CASA PODEROSA DOS FILHOS DE YEMANJÁ

CASA PODEROSA DOS FILHOS DE YEMANJÁ

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

A LENDA DE OXUMARÉ




Numa terra longínqua, muito além das águas salgadas, existe um reino encantado chamado África, onde o homem vive em total harmonia com a natureza. 

Alguns desses homens são considerados deuses e fazem parte do culto yorubá. 


Esses deuses são também chamados de orixás e cada um possui símbolos ligados à natureza. 


Neste artigo, falaremos sobre o orixá Oxumaré (Ossumaré), dono de Iká, rei da nação Jeje, príncipe das cores, o primeiro babalaô de toda a Terra, a serpente que segura o mundo. Seus símbolos são as serpentes (Dã) e o arco-íris (iká). 


Seu metal é a prata e o ouro. Seus dias de culto são as terças-feiras. Suas cores são o amarelo e o preto ou verde e preto.


Oxumaré viveu no antigo Dahomé (que depois passou a se chamar Mahi), e era filho do rei da Estola das Cores Brilhantes e de Nanã (Senhora do Barro). 


Era forte, muito ágil e possuidor de grande sabedoria, porém, não tinha grandes bens materiais. 


Por isso foi trabalhar para o rei de Oyó, chamado Xangô (Sangô). 


As funções de Oxumaré em Oyó eram recolher as chuvas que caíam na Terra e retorná-las para as nuvens, e dirigir as forças que produzem o movimento. Esse trabalho ficava mais fácil quando ele se transformava em serpente. 


Ele envolvia a Terra para que não se separasse, pois seria uma grande catástrofe caso isso acontecesse. 


Quando Oxumaré assumia a forma de serpente, ninguém sabia dizer se era uma serpente macho ou fêmea, o que lhe dava segurança para disfarçar e fugir de alguns inimigos que entravam em seu caminho. 


Oxumaré usava periodicamente a versão macho da serpente, quando era chamado de Becém; outras vezes, quando assumia as características femininas, era chamado de Freqüém. 


Esses nomes, no entanto, variam de acordo com a nação em que o orixá esteja sendo cultuado, a exemplo de Keto, que é Oxumaré e Ewá Oxumaré proporcionava riqueza e prosperidade às pessoas, mas nunca recebia nada das mesmas. 


Os seus feitos correram mundo e, um dia, chegaram aos ouvidos do rei Olofim, da aldeia Ifé, que logo se interessou em conhecê-lo.

Olofim, ao ver o poder de Oxumaré, passou a explorar também seus serviços, consultando-o três vezes por semana. 

Oxumaré sabia decifrar os sonhos com precisão e clareza e tinha também o dom da visão, o que lhe permitia prever o futuro. 


A fama de Oxumaré foi ouvida pela rainha Olocum, que resolveu chamá-lo para saber o que poderia ser feito para curar o seu filho, que, nas fortes crises que tinha, rolava no chão como se fosse um animal e, às vezes, sobre fogareiros em brasa, como se estivesse possuído. 


Oxumaré viu aquela triste cena, mas não se apavorou. 


Cuidou do infante com tanto zelo e carinho, que o mesmo ficou curado. 


A rainha ficou tão satisfeita, que, para agradecer, deu a Oxumarê muitos presentes e cobriu-lhe com o mais belo e mais puro azul existente em seu reino.



Voltando ao reino de Ifé, Oxumaré brilhava como o próprio céu em suas vestes azuis, o que fez com que o rei Olofim ficasse enciumado e se revoltasse com a rainha Olocum. Então, o rei presenteou Oxumaré com tudo em dobro do que a rainha tinha lhe dado e vestiu-o com o mais belo vermelho que havia em seu reino.



Oxumaré ficou rico, mas nem sequer poderia imaginar o que ainda mais teria. 


Um dia, fora chamando diante do Rei dos Reis, dos Grandes Soberanos, Criador de Toda a Vida, Senhor Olodumaré, que sofria de um mal nos olhos. 


Oxumaré lhe curou a visão, e o velho ficou tão satisfeito que não quis mais que ele retornasse à Terra.


Conta-se que depois que Oxumaré foi para o céu, ninguém foi colocado em seu lugar, cumprindo a missão que Xangô lhe designara. 


Então, devido ao acúmulo de serviço, caiu uma forte chuva na África, matando muitas pessoas e animais. Sentindo-se culpado por toda aquela desgraça, Oxumaré começou a se lamentar. 


Olodumaré, ao ver o amigo naquele total desespero, socorreu-lhe e, para recompensá-lo por sua bondade e preocupação com os seres da Terra, transformou-o na mais bela cortina de cores. 


