CASA PODEROSA DOS FILHOS DE YEMANJÁ

CASA PODEROSA DOS FILHOS DE YEMANJÁ
Mostrando postagens com marcador omolú. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador omolú. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 7 de julho de 2017

Omolú

Omolú é a Terra! 

                           Essa afirmação resume perfeitamente o perfil deste orixá, o mais temido entre todos os deuses africanos, o mais terrível orixá da varíola e de todas as doenças contagiosas, o poderoso “Rei Dono da Terra”.

È preciso esclarecer, no em tanto, que Omolú está ligado ao interior da terra (ninù ilé) e isso denota uma íntima relação com o fogo, já que esse elemento, como comprovam os vulcões em erupção, domina as camadas mais profundas do planeta.

Toda a reflexão em torno de Omolú ocorreu colocando-o como um orixá ligado à terra, o que é correcto, mas não deixa de ser um erro desconsiderar a sua relação com o fogo do interior da terra, com as lavas vulcânicas, como os gases etc. o que pode ser mais devastador que o fogo? Só as epidemias, as febres, as convulsões lançadas por Omolú!

Orixá cercado de mistérios, Omolú é um deus de origem incerta, pois em muitas regiões da África eram cultuados deuses com características e domínios muito próximos aos seus. Omolú seria rei dos Tapas, originário da região de Empé. Em território Mahi, no antigo Daomé, chegou aterrorizando, mas o povo do local consultou um babalaô que lhes ensinou como acalmar o terrível orixá. Fizeram então oferendas de pipocas, que o acalmaram e o contentaram. Omolú construiu um palácio em território Mahi, onde passou a residir e a reinar como soberano, porém não deixou de ser saudado como Rei de Nupê em pais Empê (Kábíyèsí Olútápà Lempé).

As pipocas, ou melhor, deburu, são as oferendas predilectas do orixá Omolú; um deus poderoso, guerreiro, caçador, destruidor e implacável, mas que se torna tranquilo quando recebe sua oferenda preferida.

Em África são muitos os nomes de Omolú, que variam conforme a região. Entre os Tapas era conhecido Xapanã (Sànpònná); entre os Fon era chamado de Sapata-Ainon,que significa ‘Dono da Terra’; já os Iorubás o chamam Obaluaiê e Omolú.

Omolú nasceu com o corpo coberto de chagas e foi abandonado pela sua mãe, Nanã Buruku, na beira da praia. Nesse contratempo, um caranguejo provocou graves ferimentos na sua pele. Iemanjá encontrou aquela criança e criou-a com todo amor e carinho; com folhas de bananeira curou as suas feridas e pústulas e transformou-a num grande guerreiro e hábil caçador, que se cobria com palha-da-costa (ikó) não porque escondia as marcas de sua doença, como muitos pensam, mas porque se tornou um ser de brilho tão intenso quanto o próprio sol. Por essa passagem, o caranguejo e a banana-prata tornaram-se os maiores ewò de Obaluaiê.

O capuz de palha-da-costa-aze (aze) cobre o rosto de Obaluaiê para que os seres humanos não o olhem de frente (já que olhar directamente para o próprio sol pode prejudicar a visão). A história de Omolú explica a origem dessa roupa enigmática, que possui um significado profundo relacionado à vida e à morte.

O aze guarda mistérios terríveis para simples mortais, revela a existência de algo que deve ficar em segredo, revela a existência de interditos que inspiram cuidado medo, algo que só os iniciados no mistério podem saber. Desvendar o aze, a temível máscara de Omolú, seria o mesmo que desvendar os mistérios da morte, pois Omolú venceu a morte. Debaixo da palha-da-costa, Obaluaiê guarda os segredos da morte e do renascimento, que só podem ser compartilhados entre o iniciados.

A relação de Omolú com a morte dá-se pelo facto de ele ser a terra, que proporciona os mecanismos indispensáveis para a manutenção da vida. O homem nasce, cresce, desenvolve-se, torna-se forte diante do mundo, mas continua frágil diante de Omolú, que pode devorá-lo a qualquer momento, pois Omolú é a terra, que vai consumir o corpo do homem por ocasião da sua morte.

