CASA PODEROSA DOS FILHOS DE YEMANJÁ

CASA PODEROSA DOS FILHOS DE YEMANJÁ

domingo, 10 de março de 2013

Mãe Stella faz reflexão sobre o comportamento das pessoas diante do mundo que nos cerca.



A ciência, entretanto, pesquisa e já chega até a afirmar que nosso planeta pode, sim, findar-se um dia. 

O planeta Terra é um ser vivo, e como todo ser vivo está sujeito a vários tipos de transformações. 

Esse é um assunto tão sério e profundo que me parece ser específico dos cientistas. 

A nós, “pobres mortais”, resta-nos viver. 

Se algo temos que pensar é o que fazer com a vida que nos resta e que tipo de pessoa queremos ser nesta vida.

São muitas as opções. 

O ser queixoso, que faz de um pequeno incidente uma tragédia; o eterno insatisfeito, que por mais que receba sente-se como um saco vazio incapaz de ser preenchido; o “palpiteiro”, que parece entender de tudo, mas pouco sabe e o que sabe é superficial; o carente, o adulto infantil que insiste em não crescer para poder estar sempre pedindo colo, esquecendo-se que já está na idade de oferecer o seu; o misterioso, que faz de seu simples dia a dia uma arca de segredos profundos, facilmente decifráveis.

Outros tipos de opções também existem: o ser disponível, cuja presença é traduzida como atuação positiva; o grato, que ao valorizar os favores recebidos ajuda a não desestimular as pessoas doadoras; o flexível, que absorvendo a diversidade permite que o colorido possa ser apreciado; o alegre, que torna os fardos leves como plumas; os guerreiros, que mesmo perdendo as batalhas entendem que têm guerras a serem vencidas.

Será uma atitude esperada que o leitor se veja em uma dessas opções, e ainda procure encaixar nelas seus conhecidos. 

Creio ser essa uma atitude saudável, caso o leitor consiga fugir da tendência de se ver como um tipo considerado positivo, enquanto seus pares são colocados no lado oposto. 

É uma grande tentação, da qual se deve procurar sempre escapar. 

Não é só a culpa que colocamos nos outros, os defeitos também. 

Quando não temos como culpar ninguém, o sistema, os governos e até os deuses passam a ser os vilões.

Hoje, ao assistirmos e lermos os jornais, gostamos de comentar sobre a violência que assola o mundo. 

Entretanto, esses mesmos meios de comunicação já noticiaram pesquisas científicas comprovando que o período que vivemos é o menos violento pelo qual passa a humanidade. 

Parece incrível, mas é verdade, basta dar um passeio pelos livros de História Universal que encontraremos barbaridades.

A diferença parece estar clara, é que hoje tomamos conhecimento diariamente do que acontece no mundo. 

Não comento esse fato para nos conformarmos com a violência, mas sim para que ao entendermos que ela já foi muito pior, possamos ter a esperança que ela continuará diminuindo, caso cada parcela da sociedade e cada indivíduo faça a parte que lhe é devida.

Os seres vivos, todos, carregam em si o instinto da agressividade. 

Podemos ver isso em nós mesmos, nos animais, nas plantas e na natureza como um todo. 

Raios, tufões, vulcões não podem ficar invisíveis aos nossos olhos. 

A agressividade sempre existiu e sempre existirá na natureza, e é claro no homem. Afinal, não existe a natureza e o homem, e sim “a natureza” da qual o homem faz parte.

É interessante observarmos que essa “agressividade” varia de intensidade não só de pessoa para pessoa, como até mesmo entre os vulcões, por exemplo.

 Quando o instinto já é forte e o meio ainda o estimula, a situação fica pior. 

Aos cientistas cabe a tarefa de criar mecanismos para prever as tragédias naturais, a fim de que a destruição causada por elas sejam minimizadas, além de ampliar os estudos sobre cérebro e comportamento humanos; os governos precisam concentrar esforços para aprender a não apenas coibir, mas fornecer condições favoráveis para que a agressividade não domine o homem.

Digo e repito, todos os instintos com os quais nascemos devem ser usados para nossa sobrevivência. 

Devemos ter controle sobre eles, e não o contrário. 

Não podemos nem devemos permitir que nada nem ninguém nos domine, nem mesmo nossos instintos. 

O inverso também é uma verdade: não podemos, nem devemos desejar dominar nada nem ninguém, nem mesmo nossos instintos. 

A permanente busca pela convivência harmônica é a chave.

Maria Stella de Azevedo Santos é Iyalorixá do Ilê Axé Opô Afonja. Quinzenalmente, ela escreve em A TARDE, sempre às quartas-feiras
FONTE:http://mundoafro.atarde.uol.com.br/?tag=candomble



O Candomblé é a Religião da Natureza!



O Candomblé é a Religião da Natureza! Mas Nós Sabemos Preservá-la?

Podemos afirmar que o Candomblé é uma religião que cultua a natureza, sendo que os nossos Òrìsàs possuem o domínio sobre cada elemento: água, terra, ar, fogo, etc. 

