CASA PODEROSA DOS FILHOS DE YEMANJÁ

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domingo, 23 de julho de 2017

YEYE IJIMU, YGEMUN ou JUMUN



A Rainha de todas as Oxum.

Soberana e radical entre todas as Oxuns, Ijimú é a Mãe do Povo Jejê sendo ligada diretamente ao povo da família Jí ou Karejébe.

É a senhora da fecundidade e do feitiço, é velha e vira bruxa na beira do rio.
Ijimú mora nas profundezas dos rios junto com Iyá Ominibú.

Na África o orixá Oxum é originalmente da cidade de Ìjimu, sendo este mais um de seus epítetos que tornou-se no Brasil uma qualidade do orixá.

Veste branco, azul turqueza, rosa-claro e algum dourado velho. 

Carrega abebê, abedê e alfanje. 

Seus colares são feitos de contas de cristal amarelo escuro.

Come com Oxalá e Omolu. Não come bicho-fêmea.

É para essa Osún que se entrega a cabeça enrolada na hora da morte.

Essa Osún tem o poder de segurar uma gravidez conturbada ou mesmo impossível.

“Aquela que incha a barriga sem que haja gravidez”

Os ararás a chamam de “Tobosi” ou “Tukusi”.

Representa um tipo semelhante a Abalu, mas talvez mais meiga.

A cultuamos como um aspecto mais velho, sendo ela a própria personalização do mistério e da sabedoria do fundo dos rios.

Entre as que pegam os seus filhos, é uma das mais antigas e a única Oxum que através do jogo do búzio não responde por meio do odu Oxê (5).

Senhora do okutá, responsável por tudo que vive no fundo dos rios.
Esta demarcação leva 16 okutás em seu assentamento, sendo que apenas um é consagrado ao Ori.

É a grande responsável por todos os Otás dos rios. Está ligada à Xangô.

É ela quem guarda as pedras (16 + 1) 17 Okutás, que serão doados por ela para os assentamentos de todas as outras Oxum, que serão preparadas no Asé.

E o mais importante é que no caso de falecimento, o igbá desta santa não pode ser despachado, pois o mito continua, e, é daquele assentamento que continuará saindo os Okutás para as outras feituras.

Se não houver ninguém para dar continuidade ao mito, ninguém para herdar ou tomar conta, cabe ao sacerdote que estiver fazendo às obrigações do Axexê, devolver aqueles Okutás as águas da cachoeira.

Para isto deve-se ter um Xangô virado, para que ele com suas próprias mãos devolvam as águas os Okutás que sobraram.

É considerada por muitos zeladores como o terceiro caminhos das Ìyámìs.

Aspecto idoso e dado às feitiçarias tem estreita ligação com Ìyámi Eleye. 

Tendo estreita ligação com as IYAMI-AJÉ, ostentando, por isto, o título de Yalode.

Essa estreita ligação é que faz com que as OXUNS alcancem a vitória em suas brigas ou vinganças.

Ijimú carrega os segredos da cabaça de Yámin Osorongá, por isso muitos egbomis dizem que não é iniciada na cabeça de homem, não que seja errado, mas esse filho não irá poder exercer uma das funções principais do axé do seu santo, que é defender o poder ancestral feminino.


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