Iroko: É um Orixá relacionado aos desejos, sejam bons ou maus.
Orixá caminhante, se consagra através de Obatalá.
Iroko é o espírito que vive na raíz para alguns, e para outros vive na folhagem da Ceiba-Aragbá(pau borracho).
Todos os Orixás veneram em Irokó.
Outro de seus nomes são: Aragbá e Iroké.
Se disse que se faz rogação ao pé dele durante um ano para ter filhos e se lhe oferece um carneiro quando nasce.
Também se diz que é um caminho de Obatalá.
Familia de Iroko.
Iroko é velho e sua companheira ( esposa) se chama Abomán, e sua irmã Ondó.
Oferenda a Iroko.
Se sacrificam animais ao pé da Araba-Ceiba, colocando-se um pano Vermelho.
Os sacrifícios que se realizam são de bois jovens (virgens), isto somente é passado pelos santeiros, porém levam ainda velas acesas e se sacrificam ainda galinhas, galos, frangos, patos e perus(guanajos), todos brancos.
Oke: Orishá dos morros, das montanhas e das alturas (elevações) da terra. Representa a perfeição do estado primordial do homem que nasce de Olodumare e retorna a Ele.
É o simbolismo dos mistérios de Olofín e a firmeza da mãe terra.
Com seu otá, se amassam as ervas e faz-se o machuquilho (Ashé) do Orishá e qualquer tipo de pó.
Seu culto advém de Abeokuta e Ibadán, onde se adorava o piso coberto com uma xícara pintada de branco, com um orifício em sua parte superior por onde se imolavam os animais.
A xícara somente se destapa para utilizar a Oke. Como guardião de Ibadánna guerra com Ifé se refugiou em uma montanha de Oshuntá.
Seu nome advém do Yorubá Òké (altura, elevação, grandeza).
Forma uma importante trilogia com Oggué e Oricha Oko, com quem regem todos os movimentos da terra.
Irmão de Oxossí e Inlé porém inseparável de Obatalá.
Vive no chão diante do canastillero, pois em algumas casas de Cuba o colocam junto a Obatalá e em outros casos, o colocam dentro da sopeira deste.
É um Orixá de fundamento, não se assenta, se recebe em toda consagração de Osha.
Os filhos de Yemanja o recebem sobre o ombro esquerdo.
Seu receptáculo é uma freidor plano, que contém um único otá, que é de forma redonda e plana, de cor branca, negra ou caramelo, e se cobre com algodão.
Se oferta a Oke o mesmo que a Obatalá, e a Oke lhe correspondem suas cores e números de vibração.
Não possui Elekes e fala por diloggún em Eyeunle Meyi.
Seus Ewe são o alacrancillo, bejuco guaro e a candelilla.
Não tem saudação especifica, podendo se saudar assim: ¡Maferefún Oke
Oshossí ou Oxossi: E um Osha do grupo de Orixá Oddé, comumente chamados, Os guerreiros.
Conforme Elegúa, Ogún, Oshossi e Ozun.
É um dos primeiros Orishas (Osha) que recebe qualquer indivíduo.
É um Orixá caçador por excelência.
Se identifica com a carcel, a justiça e com os perseguidos.
É o pensamento capaz de trasladar-se a qualquer local ou qualquer tempo, capturar e obter algo.
Está simbolizado pelas armas de Arco e Flecha, e está também relacionado com Ogún.
É considerado um Osha da magia e bruxaria.
Seu nome provém do Yoruba Osóssí (Osó: bruxo Sísé: fazer trabalho Sí: para), literalmente "O que trabalha com bruxaria".
Foi Rei de Ketu.
Oshossi vive com Ogún, exceto o que se recebe como Orisha Olorí ou seja Tutelar, que se assenta separado de Ogún quando recebe a mão de búzios e seu eleke por Itá.
Dono da mata, floresta, bosque e da caça, seu otá (pedra) se recolhe alí.
O número de Oshossi é o 3 e seus múltiplos.
Sua cor e azul e seus colares decoram-se de contas azul e coral alternadas, sendo que em outros casos decoram com 7 azuis e 7 amarelas.
No sincretismo é comparado com São Norberto (6 de junho) .