Nossos cânticos evocam os poderes das águas dos rios, lagos, poços e oceanos. 

Nós reverenciamos a chuva, tão sagrada e especial. 

Os Òrìsàs se comunicam por meio do brilho do raio, pelo som que brada do trovão. 

Òsùmàrè desenha o céu com as cores do arco-íris. 

Òsanyìn está vivo em cada planta, desde a mais singela à mais frondosa, onde habita Iroko Oluwere Baba Igi.

 Obaluwaiye está vivo no redemoinho, na sagrada terra em que os grãos de Òrìsà Oko se multiplicam, enfim, os Òrìsàs e a natureza se misturam, se confundem, se completam. 

Mas, apesar de tudo isso, estamos sabendo como preservar essa natureza tão rica e essencial para a sobrevivência da nossa religião?

No último mês, quando da realização de uma obrigação em uma cachoeira, nosso querido Pai Pecê, ficou assustado e muito decepcionado com a quantidade de materiais que agridem de forma brutal a natureza, depositados naquele local, como se fosse uma espécie de lixão.

 Naquele espaço, que temos como sagrado, onde a natureza deveria ser ovacionada pelo nosso povo, encontravam-se centenas de garrafas, plásticos, restos de velas e muitos, muitos alguidares, sendo que grande parte já quebrados.

Em verdade, a cena remetia-nos as imagens de um filme de terror ou de um filme futurista, no qual o único sinal de natureza é a existência de antigas fotos em museus, para que as crianças tenham ideia de um mundo já inexistente. 

Sequer era possível apreciar o espelho d'água, que insistentemente tentava burlar as barreiras criadas pelo lixo acumulado.

Somos Àbòrìsà (adoradores de Òrìsà), por consequência, adoradores da natureza, dessa forma, é inadmissível imaginar que alguém que adora e venera a natureza, possa igualmente agredi-la de forma tão agressiva.

É muito importante conscientizarmo-nos de que:

Alguidar não é oferenda!

Garrafa não é oferenda!

Plástico não é oferenda!

Existem centenas de alternativas sustentáveis que podem e, principalmente, devem ser utilizadas pelo nosso povo.

O antigo provérbio yorùbá já diz: Sem folhas, não há Òrìsà. 

As folhas são excelentes alternativas aos alguidares. 

Quando for à natureza, realizar qualquer tipo de oferenda, ao invés de utilizar alguidares ou terrinas de louça, utilize Ewé Lará (Folhas de Mamona) ou Ewé Agba-o (Folhas de Embaúba). 

Líquidos podem ser colocados em Ado (pequenas cabaças), ao invés de garrafas ou copos de vidro/plástico.

Dessa forma, você estará contribuindo para a preservação de um bem excessivamente precioso para a nossa religião. 

Tanto as folhas (mamona e embaúba) como as pequenas cabaças, são elementos que se decompõem de forma muito breve, não trazendo dano algum à natureza, muito pelo contrário. 

Além disso, não causam riscos às pessoas, como os pedaços de vidros e louças que podem causar ferimentos.

Em uma mata que há tempos não recebe a água das chuvas, uma vela pode causar incêndios. Por isso, é essencial que, a utilização de velas seja restrita ao espaço físico dos Terreiros. 

Nós somos os verdadeiros guardiões da natureza, por isso, devemos pensar e agir como tal.

Faça a sua parte, conscientize os seus filhos, netos e amigos da religião, para que protejam a nossa natureza. 

Se você for à mata, rio ou cachoeiras e deparar-se com materiais que degradam os nossos espaços sagrados retire-os jogando-os no lixo.

Em breve, nós do Terreiro de Òsùmàrè, vamos nos reunir para retirar o lixo de um importante espaço sagrado de Salvador (vamos comunicar com antecedência para que todos também possam participar), mas essa iniciativa deve ser multiplicada. 

Reúna a sua comunidade, escolha uma mata, um rio, uma cachoeira e recolha os materiais como garrafas, plásticos e alguidares. 

Convoque as pessoas por meio das redes sociais e contribua para a preservação e edificação da magnifica religião dos Òrìsàs. 

Registre a iniciativa por meio de fotos e nos encaminhe para que possamos divulga-las.

Não se esqueça, cada um de nós possui um importante papal na sociedade!

Que Òsùmàrè, o Pai da nossa Comunidade, cubra cada um com bênçãos e felicidades!
Terreiro de Òsùmàrè
 FONTE:http://www.casadeoxumare.com/blog/item/172-o-candomble-e-a-religiao-da-natureza-mas-nos-sabemos-preserva-la



Mandamento para viver bem no candomblé


Cego, Surdo e Mudo.

Nem tudo que se vê pode ser comentado, nem tudo que se ouve pode ser dito.

Um único mandamento pode garantir sua integridade em todos meios sociais.


Com certeza você já ouviu as pessoas mais antigas dizerem: (-meu filho seja cego, surdo e mudo), realmente é um bom conselho a ser seguido, principalmente para pessoas que convivem em grandes comunidades.