Assim, nosso deus-serpente se transforma não só em lindas Dã, mas também no belo arco-íris que surge no céu depois das fortes chuvas, trazendo riqueza e prosperidade para os filhos da Terra. 


Isto significa que nunca mais Oxumaré deixou de zelar pela Terra, fazendo com que seus filhos se sintam seguros, e garantindo que nunca mais a Terra se desvaneça em águas.


Os devotos do deus Oxumarê depositam na terra o cordão umbilical de seus filhos, plantando sobre ele uma palmeira, que deve ser devidamente cuidada, pois dela dependerá a saúde e o sucesso da criança. 


Este velho costume significa a integração do homem à natureza.


Babado da prosperidade: Cozinhe duas batatas-doces com a casca. 


Descasque-as e amasse-as com um garfo até virar uma massa. 


Misture nessa massa um pouco de mel para dar liga. 


Com ela, faça uma flor de 14 pétalas, moldando-as com uma colher, mas deixando o meio livre como se fosse um lago. 


Coloque em cada ponta uma moeda corrente. 


No meio (o lago), coloque uma gema de ovo crua. 


Salpique por cima de todo o prato (que deve ser de louça branca) amendoins torrados, limpos e triturados. 


Leve à beira de um poço, lago ou de uma represa e ofereça à Oxumaré, pedindo ao mesmo que lhe dê saúde e prosperidade. 


Acenda uma vela branca ao lado do prato e reze a Oxumare. 


Em seguida, grite por Oxumaré, dizendo Arrobôboia Oxumaré!!!, e faça seu pedido.



Duas fases de Oxumarê



Oxumarê dentro do candomblé, se divide em duas qualidades :

 - Oxumarê Macho, representado pelo arco-íris.

- Oxumarê Fêmea, chamado de Frekuem, representado pela Serpente. 

Identificado no jogo do merindilogun pelo odu iká e representado materialmente e imaterial pelo candomblé, através do assentamento sagrado denominado igba oxumare. 

A Divindade é 6 meses homem e 6 meses mulher, mas é considerado pai de cabeça e não mãe.


Lendas : Como Oxumarê Serve À Oxum e Xangô



Quando Xangô e Oxum quiseram se casar, perceberam que seria difícil viverem juntos, pois a casa de Oxum era no fundo do rio e xangô morava por cima das nuvens. 

Então, resolveram arranjar um criado que facilitasse a comunicação entre os dois. 

Falaram com Oxumarê, que aceitou servir de mensageiro entre eles. só que, durante a metade do ano em que é o arco- íris, Oxumarê levava as águas de Oxum para o céu; não chovia e a terra ficava seca. por isso, Oxumarê resolveu que, nos seis meses em que fosse cobra, deixaria o serviço. 

Nesse período, Xangô precisa descer até Oxum, e então acontecem os temporais da estação das chuvas.


Lendas : Orixá do arco-íris !!!



Orixá do arco-íris !!!

Certa vez, Xangô viu Oxumarê passar, com todas as cores de seu traje e todo o brilho de seu ouro. 

Xangô conhecia a fama de Oxumarê não deixar ninguém dele se aproximar. 

Preparou então uma armadilha para capturar Oxumarê. 

Mandou uma audiência em seu palácio e, quando Oxumarê entrou na sala do trono, os soldados chamaram para a presença de Xangô e fecharam todas as janelas e portas, aprisionando Oxumarê junto com Xangô. 

Oxumarê ficou desesperado e tentou fugir, mas todas as saídas estavam trancadas pelo lado de fora. 
Xangô tentava tomar Oxumarê nos braços e Oxumarê escapava, correndo de um canto para outro. 

Não vendo como se livrar, Oxumarê pediu a Olorum e Olorum ouviu sua súplica. 

No momento em que Xangô imobilizava Oxumarê, Oxumarê foi transformado numa cobra, que Xangô largou com nojo e medo.  


A cobra deslizou pelo chão em movimentos rápidos e sinuosos. 

Havia uma pequena fresta entre a porta e o chão da sala e foi por ali que escapou a cobra, foi por ali que escapou Oxumarê.  

Assim livrou-se Oxumarê do assédio de Xangô. 

Quando Oxumarê e Xangô foram feitos Orixás, Oxumarê foi encarregado de levar água da Terra para o palácio de Xangô no Orum (céu), mas Xangô não pôde nunca aproximar-se de Oxumarê.



Lendas: Oxumare, Osumare, Oxumarê




Oxumaré

Arrobo Boi!

