CASA PODEROSA DOS FILHOS DE YEMANJÁ

CASA PODEROSA DOS FILHOS DE YEMANJÁ

sábado, 28 de julho de 2018

Nanã é a mãe ancestral



Nanã é a mãe ancestral, importada das terras do Daomé. 

É a mulher sábia, a anciã que atingindo a menopausa, já não verte sangue. 

Por isso retém em si o poder da procriação. 

Como associada à lama e às águas contidas na terra, liga-se ao processo de fertilidade da terra. 

Simboliza a maternidade arcaica indiferençada, pois é a mãe de todos os seres, à partir dos moluscos dos pântanos. 

São seus filhos os mortos e os ancestrais.


domingo, 22 de julho de 2018

Qualidades de Nanã



Nanã Abenegi: Dessa Nanã nasceu o Ibá Odu, que é a cabaça que traz Oxumarê, Oxossi Olodé, Oya e Yemanjá.

Nanã Adjaoci ou Ajàosi: É a guerreira e agressiva que veio de Ifé, às vezes confundida com Obá. Mora nas águas doces e veste-se de azul.

Nanã Ajapá ou Dejapá: É a guardiã que mata, vive no fundo dos pântanos, é um Orixá bastante temido, ligado a lama, a morte, e a terra. Veio de Ajapá. Está ligada aos mistérios da morte e do renascimento. Destaca-se como enfermeira; cuida dos velhos e dos doentes, toma conta dos moribundos. Nela predomina a razão.

Nanã Asainan ou Asenàn: Provisoriamente sem dados inerentes a este caminho do Orixá Nanã.

Nanã Buruku ou Búkùú: Também é chamada Olú aiye (senhora da terra), ou Oló wo (senhora do dinheiro) ou ainda Olusegbe. Este Orixá veio de Abomey; ligado à água doce dos pântanos, usa um ibiri azul.

Nanã Iyabahin ou Lànbáiyn: Provisoriamente sem dados inerentes a este caminho do Orixá Nanã.

Nanã Obaia ou Obáíyá: É ligada a água e a lama. Mora nos pântanos; usa contas cristal vestes lilás e veio do país Baribae.

Nanã Omilaré: É a mais velha, acredita-se ser a verdadeira esposa de Oxalá. Associada aos pântanos profundos e ao fogo. É a dona do universo, a verdadeira mãe de Omolu Intoto. Veste musgo e cristal.

Nanã Savè: Veste-se de azul e branco, e usa uma coroa de búzios.

Nanã Ybain: É a mais temida. Orixá da varíola. Usa cor vermelha, é a principal, come direto na lagoa, dando origem a outros caminhos. Para chamá-la, a ekedi tem que ir batendo com seus otás para fazê-la pegar suas filhas.

Nanã Oporá: Veio de Ketu, coberta de òsun vermelho. É a mãe de Obaluaiyê, ligada a terra, temida, agressiva e irascível.

Nanã Xalá: Muito ligada ao Branco e a Oxalá.

Teremos ainda outros nomes, títulos ou qualidades: Inselè, Sùsùré, Elegbé, Bíodún, ìkúrè, Asaiyó, etc.


Nanã




Em sua passagem pela Terra, foi a primeira Iyabá e a mais vaidosa, razão pela qual segundo a lenda, desprezou o seu filho primogênito com Oxalá, Omolú, por ter nascido com várias doenças de pele. 

Não admitindo cuidar de uma criança assim, acabou por o abandonar no pântano. 

Sabendo disso, Oxalá condenou-a a ter mais filhos, os quais nasceriam todos com alguma deformação física (Oxumaré, Ewá e Ossayin), e baniu-a do reino, ordenando-lhe que fosse viver no mesmo lugar onde abandonou o seu filho, no pântano.

Nanã tornou-se uma das Iyabás mais temidas, tanto que em algumas tribos quando o seu nome era pronunciado, todos se jogavam ao chão. 

Senhora das doenças cancerígenas, está sempre ao lado do seu filho Omolú. 

É protetora dos idosos, desabrigados, doentes e deficientes visuais.



Nanã Buruku, Nanã, Nanã Buluku, Nanã Buruquê, Nanã Buru, Nanã Boroucou, Nanã Borodo, Anamburucu ou Nanamburucu


Nanã é um vodun e orixá das chuvas, dos mangues, do pântano, da lama, senhora da morte, e responsável pelos portais de entrada (reencarnação) e saída (desencarne). 

Identificada no jogo do merindilogun pelo odu ejilobon e representado materialmente no candomblé através do assentamento sagrado denominado igba Nanã.



segunda-feira, 9 de julho de 2018

Igbá !!!!




Igba orixa, ibá orixa ou simplesmente ibá é o nome dos assentamentos sagrados dos orixás na cultura nago vodun, onde são colocados apetrechos e fetiches inerente a cada um deles na feitura de santo. 

Ao lado de cada um dos igbas encontramos talhas, quartinhas e quartiões, que devem conter o líquido mais precioso da vida chamado pelo povo do santo de omin (água).

Cada igba orixa é uma representação material e pessoal, simbolizando a captação de energia oriundo da natureza, ligado aos orixás correspondentes e sempre emanando energias para seus adeptos e crentes.



Mantenha o seu ibá sempre limpo e devidamente cuidado pois ele é o único contato de ``seu Orisá´´ aqui no Plante Terra.



quarta-feira, 4 de julho de 2018

Lágdibá aliança de proteção, poder e domínio.


