CASA PODEROSA DOS FILHOS DE YEMANJÁ

CASA PODEROSA DOS FILHOS DE YEMANJÁ

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Cuba: YEMAYA - YEMANJA


Yemanja:

                  È a mãe de todos os filhos na terra e representa o útero em qualquer espécie como fonte da vida, a fertilidade e a maternidade. 

Iyá Omo Aiyé. 

Yemanja é um Osha, está no grupo dos Oshas de cabeceira. 

Na natureza está simbolizada pelas ondas do mar, Sua dança assemelha ao movimento das mesmas.

Yemanja e o Orisha do río Ogùn que corre por Òyó e Abeokutá, no território Nupe, logo se trasladando ao território Tapa, em Abeokutá, Ibadán e Shaki. 

Representa a intelectualidade, a sabedoria, e o caráter cambiantes como o mar.

Yemanja quando castiga é inflexível, é adivinha por excelência. 

Roubou o okpele de Orula e este logo lhe entregou os caracóis (diloggún). 

Ela é dona das águas e do mar, fonte de toda a vida. Rainha de Abeokutá. 

Seu nome provém do Yorùbá Yemòjá (Yeyé: mãe – Omo:filho - Eyá: Peixes) literalmente mãe dos peixes. 

Se diz que todos somos filhos dela, por que por 9 meses nadamos como peixes na placenta de nossa mãe. Come sempre junto a Shango, exceto Yemaya Okute que come com Oggun.

Se recebe como Orisha tutelar e no Sodo Orisha seus Omo não receben Oyá. 

Antes de assentá-la se realiza no mínimo com 7 días de antecipação uma cerimônia no mar e seus Otá são 7 escuras ou negras e se pegam ali.

Seu número é 7 e seus múltiplos. 

Sua cor é o azul e suas tonalidades. 

Se Saúda¡Omío Yemaya Omoloddé! ¡Yemaya Ataramawa!

Diloggún em Yemaya.

Yemayá fala em diloggún fundamentalmente por Oddí (7), também o faz por Irosso (4).


Seus Elekes mais tradicionais se confeccionam intercalando contas azuis e brancas ou 7 contas azuis, 1 azul ultramar e 7 de água.
Oferendas a Yemaya.

Se lhe oferenda Ochinchin de Yemaya feito a base de camaroês, alcaparras, alface, ovos duros, tomate é acelga, ekó (pamonha de milho salgada que se envolve em folhas de bananeiras), olelé (feijão fradinho ou porotos tapé feito patê com gengibre, alho e cebola), banana verdes em bolas o inhame com quiabo, porotos negros, palanquetas de gofio com melado de cana, coco queimado, açúcar preta, pescado completo, melancia ou sandia, abacaxi, mamão, uvas, pêras de agua, maçã, laranjas, melado de cana, etc. 

Se lhe inmolan carneiros, patos, galinhas, galinhas de Angola, pombos, codornaz, gansos.

Seus Ewe são itamo real, alface, peregun branco, tostão,levante, mazorquilla, mora, flor de agua, meloncillo, erva anil, agrião, verbena, malanguilla, paragüita, folha da fortuna, samanbaia, barata, malanga, canutillo, alfabahaca, erva boa buena, botón de oro, erva da niña, carqueja, dez do día, bejuco de jaiba, bejuco ubí macho, bejuco amargo, verdolaga, jagua, limo de mar, abacate, cirijuela, pichona, copalillo do monte, etc.

Coroar Yemaya. Kari-Osha.

Para coroar este Osha deve haver recebedo antes aos Orishas guerreros. 

Logo durante a coroação se devem receber os seguintes Oshas e Orishas.

Elegguá, Obbatalá, Oke, Yemaya, Ibeyis, Shangó, Ogué é Oshún.


A função de Obàtálá e Yemowo


Acredita-se que Yeyemowo não menstruava e respectivamente não engravidava, só que Obatala queria ter filhos, e consultou o sacerdote, e este o orientou a fazer algo...

Uma certa vez, Yeyemowo seguiu Obatala, e ela foi ferida por ele, e dela saía muito sangue, e a partir daí, ela começou a menstruar, mas Obatala só se relacionava com ela, antes ou após o periodo menstrual. 

São os pais da fertilidade.


quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

OBATALÁ - OSHANLÁ


OBATALÁ:É o pai de todos os filhos na terra. 

É o criador dos seres humanos e de tudo o que habita. 

Como criador e regente de todas as partes do corpo humano, principalmente da cabeça, dos pensamentos da vida humana, é dono da brancura, onde participa essencialmente a cor branca como símbolo de paz e pureza. 

Obatalá é dono dos metais brancos, sobretudo a prata. Representa a criação que não é necessariamente imaculada; o magnânimo superior, também representa a soberba, a ira, o despotismo e as pessoas com defeitos o dificuldades físicas e mentais. 

Obatalá é um Osha e está no grupo de os Oshas de Cabeceiras. 

Obatalá abata abraça todos seus filhos com paciência e amor. 

Entre suas muitas qualidades, é Ele quem traz a inteligência, paz e calma ao mundo.

Obatalá foi um Irunmole, convertido em Orixá por seus erros. 

Durante sua vida no plano terrestre, foi rei dos Igbó. 

Seu nome provem do Yoruba Obatalá (rei da pureza). 

Este Orixá gosta de tudo limpo, branco e puro. 

Não admite que fiquem nú em sua presença e também não gosta da falta de respeito. Por isso que seus filhos devem ser muito respeitosos. 

Seus sacerdotes se chama Oshabí. 

A sua natureza está simbolizada pelas montanhas (morros). 

Ele é quem intercede ante qualquer Osha ou Orixá por qualquer indivíduo ante uma dificuldade que tenha, porque se considera o pai do gênero humano e dono de todas as cabeças. 

Quando não se pode definir e não se sabe qual é o Anjo da Guarda de um indivíduo, Obatalá é o Osha que consagram. 

Seu número é 8 e seus múltiplos e sua cor é branco. Se cumprimenta: ¡Jekúa Babá!

Família de Obatalá.
É descendente direto de Olodumare.

Diloggún em Obatalá.
No dilogún fala por Elleunle (8).
Objetos de poder de Obatalá.
O cetro do poder chamado opa. Um bracelete de prata. Um iruke, objeto feito com rabo de cavalo.
Oferendas de Obatalá.

A Babá se sacrificam pombos branc0s, galinhas brancas, cabrita branca, galinha de angola branca. Seu tabu são as bebidas alcoólicas, os caranguejos e feijão brancos(judías). Se oferta arroz com leite, suspiros(merengue), enfeite de bolo (grageas) prateadas, graviola( guanábana), romã(granada), alpiste, inhame, manteiga de cacau, efun, milho, flores brancas, especialmente de algodão. Seus ewes são a acacia, achicoria, campana, algodão, caruru branco, artemisa, tostão, bejuco da virgen, azafrán, azucena, canutijo branco, coco, coquito africano, galão de día, galão de noite, incenso, malva, salvia, trébol, etc.
Coroar Obatalá. Kari-Osha.

