CASA PODEROSA DOS FILHOS DE YEMANJÁ

CASA PODEROSA DOS FILHOS DE YEMANJÁ

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Hierarquia das religiões afro-brasileiras



Hierarquia no Culto de Ifá


1. Babálawó ou Iyánifá Sacerdote do Orixá Orúnmilá-Ifá do Culto de Ifá.


Após duas iniciações ("Mãos"), e sob a obediência a rígidos códigos morais, o Babálawó recebe o direito de utilizar o Opele-Ifá (ou Rosário de Ifá) e os ikins (sementes de dendezeiro - igui ope, em yorubá). O Merindilogun (Jogo de búzios) é franqueado também às Iyápetebis (Mulheres iniciadas a Ifá) e aos Awófakans (Aqueles que receberam a "primeira mão"). Alguns Babálawós recebem o título de Oluwó. Ver: Ifá


Hierarquia no Culto aos Egungun


Masculinos:


1. Alapini (Sacerdote Supremo, Chefe dos alagbás),


2. Alagbá Sacerdote (Chefe de um terreiro),


3. Ojê (iniciado com ritos completos),


4. Ojê agbá (ojê ancião),


5. Atokun (ojê que guia de Egum),


6. Amuixan (iniciado com ritos incompletos),


7. Alagbê (tocador de atabaque).


Alguns oiê dos ojê agbá: Baxorun, Ojê ladê, Exorun, Faboun, Ojé labi, Alaran, Ojenira, Akere, Ogogo, Olopondá.


Femininos:


1. Iyalode (responde pelo grupo feminino perante os homens),


2. Iyá egbé (lider de todas as mulheres),


3. Iyá monde (comanda as ató e fala com os Babá),


4. Iyá erelu (cabeça das cantadoras), erelu (cantadora),


5. Iyá agan (recruta e ensina as ató), ató (adoradora de Egun).


Outros oiê: Iyale alabá, Iyá kekere, Iyá monyoyó, Iyá elemaxó, Iyá moro.


1. Assogba Supremo sacerdote do culto de Obaluaiyê


2. Babalosanyin: Responsável pela colheita das folhas.


Hierarquia no candomblé Ketu:


1. Iyá / Babá: significado das palavras iyá do yoruba significa mãe, babá significa pai.


2. Iyalorixá / Babalorixá: Mãe ou Pai de Santo. É o posto mais elevado na tradição afro-brasileira.


3. Iyaegbé / Babaegbé: É a segunda pessoa do axé. Conselheira, responsável pela manutenção da Ordem, Tradição e Hierarquia.


4. Iyalaxé (mulher): Mãe do axé, a que distribui o axé e cuida dos objetos ritual.


5. Iyakekerê (mulher): Mãe Pequena, segunda sacerdotisa do axé ou da comunidade. Sempre pronta a ajudar e ensinar a todos iniciados.


6. Babakekerê (homem): Pai pequeno, segundo sacerdote do axé ou da comunidade. Sempre pronto a ajudar e ensinar a todos iniciados.


7. Ojubonã ou Agibonã: É a mãe criadeira, supervisiona e ajuda na iniciação.


8. Iyamorô: Responsável pelo Ipadê de Exú.


9. Iyaefun / Babaefun: Responsável pela pintura branca das Iyawos.


10. Iyadagan e Ossidagã: Auxiliam a Iyamorô.


11. Iyabassê: (mulher): Responsável no preparo dos alimentos sagrados as comidas-de-santo.


12. Iyarubá: Carrega a esteira para o iniciando.


13. Aiyaba Ewe: Responsável em determinados atos e obrigações de "cantar folhas.


14. Aiybá: Bate o ejé nas obrigações.


15. Ològun: Cargo masculino. Despacha os Ebós das obrigações, preferencialmente os filhos de Ogun, depois Odé e Obaluwaiyê.


16. Oloya: Cargo feminino. Despacha os Ebós das obrigações, na falta de Ològun. São filhas de Oya.


17. Iyalabaké: Responsável pela alimentação do iniciado, enquanto o mesmo se encontrar recolhido.


18. Iyatojuomó: Responsável pelas crianças do Axé.


19. Pejigan: O responsável pelos axés da casa, do terreiro. Primeiro Ogan na hirarquia.


20. Axogun: Responsável pelos sacrifícios. Trabalha em conjunto com Iyalorixá / Babalorixá, iniciados e Ogans. Não pode errar. (não entram em transe).


21. Alagbê: Responsável pelos toques rituais, alimentação, conservação e preservação dos instrumentos musicais sagrados. (não entram em transe). Nos ciclos de festas é obrigado a se levantar de madrugada para que faça a alvorada. Se uma autoridade de outro Axé chegar ao terreiro, o Alagbê tem de lhe prestar as devidas homenagens. No Candomblé Ketu, os atabaques são chamados de Ilú. Há também outros Ogans como Gaipé, Runsó, Gaitó, Arrow, Arrontodé, etc.


22. Ogâ ou Ogan: Tocadores de atabaques (não entram em transe).


23. Ebômi: Ou Egbomi são pessoas que já cumpriram o período de sete anos da iniciação (significado: meu irmão mais velho).