Obaluaiê andou por todos os cantos de África, muito antes, inclusive, de surgirem algumas civilizações. Do ponto de vista histórico, Omolú é a idade anterior à Idade dos Metais, peregrinou por todos os lugares do mundo, conheceu todas as dores do mundo, superou todas. Por isso Omolú se tornou médico, o médico dos pobres, pois, muito antes da ciência, salvava a vida dos necessitados; durante a escravidão, só não pôde superar a crueldade dos senhores, mas de doenças livrou muitos negros e até hoje muitos pobres só podem recorrer a Omolú que nunca lhes falta.


domingo, 1 de janeiro de 2017

Falaremos sobre: OMOLÚ




Omulu também conhecido como Obaluaiê velho é um orixa que oferece aos seus filhos poderes de decisão para enfrentar os momentos mais difíceis, além de possuir interesse forte pelo misticismo e tudo o que é oculto. 

Em algumas tribos africanas, Omulu é conhecido como o Obaluaiê velho, mas também como o deus da doença, muito temido nos cultos. Ele é considerado o médico dos pobres e atende as pestes em geral. Segundo sua historia, ele teria sido criado por Iemanja numa gruta, pois sua mãe Nanã o havia abandonado por ter muitas feridas pelo corpo.

 Omulu é conhecido ainda como rei das terras santas e dos cemitérios. 

Insatisfação é a principal característica dos filhos deste Orixá. 

Mesmo que sua vida corra na mais perfeita tranquilidade, eles nunca estão satisfeitos. 

Podem atingir o ponto mais alto da sua profissão, porém podem deixar ir por água abaixo tudo o que foi planejado durante anos. 

Nos relacionamentos pessoais, são difícies de se lidar e procuram ter uma vida independente dos outros.



Dia da Semana: Segunda-feira

Saudação: Atotô, meu pai, Atotô!

Cores:Branco, preto e vermelho

Símbolo: Xaxará ou Íleo, lança de madeira

Alimento Principal: Pipoca




quinta-feira, 10 de junho de 2010

Orixá: Omolu

Omolu





Omolu
- escultura de Carybé em madeira, em exposição no Museu Afro-Brasileiro, Salvador, Bahia, Brasi






















Omolu/Obaluaye candomblé.












































África


Omolu, na África, é considerado junto à sua mãe Nanã, o Orixá da morte.



















Se não é aquele que faz a transição do espírito que desencarnou, é o responsável pela morte dos enfermos. Em época de várias mortes com a varíola, foi responsabilizado pela morte de milhões de pessoas, sendo conhecido como o Orixá da varíola.


























 Brasil


Omolu é um orixá africano cultuado nas religiões afro-brasileiras que o tem como o Senhor da Morte, uma vez que é o responsável pela passagem dos espíritos do plano material para o espiritual.






Seus filhos são sérios, quietos, calados, alegres de vez em quando, ingênuos demais , porém espertos e observadores e um tanto teimoso.















Seus filhos agem como pessoas muito idosas, são lentos e tem hábitos de pessoas muito velhas.



















Seus filhos também tem muitos problemas de saúde.






























Candomblé


Muitas vezes confundido com o Orixá Obaluayê, tanto que, no Brasil, muitas casas de santo cultuam Obaluayê e Omolu como um só orixá, Omolu é, no entanto, um orixá que se aproxima de Obaluayê, mas possui uma identidade própria.
















Mas assim como Omolu pode trazer a doença, ele também a leva.  aos seus filhos e
os devotos lhe atribuem curas milagrosas, realizando oferendas de pipocas, o deburu ou doburu, em sua homenagem ou jogando-as sobre o doente como descarrego.










Em algumas casas de santo, as pipocas são estouradas em panelas com areia da praia aquecida, lembrando a relação desse orixá com Iemanjá, chamado respeitosamente de tio, principalmente pelo povo da casa branca.




Afinal, conta a história que Omolu, muito doente, foi abandonado num rio perto da praia por sua mãe Nanã, por ele ter nascido com grandes deformidades na pele. Iemanjá o tomado como filho adotivo e o curou das doenças.












Seu amor materno por ele foi tão grande, que ela o criou como seu próprio filho.




 Por isso, são realizadas oferendas a Omolu nas areias das praias do litoral brasileiro.






Vestido com palha da costa e com contas nas cores vermelha, preta e branca, Omolu dança o opanijé, dança ritual marcada pelo ritmo lento com pausas, enquanto segura em suas mãos o xaxará, instrumento ritual também feito de palha-da-costa e recoberto de búzios.






