A multiplicidade do panteão de divindades, que produziu o mesmo efeito no candomblés do Brasil, pode ser explicada através do seguinte quadro:
1: O mesmo Òrisà e venerado com outros nomes em religiões diferentes, tornando-se outra divindade:
Ìrókò (yoruba) Lóko (jeje)
Sàpònná (uoruba) Sapata (jeje)
Sángó (Òyó) Òrànfè (Ifè)
Yemonja (Abéòkúta) Mawu (jeje)
2: O mesmo òrisà e reverenciado em cidades diferentes, passando a ter o segundo nome designado o lugar de origem do culto:
Ògún Oniré (Ìré) Ògùn Edejé (Ilodo)
Òsun Òsogbo (Òsogbo) Òsun Yeyepondá (Ipondá)
Èsù Jelú (Ijèlú) Èsú Woro (Woro)
3: O mesmo òrisà recebe outros nomes de acordo com seus atributos ou fatos relativos às suas realializações
Ògún Mejèèje: refere-se as lutas contra as sete cidades antes de Ògún invadir a cidade de Ìrè
Èsù Akésan: é a denominação de Èsù quando assentado para a prática dos jogos divinatórios;
Ìyárí: é aversão de Yemonja como a dona das cabeças;
Obalùwáyé: titulo que Omolu recebe e que significa " Rei e Senhor da Terra "
Yansàn: titulo de Oya com duplo significado: "Mãe da Tarde" ou "Mãe dos Nove"
(orun)
Òsáigbó: titulo de Òsàála como rei dos igbó
Ìyáominibú: denominação de Òsun como a Mãe das Águas Profundas.
4: Heróis,Reis e Guerreiros entram no panteão das divindades através da excessiva veneração por parte do povo:
Òrànmíyàn: rei de Òyó e pai de Sangó
Odùdúwà: rei de Ifé e ancestral do povo yorubá
Aganjú: 4º rei de Òyó e filho de Àjàká
5: O enredo de um òrisà com outro cria interferência e amplitude de seus poderes, advindo dai um novo nome:
Òsun e Òsóòsí: Yeyeòkè
Yemonja e Ògùn: Ògúnté
Este crescimento no panteão das divindades fez aumentar, paralelamente, o número de símbolos, cânticos e rituais, com a noção exata de que todas as divindades são reais portadoras de caracterizações variadas divindades principais
Orun Àiyé: José Beniste: pag 93
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