24. Ajoiê ou ekedi: Camareira do Orixá (não entram em transe). Na Casa Branca do Engenho Velho, as ajoiés são chamadas de ekedis. No Terreiro do Gantois, de "Iyárobá" e na Angola, é chamada de "makota de angúzo", "ekedi" é nome de origem Jeje, que se popularizou e é conhecido em todas as casas de Candomblé do Brasil. (em edição)


25. Iaô: filho-de-santo (que já foi iniciado entra em transe com o Orixás).


26. Abiã ou abian: Novato. É considerada abiã toda pessoa que entra para a religião após ter passado pelo ritual de lavagem de contas e o bori. Poderá ser iniciada ou não, vai depender do Orixá pedir a iniciação.


Hierarquia do candomblé Jeje:


No Jeje-Mahi


1. Doté é o sacerdote, cargo ilustre do filho de Sogbô


2. Doné é a sacerdotisa, cargo feminino, esse título é usado no Terreiro do Bogum onde também são usados os títulos Gaiaku e Mejitó. similar à Iyalorixá


Os vodunsis da família de Dan são chamados de Megitó, enquanto que da família de Kaviungo, do sexo masculino, são chamados de Doté; e do sexo feminino, de Doné


No Jeje-Mina Casa das Minas


1. Toivoduno


2. Noche


No Kwé Ceja Houndé


• Gaiaku, cargo exclusivamente feminino


• Ekede


Os cargos de Ogan na nação Jeje são assim classificados: Pejigan que é o primeiro Ogan da casa Jeje. A palavra Pejigan quer dizer “Senhor que zela pelo altar sagrado”, porque Peji = "altar sagrado" e Gan = "senhor". O segundo é o Runtó que é o tocador do atabaque Run, porque na verdade os atabaques Run, Runpi e Lé são Jeje.


Hierarquia do candomblé Bantu:


Títulos Hierárquicos Bantu, Angola, Congo


• 1 - Tata Nkisi - Zelador.


• 2 - Mametu Nkisi - Zeladora.


• 3 - Tata Ndenge - pai pequeno.


• 4 - Mametu Ndenge - Mãe pequena(há quem chame de Kota Tororó, mas não há nenhuma comprovação em dicionário, origem desconhecida).


• 5 - Tata NGanga Lumbido - Ogã, guardião das chaves da casa.


• 6 - Kambondos - Ogãs.


• 7 - Kambondos Kisaba ou Tata Kisaba - Ogã responsável pelas folhas.


• 8 - Tata Kivanda - Ogã responsável pelas matanças, pelos sacrifícios animais (mesmo que axogun).


• 9 - Tata Muloji - Ogã preparador dos encantamentos com as folhas e cabaças.


• 10 - Tata Mavambu - Ogã ou filho de santo que cuida dacasa de exú (de preferência homem, pois mulher não deve cuidar porque mulher mestrua e só deve mexer depois da menopausa, quando não mestruar mais, portanto, pelo certo as zeladoras devem ter um homem para cuidar desta parte, mas que seja pessoa de alta confiança).


• 11 - Mametu Mukamba - Cozinheira da casa, que por sua vez, deve de prefer~encia ser uma senhora de idade e que não mestrue mais.


• 12 - Mametu Ndemburo - Mãe criadeira da casa(ndemburo = runko).


• 13 - Kota ou Maganga - Em outras nações EKEJI (todos os mais velhos que já passaram de 7 anos, mesmo sem dar obrigação, ou que estão presentes na casa, também são chamados de Kota).


• 14 - Tata Nganga Muzambù - babalawo - pessoa preparada para jogar búzios.


• 15 - Kutala - Herdeiro da casa.


• 16 - Mona Nkisi - Filho de santo.


• 17 - Mona Muhatu Wá Nkisi - Filha de santo (mulher).


• 18 - Mona Diala Wá Nkisi - Filho de santo(homem).


• 19 - Tata Numbi - Não rodante que trata de babá Egun(Ojé).


Sacerdotes na África


BANTU (ANGOLA-KONGO).


• Kubama..................adivinhador de 1a categoria.


• Tabi....................adivinhador de 2a categoria.


• Nganga-a-ngombo.........adivinhador de 3a categoria.


• Kimbanda................feiticeiro ou curandeiro.


• Nganga-a-mukixi.........sacerdote do culto de possessão (Angola).


• Niganga-a-nikisi........sacerdote do culto de possessão (Kongo).


• Mukúa-umbanda...........sacerdote do culto de possessão (Angola-Kongo).


Divisão Sacerdotais no Brasil


Angola - língua quimbundo - Kongo - língua quicongo


• Mam’etu ria mukixi......sacerdotisa no Angola.


• Tat’etu ria mukixi......sacerdote no Angola.


• Nengua-a-nkisi..........sacerdotisa no Kongo.


• Nganga-a-nikisi.........sacerdote no Kongo.


• Mam’etu ndenge..........mãe pequena no Angola.


• Tat’etu ndenge..........Pai pequeno no Angola.


