CASA PODEROSA DOS FILHOS DE YEMANJÁ

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sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

O Imperialismo na África



O Imperialismo na África





No fim do século XIX as potências europeias viviam a chamada "Segunda Revolução Industrial" e desejavam expandir seus mercados consumidores, ampliar investimentos e explorar outras fontes de matéria-prima. Dessa forma, em 1884 se reuniram na Alemanha para uma reunião que se tornaria um marco na história do Imperialismo, a "Conferência de Berlim". A partir dessa reunião, foram criadas colônias e protetorados no continente africano pelas potências Inglaterra e França. Nessa conjuntura, a África respondia às necessidades econômicas e financeiras das nações europeias. Para tanto, a dominação do velho continente não poderia ser viabilizada pela "condenável" justificativa do lucro.






O imperialismo representou a ação das grandes potências mundiais sobre as regiões menos desenvolvidas com a finalidade de controlar o mercado e a economia destas regiões.



Para justificar o domínio na África os europeus se basearam na chamada "Teoria Evolucionista" formulada por uma nova ciência gerada no bojo Imperialismo: a antropologia. Edward Burnet Tylor, considerado pai da primeira definição de cultura concebeu um conceito que definia a humanidade em estágios evolutivos, sendo os europeus civilizados e os africanos primitivos. Dentro dessa perspectiva, atribuiu-se um juízo de valor nas teorias científicas de Tylor para justificar a ação predatória europeia na África. Diversos antropólogos tiveram suas pesquisas financiadas por governos europeus para atribuir um caráter científico na exploração no amplo continente.



Porém, além do caráter “científico” a “missão do homem branco” no continente africano se configurou em transposição de valores religiosos, católicos-protestantes, com intento de salvar as almas selvagens desprovidas de noção eclesiástica ocidental. Os missionários europeus condenavam as práticas religiosas africanas por compreendê-las enquanto anticristãs. Esta percepção etnocêntrica justificava e legitimava a catequização dos povos africanos.







Os países imperialistas dominaram o continente africano, e compreendiam suas ações como justas e benéficas à humanidade em nome da ideologia do progresso.





Além de explorar os recursos naturais, o imperialismo provocou graves conflitos étnicos na África e as manifestações culturais africanas não foram respeitadas neste processo.



Concomitantemente, a ação imperialista trouxe mudanças na estrutura sociocultural de forma totalitária, sem respeitar os costumes locais em prol da busca incessante da exploração capital.



Portanto, o imperialismo aplicado pelos europeus na África na segunda metade do século XIX, originou distintos problemas perceptíveis na atualidade.



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