A convivência cotidiana dos adeptos no candomblé abre espaço para que a vida particular dos filhos e filhas de santo seja pauta de conversa daqueles que gostam de cuidar da vida alheia. 

Engana-se quem pensa que é só no candomblé que isto acontece. 

Em verdade quando existe uma convivência diária entre um determinado grupo as relações se estendem e como consequência sua vida pessoal fica vulnerável aos fofoqueiros de plantão.


Portanto a melhor blindagem é este antigo ditado que deve ser visto como mandamento para aqueles que não querem ver suas vidas expostas. 

E não esqueça: fofoca só vai para frente quando alguém da ouvidos.

Leandro Dias

http://www.casadeoxumare.com/blog/itemlist/tag/mandamentos


O Dinheiro Compra Tudo?




Quando iniciamos a escrever sobre a Ética Moral no Candomblé, o tema "O Dinheiro Compra Tudo?" foi um dos primeiros a ser pensado. 

É, também, uma das sugestões mais encaminhadas para abordarmos como postagem.


Em verdade, as pessoas que nos sugeriram esse artigo, em sua maioria, mencionaram exemplos que, nitidamente, estão na contra mão do Sacerdócio Ético. 

São ações que são repudiadas pela maioria, criticadas pela maioria, no entanto, a mesma maioria ignora os seus princípios éticos e, principalmente os princípios religiosos, caso recebam uma oferta tentadora para comungarem e balizarem essas ações.

Não podemos, por exemplo, ser coniventes com um Sacerdote/Sacerdotisa que confere a obrigação de sete anos para uma pessoa que ainda não completou essa idade. 

Um Sacerdote Sério, Ético e de Postura, jamais poderá realizar essa obrigação sem que a pessoa tenha completado essa idade. 

Àqueles que o fazem, estão ferindo os dogmas do Candomblé e, principalmente, contribuindo para a degradação e banalização da religião.

É igualmente lamentável, que em razão do dinheiro, Sacerdotes implementem rituais em casas/Asè que não os comportem. 

A Religião dos Òrìsàs é rica em tradições e costumes, entretanto, não são todos os rituais que podem ser realizados em todas as casas. 

Isso não é preconceito ou segregação religiosa, isso é tradição. 

Vejamos:

Quantas Casas de Candomblé em Salvador possuem uma estrutura sólida e fundamentada nas tradições seculares de suas famílias, mas que, por exemplo, não realizam o ritual do Pilão de Osogiyan ou a Procissão do Ade Bayanni? 

Isso não é falta de conhecimento, isso é Ética acerca das tradições religiosas daquela casa/família.

Muitas dessas casas não realizam alguns determinados rituais simplesmente por suas casas não comportarem. 

Quando afirmamos isso, não estamos referindo-nos a estrutura física da casa ou conhecimento religioso, mas sim a estrutura religiosa da casa não comportar determinado ritual. 

Por vezes, as Divindades que regem aquele determinado terreiro, não possuem qualquer tipo de ligação com o ritual "A" ou "B" e, por isso, esses rituais não são implementados. 

Mas muitas pessoas não satisfeitas buscam alguém que, por dinheiro, implemente um ritual que em nada tem haver com o seu Òrìsà/casa ou tradição.

Muito podem pensar, mas os Terreiros tradicionais são repletos de rituais, porque as demais casas também não podem ter todos? Sobre isso, em primeiro lugar, reafirmamos o já dito acima. 

Em segundo, é importante refletir que os Terreiros mais Tradicionais, as chamadas Casas Matrizes já passaram por diversas gestões, com Sacerdotes de diversas Divindades. 

O que isso explica?

Imaginemos uma casa que foi fundada há duzentos anos por uma pessoa de Bayanni. 

À época do fundador/fundadora, essa casa implementou diversos rituais específicos desse Òrìsà, sendo ele o patrono da casa.

Com a morte do fundador/fundadora, assume alguém, por exemplo, de Osogiyan. 

Essa nova Sacerdotisa, além de manter com afinco todas as tradições do antecessor/antecessora (específicos para Bayanni), implementa rituais específicos para Òsògíyan, como exemplo a Festa do Pilão. 

Com a morte dessa Ìyálòrìsà/Babalòrìsà, assume a terceira gestão, desta vez de Òsóòsì. 

Essa Sacerdotisa, além de preservar os rituais de Bayanni (fundador), mais os rituais de Osogiyan (2ª gestão), implementa rituais específicos do Deus da Caça. 

Assim ocorre sucessivamente, ou seja, o Sacerdote mantém os rituais dos seus antecessores e, eventualmente, implementando algum ritual específico do Deus que rege sua cabeça.

Há, ainda, lindos rituais que são específicos de uma determinada casa ou Asè, que jamais poderão ser implantados em outro Terreiro. 

Dessa forma, um Sacerdote que implementa um ritual inapropriado para uma casa, somente em razão do dinheiro que irá receber, está ferindo gravemente a ética do Candomblé.