Para coroar este Osha antes deve receber os Orishás Guerreiros. Logo durante a coroação se deve receber os seguintes Oshas e Orishás.
Eleguá, Obatalá, Oke, Yemaya, Shangó, Oggué, Oshún e Oyá(Iansã)


quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Sincretismos do Brasil. Artigo de Reginaldo Prandi




"Diz a pesquisa Datafolha que 17% dos brasileiros freqüentam cultos ou serviços religiosos de alguma religião diferente da que professam. 

Esse número sobe a 19% entre os católicos, cresce para 37% entre os umbandistas e chega a 48% entre os seguidores do candomblé. 

Mais sectários, os evangélicos pentecostais se mostram numa cifra bem mais modesta: 9%", comenta Reginaldo Prandi, professor de sociologia da USP, em artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo, 6-05-2007. 

Segundo ele, "o empréstimo aproxima as religiões em termos de linguagem e reforça sua eficácia mágica. 

O catolicismo carismático foi buscar no pentecostalismo a prática do falar em línguas estranhas e outros dons que, apesar da origem cristã comum, são especialmente estruturadoras do pentecostalismo. 

Se um fiel encontra na sua religião elementos presentes em outras, a outra religião nunca lhe é inteiramente estranha. 

Afinal, costuma-se dizer que todos os caminhos levam a Deus".

Eis o artigo.

"Diz a pesquisa Datafolha que 17% dos brasileiros freqüentam cultos ou serviços religiosos de alguma religião diferente da que professam. Esse número sobe a 19% entre os católicos, cresce para 37% entre os umbandistas e chega a 48% entre os seguidores do candomblé. Mais sectários, os evangélicos pentecostais se mostram numa cifra bem mais modesta: 9%.

E o que vão fazer numa religião que não é a sua? 

Uns vão participar de atos com finalidade religiosa. 

Outros, presenciar ritos como casamento e funeral, numa atividade mais social que religiosa. 

Não raro, a coisa se faz por necessidade religiosa ou mágica, uma religião complementando outra. 

Isso é comum no Brasil, pelo caráter sincrético de nossas religiões. 

Umas mais, outras menos, toda religião é sincrética. 


Quando uma igreja pentecostal adota práticas mágicas afro-brasileiras, como é o caso do "descarrego", ela toma de empréstimo de suas maiores rivais um rito mágico caro ao brasileiro, seja ele umbandista, católico, evangélico etc. 

O empréstimo aproxima as religiões em termos de linguagem e reforça sua eficácia mágica. 

O catolicismo carismático foi buscar no pentecostalismo a prática do falar em línguas estranhas e outros dons que, apesar da origem cristã comum, são especialmente estruturadoras do pentecostalismo. 

Se um fiel encontra na sua religião elementos presentes em outras, a outra religião nunca lhe é inteiramente estranha. 

Afinal, costuma-se dizer que todos os caminhos levam a Deus.

Pelo caráter de sua constituição histórica, as religiões afro-brasileiras são as que mais se aproximam das outras, especialmente do catolicismo. 

Quando o candomblé se formou, o catolicismo era a religião oficial do Brasil, e nenhuma outra era tolerada. Todo brasileiro, fosse branco, índio ou africano, devia ser batizado católico. 

Antes de serem embarcados nos navios negreiros, ainda na África, os escravos eram batizados e introduzidos nas práticas rituais da Igreja Católica. 

Desse modo, os negros que instituíram no Brasil as religiões afro-brasileiras eram, por força da sociedade da época, e da lei, também católicos. 

Acabaram por estabelecer paralelos entre as duas religiões, identificando, por meio de símbolos ou patronagens comuns, orixás com santos católicos, Jesus ou Nossa Senhora.

 Olorum foi equiparado ao Deus judaico-cristão, e Exu, por seu caráter lascivo, astuto e trapalhão, acabou assumindo o papel do diabo. 

O quadro de equivalências se completara. 

A isso se chamou sincretismo afro-brasileiro.

No contexto cultural católico do Brasil do século 19, o candomblé se firmou como religião subalterna e tributária do catolicismo, do qual ainda hoje tem dificuldade de se libertar para se constituir como religião autônoma. 

No lado de cá do Atlântico, mitos foram adaptados à nova realidade social, rituais gan"Diz a pesquisa Datafolha que 17% dos brasileiros freqüentam cultos ou serviços religiosos de alguma religião diferente da que professam. 

Esse número sobe a 19% entre os católicos, cresce para 37% entre os umbandistas e chega a 48% entre os seguidores do candomblé. 

Mais sectários, os evangélicos pentecostais se mostram numa cifra bem mais modesta: 9%", comenta Reginaldo Prandi, professor de sociologia da USP, em artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo, 6-05-2007. 

Segundo ele, "o empréstimo aproxima as religiões em termos de linguagem e reforça sua eficácia mágica. 

O catolicismo carismático foi buscar no pentecostalismo a prática do falar em línguas estranhas e outros dons que, apesar da origem cristã comum, são especialmente estruturadoras do pentecostalismo. 

Se um fiel encontra na sua religião elementos presentes em outras, a outra religião nunca lhe é inteiramente estranha. 

Afinal, costuma-se dizer que todos os caminhos levam a Deus".

Eis o artigo.

"Diz a pesquisa Datafolha que 17% dos brasileiros freqüentam cultos ou serviços religiosos de alguma religião diferente da que professam. 

Esse número sobe a 19% entre os católicos, cresce para 37% entre os umbandistas e chega a 48% entre os seguidores do candomblé. 

Mais sectários, os evangélicos pentecostais se mostram numa cifra bem mais modesta: 9%.

E o que vão fazer numa religião que não é a sua? 

Uns vão participar de atos com finalidade religiosa. 

Outros, presenciar ritos como casamento e funeral, numa atividade mais social que religiosa. 

Não raro, a coisa se faz por necessidade religiosa ou mágica, uma religião complementando outra. 

Isso é comum no Brasil, pelo caráter sincrético de nossas religiões. 

Umas mais, outras menos, toda religião é sincrética.

 Quando uma igreja pentecostal adota práticas mágicas afro-brasileiras, como é o caso do "descarrego", ela toma de empréstimo de suas maiores rivais um rito mágico caro ao brasileiro, seja ele umbandista, católico, evangélico etc. 

O empréstimo aproxima as religiões em termos de linguagem e reforça sua eficácia mágica. 

O catolicismo carismático foi buscar no pentecostalismo a prática do falar em línguas estranhas e outros dons que, apesar da origem cristã comum, são especialmente estruturadoras do pentecostalismo. 

Se um fiel encontra na sua religião elementos presentes em outras, a outra religião nunca lhe é inteiramente estranha. 

Afinal, costuma-se dizer que todos os caminhos levam a Deus.

Pelo caráter de sua constituição histórica, as religiões afro-brasileiras são as que mais se aproximam das outras, especialmente do catolicismo. Quando o candomblé se formou, o catolicismo era a religião oficial do Brasil, e nenhuma outra era tolerada. 

Todo brasileiro, fosse branco, índio ou africano, devia ser batizado católico. 

Antes de serem embarcados nos navios negreiros, ainda na África, os escravos eram batizados e introduzidos nas práticas rituais da Igreja Católica. 

Desse modo, os negros que instituíram no Brasil as religiões afro-brasileiras eram, por força da sociedade da época, e da lei, também católicos. 

Acabaram por estabelecer paralelos entre as duas religiões, identificando, por meio de símbolos ou patronagens comuns, orixás com santos católicos, Jesus ou Nossa Senhora. 