• Nengua ndumba...........mãe pequena no Kongo.


• Nganga ndumba...........pai pequeno no Kongo.


• Kambundo ou Kambondo....todos os homens confirmados.


• Kimbanda................Feiticeiro, curandeiro.


• Kisasba.................pai das sagradas folhas.


• Tata utala..............pai do altar.


• Kivonda.................Sacrificador de animais (Kongo).


• Kambondo poko...........sacrificador de animais (Angola).


• Kuxika ia ngombe........Tocador (kongo).


• Muxiki..................tocador( Angola).


• Njimbidi................cantador.


• Kambondo mabaia.........responsável pelo barracão.


• Kota....................todas as mulheres confirmadas.


• Kota mbakisi............responsável pelas divindades.


• Hongolo matona..........especialista nas pinturas corporais.


• Kota ambelai............toma conta e atende aos iniciados.


• Kota kididii............toma conta de tudo mantém a paz.


• Kota rifula.............responsável em preparar as comidas sagradas.


• Mosoioio................as (os) mais antigas.


• Kota maganza............título alcançado após a obrigação de 21 anos.


• Maganza.................título dado aos iniciados.


• Uandumba................designa a pessoa durante a fase iniciatória.


• Ndumbe..................designa a pessoa não iniciada.




Pureza Nagô


Mundicarmo Ferretti em "Pureza nagô e nações africanas no Tambor de Mina do Maranhão" escreve: "Os terreiros de religião de origem africana mais identificados com a África geralmente constroem sua identidade tomando como referência o conceito de “nação”, que os vincula ao continente africano, à África negra, através de uma casa de culto aberta no Brasil por africanos antes da abolição da escravidão (“de raiz africana”).

No campo religioso afro-brasileiro, os terreiros Nagô mais antigos e tradicionais da Bahia foram considerados, tanto por pais-de-santo como por pesquisadores da área acadêmica, como mais puros ou autênticos e sua “nação” como mais preservada e/ou organizada.

A partir do que foi convencionado na Bahia como “nagô puro”, têm sido avaliados terreiros nagô de outros estados das mais diversas denominações: Candomblé, Xangô, Mina, Batuque e outras.

Analisando a questão da “pureza nagô”, Beatriz Góis Dantas (Dantas, 1988), apoiada em pesquisa realizada em Sergipe, mostra que, apesar da hegemonia do Candomblé nagô da Bahia na religião afro-brasileira, os indicadores de autenticidade africana ou “pureza nagô” adotados na Bahia nem sempre são os mesmos de outros estados e que traços muito valorizados no Candomblé da Bahia podem ser desvalorizados ou até rejeitados em terreiros de outras localidades."


A quase extinção


Fernandes, Gonçalves - autor do livro Xangôs no Nordeste, Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1937, também é autor do livro O Sincretismo Religioso no Brasil, São Paulo, Guairá, 1941, que fala sobre a noite de 1 de fevereiro de 1912 nas ruas da cidade de Maceió onde houve cenas de muita violência, com a invasão e destruição dos mais importantes terreiros de Xangô de Alagoas.


O Sítio de Pai Adão foi tombamento pela Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco – FUNDARPE, e todo o conhecimento foi transmitido sucessivamente a Obalonein, Fatemi e Oluandê, para que finalmente fossem passados em Belford Roxo a Osunaloji (Pai Milton), que zela pela conservação e manutenção dessa tradição recebida, no Ilê Axé Agawere Xapanan.

Em seu ilê (casa), cujo orixá patrono é Iemanjá, as novas gerações de filhos de santo recebem dele todo esse rico arsenal de cultura afro-brasileira, com fundamento na nação Nagô-Egbá.

Liderado hoje por Manuel Papai e Maria das Dores ja falecida, juntamente Pai Raminho de Oxossi que incentiva os desfiles de Maracatu no Carnaval do Recife[2].


No Maranhão, a Casa Fanti Ashanti, em São Luís, nação Jeje-Nagô, babalorixá Euclides Menezes Ferreira (Talabian), (de Oxaguian c/Oxum) e Mãe Isabel de Xangô com Oxum.

A raiz é do Sitio de Pai Adão, Nagô do Recife.


Em São Paulo, a iyalorixá Maria das Dores Talabideiyn deixou a seu filho Pai José Alabiy (José Gomes Barbosa), babalorixá do Ilê Axé Ajagunã Obá Olá Fadaká, a tradição Egbá, passada à sua filha Oya Dolu (Lorena de Santiago) iyalorixá do Ilê Axé Oya Tundê, juntamente com Baba Alajemi (Nilso Jorge Júnior), onde também se preservam os mais antigos fundamentos do Nago-Egba.

Entre outros, destaca-se a iyalorixá Valdecir de Obaluaye que, sendo filha-de-santo de Osunalogi, traz consigo a tradição e cultura dessa grande raíz.






A Matriz Africana construindo a cidadania



Todos os povos, mesmo os mais primitivos, tiveram e têm uma cultura, transmitida no tempo, de geração a geração.

