CASA PODEROSA DOS FILHOS DE YEMANJÁ

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quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Porquê “fazer santo”?




Conhecer a si mesmo: pressuposto básico para a realização pessoal em todos os níveis. Desde sua origem, o ser humano anseia pelo encontro com o Infinito. 

Essa busca incansável frequentemente provoca verdadeiras batalhas que são travadas no interior do indivíduo, acompanhadas por sentimentos de angústia, ansiedade, inconformismo ou até mesmo de desespero face ao desconhecido ou ao irremediável: as fatalidades e incertezas do amanhã, o ciclo da vida, a morte.

Todo o processo de Iniciação se destina à criação de ambiente propício ao tão sonhado encontro. 

A história da humanidade espelha essa incansável busca de respostas aos enigmas da vida: Quem sou eu? De onde venho? 

Para onde vou? 

A felicidade é perseguida por todos, sendo muitas vezes um desejo alimentado pela incerteza. 

E o ser humano continua a colocar a própria felicidade longe de si mesmo, em circunstâncias exteriores: dinheiro, posição, poder, fama, ou na dependência de outras pessoas: “Se ele – ou ela – me amar, serei feliz”. 

Há milhares de anos, o nativo do continente africano já tinha os mesmos anseios: conhecer o seu Deus, os mistérios do Universo, a origem da Vida. 

Olodumarê (o Criador), em sua Graça e Poder infinitos, permitiu-lhes conhecer a sabedoria do IFA (a revelação): a Criação do Universo e dos seres humanos, os princípios que regulam as relações entre Ilú Aiyé (a Terra) o Orún (mundo espiritual) e o conhecimento dos Orixás, divindades intermediárias entre Deus (Olodumarê) e os homens.

Desenvolveram-se rituais iniciáticos para os mistérios dos Orixás, como forma de realizar o sagrado em si mesmo, ou seja, permitir que o Deus Interior, na figura de um ancestral divino, desperte em cada indivíduo e estabeleça a ponte com o Cosmos, tão necessária à realização pessoal, tornando-o assim capaz de fazer escolhas mais acertadas e consequentes em relação à vida e aos semelhantes, na construção da própria felicidade. 

A compreensão clara de que o destino é uma possibilidade e não uma fatalidade é a base dessa realização. 

O conhecimento das forças que regem o Universo e a Vida nas suas mais variadas formas e meios de manifestação, bem como dos princípios que regulam essa interacção é o caminho da Iniciação. 

Depois da primeira parte deste tema, continuo agora com um pouco mais de informação sobre a Iniciação no Candomblé.

Brevemente, ainda voltando a este tema irei expor alguns detalhes importantes que completarão esta informação, e que certamente propiciarão um conhecimento mais profundo deste momento tão importante na vida de cada um que decide abraçar o Candomblé como sua Religião.

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