Se Saúda ¡ Oshossi Odde Mata !
Familia de Oshossí.
Em Nigeria é considerado filho de Oduduwa (Oddua).
Em Cuba Oshossi e considerado como filho de Obatalá e Yemú ou Yembó. Esposo de Oshún com quem teve Logun Ede.
Diloggún em Oshossí.
Oshossi fala no diloggún por Eyioko (2).
Objeto de poder de Oshossí.
Os objetos de poder de Oshossi são: um Arco, uma Flecha e uma Gaiola.
Oferendas a Oshossí.
A Oshossi se lhe oferece alpiste, milho, inhame, aguardente, anis, charuto, pássaros caçados, mandioca e legumes. Se sacrificam cabritos, galos, codornaz, frangos, veados, pombos, galinhas de angola, cutias, etc. Alguns de seus ewes são a cana santa, pata de galinha, adormidera, picão, folha da fortuna, guine, alfavaca, tostão, peregún, peonía, verdroera, abacate, goiabeira, Ceiba, álamo, algarrobo, almácigo, maravilha, pendejera, higuereta, galán de noite, cirijuela, etc.
Coroar Oshossí. Kari-Osha.
Para coroar Oshossi deve receber antes os Orishas Guerreiros.
Logo durante a coroação se deve receber os seguintes Oshas e Orishas: Oshossi, Eleguá, Ogún, Obatalá, Oke, Yemaya, Shangó, Ogué, Oshún e Oyá(Iansã).
Ogún: É o Orixá que representa a fortaleza, o trabalho e a força áspera e inicial.
É a força que encerra a caixa do corpo humano, o tórax, onde estão todos os órgãos vitais.
Está simbolizado pelo ferro, por todos os metais, a virilidade descomunal no ser humano.
É dono das ferramentas e das correntes.
Ogú é um Osha do grupo de Orishá Oddé, comumente denominados Os Guerreiros.
Este grupo se forma com Elegúa, Ogún, Oshossi e Ozun.
É um dos primeiros Orishás e Oshas que recebe qualquer individuo.
Ogún é Osha decisivo em cerimonial de confirmação dos Oloshas (Pinaldo), bem como na cerimônia de confirmação de Awó ni Orumila (Kuanaldo).
Ogún tem o direito preferencial de sacrificar, porque a ele pertence à faca(obbe), objeto com o qual geralmente se sacrifica.
Se assenta em Yoko Osha.
É dono da floresta (monte) junto com Oshossi e dos caminhos junto com Elegúa.
Ogún é o regente dos ferreiros, das guerras, vigia dos seres humanos.
Seu nome provém do Yoruba Ogún(guerra). Provém de Ileshá, foi Rei de Iré. Suas cores são roxas, verdes e negras.
Seus elekes (colares) se confeccionam alternando contas verdes e negras.
O número de Ogún é 3 e seus múltiplos. Seu dia da semana é terça feira e os dias 4 de cada mês.
Se saúda ¡Oke Ogún! ¡Ogún Kobú Kobú, Aguanilé!
Objeto de poder de Ogún.
O objeto do poder de Ogún e o facão.
Trajes de Ogún.
Ogún se veste com blusa e calça púrpura, leva um gorro achatado.
Leva ademais um cinturão decorado com cumpridas fibras de palma.
Em seu ombro uma bolsa de pele de tigre decorado com búzios.
Oferendas a Ogún.
A Ogún se oferta manteiga de cacau, jutía e pescado defumados, charutos, aguardente, manteiga de corojo (dendê), carne de boi ou cabrito, milho torrado, alpiste, farinha de milho, inhame, feijão branco, nozes de Kola, etc. Se sacrificam cabritos, galos ou frangos, galinhas de Angola, pombos, jutías.
E antigamente se sacrificavam cachorros e cavalos.