Olorum foi equiparado ao Deus judaico-cristão, e Exu, por seu caráter lascivo, astuto e trapalhão, acabou assumindo o papel do diabo. 

O quadro de equivalências se completara. 

A isso se chamou sincretismo afro-brasileiro.

No contexto cultural católico do Brasil do século 19, o candomblé se firmou como religião subalterna e tributária do catolicismo, do qual ainda hoje tem dificuldade de se libertar para se constituir como religião autônoma. 

No lado de cá do Atlântico, mitos foram adaptados à nova realidade social, rituais ganharam feições condizentes com o novo território, deuses africanos tornaram-se santos afro-brasileiros. 

A umbanda, surgida mais tarde do candomblé e do kardecismo, manteve e reforçou tal sincretismo. 

Não é estranho à umbanda e ao candomblé ter seus adeptos freqüentando missas e sacramentos católicos. 

No fundo, também são católicos. 

A Igreja Católica faz vistas grossas, assim como finge não ver seus fiéis buscando nos terreiros e centros ajuda no jogo de búzios, nos despachos, nos conselhos dos caboclos e pretos-velhos e nos passes. 

A mestiçagem brasileira também se faz ver no sincretismo religioso."haram feições condizentes com o novo território, deuses africanos tornaram-se santos afro-brasileiros. 


A umbanda, surgida mais tarde do candomblé e do kardecismo, manteve e reforçou tal sincretismo. Não é estranho à umbanda e ao candomblé ter seus adeptos freqüentando missas e sacramentos católicos. 

No fundo, também são católicos. 

A Igreja Católica faz vistas grossas, assim como finge não ver seus fiéis buscando nos terreiros e centros ajuda no jogo de búzios, nos despachos, nos conselhos dos caboclos e pretos-velhos e nos passes. 

A mestiçagem brasileira também se faz ver no sincretismo religioso."
http://www.ihu.unisinos.br/noticias/noticias-anteriores/6971-sincretismos-do-brasil-artigo-de-reginaldo-prandi


Religiões afro-brasileiras e sua participação na cultura nacional não religiosa



Elas têm presença marcante na literatura, no teatro, cinema, televisão, nas artes plásticas, na música popular, sem falar do carnaval e suas escolas de samba, da culinária originária da comida votiva, e, sobretudo, da sua especial maneira de ver o mundo, frisa José Reginaldo Prandi

Por: Thamiris Magalhães

Ao assinalar a importância das religiões afro-brasileiras para o Brasil, José Reginaldo Prandi diz, em entrevista concedida por e-mail à IHU On-Line, que a importância dessas religiões de origem africana não pode ser medida simplesmente pelo minúsculo tamanho de seus contingentes, mas pela sua participação na formação da cultura nacional não religiosa. E enfatiza: “Com isso, têm ganhado visibilidade, prestígio social e respeito”. Talvez seja isso, segundo Prandi, uma das razões pelas quais o candomblé tem atraído adeptos brancos de boa renda e alta escolaridade, que se juntam nos terreiros aos extratos mais pobres da população brasileira, os negros, conforme atestam os dados do censo demográfico de 2010.

Em resumo, a umbanda, para José Reginaldo Prandi, é religião típica da classe média baixa, sempre foi. “O candomblé era religião exclusiva de negros, pobres, mas não é mais. No candomblé há os mais pobres, sim, sobretudo os segmentos negros, dada a origem étnica dessa religião, mas também expressivo contingente de não negros de alta escolaridade e renda. Essa presença branca de elevada extração social faz das religiões afro-brasileiras um grupo cujo perfil de escolaridade e renda somente é superado pelos espíritas”. 

José Reginaldo Prandi tem graduação em Ciências Sociais pela Fundação Santo André, e mestrado, doutorado e livre-docência em Sociologia pela Universidade de São Paulo – USP. É professor sênior do Departamento de Sociologia da USP e pesquisador do CNPq. Dentre seus livros publicados citamos Os Candomblés de São Paulo (São Paulo: Hucitec, 1991); Um sopro do Espírito (São Paulo: Edusp, 1998); e Mitologia dos orixás (São Paulo: Companhia das Letras, 2000). 

Confira a entrevista. 


IHU On-Line – No Censo 2010, as religiões afro-brasileiras, tanto a umbanda como o candomblé, mantiveram-se no eixo de 0,3% de declaração de crença. O que isso demonstra?

José Reginaldo Prandi – Significa estagnação, o que contraria o que os sociólogos pensavam no período de 1960 até começo dos 1980. A umbanda chegou a ser vista como opção ao pentecostalismo, como duas alternativas sacrais para a sociedade brasileira que mudava muito rapidamente e ia deixando o catolicismo para trás. Hoje, a umbanda mal se mantém nas pernas, mas como o candomblé tem crescido, as perdas umbandistas são compensadas pelos ganhos do candomblé, o que deu ao conjunto das religiões afro-brasileiras a marca de 0,3% nos dois últimos censos.


Perda 

Mas se calcularmos até os centésimos, veremos que o grupo como um todo continua perdendo adeptos. Enfim, o quadro é desolador para o conjunto. Em resumo, a linha das religiões afro-brasileiras tem os seguintes pontos nos anos censitários de 1980 a 2010: 0,57%, 0,44%, 0,34% e 0,30%. E ainda devemos considerar que esses números, a cada censo, são melhorados, não somente pelo crescimento real dos adeptos, mas também pelo aumento continuado da liberdade de escolha religiosa no Brasil e dos movimentos de dessincretização, que levam cada vez mais afro-brasileiros a deixarem de se declarar católicos ou espíritas, declarando-se umbandistas ou de outras religiões afro-brasileiras aos recenseadores. Com esse devido desconto, o declínio ficaria bem acentuado. 


IHU On-Line – No novo censo, de que maneira é retratado o aumento ou a diminuição dos praticantes da umbanda e do candomblé? O que isso significa?

José Reginaldo Prandi – A estagnação ou declínio afro-brasileiro está ancorado na queda de seguidores da umbanda, que sofre uma dupla ofensiva. De fora, a umbanda é corroída pela campanha evangélica que visa à conversão de seus seguidores e que chega ao ponto de se valer da invasão de templos e perseguição física dos umbandistas, como numa guerra. De dentro, sofre pelo avanço do candomblé sobre suas fileiras. Grande parte dos seguidores do candomblé, nas religiões em que ele avançou, além das fronteiras tradicionais étnicas, teve a umbanda como religião anterior.


IHU On-Line – O que diferencia o candomblé da umbanda? Quais são os membros de cada uma dessas religiões? Como podemos descrever os que frequentam a umbanda? Qual o perfil dos praticantes? E dos que frequentam o candomblé?

José Reginaldo Prandi – Ambas são religiões iniciáticas, organizadas em pequenos grupos que se congregam nos terreiros ou centros em torno de um pai ou mãe de santo. Os seguidores são chamados de filhos de santo. De alto conteúdo mágico, procuram resolver problemas dos filhos e também de uma larga clientela que vão aos terreiros em busca de auxílio.