Mitos, lendas, costumes, crenças religiosas, sistemas jurídicos e valores éticos refletem formas de agir, sentir e pensar de um povo e compõem seu patrimônio cultural.


Nossa ancestralidade trouxe uma cultura única e específica que conquista o mundo, jazz, samba, hip hop, axé-music, carnaval, heróis, bispos, políticos, artistas, pais e mães de santo.

As religiões da Matriz Africana sempre foram relegadas ao limbo pela direita social, homofóbica e racista.

Este movimento só é lembrado pelo grande público em época de carnaval e de eleições, ou cotidianamente pelas TVs neo pentecostais para o achincalhe.


A construção de uma cidadania plena se dá na instância imediata à do respeito, da pluralidade e da tolerância religiosa e às suas diversidades.


Criamos uma rede informal de trabalho, são artesãos, costureiras, cozinheiras, tecelões, pintores, gráficos.

Através de dessa rede informal criamos empregos, e geramos renda social, e elevamos o consumo per capita, que ajuda o País.


Em função da beleza de nossos cultos somos mantenedores de um movimento cultural que gera renda, trazendo turistas para conhecer nossas crenças.


A Matriz Africana é o grande guarda chuva da pluralidade social, que abriga culturas de todas as nações, de todas as etnias, de todos os níveis sociais, além de uma gama de excluídos.


Denunciamos a questão da intolerância religiosa dos meios de comunicação como é o caso exemplar da TV Record, apesar das garantias explícitas da Constituição deste País quanto ao direito à liberdade religiosa.

Somos desrespeitados em nossa fé.


Denunciamos a intolerância religiosa nas escolas onde nossos filhos não podem se expressar em suas crenças.

Funcionários consideram nossa fé como sendo de segunda classe.


Denunciamos o fato que nossos filhos têm que cumprir preceitos com roupas brancas, diretorias e instituições de ensino não permitem sua presença em salas de aulas, num claro constrangimento a violação da Constituição deste País.


Denunciamos a intolerância religiosa na questão política onde sequer o censo adita nossa existência.


Denunciamos a falta de respeito a nossa liturgia nos:Cemitérios, casas de repouso, hospitais, presídios, IML (uma pessoa que da nossa religião não pode passar por autopsia).


Denunciamos o IBAMA por uma liminar que fere a Constituição, onde podem invadir uma casa de candomblé a qualquer hora, com a desculpa de procurar animais silvestres.

Constrangendo a liturgia, constrangendo pessoas, sob a égide da legalidade.


Denunciamos que uma lei aprovada no governo anterior proíbe venda de animais vivos, no estado de SP esta foi apenas uma questão de intolerância religiosa.


Denunciamos a lei 1639, onde a educação religiosa não nos alcança.

Que deixa novamente a cultura da matriz africana desprotegida.


Isso nos faz pensar a necessidade de um projeto político de resgate a memória dos terreiros de Matriz Africana, uma referência primeira da resistência; onde a diversidade étnica e as diferenças sociais são tratadas com respeito, dignidade e, sobretudo um espaço de cidadania das pessoas discriminadas pela sociedade.


Nós da matriz africana queremos objetivar ações sociais válidas:


1. O ensino e cultivo de ervas medicinais e plantas ligadas ao Asé.


2. O ensino das línguas africanas para aprimoramento da cultura ancestral.


3. Elaboração de uma cartilha de direitos da matriz africana.


4. Normas para o uso das cachoeiras, rios, pedreiras, bosques, praias, para a questão litúrgicas.


5. Normas estaduais de garantias que servidores públicos sejam punidos em caso de intolerância religiosa,


6. Normativa estadual para prosseguimento da venda de animais “in vivum”.


7. A criação urgente de uma delegacia para recepção de casos de intolerância religiosa.


8. Criação de tombamento de casas históricas de nossa religião.


9. Criação de um acervo da memória cultural da matriz africana.


10. A criação de um abrigo aos velhos desamparados da matriz africana com direito ao seu culto.


11. Doações de terras devolutas para casa de culto de que tiverem interesse em voltar a suas origens.


12. Criação do curso de teologia da matriz africana na USP.


13. Criação De um primeiro cemitério para a Matriz Africana.


14. Abertura de créditos para que os templos da matriz africana possam ser usados para cursos diversos, alfabetização, artesanato típico, confecção de roupas para uso na matriz africana, bordados, paramentos para serem usados na liturgia.

Comissão de Saúde debate uso de tabaco nos cultos das religiões de origem africana

Vereadores analisaram três projetos de lei na reunião


Juvenal Pereira


“Houve um equivoco do Executivo ao proibir o tabagismo em cultos religiosos, já que o estado brasileiro é laico", diz a vereadora Claudete Alves


A Comissão de Saúde, Promoção Social, Trabalho, Idoso e Mulher se reuniu no Salão Nobre da Câmara Municipal, nest a quarta-feira (12/11), e analisou três projetos de lei.

O PL 0497/08, de autoria da vereadora Claudete Alves (PT), que acrescenta parágrafo único à lei 14.805, de 04 de julho de 2008 (que consolida a legislação sobre o tabagismo no município de São Paulo), garantindo a liberdade nos cultos das religiões de matrizes africanas gerou debate entre os vereadores.


