Ọfọ̀
A palavra ọfọ̀ em yorùbá quer dizer encantamento, magia, potencialização.
É a palavra na qual estão resumidos os encantamento que podem acontecer por intermédio da expressão recitada ou cantada.
O ọfọ̀ pode estar contido numa única palavra, ou num texto formado por muitas palavras.
O principal segredo do ọfọ̀ é que não basta saber a palavra, é preciso estar preparado, é necessário ter o dom para usá-lo.
Se o indivíduo não estiver com suas energias alinhadas às energias do sagrado, não lhe adianta conhecer e saber pronunciar o ọfọ̀.
A vida contemporânea atribulada, cheia de estresse, de vais-e-vens e as relações confusas entre o humano e o sagrado fizeram com que esse poder fosse reduzido a um número ínfimo de pessoas privilegiadas.
Todos nascemos com o dom de transformar palavras em encantamentos e à medida que nos doamos e nos aproximamos mais e mais do orixá, mais esse poder aumenta. Para o dicionário yorubá/português, o ọfọ̀ é um “feitiço, encantamento feito para dar alívio à dor” (BENISTE, 2014).
O ọfọ̀ é muito comum nos rituais de folhas. Pierre Veger (on line), no seu artigo “A sociedade ẹgbẹ́ ọ̀run dos àbíkú, as crianças nascem para morrer várias vezes”, ao falar sobre o encantamento das folhas utilizadas no rito de àbíkú, menciona “ewé idí[”, cujo ofò de encantamento é: “ewé idí lórí kí ọnò ọ̀run tẹ̀mí odi”.Como já vimos, o ọfọ̀ é um dom dado por Òlòdùmarè; no entanto, é um bem preciso (um poder) que não deve ser usado para fazer o mal. Devemos sempre nos lembrar da lei da ação e da reação. Aquele que faz o bem recebe o bem em troca; aquele que faz o mal, o mal receberá. Os ofó(s) poderão ser divididos segundo a intenção de quem o utiliza. Essa importante informação a respeito da divisão dos ọfọ̀(s) em categorias segundo a intenção de cada sujeito, encontramos em Raji (1991) e em AJAYI (on line).
ọfọ̀ iba para o pagamento de homenagem;
ọfọ̀ afose para o que é dito acontecer;
ọfọ̀ aforan para escapar de infortúnios;
ọfọ̀ afero para atrair pessoas/clientes/pacientes;
ọfọ̀ aparo para servir como antídoto de veneno;
ọfọ̀ arobi para se livrar de calamidades;
ọfọ̀ awure para chamar boa sorte;
ọfọ̀ isoye para ativar memória;
ọfọ̀ maadarikan para a auto defesa;
Os encantamentos utilizados para o mal e para a destruição têm os seguintes nomes: ogede e aasan conforme assinala Bade Ajayi em seu artigo intitulado de ”The stylistic significance of focus constructions in the ofo corpus”. Sobre isso não falaremos neste texto.
A palavra ọfọ̀ em yorùbá quer dizer encantamento, magia, potencialização.
É a palavra na qual estão resumidos os encantamento que podem acontecer por intermédio da expressão recitada ou cantada.
O ọfọ̀ pode estar contido numa única palavra, ou num texto formado por muitas palavras.
O principal segredo do ọfọ̀ é que não basta saber a palavra, é preciso estar preparado, é necessário ter o dom para usá-lo.
Se o indivíduo não estiver com suas energias alinhadas às energias do sagrado, não lhe adianta conhecer e saber pronunciar o ọfọ̀.
A vida contemporânea atribulada, cheia de estresse, de vais-e-vens e as relações confusas entre o humano e o sagrado fizeram com que esse poder fosse reduzido a um número ínfimo de pessoas privilegiadas.
Todos nascemos com o dom de transformar palavras em encantamentos e à medida que nos doamos e nos aproximamos mais e mais do orixá, mais esse poder aumenta. Para o dicionário yorubá/português, o ọfọ̀ é um “feitiço, encantamento feito para dar alívio à dor” (BENISTE, 2014).
O ọfọ̀ é muito comum nos rituais de folhas. Pierre Veger (on line), no seu artigo “A sociedade ẹgbẹ́ ọ̀run dos àbíkú, as crianças nascem para morrer várias vezes”, ao falar sobre o encantamento das folhas utilizadas no rito de àbíkú, menciona “ewé idí[”, cujo ofò de encantamento é: “ewé idí lórí kí ọnò ọ̀run tẹ̀mí odi”.Como já vimos, o ọfọ̀ é um dom dado por Òlòdùmarè; no entanto, é um bem preciso (um poder) que não deve ser usado para fazer o mal. Devemos sempre nos lembrar da lei da ação e da reação. Aquele que faz o bem recebe o bem em troca; aquele que faz o mal, o mal receberá. Os ofó(s) poderão ser divididos segundo a intenção de quem o utiliza. Essa importante informação a respeito da divisão dos ọfọ̀(s) em categorias segundo a intenção de cada sujeito, encontramos em Raji (1991) e em AJAYI (on line).
ọfọ̀ iba para o pagamento de homenagem;
ọfọ̀ afose para o que é dito acontecer;
ọfọ̀ aforan para escapar de infortúnios;
ọfọ̀ afero para atrair pessoas/clientes/pacientes;
ọfọ̀ aparo para servir como antídoto de veneno;
ọfọ̀ arobi para se livrar de calamidades;
ọfọ̀ awure para chamar boa sorte;
ọfọ̀ isoye para ativar memória;
ọfọ̀ maadarikan para a auto defesa;
Os encantamentos utilizados para o mal e para a destruição têm os seguintes nomes: ogede e aasan conforme assinala Bade Ajayi em seu artigo intitulado de ”The stylistic significance of focus constructions in the ofo corpus”. Sobre isso não falaremos neste texto.
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