Oya – Orisa de super poderes
Eu vou começar uma série de textos, mostrando para vocês, uma história real da onde cada um desses orisa foram percorrendo suas caminhadas do céu para terra. Essa série de histórias eu vou nomear de desmistificando o místico
Eu quero começar desmistificar, começando por esse Orisá, porque uma parte das pessoas que cultuam Orisa, sempre colocam ela como Orisa que se transforma em um búfalo. Uma das coisas que eu mais peço para as pessoas que praticam a cultura yoruba, é dentro da cultura, você precisa ir procurar na fonte o que significa cada história daquele Orisá e para você poder aprender as histórias deles, você precisa começar aprendendo a observar os oriki. Todos esses oriki eles explicam quem são eles e o que eles fizeram, para que pudessem se tornar essas divindades que estão famosas e reconhecidas por seus super poderes.
Para saber mais os tipos de rezas, aconselho as pessoas a começar a estudar na escola de Ifa, aqui dentro desse canal eu explico o porquê da escola de Ifa.
Oya é um Orisa muito poderosa como sabemos. Sango quando a viu pela primeira vez ele ficou apaixonado. Porém, neste dia de festa que era de Ogun, Sango à observou muito e foi perguntar à Ogun “quem é aquela mulher que dança tão bem e é tão bonita?” Ogun respondeu que era sua esposa Oyá. Resumindo essa parte da história, Sango decidiu casar com Oya e os dois aceitaram o acordo feito de não brigarem mais. ogum foi até Oyá explicou a ela o quê Sangô queria com ela e ela perguntou logo em seguida se Sango cuidaria dela e daria tudo que ela precisasse. Ogun disse que sim e foi assim que Oya aceitou se casar com Sango.
Nesse tempo Sango já tinha 6 esposas, primeira é Asabo (Oba), segunda Osun, porém, a menos conhecida Ganbiolu era a mais querida dele. Quando Oya chegou na casa, deixou as 3 muito nervosas: “mais uma Sango? Você já tem 6! Não foi suficiente?!” Sango as deixou falando sozinha. Oya depois de um tempo ficou só com Sango. Sango foi seu amor, ela inspirou Sango e deu forças sobrenaturais com chamar os raios e soltar fogo pela boca. Sim, Oya descobriu isso primeiro que Sango. Ela o fez um homem forte e destemido. Em Oyo Sango não foi respeitado como é dito nas histórias, sendo que a realidade foi outra. Porém, vou deixar para falar de Sango quando for a vez de falar dele.
Oya tinha o respeito por muitos porque ela era calma e gentil. Era uma mulher que já tinha muitas seguidoras e tinha muito dinheiro (ela era rica mesmo), tanto é que ela fez questão de saber se Sango era bom no quesito monetário ou não, porque ela era livre e não gostaria de bancar um homem.
Oya era desconhecida. Ela escolheu Ira como sua residência e foi ali muito conhecida, daqui saiu o nome Onira (senhora de Ira). Porém ela viveu em na terra de Asun, Idun Sakere e foi vista em Tapa por um período. Seu templo em Irá foi esquecido por um tempo, atualmente as pessoas estão consertando o seu espaço.
Oya a to iwo efon gbé
Ela é grande o bastante para carrega o chifre do búfalo
Esta parte do oriki me faz pensar como as pessoas pensam sobre no que Oya se transformava. Mas como existem muitas saudações, interpretações e significados, às vezes as palavras são ditas por parábolas.
Nesta parte do oriki não diz que ela tem chifre de búfalo, sendo a transformação dela no mesmo. Assim como eu disse anteriormente, ela utilizava muitas magias e assim foi como as pessoas já a viram, bem grande forte e que usava os chifres que estavam ligados as magias.
Na verdade, Oya se despia e pegava uma pele mágica e se transformava em agbonrin como descreve em seu Oriki: “enikan soso to le diwo agbonrin”
Quando Sango conseguiu descobrir esse segredo, ele tentou roubar para ele. Foi isso que ele fez Oya se afastar um dia. Oya passou por um outro problema maior, de chegar a ser quase uma escrava por não dizer onde ela guardava seus poderes. Todos Orisa masculinos queriam descobrir. Um dia, Orunmila se apaixonou por ela e queria os poderes e ele mesmo esperou a hora certa de pega-la no flagra. No momento que ela fugia, Orunmila pôs suas mãos nela tentando segura-lá, mas ela estava se transformando, por isso, existem esses antílopes com manchas brancas. Foram as palmas das mãos de orunmilá que marcaram o corpo de Oya.
Cor de oya é vermelho
Oya usa edun ara como seu marido
Filhos de Oya não comem carneiro
Oya não aceita mentiras e humilhação
Oya não aceita filhos esnobes e usurpadores
As mulheres de Oya são guerreiras e precisam manter segredos delas. Homens que seguem Oya precisam respeitar as mulheres. Mulheres de Oya tendem à despreza os homens, ato que Oya abomina. Oya sempre acreditou na igualdade entre homens e mulheres, Oya não acreditava na superioridade feminina à ponto de machucar um homem. Homem de Oya deve seguir o mesmo caminho ao contrário.
Babalawo Ifadayo Orisatalabi Akinkanju Adetooyangan Elebuibon Ifatimilehin
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