LÁGDIBÁ – Colar ritualístico confeccionado de chifre de búfalo, de uso EXCLUSIVO dos Sacerdotes do Culto ao Deus da Varíola Sòpònná, conhecido no Novo Mundo pelo nome de Obalùàiyé. 





Um mito relata que o primeiro Lagdiba do mundo, foi criado no Àiyé a partir dos chifres de um “Búfalo Encantado” do qual trouxe do Òrún, a varíola e outras doenças existentes em nosso mundo.

É entregue aos seus vodunsis nas cerimônias de sete anos de iniciação. 



É feito de chifre de búfalo, considerado um animal sagrado na África, ligado às cerimônias de fecundação da terra. Símbolo dos Anciãos africanos. 

Existe lágidiba feito com talo de palmeira (Igi Opé), e existe ainda, um lágdiba branco feito de marfim, ligado a Vodun-Fá, muito usado pelos Bokonõ (semelhante aos babalawo). Representa a sabedoria e a elevação divina. 

O poder e a força da fecundidade e da re-criação de tudo e do Todo. 

O lágdiba também representa a paciência, a calma e a sabedoria dos anciãos.

Em algumas regiões da África, o búfalo (assim como o boi), é considerado um animal sagrado, oferecido em sacrifício, ligado a todos os ritos de louvação e fecundação da Terra.

Hoje, algumas pessoas estão usando indiscriminadamente o Lágdiba, independente de qual seja o seu Vodun. 

Deve-se lembrar que esse fio possui um simbolismo muito forte ligado à morte.






Lagdibá



O Lagdibá é feito de chifre de búfalo cortado em rodelinhas formando pequenos discos, normalmente é de cor preta, usados tradicionalmente pelos iniciados de Omolu/Obaluaiye e Sakpatá. 

Exclusivamente conforme um ítán de ifá ! 

Este fio, é a forma de Òmólú dominar todas as quizilas e mazelas das quais ele por arrogância, soberda, vaidade e avareza foi sua própria vítima.

Lagdibá é um fio-de-contas usado por Babalawos, Bokonon e outros sacerdotes africanos, no Brasil é usado por Babalorixás, Iyalorixás, Ogans, Ekedis, se estes forem filhos desta Divindade e pessoas de outros posto de graduação do Candomblé de todas as nações, jamais poderá ser usado por pessoas que não tenham cargo ou posto e filhos deste Orisá !!!!!



terça-feira, 3 de julho de 2018

Palha da costa



Palha da costa é a fibra de ráfia conhecida como ìko pelo povo do santo. 

É extraída de uma palmeira chamada Igí-Ògòrò pelo povo africano e que, no Brasil, recebe o nome de jupati, cujo nome científico é Raphia vinifera.

No candomblé, representa a eternidade e transcendência, como prova da imortalidade e reencarnação, sendo utilizado na confecção das roupas dos orixás, em especial Obaluayê e Omolu (Sakpata). 

Seu uso é indispensável na iniciação (feitura de santo) no sentido de proteger a vulnerabilidade dos neófitos.


Esta mesma palha trançada com espessura de um dedo mindinho e comprimento de um metro, chama-se Ikan, popularmente chamado de "contraegum" pelos leigos e até mesmo pelo povo de santo. 

Geralmente, é amarrado nos braços e cintura dos iniciados, com a finalidade de afastar as energias negativas e espíritos malévolos, impedindo a incorporação de eguns (espíritos de mortos).


Umbigueira (recebe este nome quando é amarrado na cintura).
Mokan (recebe este nome quando é ornado com búzio da costa): é um colar de palha trançada que é usado no pescoço junto com o delogun e seu comprimento é até o umbigo.

Contraegum (recebe este nome quando é amarrado na dobra da parte inferior da junção entre braço e ombro).





Deburu



Doburu - 

              é a comida ritual dos Orixás Obaluaiyê e Omolu, é o milho de pipoca estourado em uma panela, em alguns lugares com óleo (dende), em outros com areia. 

Nesse último caso, é preciso peneirar a areia dessa pipoca depois de pronta. 

Ao final, a pipoca é colocada em um alguidar (vasilha de barro) e enfeitada com pedacinhos de coco.




Olugbajé



O Olugbajé é a festa anual em homenagem a Obaluayê, onde as comidas são servidas na folha de mamona. 




Rememorando um itan (mito) onde todos os Orixás para se acertarem com Obaluaiyê, por motivos de ter sido chacoteado numa festividade feita por Xangô por sua maneira de dançar.

Nessa festividade, todos os Orixás participam (com exceção de Xangô), principalmente Osanyin, Oxumarê, Nanã e Yewá, que são de sua família. 

Oyá tem papel importante por ser ela que ajuda no ritual de limpeza e trazer para o barracão de festas a esteira, sobre a qual serão colocadas as comidas.

Olubajé é ritual especifico para o orixá Obaluayê, indispensável nos terreiros de candomblé, no sentido de prolongar a vida e trazer saúde a todos os filhos e participantes do axé. 

No encerramento deste rito é oferecido no mínimo nove iguarias da culinária afro-brasileira chamada de comida ritual pertinente a vários Orixás, simbolizando a Vida, sobre uma folha chamada "Ewe Ilará" conhecida popularmente como mamona assassina, "altamente venenosa" simbolizando a Morte (iku).