Nem tudo que é bonito na casa de um amigo poder ser aplicado em nossa casa. 

Isso é algo que as pessoas devem ter em mente e, um Sacerdote sério, não pode se vender em detrimento da cultura, da tradição e da memória dos nossos ancestrais. 

O dinheiro não compra tudo!

Que Òsùmàrè Arákà esteja sempre olhando e abençoando todos!!!

Ilé Òsùmàrè Aràká Asè Ògòdó

fonte:http://www.casadeoxumare.com/blog/item/116-a-etica-e-moral-no-candomble-iv-o-dinheiro-compra-tudo


sábado, 2 de março de 2013

Os Sete Pecados Capitais e as Sete Virtudes


                                                            A Estrela Setenária


Uma das características do Verdadeiro Rei é que ele já está purificado. 

Ele já deixou para trás o supérfluo. 

É alguém que já superou os desejos infindáveis que surgem das entranhas do EGO, do eu-inferior ou do eu-da-sombra. 

O Verdadeiro Rei, como um autêntico alquimista, sublimou todos os 7

 “Pecados Capitais”, tranformando-os nas 7 Virtudes.

“Em primeiro lugar: ninguém nunca se perguntou qual a diferença entre os Dez Mandamentos e os sete Pecados Capitais? 

Porque os pecados, que a Igreja tanto fala e que são formas certas de levar uma pessoa para o tal do Inferno, mencionados na Divina Comédia (escrita por Dante Alighieri, um iniciado) não estão na bíblia em lugar algum?


Os chamados “Pecados Capitais” são originários da alquimia e das tradições iniciáticas muito antigas, remontando dos antigos rituais egípcios e babilônicos. 

Antes de começar, vamos usar a nomenclatura certa: DEFEITOS capitais.

Os defeitos capitais são em número de sete, diretamente relacionados com o avanço espiritual e estando cada um deles associado a um Planeta, de acordo com uma estrutura denominada “Estrela Setenária”.

                                                                      ORGULHO



Defeito capital relacionado com o SOL e, provavelmente, o mais difícil de ser destruído.

Em sua síntese, Orgulho é um sentimento de satisfação pessoal pela capacidade ou realização de uma tarefa. Sua origem remonta do latim “superbia”, que também significa supérfluo.

Algumas pessoas consideram que o orgulho para com os próprios feitos é um ato de justiça para consigo mesmo. 

Que ele deveria existir, como forma de elogiar a si próprio, dando forças para evoluir e conseguir uma evolução individual, rumo a um projeto de vida mais amplo e melhor. 

O orgulho em excesso pode se transformar em vaidade, ostentação, soberba, apenas  sendo visto, então, como algo negativo.

Outras pessoas classificam o orgulho como “exagerado” quando se torna um tipo de satisfação incondicional ou quando os próprios valores são superestimados, acreditando ser melhor ou mais importante do que os outros. 

Isso se aplica tanto a si próprio quanto ao próximo, embora socialmente uma pessoa que tenha orgulho pelos outros é geralmente vista no sentido da realização e é associada como uma atitude altruísta, enquanto o orgulho por si mesmo costuma ser associado ao sentimento de capacidade e egoísmo.



O Orgulho é um defeito muito traiçoeiro, justamente porque, conforme colocado no parágrafo anterior, a maioria das pessoas não o enxerga como um “defeito”, mas como uma “recompensa” moral ou espiritual por um trabalho que executaram. 

Por esta razão, é muito mais difícil nos livrar dele, pois, ao nos acostumarmos com a recompensa, nos sentimos inferiorizados se não somos “reconhecidos” por nossos feitos.

Acho que o orgulho é o último (e mais complexo) dos defeitos a serem finalmente destruídos, pois, ao contrário da preguiça ou da raiva, por exemplo, que são (na minha opinião) mais simples de serem trabalhados, o orgulho está enraizado em nosso pensamento de uma maneira intrínseca. 

É muito fácil cair na tentação de, ao “final” do caminho, batermos com as mãos no peito como o Fariseu da parábola de Lucas ou nos sentirmos injustiçados caso ninguém “reconheça” nossa “evolução”.

Aprender a trabalhar a via interior como algo íntimo para nós mesmos (e não para mostrarmos aos outros) certamente é o primeiro passo para o desenvolvimento espiritual.

A virtude cardeal do Sol é a MAGNANIMIDADE. 

A capacidade de brilhar e iluminar os outros ao seu redor. 

A virtude de brilhar pelo reto pensar, reto falar e reto agir. Assim como o orgulho é o pior de todos os vícios, a magnanimidade é a maior de todas as virtudes.

São Thomas de Aquino determinou sete características como inerentes ao orgulho:

Jactância - Ostentação, vanglória, elevar-se acima do que se realmente é.

Pertinácia – Uma palavra bonita para “cabeça-dura” e “teimosia”. 

É o defeito de achar que se está sempre certo.