Oxumaré era, antigamente, um adivinho (babalaô).
O adivinho do rei Oni.
Sua única ocupação era ir ao palácio real no "dia do segredo";
dia que dá início à semana de quatro dias dos iorubas.
O rei Oni não era um rei generoso.
Ele dava apenas, a cada semana,
uma quantia irrisória a Oxumaré que,
por esta razão, vivia na miséria com a sua família.
O pai de Oxumaré tinha um belo apelido.
Chamavam-no "o proprietário do xale de cores brilhantes".
Mas, tal como seu filho, ele não tinha poder.
As pessoas da cidade não o respeitavam.
Oxumaré, magoado com esta triste situação, consultou Ifá.
"Como tornar-se rico, respeitado,
conhecido e admirado por todos?"
Ifá o aconselhou a fazer oferendas.
Disse-lhe que oferecesse
uma faca de bronze, quatro pombos e
quatro sacos de búzios da costa.

No momento que Oxumaré fazia estas oferendas,
o rei mandou chamá-lo.
Oxumaré respondeu:
"Pois não, chegarei tão logo tenha terminado a cerimônia".
O rei, irritado pela espera, humilhou Oxumaré,
recriminou-o e negligenciou, até,
a remessa de seus pagamentos habituais.

Entretanto, voltando à sua casa,
Oxumaré recebeu um recado:
Olokum, a rainha de um país vizinho, desejava consultá-lo
a respeito de seu filho, que estava doente.
Ele não podia manter-se de pé, caía,
rolava no chão e queimava-se nas cinzas do fogareiro.

Oxumaré dirigiu-se à corte da rainha Olokum
e consultou Ifá para ela.
Todas as doenças da criança foram curadas.
Olokum, encantada com este resultado,
recompensou Oxumaré.
Ela ofereceu-lhe uma roupa azul, feita de um rico tecido.
Ela deu-lhe muitas riquezas, servidores e um cavalo,
com o qual Oxumaré retornou à sua casa, em grande estilo.
Um escravo fazia rodopiar um guarda-sol sobre a sua cabeça
e músicos cantavam seus louvores.

Oxumaré foi saudar o rei.
O rei Oni ficou surpreso e disse-lhe:
"Oh! De onde viestes?
De onde saíram todas estas riquezas?"
Oxumaré respondeu-lhe a rainha Olokum o havia consultado.
"Ah! Foi então Olokum que fez tudo isto por você!"
Estimulado pela rivalidade,
o rei Oni ofereceu a Oxumaré uma roupa do mais belo vermelho,
acompanhada de muitos outros presentes.
Assim, Oxumaré tornou-se rico e respeitado.

Entretanto, Oxumaré era amigo de Chuva.
Quando Chuva reunia as nuvens,
Oxumaré agitava sua faca de bronze
e a apontava em direção ao céu,
como se riscasse de um lado a outro.
O arco-íris aparecia e Chuva fugia.
Todos gritavam: "Oxumaré apareceu!"
Oxumaré tornou-se muito célebre.

Nesta época, Olodumaré o deus supremo,
aquele que estende a esteira real em casa
e caminha na chuva,
começou a sofrer da vista e nada mais enxergava.
Ele mandou chamar Oxumaré
e o mal dos seus olhos foram curados.
Depois disto, Olodumaré não deixou mais que Oxumaré retornasse à Terra.

Desde este dia, é no céu que ele mora
e só tem permissão de visitar a Terra a cada três anos.
É durante estes anos que as pessoas tornam-se ricas e prósperas.


(Do livro Lendas Africanas dos Orixás)
Pierre Fatumbi Verger/ Caribé - Editora Corrupio


Lendas: Oxumare, Osumare, Oxumarê




Oxumaré

Arrobo Boi!

Oxumaré era, antigamente, um adivinho (babalaô).
O adivinho do rei Oni.
Sua única ocupação era ir ao palácio real no "dia do segredo";
dia que dá início à semana de quatro dias dos iorubas.
O rei Oni não era um rei generoso.
Ele dava apenas, a cada semana,
uma quantia irrisória a Oxumaré que,
por esta razão, vivia na miséria com a sua família.
O pai de Oxumaré tinha um belo apelido.
Chamavam-no "o proprietário do xale de cores brilhantes".
Mas, tal como seu filho, ele não tinha poder.
As pessoas da cidade não o respeitavam.
Oxumaré, magoado com esta triste situação, consultou Ifá.
"Como tornar-se rico, respeitado,
conhecido e admirado por todos?"
Ifá o aconselhou a fazer oferendas.
Disse-lhe que oferecesse
uma faca de bronze, quatro pombos e
quatro sacos de búzios da costa.

No momento que Oxumaré fazia estas oferendas,
o rei mandou chamá-lo.
Oxumaré respondeu:
"Pois não, chegarei tão logo tenha terminado a cerimônia".
O rei, irritado pela espera, humilhou Oxumaré,
recriminou-o e negligenciou, até,
a remessa de seus pagamentos habituais.