Em alguns momentos da dança, Omolu espanta os eguns, (espíritos dos mortos) e afasta as doenças, com movimentos rituais.






Omolu também possui relação com Iansã, em especial Oyá Igbalé, qualidade de Iansã que costuma dançar na ponta dos pés e direciona os eguns para o reino de Omolu.






Junto a Nanã Buruku e Oxumaré, forma a família de orixás dahomeana, costuma ser reverenciado às segundas-feiras e sincretizado com os santos católicos São Lázaro e São Bento de Núrsia, patrono da boa morte.




São Lázaro






São Bento de Núrsia






No sul, sudeste e centro-oeste do Brasil, em especial na Umbanda é sincretizado com São Roque.




São Roque






No município de Cachoeira (Bahia), Omolu é cultuado pela Irmandade da Boa Morte que faz a lavagem da Igreja de São Lázaro.




Irmandade da Boa Morte


Irmandade da Boa Morte

Irmandade da Boa Morte


Irmandade da Boa Morte



Irmandade da Boa Morte









O banho de pipoca, um ritual de purificação do sincretismo religioso, atrai fiéis do catolicismo e do candomblé à igreja de São Lázaro nos finais da tarde.



Erguida no alto de uma colina em 1737, São Lázaro descortina bonita vista da orla de Ondina.













Erguida no alto de uma colina em 1737, São Lázaro descortina bonita vista da orla de Ondina.














PAIS E MÃES DE SANTO
COM BALAIOS DE PIPOCAS PARA REALIZAREM AS LIMPEZAS DOS FIÉIS













Aspectos Gerais






DIA: Segunda-feira


DATA: 13 ou 16 de Agosto


METAL: Chumbo


CORES: Preto, branco e vermelho.


COMIDAS: Pipoca (deburu), abado, mostarda (latipá), aberém.


SÍMBOLOS: Xaxará ou Íleo, lança de madeira, lagidibá.


ELEMENTOS: Terra e fogo do interior da Terra.












REGIÃO DA ÁFRICA: Empé ou Mahi (no ex-Daomé)


PEDRA: Turmalina negra.








FOLHAS: Canela-de-velha, picão, erva-de-bicho, velame, manjericão roxo, barba-de-velho, mamona.


ODU QUE REGE: Odi, Etaogundá, Obeogundá.


DOMÍNIOS: Doenças epidêmicas, cura de doenças, saúde, vida e morte.


SAUDAÇÃO: Atotoó!!!








                                                   
                                               
                                                          SEUS ANIMAIS SAGRADOS






















Origem e História






Omolu é a Terra! Essa afirmação resume perfeitamente o perfil desse orixá, o mais temido entre todos os deuses africanos, o mais terrível orixá da varíola e de todas as doenças contagiosas, o poderoso “Rei Dono da Terra”.






È preciso esclarecer, no em tanto, que Omolu está ligado ao interior da terra (ninù ilé) e isso denota uma intima relação com o fogo, já que esse elemento, como comprovam os vulcões em erupção, domina as camadas mais profundas do planeta.






Toda a reflexão em torno de Omolu ocorreu colocando-o como um orixá ligado a terra, o que é corretíssimo, mas não deixa de ser um erro desconsiderar a sua relação com o fogo do interior da terra, com as lavas vulcânicas, como os gases etc. o que pode ser mais devastador que o fogo? Só as epidemias, as febres, as convulsões lançadas por Omolu! Omolu é o fogo que varre, que arrasta para a morte - como as lavas de um vulcão.




Uma cantiga de Jagun, uma qualidade guerreira de Obaluaiê (Obalúayé), comprova o que foi dito:






Ele é o senhor que pode afligir o mundo com pestes e doenças.


Pode afligir a Terra e devastar como o fogo.


Pode afligir o despertar e o adormecer.


Ele é Ajagunán.






Orixá cercado de mistérios, Omolu é um deus de origem incerta, pois em muitas regiões da África eram cultuados deuses com características e domínios muito próximos aos seus.






Omolu seria rei dos tapas, originário da região de Empé. A esse respeito, a história revela que Obaluaiê, acompanhado de seus guerreiros, teria se aventurado pelos quatro cantos da Terra.






O poderoso orixá massacrou todos os seu inimigos, um ferimento feito por sua flecha tornava as pessoas cegas, surdas ou mancas.