Candomblé é religião de culto aos orixás nos moldes africanos, com a devida adaptação ao Brasil. É religião sacrificial e oracular que supõe a comunicação com os deuses orixás pelo transe dos iniciados, mas as divindades só se manifestam no transe para se congratularem com seus fiéis por meio de danças ao ritmo de tambores e sob cantos em língua ritual africana. Orixás não dão consultas nem fazem aconselhamento. O pai ou mãe de santo, sacerdote-chefe do terreiro (grupo ou local de culto), usa o oráculo do jogo de búzios para se comunicar com os orixás e resolver problemas dos seguidores e da clientela sem vínculo religioso. Para se alcançar os favores dos deuses, eles devem ser agraciados com oferendas, em geral alimentares, como é próprio das religiões politeístas antigas e clássicas.


Umbanda

A umbanda também louva os orixás, cantando para eles em português, mas o cerne do ritual consiste na manifestação pelo transe de espíritos de mortos mitológicos – segundo o modelo dos guias kardecistas –, que são os caboclos, pretos velhos e outros tipos característicos, que se encarregam de falar com os presentes, dar conselhos, orientar e oferecer tratamento ritual para a cura da doença e outros males. Tanto a umbanda como o candomblé apresentam muitas variações internas e também se entrecruzam, adotando cada uma elementos da outra. 

Ambas contêm também muitos elementos do catolicismo e, às vezes, de outras religiões. Por conta disso, os orixás são sincretizados com santos católicos. A umbanda se originou do encontro do candomblé com o kardecismo, mantendo elementos dos dois. O rito sacrificial foi quase apagado na umbanda, que incorporou do espiritismo a prática sistemática da cura.

Para se ter uma ideia das diferenças sociais presentes nos diversos ramos religiosos e o lugar ocupado pelas religiões afro-brasileiras, podemos estabelecer o seguinte alinhamento: os brancos representaram 69% dos espíritas, 49% dos católicos, 47% dos afro-brasileiros e 41% dos pentecostais. Para o conjunto da população brasileira de 10 anos ou mais de idade, verifica-se que 22% dos espíritas estão concentrados na faixa até um salário mínimo mensal per capita, enquanto que na mesma faixa estão 44% dos afro-brasileiros, 56% dos católicos e 64% dos evangélicos pentecostais. No outro extremo, têm rendimento mensal per capita acima de cinco salários mínimos 20% dos espíritas, 7% dos afro-brasileiros, 5% dos católicos e 2% dos pentecostais. Em termos de educação, 32% dos espíritas têm nível superior completo, taxa que cai para 13% entre os afro-brasileiros, para 9% entre os católicos e que despenca a 4% entre os evangélicos pentecostais. Tomando-se a outra ponta da escala, apenas 2% dos espíritas não tiveram nenhuma instrução formal, número que sobe para 3% entre os afro-brasileiros e 6% para os católicos e os pentecostais.


Umbanda, religião típica da classe média baixa

Em resumo, a umbanda é religião típica da classe média baixa, sempre foi. O candomblé era religião exclusiva de negros, pobres, mas não é mais. No candomblé há os mais pobres, sim, sobretudo os segmentos negros, dada a origem étnica dessa religião, mas também há expressivo contingente de não negros de alta escolaridade e renda. Essa presença branca de elevada extração social faz das religiões afro-brasileiras um grupo cujo perfil de escolaridade e renda somente é superado pelos espíritas.


Importância das religiões afro-brasileiras para o Brasil 
Em termos de Brasil, a importância dessas religiões de origem africana não pode ser medida simplesmente pelo minúsculo tamanho de seus contingentes, mas pela sua participação na formação da cultura nacional não religiosa, com presença marcante na literatura, no teatro, cinema, televisão, nas artes plásticas, na música popular, sem falar do carnaval e suas escolas de samba, da culinária originária da comida votiva e, sobretudo, da sua especial maneira de ver o mundo. Com isso têm ganhado visibilidade, prestígio social e respeito. Talvez seja isso uma das razões pelas quais o candomblé tem atraído adeptos brancos de boa renda e alta escolaridade, que se juntam nos terreiros aos extratos mais pobres da população brasileira, os negros, conforme atestam os dados do censo demográfico de 2010.


Leia mais...

José Reginaldo Prandi já concedeu artigo à IHU On-Line. Confira:

• Sincretismos do Brasil. Artigo de Reginaldo Prandi, publicado no sítio do IHU, no dia 06-05-2007

http://www.ihuonline.unisinos.br/index.php?option=com_content&view=article&id=4593&secao=400


29/06/2012 22h07 - Atualizado em 29/06/2012 22h07 Menos da metade dos seguidores do candomblé na BA são da raça 'preta'



Censo do IBGE aponta que dos 47.069 adeptos, 22.479 são da raça preta.

Pesquisa revela realidade entre 2000 e 2010. Culto tem matriz africana.


Na Bahia, 47.069 pessoas são praticantes do candomblé ou umbanda, cultos de matrizes africanas, de acordo com os dados do Censo Demográfico divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (29).

Do total, 22.479 pessoas, menos da metade, são da raça "preta", termo especificado no estudo, que retrata a realidade de dez anos, entre 2000 e 2010.

A segunda maior raça que se dedica aos cultos africanos é a de cor parda, com 19.388 pessoas.

Do restante, 4.457 têm cor branca, 350 pessoas são indígenas, 395 de cor amarela.

Apesar disso, o número de pessoas que se declararam negra, no estado baiano, esteve acima da média nacional, com 76,3%, da mesma forma que aconteceu em estados como Pará (78,6%) e Maranhão (76,2%).

Em relação às religiões, o candomblé e umbanda - colocadas na mesma categoria pelo IBGE - estão na quarta posição entre as mais populares, atrás da católica, com 9.158.613 adeptos; da evangélica, com 2.440.925 fiés e da espírita, com 157.777 praticantes.

A categoria "outras religiões" possui 500.219 participantes.

Já a camada baiana que se declara sem religião integra 1.688.785 pessoas.
saiba mais.

Número de evangélicos aumenta 61% em 10 anos, aponta IBGE

Brasil
O número de evangélicos no Brasil aumentou 61,45% em 10 anos, de 2000 para 2010.

Mesmo com o crescimento de evangélicos, o país ainda segue com maioria católica. Segundo o IBGE, o número de católicos foi de 123,3 milhões em 2010, cerca de 64,6% da população.


A queda do percentual de católicos é histórica, de acordo com o instituto.

Até 1970, em quase 100 anos, a queda foi de 7,9 pontos percentuais: o número de católicos em 1872 (ano do primeiro Censo) representava 99,7% da população e passou a 91,8% em 1970.

O Nordeste ainda mantém o maior percentual de católicos, com 72,2% em 2010.

O IBGE registrou que 15 milhões de pessoas se declararam sem religião no Censo de 2010, o que representa 8% dos brasileiros.

Em 2000 eram 12,5 milhões, o equivalente a 7,3% da população.


O Censo 2010 também apontou que 31,5% dos espíritas têm nível superior completo, apenas 1,8% das pessoas não têm instrução e 15% têm ensino fundamental incompleto.

Outros 1,4% dos espíritas não são alfabetizados.

http://g1.globo.com/bahia/noticia/2012/06/menos-da-metade-dos-seguidores-do-candomble-na-ba-sao-da-raca-preta.html



2010: número de católicos cai e aumenta o de evangélicos, espíritas e sem religião








Os resultados do Censo Demográfico 2010 mostram o crescimento da diversidade dos grupos religiosos no Brasil.