Entretanto, voltando à sua casa,
Oxumaré recebeu um recado:
Olokum, a rainha de um país vizinho, desejava consultá-lo
a respeito de seu filho, que estava doente.
Ele não podia manter-se de pé, caía,
rolava no chão e queimava-se nas cinzas do fogareiro.

Oxumaré dirigiu-se à corte da rainha Olokum
e consultou Ifá para ela.
Todas as doenças da criança foram curadas.
Olokum, encantada com este resultado,
recompensou Oxumaré.
Ela ofereceu-lhe uma roupa azul, feita de um rico tecido.
Ela deu-lhe muitas riquezas, servidores e um cavalo,
com o qual Oxumaré retornou à sua casa, em grande estilo.
Um escravo fazia rodopiar um guarda-sol sobre a sua cabeça
e músicos cantavam seus louvores.

Oxumaré foi saudar o rei.
O rei Oni ficou surpreso e disse-lhe:
"Oh! De onde viestes?
De onde saíram todas estas riquezas?"
Oxumaré respondeu-lhe a rainha Olokum o havia consultado.
"Ah! Foi então Olokum que fez tudo isto por você!"
Estimulado pela rivalidade,
o rei Oni ofereceu a Oxumaré uma roupa do mais belo vermelho,
acompanhada de muitos outros presentes.
Assim, Oxumaré tornou-se rico e respeitado.

Entretanto, Oxumaré era amigo de Chuva.
Quando Chuva reunia as nuvens,
Oxumaré agitava sua faca de bronze
e a apontava em direção ao céu,
como se riscasse de um lado a outro.
O arco-íris aparecia e Chuva fugia.
Todos gritavam: "Oxumaré apareceu!"
Oxumaré tornou-se muito célebre.

Nesta época, Olodumaré o deus supremo,
aquele que estende a esteira real em casa
e caminha na chuva,
começou a sofrer da vista e nada mais enxergava.
Ele mandou chamar Oxumaré
e o mal dos seus olhos foram curados.
Depois disto, Olodumaré não deixou mais que Oxumaré retornasse à Terra.

Desde este dia, é no céu que ele mora
e só tem permissão de visitar a Terra a cada três anos.
É durante estes anos que as pessoas tornam-se ricas e prósperas.


(Do livro Lendas Africanas dos Orixás)
Pierre Fatumbi Verger/ Caribé - Editora Corrupio


Deuses da família maior !


Iroko 
O majestoso Iroko, poderosa árvore, em cujos galhos se abrigam divindades e ancestrais. Poderosa árvore aos pés da qual são depositadas as oferendas para as feiticeiras. Poderosa árvore cujas raízes alcançam o


Orun ancestral e o tronco majestoso serve de apoio a Olorun. 

Iroko é o representante supremo do Culto dos Iguis, o culto aos espíritos das árvores que se assimila ao de Egungum. Grupo do qual fazem parte Apaóka, Odan e Akokô. 

No Brasil é considerado o protetor de todas as árvores, sendo associado particularmente à gameleira branca.

Seu culto está intimamente associado ao de Ossain, a Divindade das Folhas litúrgicas e medicinais. 

É o Orixá da floresta, das árvores, do espaço aberto; por extensão governa o tempo em seus múltiplos aspectos, possue forte ligação com Xangô. Seja num caso ou noutro, o culto a Iroko é cercado de cuidados, mistérios e muitas histórias. 

A árvore simboliza, o tronco ereto e viril, membro fecundante da terra e do céu, elo, cordão umbilical entre o Orun e o Aiê, na concepção restrita Iorubá. 

No começo dos tempos, a primeira árvore plantada foi Iroko. Iroko foi a primeira de todas as árvores, mais antiga que o mogno, o pé de Obi e o algodoeiro. 

Na mais velha das árvores de Iroko, morava seu espírito. 

E o espírito de Iroko era capaz de muitas mágicas e magias. Iroko assombrava todo mundo, assim se divertia quando não tinha o que fazer, brincava com as pedras que guardava nos ocos de seu tronco. 

Fazia mágicas, para o bem e para o mal. 

Todos temiam Iroko e seus poderes, quem o olhasse de frente enlouquecia até a morte. No Brasil, Iroko habita principalmente a gameleira branca, cujo nome científico é ficus religiosa. 

Na África, sua morada é a árvore Iroko, nome científico chlorophora excelsa, que, por alguma razão, não existia no Brasil e, ao que parece, também não foi para cá transplantada. 

Para o povo yorubá, Iroko é uma de suas quatro árvores sagradas normalmente cultuadas em todas as regiões que ainda praticam a religião dos orixás. 