Hipocrisia - o ato de pregar alguma coisa para “ficar bem entre os semelhantes” e, secretamente, fazer o oposto do que prega. 

Muito comum nas Igrejas.

Desobediência – por orgulho, a pessoa se recusa a trabalhar em equipe quando não tem suas vontades reafirmadas. 

Tem relação com a Preguiça.

Presunção - achar que sabe tudo. 

É um dos maiores defeitos encontrados nos céticos e adeptos do mundo materialista. 

A máxima “tudo sei que nada sei” é muito sábia neste sentido. 

Tem relação com a Gula.

Discórdia - criar a desunião, a briga. 

Ao impor nossa vontade sobre os outros, podemos criar a discórdia entre dois ou mais amigos. 

Tem relação com a Ira.

Contenda - é uma disputa mais exacerbada e mais profunda, uma evolução da discórdia onde dois lados passam não apenas a discordar, mas a brigar entre si. 

Tem relação com a Inveja.

ACÍDIA (Preguiça)



Isto provavelmente quase ninguém entre vocês deve saber, mas o nome original da Preguiça é Acídia. 

Acídia é a preguiça de busca espiritual. 

Quando a pessoa fica acomodada e passa a deixar que os outros tomem todas as decisões morais e espirituais por elas. 

É muito fácil de entender porque a Igreja Católica substituiu a Acídia pela Preguiça dentro dos “sete pecados”! 

Trabalhar pode, mas pensar não !!!

A preguiça está ligada diretamente à LUA. 

Mas você já devia ter desconfiado disso… qual o dia da semana onde sentimos mais as influências destas energias? Moonday.

A virtude cardeal relacionada com a Lua é a HUMILDADE. 

É necessário lembrar que estamos sempre falando em termos espirituais dentro da alquimia. 

Em sua origem, a Humildade (Humilitas) está relacionada a “fazer o seu trabalho sem esperar reconhecimento e sem esperar por recompensas”. 

Humilde não é sinônimo de “coitadinho”, de “idiota”, de “pobrezinho” e outras tolices que vocês foram forçados a engolir por causa da Igreja. 

Uma pessoa humilde não precisa (nem deve) ser um pateta. “Cordeiro Humilde” nas palavras de Yeshua significa “Aquele que tem as características de Áries e faz o seu trabalho sem esperar reconhecimento”. 

Bem diferente do coitadinho medíocre que a Igreja espera que você seja.

São Thomas de Aquino determina sete características como filhas da acídia.

Desespero – quando o homem considera que o objetivo visado se tornou impossível de ser alcançado, por quaisquer meios, gerando um abatimento que domina o seu afeto.

Pusilanimidade – covardia, falta de ânimo, falta de coragem para encarar um trabalho árduo e que requer deliberação.

Divagação da mente – é quando um homem abandona as questões espirituais e se instala nos prazeres exteriores, permanecendo com sua mente rondando assuntos do âmbito material.

Torpor – estado de abandono onde a pessoa ignora a própria consciência.

Rancor – ressentimento contra aqueles que querem nos conduzir a caminhos mais elevados, o que acaba gerando uma agressividade. 

Está relacionado à Ira. 

Posso ver muito de rancor em relação aos textos ateístas e outros textos religiosos mais fanáticos..

Malícia – desprezo pelos próprios bens espirituais, resultando em uma opção deliberada pelo mal. Está ligada diretamente ao materialismo e á Luxúria. 

Hoje em dia tornou-se sinônimo de sexualidade explícita.

Preguiça – a falta de vontade ligada aos esforços físicos.


                                                                              IRA




Defeito capital ligado diretamente a MARTE, representado acertadamente pelos Deuses da Guerra. 

A ira é o mal uso da energia agressiva de marte. 

Ao invés de direcioná-la para o sexo ou para os esportes, a pessoa canaliza este excesso de energia para a destruição. 

“Faça amor, não faça a guerra”. 

Com tantas travas e tabus sexuais, não é de se admirar que fanáticos religiosos sejam tão violentos.

A Virtude cardeal relacionada com marte é a DILIGÊNCIA, ou seja, a capacidade de guiar a energia e a capacidade de produzir de maneira efetivamente produtiva.

São Thomas de Aquino determina seis características inerentes como sendo filhas da Ira:

Insulto – uma forma de violência verbal, na qual o interlocutor visa ofender ou agredir moralmente o atacado, atingindo algum ponto fraco para humilhar o outro.

Perturbação – agitação física e psíquica produzida por emoções intensas e acumuladas. 

Um dos maiores problemas na psicologia, a tensão das emoções acumuladas pode gerar todo tipo de problemas no organismo.

Indignação – sentimento de ira em relação a uma ofensa ou ação injusta.

Clamor – queixa ou súplica em voz alta, reclamação, gritos tumultuosos de reprovação. Quando a Ira extravasa de uma pessoa para um grupo, como se fosse uma entidade viva (na verdade, astralmente, o Clamor É uma entidade viva, manifestada pelas Fúrias).