A proporção de católicos seguiu a tendência de redução observada nas duas décadas anteriores, embora tenha permanecido majoritária.

Em paralelo, consolidou-se o crescimento da população evangélica, que passou de 15,4% em 2000 para 22,2% em 2010.

Dos que se declararam evangélicos, 60,0% eram de origem pentecostal, 18,5%, evangélicos de missão e 21,8 %, evangélicos não determinados.

A pesquisa indica também o aumento do total de espíritas, dos que se declararam sem religião, ainda que em ritmo inferior ao da década anterior, e do conjunto pertencente às outras religiosidades.

Os dados de cor, sexo, faixa etária e grau de instrução revelam que os católicos romanos e o grupo dos sem religião são os que apresentaram percentagens mais elevadas de pessoas do sexo masculino.

Os espíritas apresentaram os mais elevados indicadores de educação e de rendimentos.
As mudanças, no entanto, não se restringem à composição religiosa da população brasileira.

O Censo 2010 também registrou modificações nas características gerais da população, como, por exemplo, a aceleração do processo de envelhecimento populacional, a redução na taxa de fecundidade e a reestruturação da pirâmide etária.

A investigação sobre cor ou raça revelou que mais da metade da população declarou-se parda ou preta, sendo que em 21 estados este percentual ficou acima da média nacional (50,7%).

As maiores proporções estavam no Pará (76,8%), Bahia (76,3%) e Maranhão (76,2%).

Apenas em Santa Catarina (84,0%), Rio Grande do Sul (83,2%), Paraná (70,3%) e São Paulo (63,9%) mais da metade da população havia se declarado branca em 2010.

Além disso, quase 46 milhões de brasileiros, cerca de 24% da população, declarou possuir pelo menos uma das deficiências investigadas (mental, motora, visual e auditiva), a maioria, mulheres. Entre os idosos, aproximadamente 68% declararam possuir alguma das deficiências.

Pretos e amarelos foram os grupos em que se verificaram maiores proporções de deficientes (27,1% para ambos).

Em todos os grupos de cor ou raça, havia mais mulheres com deficiência, especialmente entre os pretos (23,5% dos homens e 30,9% das mulheres, uma diferença de 7,4 pontos percentuais).

Em 2010, o Censo registrou, ainda, que as desigualdades permanecem em relação aos deficientes, que têm taxas de escolarização menores que a população sem nenhuma das deficiências investigadas.


O mesmo ocorreu em relação à ocupação e ao rendimento.

Todos esses números referem-se à soma dos três graus de severidade das deficiências investigados (alguma dificuldade, grande dificuldade, não consegue de modo algum).

Estas e outras informações integram a publicação Censo Demográfico 2010: Características gerais da população, religião e pessoas com deficiência, que pode ser acessada pelo link
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censo2010/caracteristicas_religiao_deficiencia/default_caracteristicas_religiao_deficiencia.shtm.

Em 30 anos, percentual de evangélicos passa de 6,6% para 22,2%.

Os evangélicos foram o segmento religioso que mais cresceu no Brasil no período intercensitário.

 Em 2000, eles representavam 15,4% da população.

Em 2010, chegaram a 22,2%, um aumento de cerca de 16 milhões de pessoas (de 26,2 milhões para 42,3 milhões).

Em 1991, este percentual era de 9,0% e em 1980, 6,6%.

Já os católicos passaram de 73,6% em 2000 para 64,6% em 2010.

Embora o perfil religioso da população brasileira mantenha, em 2010, a histórica maioria católica, esta religião vem perdendo adeptos desde o primeiro Censo, realizado em 1872. Até 1970, a proporção de católicos variou 7,9 pontos percentuais, reduzindo de 99,7%, em 1872, para 91,8%.


Esta redução no percentual de católicos ocorreu em todas as regiões, mantendo-se mais elevada no Nordeste (de 79,9% para 72,2% entre 2000 e 2010) e no Sul (de 77,4% para 70,1%).

A maior redução ocorreu no Norte, de 71,3% para 60,6%, ao passo que os evangélicos, nessa região, aumentaram sua representatividade de 19,8% para 28,5%.

Entre os estados, o menor percentual de católicos foi encontrado no Rio de Janeiro, 45,8% em 2010.

O maior percentual era no Piauí, 85,1%. Em relação aos evangélicos, a maior concentração estava em Rondônia (33,8%), e a menor no Piauí (9,7%).




8,0% dos brasileiros se declararam sem religião em 2010

Entre os espíritas, que passaram de 1,3% da população (2,3 milhões) em 2000 para 2,0% em 2010 (3,8 milhões), o aumento mais expressivo foi observado no Sudeste, cuja proporção passou de 2,0% para 3,1% entre 2000 e 2010, um aumento de mais de 1 milhão de pessoas (de 1,4 milhão em 2000 para 2,5 milhões em 2010).

O estado com maior proporção de espíritas era o Rio de Janeiro (4,0%), seguido de São Paulo (3,3%), Minas Gerais (2,1%) e Espírito Santo (1,0%).

O Censo 2010 também registrou aumento entre a população que se declarou sem religião.

Em 2000 eram quase 12,5 milhões (7,3%), ultrapassando os 15 milhões em 2010 (8,0%).

Os adeptos da umbanda e do candomblé mantiveram-se em 0,3% em 2010.
Homens estão em maior proporção entre católicos e sem religião

Com proporções de 65,5% para homens e 63,8% para mulheres, os católicos são, junto com os sem religião (9,7% para homens e 6,4% para mulheres), os que apresentam mais declarantes do sexo masculino. Nos demais grupos, as mulheres eram maioria.

A proporção de católicos também foi maior entre as pessoas com mais de 40 anos, chegando a 75,2% no grupo com 80 anos ou mais.

O mesmo se deu com os espíritas, cuja maior proporção estava no grupo entre 50 e 59 anos (3,1%). Já entre os evangélicos, os maiores percentuais foram verificados entre as crianças (25,8% na faixa de 5 a 9 anos) e adolescentes (25,4% no grupo de 10 a 14 anos).

No que tange ao recorte por cor ou raça, as proporções de católicos seguem uma distribuição aproximada à do conjunto da população: 48,8% deles se declaram brancos, 43,0%, pardos, 6,8%, pretos, 1,0%, amarelos e 0,3%, indígenas.

Entre os espíritas, 68,7% eram brancos, percentual bem mais elevado que a participação deste grupo de cor ou raça no total da população (47,5%).

Entre os evangélicos, a maior proporção era de pardos (45,7%).

A maior representatividade de pretos foi verificada na umbanda e candomblé (21,1%).

No grupo dos sem religião, a declaração de cor mais presente também foi parda (47,1%).
População espírita tem os melhores indicadores de educação.


Os resultados do Censo 2010 indicam importante diferença dos espíritas para os demais grupos religiosos no que se refere ao nível de instrução.

Este grupo religioso possui a maior proporção de pessoas com nível superior completo (31,5%) e as menores percentagens de indivíduos sem instrução (1,8%) e com ensino fundamental incompleto (15,0%).

Já os católicos (6,8%), os sem religião (6,7%) e evangélicos pentecostais (6,2%) são os grupos com as maiores proporções de pessoas de 15 anos ou mais de idade sem instrução.