A autora do projeto, vereadora Claudete Alves, pede que no Inciso XVII do artigo 1º, que proíbe o fumo em templos de igreja e casas de culto religioso, seja excluído os templos ligados as religiões de matrizes africana.

Segundo a parlamentar, “houve um equivoco do Executivo ao proibir o tabagismo em cultos religiosos, já que o estado brasileiro é laico e as religiões não incentivam a prática e sim fazem uso de charutos e cachimbos como cultura das religiões em questão.”


O relator do projeto, vereador Cláudio Prado (PDT), explicou que deu parecer contrário ao PL, pois em sua avaliação já há um decreto municipal que revoga o artigo.

“Sou favorável as crenças religiosas e todas devem ter suas expressões.

O parecer contrário se deve a existência de um decreto que já revoga o artigo, acho que precisamos ver a melhor forma de tratar o projeto”, explicou o vereador.


A vereadora Claudete ressaltou que foi procurada por líderes de algumas instituições religiosas que foram multadas por fazerem uso de tabaco.

A parlamentar explicou que com o “projeto de lei as garantias são maiores, pois decretos podem ser revogados sem passar pela Casa Legislativa.”


O vereador Natalini (PSDB) pediu vistas ao projeto, com a finalidade de buscar um entendimento ent re a autoria e a relatoria.

“Trata-se de um assunto importante, que evolve liberdade religiosa, peço vistas para buscarmos um entendimento”, salientou.


Durante a reunião, os parlamentares votaram, com parecer favorável, o PL 0145/06, do vereador Domingos Dissei (DEM), que obriga os proprietários e possuidores de edificações, que venham a ser aprovadas, a executarem o rebaixamento de guias e calçadas para pessoas com deficiência e mobilidade reduzida.

E o PL, do vereador Farhat (PTB), que dispõe sobre a criação do “Programa Guarda Patrimonial da 3ª idade”, no âmbito municipal.


Participaram da reunião os vereadores Cláudio Prado (PDT), Natalini, Mário Dias (DEM), Carlos Neder (PT), Claudete Alves, Atílio Francisco (PRB) e Zelão (PT), presidente. estiveram presente o Sr. Eduardo Brasil representado as traições afro brasileiras

A Comissão convocou para o dia 19 de novembro, às 12 horas, a audiência pública com o secretário da Saúde, Januário Montone, para prestação de contas da secretaria.

domingo, 1 de janeiro de 2012

QUEM É ESSE DE CABELO ENGRAÇADO ?

Exu é a velocidade, a rapidez do deslocamento.

É a bagunça generalizada e o silêncio completo.

Diz-se que Exu é a contradição.

É o sim e o não; o ser e o não ser.

Exu é a confusão de idéias que temos.

É a invenção,  descoberta.

Exu é  o namoro, é o desejo, é o sentimento de paixão desenfreadas e é também o desprezo.

Exu é a voz, o grito, a comunicação.

É a indignação e a resignação.

É a confusão dos conceitos básicos.

Aquele que ludibria, engana, e confunde; mas também ajuda, dá caminhos, soluciona.

É aquele que traz dor e a felicidade.



POEMA DE ESÚ - JORGE AMADO

Não sou preto; branco ou vermelho; Tenho as cores e ...formas que quiser; Não sou diabo nem santo, sou Exu.
Mando e desmando; Traço e risco; Faço e desfaço; Estou e não vou, Tiro e não dou; Sou Exu; Passo e cruzo; Traços misturam e arrastam o pé; Sou reboliço e alegria; Rodo, tiro e boto; Jogo e faço fé; Sou nuvem, vento e poeira; Quando quero, homem e mulher; Sou das praias, e da maré; Ocupo todos os cantos; Sou menino, avô, maluco até; Posso ser João, Maria ou José; Sou o ponto do cruzamento; Durmo, acordo e ronco falando; Corro grito e pulo; Faço filho assobiando; Sou argamassa; De sonho carne e areia; Sou a gente sem bandeira; O espeto, meu bastão; O assento? O vento.
 
Sou do mundo, nem do campo; Nem da cidade; Não tenho idade; Recebo e respondo pelas pontas; Pelos chifres da nação; Sou Exu; Sou agito vida, ação; Sou os cornos da lua nova; A barriga da rua cheia; Quer mais? Não dou; Não tou mais aqui!
 

PODEROSA ORAÇÃO Á EXÚ PARA COMEÇAR UM ANO NOVO OU SEMPRE QUE VOCÊ TIVER QUE COMEÇAR OU RECOMEÇAR ALGO


ORIKI ÈSÚ



Èsù òta òrìsà.


Exú, o inimigo dos orixás.


Osétùrá ni oruko bàbá mò ó.


Osétùrá é o nome pelo qual você é chamado por seu pai.


Alágogo Ìjà ni orúko ìyá npè é,


Alágogo Ìjà é o nome pelo qual você é chamado por sua mãe.