No entanto, originalmente, Iroko não é considerado um orixá que possa ser "feito" na cabeça de ninguém. 

Para os yorubás, a árvore Iroko é a morada de espíritos infantis conhecidos ritualmente como "abiku" e tais espíritos são liderados por Oluwere. 

Quando as crianças se vêem perseguidas por sonhos ou qualquer tipo de assombração, é normal que se faça oferendas a Oluwere aos pés de Iroko, para afastar o perigo de que os espíritos abiku levem embora as crianças da aldeia. 

Durante sete dias e sete noites o ritual é repetido, até que o perigo de mortes infantis seja afastado. 

O culto a Iroko é um dos mais populares na terra yorubá e as relações com esta divindade quase sempre se baseiam na troca: um pedido feito, quando atendido, sempre deve ser pago pois não se deve correr o risco de desagradar Iroko, pois ele costuma perseguir aqueles que lhe devem. Iroko está ligado à longevidade. 

É referido como "Orixá do grande pano branco que envolve o mundo", numa alusão clara às nuvens do Céu. 

As árvores nas quais Iroko é cultuado normalmente são de grande porte; são enfeitadas com grandes laços de pano alvo (oja fúnfún) e ao pé dessas árvores são colocadas suas oferendas, notadamente nas casas de origem Ketu, onde recebe lugar de destaque.


Orixá Iroko

Jamais uma dessas árvores pode ser derrubada sem trazer sérias consequências para a comunidade. 

Iroko é o protetor das crianças indefesas, ele guarda para sí os espiritos dos Abiku, aqueles que quando chegam à Terra não se sentem bem e retornam a seu lugar de origem.Iroko é invocado em questões difíceis, tais como desaparecimento de pessoas ou problemas de saúde, inclusive a mental. 

Seus filhos são altivos e generosos, robustos na constituição, extremamente atentos a tudo o que ocorre a sua volta. 

Sua cor é o cinza, as cores das contas utilizadas nos ilekes de seus filhos é o verde e o marrom. 

O branco é muito utilizado em seus ojas, panos confeccionados de forma simples e com tecidos de baixa qualidade, preferencialmente o morim, que deve ser utilizado em seu tronco até o seu mais completo fim.

Orin T' Iroko

Iroko nsò?

Erò, Iroko nsò,

Erò.

(O que brota no Iroko?

Calma é o que brota em Iroko,

Calma)

Oxumarê 

Oxumarê é um Orixá, equiparado ao Vodun Djeje Dan. Oxumarê é o Orixá que representa a continuidade e permanência, costuma ser representado por uma serpente que morde a própria cauda. Oxumarê costuma ser, erroneamente, tratado como um Orixá andrógino, o que é totalmente errado, pois ele é totalmente masculino, existe sim uma Orixá equivalente a Oxumarê e que é feminina, trata-se de Ewá, que é sua fêmea.

É representado por uma cobra e por um arco-íris, e podendo ser considerado sendo esses mesmos dois símbolos. Suas funções não são muito fáceis de definir, pois são múltiplas. É o senhor do opostos, dos antônimos, do bem e do mal, do dia e da noite, do positivo e negativo, do macho e fêmea. Oxumarê é o símbolo da continuidade, e é representado com a serpente que morde a própria calda, formando um circuito fechado, um círculo. Ou seja, representa o que não tem fim, o que se regenera, o que se transforma. A troca da pele da cobra é um de seus simbolos permanentes.

É continuo, é o Orixá da tese e da antítese. Simboliza também a força vital do movimento, a ação da eterna transformação. É encarregado de produzir e dirigir forças que produzem o movimento. É o senhor de tudo que é alongado, dentre inúmeros que podemos pensar neste instante, o cordão umbilical é um dos principais exemplos.

É considerado ambivalente sexual, mas é do gênero masculino, em suas oferendas animais deve conter machos e fêmeas, fazendo conotação aos opostos que se unem e formam um todo.

Sustenta a Terra e a impede de desintegrar-se. É a riqueza e a fortuna. As pedras NANA ou AIGRY, denominam-se Dan Mi, e são consideradas os excrementos deixados por Oxumarê por onde ele passa. São pedras muito usadas por nobres e possuem uma cor azulada podendo ser consideradas Turquesas. Na antiguidade, esta cor somente poderia ser usada por reis ou por pessoas de muito poder aquisitivo, por ser um símbolo de nobreza.

Em seu transe, este Orixá é ornado com vários bradjas, que são grandes colares confeccionados completamente com búzios, o qual se parece com escamas de cobra. Quando Oxumarê dança faz soar um ruido semelhante ao guizo de uma cascavel, ou ao som que uma cobra faz ao se mover pelo chão.