Em território Mahi, no antigo Daomé, chegou aterrorizando, mas o povo do local consultou um babalaô que lhes ensinou como acalmar o terrível orixá. Fizeram então oferendas de pipocas, que o acalmaram e o contentaram. Omolu construiu um palácio em território Mahi, onde passou a residir e a reinar como soberano, porém não deixou de ser saudado como Rei de Nupê em pais Empê (Kábíyèsí Olútápà Lempé).






As pipocas, ou melhor, deburu, são as oferendas prediletas do orixá Omolu; um deus poderoso, guerreiro, caçador, destruidor e implacável, mas que se torna tranqüilo quando recebe sua oferenda preferida.






Como se pôde observar, até aqui temos utilizando os nomes Omolu e Obaluaiê indistintamente pra designar o grande orixá das doenças epidêmicas, e não há nada de errado nisso. Obaluaiê significa ‘Rei dono da Terra’e Omolu,’Filho do senhor’, resta saber que ‘Senhor’ é o pai de Omolu. Ao analisar separadamente cada palavra que forma os nome desse orixá, a questão fica mais clara:






OBALUAIÊ= OBÁ + OLU + AIYÉ


OMULU= OMO + OLU










Portanto Omolu é, sim, o filho do senhor, mas do senhor Obaluaiê. Trata-se de duas qualidades do mesmo orixá, mas as pessoas costumam confundir as coisas e dizer que Omolu é o pai e Obaluaiê o filho, esse é um equívoco que se reproduziu ao longo dos anos.






Na África são muitos os nomes de Omolu, que variam conforme a região. Entre os tapas era conhecido Xapanã (Sànpònná); entre os fon era chamado de Sapata-Ainon,que significa ‘Dono da Terra’; já os iorubás o chamam Obaluaiê e Omolu.






Omulu nasceu com o corpo coberto de chagas e foi abandonado por sua mãe, Nanã Buruku, na beira da praia. Nesse contratempo, um caranguejo provocou graves ferimentos em sua pele. Iemanjá encontrou aquela criança e a criou com todo amor e carinho; com folhas de bananeira curou suas feridas e pústulas e a transformou em um grande guerreiro e hábil caçador, que se cobria com palha-da-costa (ikó) não porque escondia as marcas de sua doença, como muitos pensam, mas porque se tornou um ser de brilho tão intenso quanto o próprio sol. Por essa passagem, o caranguejo e a banana-prata tornaram-se os maiores ewò de Obaluaiê.






O capuz de palha-da-costa-azê (azé) cobre o rosto de Obaluaiê para que os seres humanos não o olhem de frente (já que olhar diretamente para o próprio sol pode prejudicar a visão). A história de Omulu explica a origem dessa roupa enigmática, que possui um significado profundo relacionado à vida e à morte.






O azê guarda mistérios terríveis para simples mortais, revela a existência de algo que deve ficar em segredo, revela a existência de interditos que inspiram cuidado medo, algo que só o iniciados no mistério podem saber. Desvendar o aze, a temível máscara de Omulu, seria o mesmo que desvendar os mistérios da morte, pois Omulu venceu a morte. Embaixo da palha-da-costa, Obaluaiê guarda os segredos da morte e do renascimento, que só podem ser compartilhados entre o iniciados.






A relação de Omolu com a morte se dá pelo fato de ele ser a terra, que proporciona os mecanismos indispensáveis para a manutenção da vida. O homem nasce, cresce, desenvolve-se, torna-se forte diante do mundo, mas continua frágil diante de Omolu, que pode devorá-lo a qualquer momento, pois Omolu é a terra, que vai consumir o corpo do homem por ocasião de sua morte. Por isso é que se diz que Omolu mata e come gente.






Essa é a prova de que Obaluaiê andou por todos os cantos da África, muito antes, inclusive, de surgirem algumas civilizações. Do ponto de vista histórico, Omolu é a idade anterior à Idade dos Metais, peregrinou por todos os lugares do mundo, conheceu todas as dores do mundo, superou todas. Por isso Omolu tornou-se médico, o médico dos pobres, pois, muito antes da ciência, salvava a vida dos desvalidos; durante a escravidão, só não pôde superar a crueldade dos senhores, mas de doenças livrou muitos negros e até hoje muitos pobres só podem recorrer a Omolu que nunca lhes falta.