa corrente, e que foi o primeiro Olofin, não deixará secar nunca a fonte de vossa sabedoria.
Eu saúdo a vossa coragem. Eu saúdo vossa paciência. Eu estou muito feliz por ver que vocês não esqueceram o seu lar ancestral." (Oba Okunade Sijuwade, Olubuse II, Rei de Ifé.)
II Conferência Mundial da Tradição dos Orixás e Cultura foi realizada no ano de 1983, na cidade de Salvador, Bahia.
"Peter Fry, Em texto a respeito da II Conferência Mundial da Tradição dos Orixás e Cultura, ocorrida em Salvador, em 1983, o autor comenta documento, assinado pela Yalorixá Mãe Stella de Oxóssi, do Ilê Axé Opô Afonjá, uma das mais importantes mães-de-santo baianas que lideraram movimento contra o sincretismo, segundo o qual, se o catolicismo foi útil aos escravos, hoje os praticantes da religião dos orixás, que têm liturgia e doutrina próprias, não necessitam mais desse disfarce.
Para Peter Fry (1984, p. 40), a polêmica demonstra que “o conceito de ‘pureza’ e o seu oposto, a ‘mistura’ ou o ‘sincretismo’ são sempre construções essencialmente sociais e tendem a aparecer em ocasião de disputa de poder e hegemonia”. O autor conclui que o sincretismo religioso remete a uma discussão mais ampla sobre o pensamento brasileiro em relação ao negro e à sua cultura." Sergio F. Ferretti
III Conferência Mundial da Tradição dos Orixás e Cultura foi realizada no ano de 1986, na cidade de Nova Iorque, USA.
José Abade de Oliveira, representante oficial da Casa Branca do Engenho Velho, conta a história de como iniciou o Candomblé em Salvador através da fundação da primeira casa pela comunidade de Nagô chamada Candomblé da Barroquinha ou Ilè Asé Airá Intilè, nome da casa na língua yorubá. Sabe-se que esta comunidade fora fundada por três negras africanas cujos nomes são: Adetá ou Iyá Detá, Iyá Kalá, Iyá Nassô e Babá Assiká, Bangboshê Obitikô.
IV Conferência Mundial da Tradição dos Orixás e Cultura foi realizada no ano de 1987, na cidade de Salvador, Bahia.
V Conferência Mundial da Tradição dos Orixás e Cultura foi realizada no ano de 1997, na cidade de São Francisco, Califórnia.
Foi chamada de V Orishaworld os debates na conferência foram referentes a herança yoruba disseminada pelos países das Américas.
Com a presença de autoridades religiosas e lideranças defenssoras do afrocentrismo, pesquisadores, iniciados na Tradição de Ifá de vários países do Caribe e da América do Norte e da América do Sul.
Entre Brasil e África
Esse intercâmbio de informações já era feito entre Brasil e África desde meados do século XIX pelos africanos e seus descendentes radicados em Salvador, Bahia.
A Iyalorixá Iyá Nassô, sua filha Marcelina da Silva mais conhecida como Oba Tossi, Madalena filha de Marcelina, após serem libertas, voltaram para a cidade de Ketu, na Nigéria e lá viveram durante sete anos, quando voltaram (1830), vieram acompanhadas do babalawo africano Bangboshê Obitikô (veio como embaixador do rei de Onim (atualmente Lagos), depois fixou residência no Brasil até sua morte, Madalena teve duas filhas em Ketu e veio grávida para o Brasil.
Referências
Notas sobre o sincretismo religioso no Brasil-modelos, limitações, possibilidades Sérgio F. Ferretti
Discursos sobre as religiões afro-brasileiras - Da desafricanização para a reafricanização
Religião e Cultura Popular Estudo de festas populares e do sincretismo religioso. Sergio Ferretti Antropólogo, Prof. da UFMA
As Tramas Sincréticas da História Sincretismo e modernidades no espaço luso-brasileiro Pierre Sanchis
* Dogma
Dogma é uma crença estabelecida ou doutrina de uma religião, ideologia ou qualquer tipo de organização, considerado um ponto fundamental e indiscutível de uma crença.
O termo deriva do grego δόγμα, que significa "o que parece uma opinião ou crença" ou senão da palavra δοκέω (dokeo) que significa "a pensar, supor, imaginar".
Dogma na religião
Dogmas são encontrados em muitas religiões como o cristianismo, islamismo e o judaísmo, onde são considerados princípios fundamentais que devem ser respeitados por todos os seguidores dessa religião.