Acredita-se que a função de Oxumarê não cabe apenas aos mortais mas aos Deuses também. Existe um itán que cita Dan sendo responsável pelo fornecimento de água nos espaços sagrados do Orun, ele recolhe a água na Terra e leva ao céu, depois de purificada, manda novamente em forma de chuva. Sendo o ato da chuva um fenômeno masculino, logo após vê-se o arco-íris, seu aspecto feminino. Oxumarê é o movimento circular de rotação da Terra e o movimento de translação desta ao redor do Sol.

Ósùnmáré a gbé órùn lì apà irà

(Oxumarê permanece no céu que ele atravessa com o braço)

Voduns confundidos com qualidades do Orixá Oxumarê

Dan - Vodum corresponde ao Orixá Iorubá Oxumarê, constitui uma qualidade deste último: é a cobra que participou da criação. É uma qualidade benéfica, ligada a chuva, à fertilidade de abundância; gosta de ovos e de azeite de dendê. Como tipo humano, é generoso e até perdulário.


Dangbé - Vodun mais velho que seria o pai de Dan; governa os movimentos dos astros. Menos agitado que Dan, possui uma grande intuição e pode ser um adivinho esperto.

Becém - dono do terreiro do Bogun, é Vodun veste-se de branco e leva uma espada. Becém é um nobre e generoso guerreiro, um tipo ambicioso, combativo, menos afetado e menos superficial que Dan. Aido Wedo, também é um Vodun tido como Oxumarê.

Azaunodor - é um Vodun tido como o príncipe de branco que reside no baobá, relacionado com os antepassados; come frutas e "leva tudo de dois".

Aspectos Gerais


DIA: Terça-feira

DATA: 24 de Agosto

METAL: Ouro e prata mesclados

CORES: Amarelo e verde (ou preto) e todas as cores do arco-íris

COMIDAS: Ovos cozidos com azeite-de-dendê, farinha de milho e camarão seco.

SÍMBOLOS: Ebiri, serpente, círculo, bradjá.

ELEMENTOS: Céu e terra

REGIÃO DA ÁFRICA: Mahi (no ex-Daomé)

PEDRA: Zirconita

FOLHAS: Folha de café, alfavaca-de-cobra, jibóia, oriri.

ODU QUE REGE: Obeogundá e Iká

DOMÍNIOS: Riqueza, vida longa, ciclos, movimentos constantes.

SAUDAÇÃO: Arô Boboi!!!

A saudação de Oxumarê pode ser traduzida como O importante que transporta, pois Arô é traduzido como pessoa importante, Bó é traduzido como suporta ou leva, Bò é traduzido como carrego e Yí pode ser traduzido como retorna.


Oriki de Oxumarê

Ósùnmáré A Gbe Orun Li Apa Ira

(Osumare permanece no Céu que ele atravessa com o braço)

Ile Libi Jin Ojo

(Ele faz a chuva cair na terra.)

O Pon Iyun Pon Nana

(Ele busca os corais, ele busca as contas nana )

O Fi Oro Kan Idawo Luku Wo

(Com uma palavra ele examina Luku)

O Se Li Oju Oba Ne

(Ele faz isso perante seu rei)

Oluwo Li Awa Rese Mesi Eko Ajaya

(Chefe a quem adoramos)

Baba Nwa Li Ode Ki Awa Gba Ki

(O pai vem ao pátio para que cresçamos e tenhamos vida)

A Pupo Bi Orun

(Ele é vasto como o céu)

Olobi Awa Je Kan Yo

(Senhor do Obi, basta a gente comer um deles para ficar satisfeito)

O De Igbo Kùn Bi Ojo

(Ele chega à floresta e faz barulho como se fosse a chuva)

Okó Ijoku Igbo Elu Ko Li Égùn

(Esposo de Ijo, a mata de anil não tem espinhos)

Okó Ijoku Dudu Oju E A Fi Wo Ran

(Esposo de Ijoku, que observa as coisas com seus olhos negro.)



Orin Oxumarê

Òsùmàré

Wàlé lé mo rí, Òsùmàré

Lé´ lé mo rí ó, ràbàtà

Lé´ lé mo rí

Òsùmàré

Ele está sobre a casa.

Eu vi , ele é imenso.

Ele está sobre a casa, é Oxumarê

Oxumaré está sobre a casa

Eu vi Oxumaré.

Aláàkòró lé èmi ó

Aláàkòró lé ìwo

Aláàkòró lé èmi ó

Aláàkòró lé ìwo

Òsùmàré ó ta kéré

Ta kéré ó ta kéré

Òsùmàré ó ta kéré

Ta kéré ó ta kéré

O Senhor do àkoró esta sobre mim.

