CASA PODEROSA DOS FILHOS DE YEMANJÁ

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segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Òsanyìn PARTE II




Conforme prometido na postagem anterior sobre o Grande Òrìsà das folhas, hoje vamos falar porque jamais devemos entrar na mata de mãos vazias, sem pagar à Òsanyìn pelas folhas que pegamos em sua morada.

Antes, porém é importante lembrar que a coleta das folhas deve ocorrer à alvorada (há exceções, nas quais as folhas devem ser colhidas à tarde ou ainda ao anoitecer).

Os "Kawé-o" (aquele que "colhe" folhas), Oníìsègùn (curandeiro) ou o Babalòsanyìn/Olóòsanyìn (sacerdote supremo do culto à Òsanyìn) devem estar de "corpo limpo", ou seja, privados de relações sexuais e em jejum.

As folhas são sagradas e pertencem a Òsanyìn, sempre que vamos à mata devemos pagar pelo o que estamos pegando. 

Uma antiga história de Ifá explica que Òsanyìn sempre cobra, jamais faz nada de graça.

Os pais de Òsanyìn não lhe deram roupa após seu nascimento. 

Quando ele cresceu, foi para a floresta e muito aborrecido fez um trabalho contra o pai, a fim de que ele não pudesse respirar bem. 

Feito isso, partiu em passeio pelo mundo. 

O Pai de Òsanyìn ficou muito doente, muitas pessoas tentaram curar-lhe, contudo, nenhuma obteve sucesso na empreitada. 

Diante das tentativas inúteis, foram procurar por Òsanyìn, que já era conhecido pelo poder de suas folhas.

Quando perguntado se podia curar o pai, Òsanyìn disse que sim, entretanto falou: Meu pai é dono de uma roupa, uma calça e um gorro. 

Garanto que posso curar-lhe, mas ele deve me pagar com essas vestes. 

O pai, ofegando, consentiu em dar as roupas solicitadas. 

Òsanyìn então desfez o trabalho e seu pai foi curado. 

A partir desse dia, Òsanyìn passou a se vestir com panos, sendo que até então cobria-se apenas com suas folhas.

Òsanyìn fez, então, um trabalho para sua mãe ter dor na barriga e, novamente, saiu em passeio pelo mundo. 

À exemplo do ocorrido com o pai, muitos tentaram em vão curar a mãe de Òsanyìn. 

Diante de mais um fracasso, foram procurar por Òsanyìn. 

Ele disse: minha mãe tem um pano listrado, de preto, branco e vermelho, para curá-la peço em troca essa veste. 

A mãe enviou o pano para o filho e ficou curada.


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