Rixa – briga, desordem, contestação, tumulto. A Rixa tem ligação com o Orgulho

Blasfêmia – difamação do nome de um ou mais deuses. 

A Ira voltada para dentro de si mesmo.




                                                                          INVEJA


Defeito capital ligado ao Planeta MERCÚRIO. 

Hoje em dia, as pessoas utilizam-se do termo “inveja” de maneira errada. 

Seu sentido original quer dizer “Caminhar segundo o passo espiritual de outra pessoa”. 

Ter inveja de outra pessoa é tomar seu próprio caminho com base nos esforços e resultados obtidos por outras pessoas. 

A Inveja como a conhecemos hoje é a parte material do defeito.

Por esta razão que a Virtude cardeal associada a Mercúrio é a PACIÊNCIA. 

A paciência é a capacidade de caminhar (espiritualmente) no seu próprio ritmo. 

Não é sinônimo de “lerdeza” ou de “calma” ou de “ir devagar”… ir devagar é para gente devagar! 

Ter paciência é ter a capacidade de avançar nos estudos iniciáticos no seu próprio passo.

São Thomas de Aquino determina cinco características inerentes como sendo filhas da Inveja:

Exultação pela Adversidade – Diminuir a glória do próximo. 

Por causa do sentimento de inveja, a pessoa tenta de todas as maneiras diminuir o resultado do trabalho e das glórias das pessoas ao redor.

Detração - Significa falar mal às claras. 

Possui os efeitos semelhantes aos do murmúrio, com as mesmas intenções, mas mais abertamente. 

A diferença entre os dois é que a detração está maculada pelo Orgulho de se mostrar como causador do dano.

Ódio - o efeito final da inveja: o invejoso não apenas se entristece pelas conquistas do outro e deseja o fim das glórias e objetivos alcançados pelo próximo, mas passa a desejar o mal sob todos os aspectos para aquela pessoa também.

Aflição pela Prosperidade - A tristeza pela glória do próximo. 

Ocorre quando não se consegue de nenhuma maneira diminuir as realizações da outra pessoa, então passa a se entristecer com o resultado das conquistas alheias.

Murmuração - Também conhecido como fofoca, consiste em espalhar mentiras, meias-verdades, distorções, mentira (associada à Avareza) ou fatos embaraçosos ou depreciativos em relação a outra pessoa, com o intuito de prejudicar o próximo.



                                                                             GULA


Gula
A gula, como já era de se esperar, era uma característica do Planeta JÚPITER. Júpiter, como o benfeitor da astrologia, rege a fartura e a prosperidade. 

O defeito é a gula e a virtude é a caridade.

Oras… estamos lidando com Excessos. 

A Gula é absorver o que não se necessita, ou o que é excedente. 

Pode se manifestar em todos os quatro planos (espiritual, emocional, racional e material). Claro que a igreja distorceu o sentido original da alquimia, adaptando-a para o mundo material, então hoje em dia, gula é sinônimo apenas de “comer muito”.

A virtude relacionada a Júpiter é a CARIDADE. 

A caridade lida com a maneira que tratamos nossos excessos. 

Ao invés de consumi-los sem necessidade, os doamos para quem não os possui. 

A caridade não está relacionada apenas a dinheiro, mas também aos 4 elementos da alquimia (espiritual, emocional, racional e material).

São Thomas de Aquino determina cinco características inerentes como sendo filhas da gula:

Loquacidade Desvairada – a desordem no falar, o excesso de palavras atrapalhando e causando confusão mental. 

Está relacionada ao elemento Ar.

Imundície - aparência desleixada devido à falta de higiene por estar preocupado em demasia com a obtenção de excessos. 

Não tem o mesmo significado desta palavra em nosso vocabulário moderno, onde imundície quer dizer apenas “excesso de sujeira”, mas sim uma imundície espiritual, ligada à falta de cuidado com o corpo físico por conta dos excessos.

Alegria Néscia – desordem do pensamento e das emoções através do descontrole da vontade, muito associada ao ato de beber. 

Ligada ao elemento Água.

Expansividade Debochada - O excesso de gesticulações e movimentos do corpo ao comunicar, causando tumulto e desordenação.

Embotamento da inteligência - obstrução da razão devido ao consumo desordenado de alimentos.



                                                                       LUXÚRIA


Luxúria
Defeito capital ligado ao Planeta VÊNUS, quer dizer em seu sentido original “deixar-se dominar pelas paixões”. 

Em português, luxúria foi completamente deturpado e levado apenas para o sentido físico e sexual da palavra, mas seu equivalente em inglês (Lust) ainda mantém o sentido original (pode-se usar expressões como “lust for money”, “lust for blood”, “lust for power”). 

A melhor tradução para isso seria “obsessão”. 

A luxúria tem efeito na esfera espiritual quando a pessoa passa a ser guiada pelas suas paixões ao invés de sua racionalidade. 

Para chegar ao auto-conhecimento, é necessário domar suas paixões (vide a representação do Arcano da Força no tarot!).