Em relação ao ensino fundamental incompleto são também esses três grupos de religião que apresentam as maiores proporções (39,8%, 39,2% e 42,3%, respectivamente).


Os católicos e os sem religião foram os grupos que tiveram os maiores percentuais de pessoas de 15 anos ou mais de idade não alfabetizadas (10,6% e 9,4%, respectivamente).

Entre a população católica é proporcionalmente elevada a participação dos idosos, entre os quais a proporção de analfabetos é maior.

Por outro lado, apenas 1,4% dos espíritas não são alfabetizados.

Mais de 60% dos evangélicos pentecostais recebem até 1 salário mínimo.

A comparação da distribuição das pessoas de 10 anos ou mais de idade por rendimento mensal domiciliar per capita revelou que 55,8% dos católicos estavam concentrados na faixa de até 1 salário mínimo.

Mas são os evangélicos pentecostais o grupo com a maior proporção de pessoas nessa classe de rendimento (63,7%), seguidos dos sem religião (59,2%).

No outro extremo, o das classes de rendimento acima de 5 salários mínimos, destaca-se o percentual observado para as pessoas que se declararam espíritas (19,7%).

Brasileiro vive 25 anos a mais que em 1960

Em meio século (1960-2010), a esperança de vida do brasileiro aumentou 25,4 anos, passando de 48,0 para 73,4 anos.

Por outro lado, o número médio de filhos por mulher caiu de 6,3 filhos para 1,9 nesse período, valor abaixo do nível de reposição da população.

Essas mudanças alteraram a pirâmide etária, com estreitamento da base e o alargamento do topo, refletindo a estrutura de população mais envelhecida, característica dos países mais desenvolvidos.


Participação de idosos na população saltou de 2,7% para 7,4%

A redução dos níveis de fecundidade acarretou a diminuição de 42,7% (1960) para 24,1% (2010) da participação da população entre 0 e 14 anos de idade no total.

Além da queda da fecundidade, a diminuição da mortalidade proporcionou um aumento de 54,6% para 68,5%, nesse período, da participação da população em idade ativa (15 a 64 anos de idade).

Já o aumento na participação da população de 65 anos ou mais, no período 1960/2010, saltou de 2,7% para 7,4%.

O Censo 2010 revelou, ainda, que, ao longo de cinco décadas, a razão de sexo passou de 99,8 (1960) homens para cada 100 mulheres para 96 homens.

O resultado decorre da superioridade da mortalidade masculina em relação à feminina.
31,1% de brancos e 12,8% de pretos entre 15 e 24 anos frequentavam nível superior

Em 2010, viviam no país 91 milhões de pessoas que se classificaram como brancas (47,7%), cerca de 82 milhões que se declararam pardos (43,1%) e 15 milhões, pretos (7,6%).

Os amarelos chegaram a quase 2 milhões (1,1%) e os indígenas a 817 mil (0,4%). A população indígena estava concentrada (60,8%) nas áreas rurais, enquanto 15,6% do total da população brasileira vivia nessas áreas.

No grupo de pessoas de 15 a 24 anos que frequentava estabelecimento de ensino, houve forte diferença no acesso a níveis de ensino pela população segmentada por cor ou raça. No nível superior, encontravam-se 31,1% dos brancos nesse grupo etário, enquanto apenas 12,8% dos pretos e 13,4% dos pardos.

O Censo revelou, também, que a defasagem entre idade e nível de ensino que a pessoa frequentava atingiu cerca de 50% das pessoas de 15 a 24 anos que estavam no ensino fundamental, enquanto já deveriam ter alcançado ao menos o ensino médio.

Ao se observar a posição na ocupação entre brancos, pretos e pardos, observou-se uma maior representação das pessoas que se declararam brancos entre os grupos com proteção da previdência social (empregados com carteira de trabalho assinada, militares e funcionários públicos estatutários), assim como entre os empregadores (3,0% entre brancos, enquanto 0,6% entre pretos e 0,9% entre pardos).

67,7% dos idosos possuíam alguma deficiência em 2010

O Censo 2010 aprofundou a investigação sobre as características das pessoas com deficiência no Brasil, coletando, no questionário da amostra, aplicado a 6,2 milhões de domicílios, dados referentes à distribuição espacial, idade, sexo, cor ou raça, alfabetização, frequência escolar, nível de instrução e características de trabalho.

No Brasil, de aproximadamente 45,6 milhões de pessoas com pelo menos uma das deficiências investigadas, 38,5 milhões viviam em áreas urbanas e 7,1 milhões em áreas rurais. Na análise por sexo, observou-se que 26,5% da população feminina (25,8 milhões) possuía pelo menos uma deficiência, contra 21,2% da população masculina (19,8 milhões).

O Censo 2010 também investigou a prevalência de pelo uma das deficiências por faixa de idade, e constatou que era de 7,5% nas crianças de 0 a 14 anos; 24,9% na população de 15 a 64 anos e 67,7% na população com 65 anos ou mais de idade. O maior contingente com pelo menos uma deficiência ocorreu na população de 40 a 59 anos, correspondendo a aproximadamente 17,4 milhões de pessoas, sendo 7,5 milhões de homens e 9,9 milhões de mulheres.
Quase 1/3 das mulheres negras possuem alguma deficiência

A deficiência visual, que atingia 35,8 milhões de pessoas em 2010, era a que mais acometia tanto homens (16,0%) quanto mulheres (21,4%), seguida da deficiência motora (13,3 milhões, 5,3% para homens e 8,5% para mulheres), auditiva (9,7 milhões, 5,3% para homens e 4,9% para mulheres) e mental ou intelectual (2,6 milhões, 1,5% para homens e 1,2% para mulheres).

Em relação à cor ou raça, as populações que se declararam preta ou amarela foram as que apresentaram maior percentual de pessoas com pelo menos uma das deficiências investigadas, 27,1% para ambas, e o menor percentual foi observado na população indígena, 20,1%.

A população feminina apresentou percentuais superiores para qualquer cor ou raça declarada, sendo que a maior diferença foi encontrada entre as mulheres (30,9%) e os homens (23,5%) de cor preta, 7,4 pontos percentuais, e a menor diferença, de 3,4 p.p, entre os homens (18,4%) e mulheres (21,8%) indígenas.

Escolarização: 95,2% das crianças com deficiência frequentam escola
Para a população de 15 anos ou mais de idade com pelo menos uma das deficiências investigadas, a taxa de alfabetização foi de 81,7%, uma diferença de 8,9 pontos percentuais em relação ao total da população na mesma faixa etária (90,6%).

A região Sudeste apresentou a maior taxa de alfabetização dessa população (88,2%) e a região Nordeste, a menor (69,7%).

Já em relação à taxa de escolarização, 95,2% das crianças de 6 a 14 anos com deficiência frequentavam escola, 1,9 pontos percentuais abaixo do total da população nessa faixa etária (97,1%). Para a mesma população, em nível regional, destacou-se a região Norte com a menor taxa de escolarização (93,3%), porém com a menor diferença entre crianças com (94,0%) e sem deficiência (93,3%.), indicando que a inclusão escolar na região Norte sofre influência de outros fatores, como a infraestrutura de transporte.