O Senhor do àkoró sobre você.

O Deus do arco-íris movimenta-se rapidamente.

Para diante, adiante , adiante.

Ewá 

Ewá é uma deusa da lagoa, é a irmã mais nova de Oxum e é quase tão bela quanto a irmã, Ewá rege o que é intocado e por conseqüência dos segredos. 

Segundo uma de suas lendas Ewá transformou-se num rio cristalino, de água potável para que seus filhos se livrassem da morte pela seda. 

Assim como Oxumarê, Ewá também rege as transformações, pois é considerada sua fêmea e por esta razão o acompanha sempre em sua jornada no ciclo das águas. 

Ewá é a cor branca oculta do Arco-íris.

Ela esta ligada às mutações dos vegetais e animais; ela esta ligada às mudanças e transformações, sejam bruscas ou lentas. 

Ewá é o desabrochar de um botão de rosa, ela é uma lagarta que se transforma em borboleta, ela é a água que vira gelo e o gelo que vira água. 

Ewá é a beleza contida naquilo que tem vida é o som que encanta, é a alegria, é a transformação do mal para o bem, enfim Ewá é a vida.

Quando olhamos para o céu e vemos as nuvens formando, às vezes, figuras de animais, de pessoas ou objetos, não nos importamos muito. 

Porém, ali está Ewá, evoluindo solta pelos céus, encantando e desenhando por cima do azul celeste do céu.

Uma Crisálida.

O nome Ewá em iorubá quer dizer beleza, tudo de Ewá deve ser belo, limpo e cuidado, pois assim ela gosta. 

Até seus filhos são em sua totalidade belos e atraentes, possuem dentro de si algo que atrai os olhos alheios, mesmo sem terem uma beleza exterior exagerada, surpreendem a quem for, são pessoas que chamam as atenções. 

Ewá é encantadora, é leve, é suave, é delicada, mas também pode ser a pior das divindades, austera, severa, onipotente e cruel.

Aspectos Gerais

Dia: Sábado

Data: 13 de dezembro

Metal: Ouro, prata e cobre.

Cor: Vermelho maravilha, coral e rosa

Comida: Banana inteira feita em azeite de dendê com farofa do mesmo azeite, feijão fradinho.

Símbolo: Ejô ( cobra ) e espada, Ofá (lança ou arpão), cabaça com cabo alongado enfeitado com palha da costa, palmeira de leque, espingarda.

Elementos: florestas, céu rosado, astros e estrelas, água de rios e lagoas.

Região da África: Mahi ou Egbado

Pedras: rubí e quartzo rosa

Folhas: Teteregun (cana do brejo), folha de Santa Luzia, Ojú Orô, Osibatá

Odú que rege: Obeogundá

Domínios: beleza, vidência (sensibilidade, sexto sentido), criatividade

Saudação: Ri Ro Ewá!!

Oriki de Ewá

Éjò Éjò Íyéwà

(cobra , cobra é Ewà)

Idòn Idòn Íyéwà

(cobra, cobra é Ewá)

Íyéwà ô

(salve Ewà)

Ósùmarè olowo gbanigbà

( salve Ossumarè dono das riquezas imensas)

Ósùmarè o njo nile

(Oxumarê está dançando em nossa casa)

Íyéwà yá mi Órìsà njo nile Ósùmarè

( minha mãe Orixá Ewà está dançando com Oxumarê em nossa casa)

Íyéwà ô

(salve Ewá)

<!--[if !supportLineBreakNewLine]-->

<!--[endif]-->Íyéwà Ibà re ô

(Ewá nós te saudamos)

Íyéwà mojubà

(Ewá meus respeitos)

Íyéwà ja mi, ko kerè, ko kerè

( nossa mãe Ewà não é pequena)

Orubatà!

( a imensa)



Iyewà a bela mulher


Iyewà é o Òrìsà da alegria, do belo, dos cantos, da vida e das belezas que a vida nos da.




Iyewá é quem rege todas as mutações, seja elas orgânicas ou inorgânicas; é o Òrìsà responsável pela mudança das águas, de seu estado sólido para gasoso ou vice-versa. Ela é quem gera as nuvens e chuvas: quando olhamos para o céu e vemos as nuvens formando figuras, pois ali esta IYewá, dando diferentes forma. 

Iyewá é responsável pelo ciclo interminável de transformação da água em seu diversos estados. 

Ela esta ligada às mutações dos vegetais e animais; ela esta ligada às mudanças e transformações, seja brusca ou lentas; IYewá é o desabrochar de um botão de rosa, ela é uma lagarta que se transforma em borboleta, ela é a água que vira gelo e o gelo que vira água, ela quem faz e desfaz. 