A virtude associada a Vênus é a TEMPERANÇA (do latim temperatia), ou a virtude de quem é moderado.

São Thomas de Aquino determina 8 características inerentes como sendo as filhas da Luxuria:

Cegueira da Mente – é aquela que nos impede de ver os acontecimentos, situações e ações ao nosso redor. 

A pessoa fica tão entregue às suas paixões que não consegue raciocinar nem intuir a respeito do mundo ao seu redor.

Amor de Si – faz com que a pessoa feche seus sentimentos para dentro de si mesmo, gerando um amor egoísta que segundo Thomas de Aquino é a origem de todos os outros pecados.

Ódio de Deus – com a vontade dominada pelas paixões, o indivíduo abandona a busca espiritual para se dedicar aos afazeres prazerosos mundanos, esquecendo sua busca por Deus no processo. 

Do esquecimento, estas paixões acabam se tornando ódio ao criador e a todo o mundo espiritual.

Apego ao Mundo – Os vícios e as paixões criam no indivíduo um apego ao mundo e aos seus desejos e ambições, desviando totalmente o foco espiritual de sua missão.

Inconstância – deixar-se dominar pelas paixões faz com que o indivíduo se torna inconstante, balançando sua dedicação à Grande Obra para dedicar-se às perseguições dos prazeres mundanos.

Irreflexão – Quando as paixões cegam o indivíduo, ele fecha-se a todo estímulo externo ou interno, procurando apenas satisfazer seus instintos, sem refletir nas conseqüências de seus atos.

Precipitação – da mesma forma, a urgência em saciar seus apetites e prazeres gera no indivíduo uma precipitação em agir sem pensar, tomando ações e atos sem o devido pesar.

Desespero em relação ao mundo futuro – os atos mal pensados ou não-pensados causam tantos problemas ao indivíduo que o levam a uma situação de desespero em relação ao seu futuro, quando se vê obrigado a encarar os resultados de suas ações.



                                                                         AVAREZA


Avareza
A Avareza (avaritia) é o defeito capital relacionado ao planeta SATURNO. 

Caracteriza-se pelo excesso de apegos pelo que se possui. 

Normalmente se associa avareza apenas ao significado materialista, de juntar dinheiro, mas sua manifestação nos outros elementos (espiritual, emocional e mental) é mais sutil e perniciosa. 

A avareza é a origem de todas as falsidades e enganações.

A virtude associada ao planeta Saturno é a CASTIDADE, ou a pureza dos costumes. 

Do latim Castitas, quer dizer “de sentimentos puros”. 

Normalmente a associação errada de “sentimentos puros” com a palavra “castidade” usada da maneira incorreta leva à associação de “abstinência sexual feminina” com “pureza”, esquecendo que esta pureza é Espiritual. 

A Mãe de Jesus que o diga.

São Thomas de Aquino determina sete características inerentes como sendo as filhas da Avareza:

Mentira - Ao procurar para si coisas que não lhe pertencem, o avaro pode se servir do engano. 

No desespero para não perder o que possui ou adquirir mais coisas que realmente não necessita, o avaro pode apelar para a falsidade. 

Se este se verificar através de simples palavras, caracteriza-se a mentira, mas se for através de juramento, então está classificada como Perjúrio.

Quanto ao engano em si: se for aplicado contra outras pessoas, classifica-se como Traição, se for em relação a coisas, classifica-se como Fraude.

Inquietude: Excesso de afã para juntar para si gera excessivas preocupações e cuidados.

Violência: Ao procurar para si bens alheios, o indivíduo pode se servir da violência, tamanha a ganância que possui, ao ver seus desejos negados pelo outro. 

O sentido esotérico se perdeu e violência hoje em dia é sinônimo de agressão, descaracterizando a razão causadora da agressão.

Dureza de Coração: O excesso de apegos pelo que se tem produz a dureza no coração, pois não permite à pessoa usar de seus bens para socorrer aos irmãos. Para se ser misericordioso, é necessário saber gastar seus bens excedentes.

Lição de Casa:

Utilizando-se da estrela Setenária, São Thomas de Aquino afirma que a bondade divina era tão grande que para cada Defeito Capital existiam DUAS virtudes que poderiam ser utilizadas para combatê-lo. 

Assim sendo, basta seguir as pontas da estrela para as virtudes associadas dos planetas opostos e meditar sobre quais virtudes podem ser utilizadas para combater os sete pecados capitais.”

Texto retirado do blog Teoria da Conspiração de Marcelo Del Debbio. 

Obrigado pelo magnífico texto proporcionado, e à sabedoria compartilhada.


http://www.labirintodamente.com.br/blog/2009/10/05/os-sete-pecados-capitais-e-as-sete-virtudes/






sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Instituição do casamento Yorubá




É contrário à tradição Yorubá não se casar quando é chegada a idade para tal. 

Atingida a idade considerada ideal, isto é, 30 anos para o homem e 25 para a mulher, a maioria das pessoas se casam, ainda que muitas vezes com o intento de salvaguardar a dignidade da família ou, no caso dos homens de encontrar alguém que se ocupa do lar. 