A maior diferença foi observada na região Sul, 97,7% e 95,3%, respectivamente.
Quando se observa o nível de instrução, a diferença é mais acentuada. Enquanto 61,1% da população de 15 anos ou mais com deficiência não tinha instrução ou possuía apenas o fundamental incompleto, esse percentual era de 38,2% para as pessoas dessa faixa etária que declararam não ter nenhuma das deficiências investigadas, representando uma diferença de 22,9 pontos percentuais. A menor diferença estava no ensino superior completo: 6,7% para a população de 15 anos ou mais com deficiência e 10,4% para a população sem deficiência.

Destaca-se que na região Sudeste 8,5% da população de 15 anos ou mais com deficiência possuíam ensino superior completo.
Trabalhadores com deficiência representam 23,6% do total de pessoas ocupadas
Em 2010, a população ocupada com pelo uma das deficiências investigadas representava 23,6% (20,4 milhões) do total de ocupados (86,4 milhões).

Das 44,0 milhões de pessoas com deficiência em idade ativa (10 anos ou mais), 53,8% (23,7 milhões) não estava ocupada. Em relação ao total da população que não estava ocupada (75,6 milhões), a população com deficiência representava 31,3%.

Desigualdade de gênero no mercado de trabalho é reproduzida entre deficientes
Para analisar a inserção da pessoa com deficiência no mercado de trabalho, utilizou-se como indicadores a taxa de atividade, que é o percentual de pessoas economicamente ativas na população de 10 ou mais anos de idade; e o nível de ocupação, que é o percentual de pessoas de 10 anos ou mais ocupadas na semana de referência.

Para a população com pelo menos uma das deficiências, a taxa de atividade foi de 60,3% para os homens contra 41,7% para as mulheres, uma diferença de 18,6 pontos percentuais. Já em relação ao nível de ocupação, a diferença foi de 19,5 p.p: 57,3% para os homens contra 37,8% para as mulheres.
Em relação à taxa de atividade por tipo de deficiência, a deficiência mental foi a que mais limitou a inserção no mercado de trabalho, tanto para homens como para mulheres (cujas taxas de atividade foram de 22,2% e 16,1%, respectivamente). A deficiência visual foi a que menos influenciou na taxa de atividade, que ficou em 63,7% para os homens e 43,9% para as mulheres. O mesmo foi observado para o nível de ocupação, que, no geral, ficou em 17,4% para pessoas com deficiência mental e 48,4% para pessoas com deficiência visual.
40,2% das pessoas com deficiência e ocupadas possuem carteira assinada
Considerando a posição na ocupação e categoria de emprego, constatou-se que a maioria das pessoas de 10 anos ou mais com deficiência, ocupadas na semana de referência, era empregada com carteira assinada (40,2%), uma diferença de 9 pontos percentuais em relação à população sem qualquer dessas deficiências (49,2%). Os percentuais de trabalhadores com deficiência por conta própria (27,4%), sem carteira (22,5%), militares e funcionários públicos estatutários (5,9%) e não remunerados (2,2%) são maiores do que na população sem deficiência (20,8%, 20,6% e 5,5%; 1,7%, respectivamente) e na categoria empregador, a diferença foi de 0,3 p.p entre a população sem (2,1%) e com (1,8%) deficiência.
Rendimento: 46,4% das pessoas de 10 anos ou mais com deficiência recebem até 1 salário mínimo ou não recebem rendimento

Em relação ao rendimento nominal mensal de trabalho recebido pelas pessoas de 10 anos ou mais de idade ocupadas na semana de referência, com pelo menos uma das deficiências investigadas, observou-se que 46,4% dessa população ganhava até um salário mínimo ou não tinham rendimento, uma diferença de mais de nove pontos percentuais para população sem qualquer dessas deficiências (37,1%). As diferenças por existência de deficiência diminuem nas classes mais altas de rendimento.

Ao adicionar a essa análise o tipo de deficiência, constatou-se que, para as pessoas de 10 anos ou mais com deficiência mental ou motora, ocupadas na semana de referência, o maior percentual se encontrava nas classes de mais de meio a um salário mínimo de rendimento de trabalho (27,6% e 28,7%, respectivamente). J

á a maior parte das pessoas de 10 anos ou mais com deficiência visual ou auditiva, ocupadas na semana de referência, concentrava-se na classe de 1 a 2 salários mínimos: 29,0% e 28,4%, respectivamente.

Comunicação Social
29 de junho de 2012
http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=2170






O papel dos idosos dentro do Candomblé, por Maria Stella de Azevedo Santos


O Outono chegou! 

Engraçado…
Vi e ouvi propagandas de Festival de Inverno, Festival de Verão, escolas festejando o Dia da Primavera, mas nenhuma comemoração para a chegada da estação das folhas secas, que se desprendem das árvores e caem na terra – o Outono. 

Por que será? 

Perguntei-me. 

E me dei conta que, perto de completar 86 anos, experimento o outono da vida. 

Entretanto, não é porque as folhas caem, que os velhos devem se permitir cair também, pois a filosofia yorubana nos ensina: “Ìbè.rè. àgba bi a ánànò ló ri”, que quer dizer, “mesmo quando o velho curva o corpo, ainda continua de pé”.

O religioso tem por obrigação prestar atenção à sucessão das estações, uma vez que elas marcam o ritmo da vida e as etapas do desenvolvimento humano. 

O Inverno, ligado ao elemento água, refere-se à infância; a Primavera, estação das flores, mostra a fluidez do ar e da juventude; o Verão, a intensidade do sol, símbolo do fogo, demonstra o auge do dinamismo e atuação na vida, características do adulto; o Outono – crepúsculo vespertino – que está ligado ao elemento terra, é a luminosidade do sol e do velho que vai aos poucos se escondendo e se aproximando do horizonte.

Há tempos atrás, não se constituía em problema usar as palavras velhice e velho, pois elas apenas se referiam a uma das etapas do desenvolvimento  dos seres vivos. Atualmente, isso é “politicamente incorreto”. É como se fosse uma desvalorização dessa etapa de vida, chegando ao ponto de se tornar um adjetivo pejorativo. Resolveram adotar a expressão “melhor idade”.

Entretanto, será que existe alguma idade que seja melhor que a outra? 

Na infância, temos a alegria da criança, acompanhada, no entanto, de uma fragilidade, que deixa os adultos em constante atenção. 

Na adolescência, o caráter espontâneo não deixa de vir acompanhado de uma coragem inconsequente. 

Na maturidade, se é dono da própria vida e se carrega, no entanto, o peso da responsabilidade. 

Na velhice, a tranqüilidade decorrente do acúmulo das experiências vividas é gratificante, energia física, porém, não é mais a mesma – falta “pique”. 

Percebe-se, assim, que em todas as fases sempre existe uma lacuna. 

É como diz um dos ditados que os velhos gostam de usar, a fim de passar sua sabedoria para os mais novos: “Na mocidade temos vitalidade e tempo, mas não temos autonomia nem dinheiro; na fase adulta, temos vitalidade e autonomia, mas não temos tempo; na velhice, temos tempo e dinheiro, mas não temos vitalidade.

O candomblé é considerado uma religião primitiva. 

Geralmente, isso é dito com um sentido de desvalorização. 

Contudo, uma religião é tida como primitiva por ser de origem primeira, original, vinda desde os primeiros tempos. 

Na referida religião, como em muitas outras de procedência oriental, e nas tribos indígenas, o velho é muito valorizado, ele é considerado um sábio, tendo uma condição de destaque e respeito.