Como um elemento fundamental da religião, o termo "dogma" é atribuído a princípios teológicos que são considerados básicos, de modo que sua disputa ou proposta de revisão por uma pessoa não é aceita nessa religião. Dogma se distingue da opinião teológica pessoal.
Dogmas podem ser clarificados e elaborados, desde que não contradigam outros dogmas (por exemplo, Gálatas 1:8-9). A rejeição do dogma é considerado heresia ou blasfêmia em determinadas religiões, e pode levar à expulsão do grupo religioso.
Para a maioria do cristianismo oriental, os dogmas estão contidos no Credo Niceno-Constantinopolitano e nos cânones dos dois, três ou sete primeiros concílios ecumênicos (dependendo se o grupo seria nestorianos, não-calcedonianos ou ortodoxos).
Estes princípios são resumidos por São João de Damasco em sua Exposição Exata da Fé Ortodoxa, que é o terceiro livro de sua obra principal, intitulada A fonte do Conhecimento.
Neste livro, ele assume uma dupla abordagem para explicar cada artigo da fé ortodoxa para os cristãos, onde ele utiliza citações da Bíblia e, ocasionalmente, de obras de outros Padres da Igreja, e outro, dirigido a não-cristãos (mas que, no entanto, tem algum tipo de crença religiosa) e, ateus, para quem emprega a lógica aristotélica e a dialética, ad absurdum especialmente o reductio.
Os católicos também têm como dogma as decisões dos vinte e um concílios ecumênicos e dois decretos promulgados por papas que exerçam a infalibilidade papal (a Imaculada Conceição e a Assunção de Maria).
Protestantes afirmam em graus diferentes partes destes dogmas, e muitas vezes dependem de uma confissão de fé para resumir os seus dogmas.
No Islã, os princípios dogmáticos estão contidos no Aqidah. Dentro de muitas denominações cristãs, o dogma é referido como simplesmente "doutrina".
Uso pejorativo
O termo "dogma" é muitas vezes usado pejorativamente para se referir a qualquer crença que é mantida insistentemente, como nos debates entre os marxistas, ás vezes, é aplicada a convicções políticas, ou ao fanatismo religioso.
O termo deriva do grego δόγμα, que significa "o que parece uma opinião ou crença" ou senão da palavra δοκέω (dokeo) que significa "a pensar, supor, imaginar".
Dogma na religião
Dogmas são encontrados em muitas religiões como o cristianismo, islamismo e o judaísmo, onde são considerados princípios fundamentais que devem ser respeitados por todos os seguidores dessa religião.
Como um elemento fundamental da religião, o termo "dogma" é atribuído a princípios teológicos que são considerados básicos, de modo que sua disputa ou proposta de revisão por uma pessoa não é aceita nessa religião. Dogma se distingue da opinião teológica pessoal.
Dogmas podem ser clarificados e elaborados, desde que não contradigam outros dogmas (por exemplo, Gálatas 1:8-9). A rejeição do dogma é considerado heresia ou blasfêmia em determinadas religiões, e pode levar à expulsão do grupo religioso.
Para a maioria do cristianismo oriental, os dogmas estão contidos no Credo Niceno-Constantinopolitano e nos cânones dos dois, três ou sete primeiros concílios ecumênicos (dependendo se o grupo seria nestorianos, não-calcedonianos ou ortodoxos).
Estes princípios são resumidos por São João de Damasco em sua Exposição Exata da Fé Ortodoxa, que é o terceiro livro de sua obra principal, intitulada A fonte do Conhecimento.
Neste livro, ele assume uma dupla abordagem para explicar cada artigo da fé ortodoxa para os cristãos, onde ele utiliza citações da Bíblia e, ocasionalmente, de obras de outros Padres da Igreja, e outro, dirigido a não-cristãos (mas que, no entanto, tem algum tipo de crença religiosa) e, ateus, para quem emprega a lógica aristotélica e a dialética, ad absurdum especialmente o reductio.
Os católicos também têm como dogma as decisões dos vinte e um concílios ecumênicos e dois decretos promulgados por papas que exerçam a infalibilidade papal (a Imaculada Conceição e a Assunção de Maria).
Protestantes afirmam em graus diferentes partes destes dogmas, e muitas vezes dependem de uma confissão de fé para resumir os seus dogmas.
No Islã, os princípios dogmáticos estão contidos no Aqidah. Dentro de muitas denominações cristãs, o dogma é referido como simplesmente "doutrina".
Uso pejorativo
O termo "dogma" é muitas vezes usado pejorativamente para se referir a qualquer crença que é mantida insistentemente, como nos debates entre os marxistas, ás vezes, é aplicada a convicções políticas, ou ao fanatismo religioso.
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