Produtos da vida moderna, entretanto, existem homens que, apesar de prontos para o matrimônio, evitam compromissos duradouros.

Antes da aproximação das famílias dos noivos, é sempre costume o pretendente investigar o estado de saúde dos pais da moça, a fim de assegurar de que eles não sofrem de males como a lepra, a epilepsia, o alcoolismo ou a insanidade.

Essas incursões na intimidade dos parentes da mulher visam garantir a paz da vida do casal.

A família do rapaz em princípio escolhe a moça com quem ele vai se casar, mas, aquela só se aproxima da família desta ao se satisfazer com os antecedentes da moça. 

A aproximação pode ser realizada direta ou indiretamente. 

A família da moça não tem prazo para responder se aceita ou não o pedido da família do pretendente. 

Nesse ínterim, os parentes da moça são consultados sobre a pertinência do casamento.

 Caso não haja anuência para a união, a família responde que a consulta a Ifá Oráculo, foi negativa. 

Caso contrário, a família da moça dá a conhecer sua aquiescência através de um mensageiro.

A formalização do casamento só dá após o anúncio de ” Ifá fo re” (= Ifá consentiu) cerimônia conhecida por “Ijòhun) (= resposta à voz) ou “Iyinfá (= elogios de Ifá).


Em teoria, o casal não tem direito de mater relações sexuais pré-nupciais, além disso, a moça não deve se encontrar com seu noivo nem com a família deste por nove dias após o início do noivado.


Como em qualquer sociedade, entre os Yorubás existem comportamentos considerados anormais. 

Homens e mulheres que não se casam na idade adequada e vivem de relações extra-conjugais não são considerados pelo chefe da comunidade.


Com o início do noivado,o pretendente assume algumas obrigações para com os sogros.

Em primeiro lugar, obriga-se a dar-lhes uma pequena parcela da produção em geral em época de colheita, além disso, deve servi-lhes como mão de obra para serviços gerais numa necessidade. 

Por último, o noivo deve presentear os sogros com dinheiro e bens material e prestar auxilio no caso de morte de parente da moça. 

Ao morrer um idoso, fala-se em “morte alegre”.

O casamento em si simboliza a conclusão de um contrato entre duas famílias através do qual se confere uma mulher a um homem. 

Para tanto, a família do rapaz paga certa quantia em dinheiro que, por exemplo, era de 5 libras até 1918 na cidade de Abeokutá.


Ao se casar, o homem se torna o “oko” (=marido) e a mulher a iyawo (=esposa), designação esta, aliás, que os parentes do rapaz doravante também empregarão.
Na noite em que a esposa se muda para casa do marido, as duas famílias se reúnem. 

A primeira obrigação da moça na ocasião é pedir ao pai aconselhamento e benção.

 Ajoelhada, a noiva ouve do pai os conselhos de como obedecer ao marido e a sua família. 

Isso feito, o pai lhe augura proteção divina e fecundidade.


Uma vez instalada a esposa, o marido pode passar a primeira noite com ela. Se,entretanto, a mulher não for mais virgem, o marido pode denunciá-la a seus pais e ela poderá ser devolvida pelo marido.

Passados 8 dias na casa do marido, a esposa realiza um trabalho simbólico a fim de demonstrar sua lealdade ao esposo: faz a limpeza dos arredores da casa e trás água para família do marido.

Em princípio, o casamento pressupõe uma união vitalícia, para cuja estabilidade contribui, além do sentimento envolvido, a existência dos filhos. 

No entanto, a mulher pode se divorciar do marido em situações específicas: se ele se envolver com criminosos, tornar-se viciado ou preguiçoso, contrair uma doença grave.


Se o marido morrer antes da mulher, o irmão daquele é obrigado, se solteiro, a esposá-la e adotar seus filhos, passando a prover sua subsistência. 

Antes da reunião do casal são feitos sacrifícios pela boa sorte na nova vida.

Desde a ocupação britânica, a instituição do casamento sofreu mudanças. 

A pesar de ainda não existirem resistências às mudanças, já se instauraram diversas novidades em relação ao matrimônio tradicional. 

Em 1937 ocorreu a primeira conferência de chefes de comunidade sobre a necessidade de se uniformizar a prática matrimonial entre os diferentes grupos étnicos.

Entre outros, fixaram o valor que o noivo deveria pagar para obter o direito de se casar.
Basicamente, introduziram-se 3 mudanças na instituição do casamento entre os Yorubás: a primeira foi a possibilidade de duas pessoas se casarem sem a ausência da família, sem pagamento de dote e sem qualquer formalidade matrimonial; a segunda foi o abandono do casamento forçado de moças em idade infantil, por fim a terceira foi a popularização do divórcio.


Dezembro 11, 2011 por Fernando D'Osogiyan
http://ocandomble.wordpress.com/2011/12/11/instituicao-do-casamento-yoruba/

Nigéria- Histórias e Costumes de Michel Ademola Adesoji