Èsù Òdàrà, omokùnrin Ìdólófin,


Exú Òdàrà, o homem forte de ìdólófin,


O lé sónsó sí orí esè elésè


Exú, que senta no pé dos outros.


Kò je, kò jé kí eni nje gbé mì,


Que não come e não permite a quem está comendo que engula o alimento.


A kìì lówó láì mú ti Èsù kúrò,


Quem tem dinheiro, reserva para Exú a sua parte,


A kìì lóyò láì mú ti Èsù kúrò,


Quem tem felicidade, reserva para Exú a sua parte.


Asòntún se òsì láì ní ítijú,


Exú, que joga nos dois times sem constrangimento.


Èsù àpáta sómo olómo lénu,


Exú, que faz uma pessoa falar coisas que não deseja.


O fi okúta dípò iyò.


Exú, que usa pedra em vez de sal.


Lóògemo òrun, a nla kálù,


Exú, o indulgente filho de Deus, cuja grandeza se manifesta em toda parte.


Pàápa-wàrá, a túká máse sà,


Exú, apressado, inesperado, que quebra em fragmentos que não se poderá juntar novamente,


Èsù máse mí, omo elòmíràn ni o se.


Exú, não me manipule, manipule outra pessoa.




Esù - Com Tradução a Cada Linha


Iba Esù Odara


Esu Odara, inclino-me.


A Ba Ni Wa Oran Ba O Ri Da


Ele procura briga com alguém e encontra o que fazer.


O San Sokoto Penpe Ti Nse Onibode Olorun


Ele veste uma calça pequena para ser guardião na porta de Deus.


Oba Ni Ile Ketu


Rei da terra de Ketu.


Alakesi Emeren Aji E Aji E M(u) Ògùn


Aquele a quem se convida e que, tão logo acorda, toma um remédio.


A Lun ( se) Wa Se Ibini


Ele reforma Benin.


Laguna Jo Igbo Bi Orò


Laguna queima o mato como oro.


Esù Foli Fò O Fi Ókò Fo Oju Anan Re


Esu arrebenta facilmente os olhos de seus sogros com uma pedra.


LA Nyan Hamana


Ele caminha movendo-se com altivez.


Ika Kò Boro Boro


O malfeitor não morre depressa.


Kò Là Kò Rà O Ba Ona Oja Ile Su


Ele faz com que no mercado nada se compre e nada se venda.


Agbo L Ara A Yaba Má Pa ( Mo) Abemu


Agbo faz com que a mulher do rei não cubra a nudez de seu corpo.


O Se Firi Oko Ero Oja


Ele se torna rapidamente o senhor daqueles que passam pelo mercado.


Bara Fi Imu Fon Awon Sebi Okò L O Si


Quando Bara assoa o nariz, todo mundo acredita que o trem vai partir.


Ero Palemo Wara Wara


Os passageiros preparam-se rapidamente
 

Esu é O INÍCIO.

No Brasil, mesmo para pessoas Nagôs e de vasto conhecimento afro-religioso, Esu muitas vezes é tratado como a representação do “tinhoso”, do “perturbador”, aquele que causa tormentas.


É  fundamental “desmistificar a mentira sobre o Orisa Esu, o mais controvertido do Panteão Iorubá”.


No Brasil, mesmo para pessoas Nagôs e de vasto conhecimento afro-religioso, Esu muitas vezes é tratado como a representação do “tinhoso”, do “perturbador”, aquele que causa tormentas.


Esu é O INÍCIO.

Irmão de Ogum, de Oxossi e de Ossain, Esu é o primeiro filho de Osalá com Iemoja. Assim, sendo filho da Mãe de todas as cabeças e do Pai de todos os Orisas, traz em seu enredo a força e a magnitude herdada dos pais.


Nada tem início, ou mesmo fim, sem que Esu seja reverenciado.

Antes do início de todas as obrigações do terreiro e na iniciação de todos os membros da religião (iaôs, ogãs, equedes), Esu deve ser reverenciado.

Ninguém tem soluções para os seus caminhos de Orisa sem que a Esu sejam prestadas todas as reverências.

Sem ele, nada se desenvolve, inclusive a vinda dos Orisas na Terra, manifestados em seus filhos e filhas.


Dependemos do asé do Orisá Esu para apaziguar todas as perturbações e iniqüidades, que porventura estejam, energeticamente, circulando dentro do Ilê.


Mas pelo fato do culto de Esu ser privativo e até vedado a algumas pessoas, dá-se a esse ritual um ar de mistério, de coisa diabólica.

 “Nada disso, quando restringimos a presença de pessoas no Ilê nestes momentos, estamos simplesmente protegendo os mistérios do encanto.

Destes mistérios, dependem todos os Orisas, inclusive Osalá”.


Esu atira a pedra hoje para acertar o alvo amanhã; assim sendo quem conhece o hoje, conhece melhor ainda o amanhã.

Sem Esu, nada vai para frente. Ele tem que ser tratada com carinho, atenção; precisamos dar ao Orisa Esu a mesma atenção e cuidado que damos a Oxossi, Sango e todos os outros Orisás”, ensina Pai Francisco.