Iyewá é a própria beleza contida naquilo que tem vida é o som que encanta, é a alegria, é a transformação do mal para o bem: enfim Iyewá é a vida.


É reverenciada como a dona do mundo e dona dos horizontes.


Em algumas lendas aparece como a esposa de Oxumaré e pertencendo a ela a faixa branca do arco-íris, em outras como esposa de Obaluaiyê ou Omulu.


Yemoja Tuman/Aynu/Iewa = sobre o mar a névoa das águas (azul claro e branco 1 x 1)


Seu dia é o sábado,


Branco com azul claro


Sua saudação é HIHÓ(RIRRÓ)!


Sua comida canjica branca em cima vai uma cobra feita de batata doce com olhinhos vermelhos e lingua.






IYEWÁ - Orixá dos horizontes e fontes!


Conta-se uma lenda, que Ewá era esposa de Omulu, e era estéril, não podendo conceder um filho ao seu grande amado, sofrendo muito por isso.


Em uma bela tarde, a dona dos horizontes, estava-se a deleitar as margens de um rio, juntamente com suas serviçais que lavavam vários alás (panos brancos). 

De repente, surge de dentro da floresta afigura de uma pessoa,que corria muito e muito assustado. - Como ousas interromper o deleite da mulher de Omulu, quem é você? - indagou - Ewá,sobre a irreverência do rapaz.


- Ewa ! não era minha intenção interromper tão sagrado ato, oh! esposa de Obaluaiyê!


Porém Ikú (a morte), persegue-me a vários dias e preciso escapar dela, pois tenho ainda um grande destino a seguir.


Peço sua ajuda Ewá, peço que me escondas para que Ikú não me pegue? - Gostei de você e vou ajuda-lo, esconda-se sobre os alás que minhas serviçais estão a lavar, e eu despistarei Ikú de seu caminho.




E assim foi feito,o jovem rapaz pôs a se esconder sobre os panos brancos.


Alguns minutos se passaram,e eis que aparece Ikú. A morte!


- Como ousas a dentrar aos domínios de minha morada,quem éstu? Pergunta Ewa com ar de indignada.


- Sou Ikú, e entro onde as pessoas menos esperam, entro e carrego comigo, dezenas, centenas e até milhares de pessoas ! 

Porém hoje estou a procurar um jovem rapaz, que esta a me escapar a dias, você o viu passar por aqui? Perguntou Ikú para Ewá.


- Eu o vi sim Ikú, ele foi naquela direção. - Ewa apontava para um direção totalmente oposta ao das suas aldeãs, que estavam a esconder o jovem rapaz. 

Ikú agradeceu e seguiu pelo caminho indicado. Sendo assim, o rapaz pode se desfazer de seu esconderijo e agradeceu Ewá.


- Ewá, agradeço sua ajuda, terei tempo agora, de prosseguir meu caminho. Sou um grande adivinho, e em sinal de minha gratidão, apartir de hoje presenteio-lhe com o dom da adivinhação.


Ewá, agradeceu o presente do belo rapaz, que já havia sevirado para ir embora, quando retornou e falou a Ewá.


-Sim eu sei, você não pode ter filhos, pois lhe dou isso também, a partir de hoje poderá ter filhos e alegrar ao seu marido.


Então Ewá,agradeceu novamente muito contente e perguntou ao jovem rapaz.


- Qual é seu nome?


E o rapaz respondeu...


- Meu nome é Ifá!


Lenda


Iyewá era caçadora de grande beleza, que cegava com veneno quem se atrevesse a olhar para ela. Iyewá casou com Omulu, que logo demonstrou ser marido ciumento. 

Um dia, envenenado pôr seu ciúme doentio, Omolu desconfiou da fidelidade da mulher e a prendeu em um formigueiro. 

As formigas picaram Iyewá quase até a morte; e ela ficou deformada e feia. 


Para esconder sua deformação, sua feiúra, Omolu então a cobriu com palha-da-costa vermelha. Assim todos se lembrariam ainda como Iyewá tinha sido uma caçadora de grande beleza.


Arquétipo


Os regidos pôr Iyewá são pessoas extremamente alegres, adoram cantar, dançar e aproveitar no máximo tudo que a vida pode lhes oferecer de bom. 

São pessoas generosas e bondosas, adoram novidades, são criativas. 

Porem um pouco volúveis e facilmente mudam de opinião e pensamentos, principalmente com um assunto novo em sua vida. 

São pessoas que estão sempre modificando as coisa e situações, pois detestam rotina. Além disso são geralmente pessoas dotadas de muita beleza, externa e interna.


xe te xe da


ewá ewá oju ewá


ie ie lepake lemã,


ie ie doco lodo