Na cultura yorubana, o velho é um herói, pois conseguiu vencer a morte, que nos procura e ronda todos os dias. Ele tem sempre a última palavra, a qual não deve ser contestada. 

Tanto que é comum em África, a pessoa que ainda não completou 42 anos se manter calada durante as assembléias comunitárias, a fim de exercitarem a importante arte de ouvir. 

No candomblé, tentamos seguir a tradição que herdamos e ensinamos aos iniciantes essa difícil arte. Mesmo que o iniciante se ache com razão, ele tem o dever de ouvir o mais velho de cabeça baixa e pedir a benção, por respeito. 

Todavia, não lhe é negado o direito, de em momento outro, justificar-se.

Não está fácil manter a tradição hierárquica de respeito ao mais velho: enquanto para o candomblé “antiguidade é posto”, fora dos nossos muros, os mais novos, que vivem em uma sociedade imediatista, não querem ou não conseguem encontrar tempo para ouvir experiências que um dia terão que enfrentar. 

Até porque os pertencentes à classe da “melhor idade”, não se disponibilizam  mais a assumir o papel de transmissores de conhecimento, pois esta característica deixou de ser valorizada na sociedade atual.

Não quero dizer com isso que o idoso deve recolher-se, deixando de aproveitar a vida, já que quando jovem aprendi com minha Iyalorixá que “a vida é boa e gozá-la convém”. 

Para o bem da sociedade, o povo yorubá diz: “ola baba ni imú yan gbendeke”, mostrando que “é a honra do pai que permite ao filho caminhar com orgulho”. 

E eu digo: Todo pai é um mestre e todo filho é um discípulo!

 O papel dos idosos dentro do candomblé, por Maria Stella de Azevedo Santos é Iyalorixá do Ilê Axé Opô Afonjá


RITUAL DE LIBERTAÇÃO




IURD X CANDOMBLÉ RITUAL DE LIBERTAÇÃO

Há alguns dias, eu participei de um debate sobre candomblé, até que alguém da plenária perguntou por que as igrejas evangélicas estavam se expandindo tanto,principalmente a Igreja Universal do Reino de Deus, enquanto o Candomblé não consegue crescer.

Eu confesso que adorei a pergunta, e gostei mais ainda de ouvir os argumentos academilóides dos pseudo-intelectuais que formavam a mesa em defesa do Candomblé.

Digo pseudo, porque todos ficaram desconcertados com a pergunta e em algum momento se embaralhavam pra responder.

Fico irritado com pessoas que não vêm o óbvio.

É fácil explicar porque a Igreja Universal cresceu tanto:O seu líder o Pastor Edir Macedo, era umbandista, todos sabem. 

Ele teve agrande sacação de juntar a Cruz, maior símbolo da Igreja Católica à Rosa Branca,ofertada à Iemanjá. 

Por duas vezes ao ano cerca de 80% da população brasileira joga rosas para Iemanjá, uma vez no dia 31 de dezembro e outra no dia 2 de fevereiro.

Enquanto a Umbanda foi perdendo força, à medida que o sincretismo foi se enfraquecendo, seus adeptos se converteram ao Candomblé ou ao “Umbandomblé”, e as casas que ofereciam sessões de desenvolvimento e sessões de descarrego de 15 em 15 dias, foram virando terreiros de candomblé, o Edir Macedo se apoderou também desse ritual. Sessão de descarrego é na Umbanda.

Outro fator interessante, é a questão da abertura de uma nova Igreja. 

Com a expansão dos Shopping Center com 10 ou 15 salas de cinemas, os cinemas de praças perderam força e faliram sendo arrendados pela Igreja com o dinheiro dos seus fiéis,que no dia seguinte inaugurava naquele cinema uma nova filial da IURD. 

Um terreiro de candomblé não se inaugura de um dia para o outro. 

Jamais um cinema onde vários namorados se beijaram, se apalparam, e até transaram, viraria um terreiro no dia  seguinte. 

Além, de vários sacudimentos no estabelecimento, há a necessidade de se assentar o chão e tudo o mais que é essencial em uma casa de candomblé.

Tem ainda a questão da mídia, a Igreja Universal é dona da Rede Record com toda uma campanha contra Candomblé e a favor da Igreja.

Para não me prolongar muito quero falar de como Jesus é apresentado aos fiéis da Igreja Universal, onde existem Miliciantes evangélicos (miliciante mata), bandidos de cristo (bandido mata), um dos 10 mandamentos é justamente “Não matarás...”.

Lésbicas indecisas e Bichinhas reprimidas pela família também estão lá jurando que são cristãs. 

(Em nenhum momento da Bíblia Jesus dialogou com um homossexual, ele perdoou Maria Madalena, Perdoou os ladrões na cruz, mas nunca encontrou um gay emseu caminho – 

Na Grécia, a homossexualidade já era discutida pelos filósofos há mais de 500 anos antes de Cristo, somente onde Cristo passo não existia Gay, apesar de Paulo).

Por fim os Encostos que baixam na Igreja. 

São todas pessoas que perderam sua credibilidade enquanto umbandistas ou candomblezeiros, mas querem continuar fingindo que estão com ou são orixás. 

A diferença é que, na Igreja, o pastor sabe que é palhaçada, mas finge que acredita, puxa o cabelo, agride a pessoa, chama de diabo e finge que libertou a pessoa. 

Sessão de descarrego da Igreja Universal é um finge quem
e engana, que eu finjo que acredito. 

São pessoas incompetentes que necessitam de
alguma coisa para justificar seus fracassos e incompetência, e então vão lá para a Universal e Genéricas se auto denominarem tranca rua ou Padilha. 

Palhaçada!

As Igrejas Evangélicas são a maior LAVANDERIA DE DINHEIRO DESSE PAÍS.

Mas um governo de rabo preso não tem moral para combater a imoral alheia.

Se Jesus é meio homem e meio santo, Esu (Exú) também é. 

Se Jesus é oprimogênito de Deus Criador, Esu, é o primogênito de Olódùmarè (Deus criador emidioma africano); se Jesus transformou a água em vinho, Esu afi okutá dipó yó (Exútransformou a pedra em sal).

Há muito que se discutir quantos mitos da história foram usados para criar omito Jesus, cuja existência a ciência não conseguiu provar até os dias de hoje.
       
Mas está na Bíblia: “Dã julgará o seu povo, como uma das tribos de Israel. 

Dã será serpente junto à vereda, que morde os calcanhares do cavalo, e faz cair o seu cavaleiro por detrás. 

A tua salvação espero , ó Senhor! Gen. 49, 16-18.

Para finalizar, a finalidade do Candomblé não é se expandir em número de terreiros, Candomblé não promete paraíso após a morte. 

No Candomblé, você deve ser feliz hoje agora enquanto vive, para isso têm os ebós, pra propiciar felicidade e alegria,além de saúde. 

Já vi orixá curar muita gente, inclusive minha mãe. 

A grande questão é que a pessoa não deve deixar seus desejos falarem mais alto que seu
ORI, no candomblé não tem espaço para quem age dessa forma, logo, o lugar dessas pessoas, é realmente uma igreja evangélica.

Um abraço, Doté Jorge
http://pt.scribd.com/doc/15646832/IURD-X-CANDOMBLE
20/10/2008