Prostrado nas esquinas, debruçado ou sentado nas encruzilhadas, muitas vezes escondidos atrás de postes ou de árvores ou na porta de um bar, Esu sabe o que está acontecendo no mundo todo.

Conhecedor do que sai e do que entra no Ilê Asé, Esu é sabedor de todos os pensamentos e é o ouvido sempre atento das filhas e dos filhos, dos ogãs, das equedes, dos babalorisás e ialorisás.


Esu, é a voz, a boca, os ouvidos do Pai de Santo e de todos os que acreditam nos Orisas, sempre levando mensagens do Aye (superfície) para o Orun (do universo encantado ao mundo dos mortos) e do Orun para o Aye.


Entra e sai do mercado comandado por Osun, para receber dela agrados das vendas. Por esse motivo é que todo trabalho alusivo a abertura de caminhos, chegada de dinheiro, vendas compras, é sempre iniciado por este Orisá. Ele faz fluir.


COMIDAS, BEBIDAS: Gosta de galo, de galinha de bebidas alcoólicas (todas), mas dá preferência ao Emun e também gosta muito de Gim ou Rum. Esu gosta de charutos, cigarros e também masca fumo de corda.

COR: vermelha e preta ou colorido

DIA DA SEMANA: segunda-feira


FILHOS DE ESU


Com raridade, alguns iaôs (homens ou mulheres) nascem com a cabeça deste Orisa. Em muitas casas, a tradição manda que se o iaô veio com Esu na cabeça deve se colocar o irmão Ogum, vendo-se a qualidade do Ogum (ISSO PARA OS IGNORANTES) aqui n Brasil há o culto de seus devotos !!!


COMPORTAMENTO DOS FILHOS


São pessoas alegres, mas ao mesmo tempo intempestivas. Fingem ter calma, mas borbulham por dentro.

Detestam ser passados para trás, mas adoram passar a perna em quem lhes permitir isso.


São pessoas ativas, desde que não sejam atividades intelectuais em excesso.

Querem tudo para hoje; a pressa é uma constante no comportamento dos filhos de Esu.

Sexualmente falando, são bons amantes.


Constroem com muita rapidez as coisas de seu interessa, mas se contrariados não destroem nada, mas com certeza embargam.
 

1° DE JANEIRO DIA INTERNACIONAL DE ESU OU EXÚ !

Esù , é o senhor dos caminhos, caminhos que levam e trazem e fazem as pessoas se encontrarem ou distanciarem-se.

É quem faz com que os ritos sejam cumpridos, principal responsável pela ligação do mundo espiritual ao mundo material,( orun- ayé).



Entre dois caminhos lá está ele guardando, indicando. Não se faz nada pelo candomblé antes de agradar Esù, pois é o único orixá que faz o elo de ligação entre nós e os demais orixás.


Esù é um orixá tão importante quanto todos os outro orisa.

Por ser mais ligado com o mundo terrestre, possui certos costumes e temperamentos parecidos com os dos seres humanos.


Esù é erradamente sincretizado pelo diabo cristão.


Por ser um orixá que cuida dos caminhos onde percorrem homens, orixás, espíritos, etc.

E sendo o elo de ligação entre esses mundos, ele possui múltiplos contraditórios, sendo bom e mau, astuto, grosseiro, indecente, protetor, alegre, brincalhão, violento, etc.

Ou seja, é o orixá mais humanizado do panteão, pois em seus arquétipos incluem-se as impurezas causadas ou existente nos homens.


Devido a esses aspectos, foi sincretizado pelos primeiros missionários, com o diabo cristão.


Arquétipos:


Os filhos de Esù possuem um caráter imprevisível ora são bravos, intrigantes e ficam muito contrariados, ora são pessoas inteligentes e compreensivas com os problemas dos outros.

Não aceitam derrotas, são melindrosos, de temperamento difícil. Se você tiver desentendimento com algum filho de Esù, aguarde que haverá retorno.

Seus filhos precisam estar sempre em atividade para poderem liberar toda energia que possuem.

Possuem muita tendência à espiritualidade; são fiéis fervorosos que esbanjam fé...






1° DE JANEIRO DIA DE COMEMORAR EXÚ

Exu
 é o orixá da comunicação.

É o guardião das aldeias, cidades, casas e do axé, das coisas que são feitas e do comportamento humano.

A palavra Èsù em yorubá significa “esfera” e, na verdade, Exu é o orixá do movimento.



Ele é quem deve receber as oferendas em primeiro lugar a fim de assegurar que tudo corra bem e de garantir que sua função de mensageiro entre o Orun e o Aiye, mundo material e espiritual, seja plenamente realizada.


Na África na época das colonizações, o Exu foi sincretizado erroneamente com o diabo cristão pelos colonizadores, devido ao seu estilo irreverente, brincalhão e a forma como é representado no culto africano, um falo humano ereto, simbolizando a fertilidade.


Por ser provocador, indecente, astucioso e sensual é comumente confundido com a figura de Satanás, o que é um absurdo dentro da construção teológica yorubá, posto que não está em oposição a Deus, muito menos é considerado uma personificação do Mal.