Suas folhas são: abacate, algarrobo, almácigo, amendoeira, tostão, língua de vaca, pata de galinha, Ceiba, mora, erva da sangre, dormideira, alfavaca, aroma, rompesaragüey, picão, cardo santo, gengibre, romã, pendejera, peonía, tabaco, sempre viva, peregún, maravilha, jagüey, verdolaga, erva dez do día, aipim, erva fina, galán de noite, etc
Dia de Elegúa: Segunda feira
Cores: Vermelho e Preto
Números: 03, 11, 21
Bebida: Aguardente (cachaça)
Animal: Cabrito pequeno
Aves: Frango e galo
Ervas: Cana de Açúcar
Elegúa é a primeira proteção, porque ele e quem abre os caminhos para continuar na religião.
Os não iniciados ou aleyos devem receber ou consagrá-lo como primeiro.
E a vista que segue um caminho, se converte em um guerreiro temível e feroz quando se junta a Ogún e Oshossi, nada o detém.
Elegua é um dos primeiros Oshas ou Orishas que se recebem.
E um Osha do grupo de Orisha Oddé, a os que chamamos Os Guerreiros.
E o primeiro dos guerreiros junto a Ogún, Oshossi e Ozun.
Na natureza esta simbolizada pelas rocas.
Eleguá veio ao plano terrestre acompanhando ao Osha Obatalá.
È considerado o mensageiro fundamental de Olofín.
Vive na maioria dos casos detrás da porta, cuidando do Ilé de quem o possui.
Dono absoluto dos caminhos e destino, é quem fecha ou abre o astral para a felicidade o infelicidade dos seres humanos.
Sempre se deve contar com ele para realizar qualquer coisa.
È o portero da sabana e floresta
E em Osha que se assenta, vai a esteira no dia do itá de Osha e fala pelo dilogún. O signo principal do Olosha está determinado por sua conversa é do Anjo da Guarda.
Também é intérprete principal das letras do Sistema do Oráculo do Dilogún e joga um rol fundamental nos sub-sistemas do Oráculo de Biangue ou Aditoto. E entregue por Babaloshas e Iyaloshas é o único que regressou ao mundo de Ará Onú.
Ganhou suficientes privilégios de parte de Olofin, Obatalá é Orumila para ser o primeiro a ser atendido.
Sua mão de caracóis e a maior, porque consta de 21 búzios, estes são também os números de seus caminhos. Lhe pertence por excelência junto a Obatalá o Oráculo do Coco (Obí).
Familia de Elegúa.
Eleguá é filho de Okuboro e Añagui, Reis da região de Egbá. Seu nome original provém do Yoruba Èsú Elègbará (mensageiro príncipe dos que vivem em Egbá). Se diz também que foi filho de Obatalá é Yembó, irmão de Shangó, Ogún,Ozun é Orumila.
Dilogún em Elegúa.
Oferendas a Elegúa.
A Eleguá são sacrificados cabritos, galos, frangos, pintos, jutias, ratos. Seu tabu são os pombos, porque o enfraquecem ou debilitam, exceto alguns caminhos particulares onde o admitem.
Seus ewes são abre caminhos, sabe lição, croto, algarrobo, alcanfor, almacigo, agrião, alfavaca, ají chileno, ají guao guao, álamo, tostão, amendoeira, pata de galinha, Araba, curujey, chichicate, bejuco guaro, jobo, peonía, peregún, maravilha, pica pica, raspa língua, folha da fortuna, rompesaragüey, verdroera, travesura, zarza branca, pendejera, pinhón botija, etc
Eleguá fala por todos os Odú por este pertenecer-lhe. Fundamentalmente o faz pelo Oddi, Okana Sode e Ojuani Shogbe.
A Santeria, também é conhecida como Regra de Osha e Lukumi, foi levada à Cuba pelos escravos oriundos da África que foram para as plantações de cana de açúcar, para proteger a sua religião, nasceu o sincretismo.
Os colonizadores numa tentativa de suplantar a sua religião, evangelizaram os negros Lucumí , mas as condições eram difíceis.
Portanto se utilizando de uma forma inteligente os nossos antepassados salvaram os costumes e o Culto aos Orixás.
A prática da Santeria em Cuba e todo conhecimento foi preservado graças à documentos que foram "guardados", pelos ancestrais.
Em vários tópicos vou trazer esclarecimentos sobre esta religião, desmistificando assim alguns pontos de alta relevância, tais como:
O atendimento à necessidades dos Orixás na religião é de maneira muito particular.