Mesmo porque nesta religião não existem diabos ou mesmo entidades encarregadas única e exclusivamente por coisas ruins como fazem as religiões cristãs, estas pregam que tudo o que acontece de errado é culpa de um único ser que foi expulso, pelo contrário na mitologia yoruba, bem como no candomblé cada uma das entidades (Orixás) tem sua porção positiva e negativa assim como o próprio ser humano.


De caráter irascível, ele se satisfaz em provocar disputas e calamidades àquelas pessoas que estão em falta com ele.


No entanto, como tudo no universo, possui de um modo geral dois lados, ou seja: positivo e negativo.

Exu também funciona de forma positiva quando é bem tratado.

Daí ser Exu considerado o mais humano dos orixás, pois o seu caráter lembra o do ser humano que é de um modo geral muito mutante em suas ações e atitudes.


Conta-se na Nigéria que Exu teria sido um dos companheiros de Oduduà quando da sua chegada a Ifé e chamava-se Èsù Obasin. Mais tarde, tornou-se um dos assistentes de Orunmilá e ainda Rei de Ketu, sob o nome de Èsù Alákétú.


A palavra elegbara significa “aquele que é possuidor do poder (agbará)” e está ligado à figura de Exu.


Um dos cargos de Exu na Nigéria, mais precisamente em Oyó, é o cargo denominado de Èsù Àkeró ou Àkesán, que significa "chefe de uma missão", pois este cargo tem como objetivo supervisionar as atividades do mercado do rei.

Exu praticamente não possui ewós ou quizilas.

Aceita quase tudo que lhe oferecem.

Os yorubás cultuam Exu em um pedaço de pedra porosa chamada Yangi, ou fazem um montículo grotescamente modelado na forma humana com olhos, nariz e boca feita de búzios.

Ou ainda representam Exu em uma estatueta enfeitada com fileiras de búzios tendo em suas mãos pequeninas cabaças onde ele, Exu, carrega diversos pós de elementais da terra utilizados de forma bem precisa, em seus trabalhos.


Exu tem a capacidade de ser o mais sutil e astuto de todos os orixás.

E quando as pessoas estão em falta com ele, simplesmente provoca mal entendidos e discussões entre elas e prepara-lhes inúmeras armadilhas.

Diz um orìkì que: “Exu é capaz de carregar o óleo que comprou no mercado numa simples peneira sem que este óleo se derrame”.

E assim é Exu, o orixá que faz: O erro virar acerto e o acerto virar erro.


Èsù Alákétú possui essa denominação quando Exu, através de uma artimanha, conseguiu ser o Rei da região, tornando-se um dos Reis de Ketu.

Sendo que as comunidades dessa nação no Brasil, o reverenciam também com este nome.


Todos os assentamentos de Exu possuem elementos ligados às suas atividades.

Atividades múltiplas que o fazem estar em todos os lugares: a terra, pó, a poeira vinda dos lugares onde ele atuará.

Ali estão depositados como elemento de força diante dos pedidos.


* Dia Mundial da Paz


Origem:

O Dia Mundial da Paz, inicialmente chamado simplesmente de Dia da Paz foi criado pelo Papa Paulo VI, com uma mensagem datada do dia 8 de dezembro de 1967, para que o primeiro fosse celebrado sempre no primeiro dia do ano civil (1 de janeiro), a partir de 1968, coisa que acontece até hoje.


Dizia o Papa Paulo VI em sua primeira mensagem para este dia: "Dirigimo-nos a todos os homens de boa vontade, para os exortar a celebrar o Dia da Paz, em todo o mundo, no primeiro dia do ano civil, 1 de Janeiro de 1968.
Desejaríamos que depois, cada ano, esta celebração se viesse a repetir, como augúrio e promessa, no início do calendário que mede e traça o caminho da vida humana no tempo que seja a Paz, com o seu justo e benéfico equilíbrio, a dominar o processar-se da história no futuro".
A proposta de dedicar à Paz o primeiro dia do novo ano não tem a pretensão de ser qualificada como exclusivamente religiosa ou católica.
Antes, seria para desejar que ela encontrasse a adesão de todos os verdadeiros amigos da Paz, como se se tratasse de uma iniciativa sua própria ; que ela se exprimisse livremente, por todos aqueles modos que mais estivessem a caráter e mais de acordo com a índole particular de quantos avaliam bem, como é bela e importante ao mesmo tempo, a consonância de todas as vozes do mundo, consonância na harmonia, feita da variedade da humanidade moderna, no exaltar este bem primário que é a Paz.
Completava ainda o Papa Paulo VI: "A Igreja católica, com intenção de servir e de dar exemplo, pretende simplesmente lançar a idéia, com a esperança de que ela venha não só a receber o mais amplo consenso no mundo civil, mas que também encontre por toda a parte muitos promotores, a um tempo avisados e audazes, para poderem imprimir ao Dia da Paz, a celebrar-se nas calendas de cada novo ano, caráter sincero e forte, de uma humanidade consciente e liberta dos seus tristes e fatais conflitos bélicos, que quer dar à história do mundo um devir mais feliz, ordenado e civil".